Pov: Annabeth.

Estávamos agindo como adolescente isso estava me deixando maluca, mas até que estava levando numa boa, é como uma pessoa que sofre uma queda dói, mas você fica em silêncio para não fazer com que as pessoas parem e olhem para você. O pior de tudo é estar em um carro repleto de meio-sangues poderosos, sujeito á ataques e monstros esmagadores de ossos, junte tudo isso com a seguinte cena: Seu ex-namorado, sentado ao lado de uma ruiva metida á oráculo, que consequentemente acabou com um namoro de anos, trocando sorrisos e olhares para a mesma.

Não me peça para levar isso numa boa, pois não posso, minha filha está em jogo e ficar vendo a alegria desses dois não está me ajudando muito, queria apenas sentar perto de alguém que me oferecesse um ombro para chorar e fazer isso até que não haja mais lágrimas para cair dos meus olhos por dias. Pena que nas seguintes situações tão coisa continua impossível para mim. Mas é a vida da minha filha que está em jogo, à vida de alguém que carreguei durante oito meses, ela não vai morrer porque simplesmente é a criança mais poderosa desta época. Mesmo assim, ela é mortal, assim como e todos nós, não posso deixar ninguém se ferir nesta missão, ela é minha filha, deveria estar nessa sozinha, quem sabe com Percy, mas estou arriscando a vida de muita gente, os deuses vão ficar contra mim e Helena, disto eu sei. Ao que mais posso recorrer?

Eu só queria que ela estivesse bem, só isso. Apenas saber com está.

Percy não é um mal motorista, mas toda vez que Rachel olha para o mesmo, algo me diz que ele vai acabar batendo o carro. Depois de duas malditas horas dentro daquele carro, estávamos com fome, podámos parar para comer alguma coisa, eu não estava a fim de perder tempo, então paramos em uma lanchonete qualquer. Sentamos todos juntos, o que me fez lembrar velhos tempos, quando Rachel ainda era oráculo e Percy e eu ainda estávamos juntos, bons tempos aqueles... Mas as coisas mudam, não é mesmo? E você tem que se adequar as mudanças, se não, acaba como eu, preso no passado sem poder ter um futuro.

-Annabeth, você está bem? Parece distante. –disse Rachel.

-Não, eu não estou bem, minha filha corre perigo. –eu disse um pouco seca. –Se me permitem, vou dar uma volta. –disse me levantando. Mas ainda pude ouvir Thalia falar para Rachel.

-Como é que você faz uma pergunta dessas? Você não pensa não?

Pov: Autora.

A dor emocional estava se tornando física, a cada segundo ela se sentia mais longe daquilo que amava, era verdade, tudo era verdade, naquele momento estava pensando no que estaria acontecendo se ela tivesse feito outras escolhas. E se não tivesse se entregue para Percy? Helena poderia não se Helena, quer dizer, não daquele jeito, poderia ter hoje uma filha ou filho que não fosse... ”Errado”, a verdade é que estava se culpando por tudo. Por ter ficado com Percy, por ter parado e largado tudo apenas por causa de um amor que no fim não deu em nada. Ela estava sentada e, um banco de uma praça perto de onde estavam, a cabeça dela doía, estava pronta para o que viesse menos isso, mesmo com sua filha. Ela queria ter uma ideia maluca como antigamente, queria poder correr e voltar no tempo, queria fazer tantas coisas, mas se sentia tão impotente, não podia fazer nada ao não ser seguir um plano falho e tentar apenas se manter viva para encontrar e salvar a filha. Ela ouviu alguém se aproximar dela por trás.

-Não devia ter saído daquela forma, Rachel não merecia ouvir aquilo. –Disse Percy.

-Não a defenda... –a voz dela falhou, não havia percebido mais estava chorando.

-Annabeth?

-Sai daqui, por favor. –ela escondeu o rosto com as mãos.

-Não, eu vou ficar você precisa de mim. –ele se sentou ao lado dela, mas a mesma não queria encara-lo.

-A culpa é toda minha...

-Como Annabeth? Isso não é verdade.

-É sim! –ela gritou. –Se eu não tivesse...

-O que?

-Nada.

-Termine a frase.

-Se eu não tivesse ficado presa a você... Se eu não tivesse escondido Helena... Se eu tivesse eu vida depois de você... Eu teria... - ela se levantou e começou a andar em círculos.

-Annabeth, você acha que tudo foi um erro? –as palavras dela o magoaram bastante.

-Não, não foi um erro... Mas, eu fiz com que tudo desse errado.

-Só me responde uma coisa. Por que escondeu Helena de mim? Minha filha!

-Porque você conseguiu, segui em frente, esqueceu-se de tudo... Não podia chegar lá e te dizer que nunca iria sair da sua vida... Eu tentei, estava com o teste de gravidez na mãe, fui até lá, mas você estava com Rachel, feliz... Eu não podia... Acabar com tudo.

-Você nunca deveria ter escondido ela de mim, o que você fez é i imperdoável.

-Ótimo o que quer fazer a respeito disso?

-Quero a guarda de Helena, assim que resgatarmo-la.

-Nunca! Você nunca vai ficar com a minha filha!

-Sou o pai dela.

-VOCÊ SEMPRE SERÁ UM IDIOTA PERSEU! –ela apenas queria correr, mas para onde ir?

-Temos de resolver isso, agora!

-Resolva você mesmo, aposto que ela vai adorar ter a Rachel como madrasta, seja feliz. –ela andou pisando com força no chão.

-Aonde você vai?

-Vou resolver sozinha, me recuso a ter você nesta missão. Vou atrás de Helena. Sozinha!

-Está maluca?

-Quem sabe. Talvez eu tenha mesmo problemas, me apaixonei por você, não foi? –ela estava sendo irônica, mas mesmo assim chorava.

-Talvez tudo tenha mesmo sido um erro estre nós, Annabeth.

-Que bom que tem tanta certeza, não se preocupe, não me vai ver tão cedo. Exceto para ver Helena talvez, sou uma boa pessoa, e ela merece saber quem é o pai, por mais que seja você! –ela já estava gritando, continuava andando e ele continuava a segui-la.

-É por isso que ela está desaparecida, você é uma péssima mãe!

-Cala boca Perseu!

-Prove-me que estou errado, então.

-Você não estava com agente, quando mais precisamos.

-Você não me deixou estar perto.

-Você me traiu, sabia que eu te amava mais mesmo assim...

-Você sempre interpretou as coisas do seu jeito.

-Não havia outra interpretação! Você não me procurou, nem quis saber de nada. Você não estava comigo quando quase perdi Helena, nem quando ela nasceu não estava lá quando ela chorou até amanhecer com medo do minotauro, não estava lá quando ela disse a primeira palavra e nem estava lá quando ela ganhou a primeira nota 10.

-Eu...

-Não estava lá quando tentaram me matar na frente dela, não estava quando ela caiu pela primeira vez, você não acordou de madrugada quando ela chorou. Não estava lá quando ela acordou no meio a noite sem sono e foi para a sala e ficou sentada no sofá e... Eu fui lá porque senti que ela queria ajuda, sentamos no sofá e ficamos brincando até ela dormir... Onde você estava quando ela cantou pela primeira vez na escola? Onde estava quando ela ficou gripada e com uma febre de 40º? Onde estava quando ela fez seu primeiro aninho?

-Não sei você não me deixou participar da vida dela!

-Ah! Já chega.

-Quando vão parar de brigar?

-Mãe?- disse Annie.

-Pai?- disse Percy.