Luzes por todo o lado, uma imensa dor. Pergunto-me como posso amar tanto alguém que nem conheço, por enquanto, logo eu a verei, imagino como ela seja, terá os olhos dele? Nunca me imaginei nessa situação sozinha, mas quem eu podia culpar Afrodite talvez, mas nada justificaria, ela era mais bonita, elegante e quem sabe ele não sempre a amou, sou apenas um erro, esse “nós” é apenas um grande erro. Lembrar-me de como cheguei aqui, neste hospital ainda doí, principalmente saber que estava sozinha.

Flashback...

Estava correndo, um monstro me seguia, estávamos assim a mais ou menos duas horas, não posso me culpar, não sou uma caçada fácil, mas estou grávida de oito meses, como espera que eu corra e ou lute sem prejudicar minha filha? Mas foi ai que tudo se complicou, a harpia jogou-me contra uma arvore e eu bati a cabeça, e não me lembro de mais nada, apenas de algumas vozes tentando me reanimar.

Fim do flashback...

E lá estava eu, esperando para ver minha filha, Helena, se você soubesse o quanto quero vê-la, saiba que vai ser só nós duas e uns amigos da mamãe que estão aqui, eles também querem te conhecer, a Tia Thalia e o Tio Nico querem te dar boas vindas. Vamos passar por poucas e boas, mas vai dar tudo certo, eu prometo pra você, sabe a sua avó, Atena sempre está conosco, ela me pergunta sobre você quase todo dia.

Pov: Autora.

 Um choro foi ouvido, o que trouxe lágrimas aos olhos de Annabeth, a criança mais aguardada por todos havia nascido, era linda, cabelos loiros explicavam as azias da mãe, era uma linda menina e apesar de Helena e a mãe quase terem morrido antes de as duas chegarem ao hospital, Annabeth teve uma hemorragia, Helena quase se sufocou e Annabeth por pouco não perdeu a filha tanto aguardada. Quando a enfermeira colocou aquela coisinha pequena e linda, que parou de chorar assim que viu a mãe, Annie perguntou a si mesma: “Como vai ser agora”.

Thalia e Nico, que agora eram um casal, por mais estranho que parecesse, Thalia abandonara a caçada por ele, agora eles estavam juntos e felizes, ambos foram convidados por Annie para serem os padrinhos da Helena. “Quem melhor do que os melhores amigos para estarem sempre juntos de uma pessoa tão querida”, dissera ela quando fez o convite. Apesar de essa parte da nova vida dela já estar acertada, ela ainda tinha um problema, estar sozinha com uma filha, o que ela diria para Helena quando ela crescesse que o pai havia morrido? Ou que a traio e ela foi embora? Esconderia ou não seu passado de sua filha?

Pov: Thalia.

Estava no hospital, muito preocupada, um homem que eu não sei quem era, achou Annie desacordada e sangrando próximo a uma floresta, ela estava perdendo minha sobrinha, ele e um amigo a trouxeram para cá, o hospital achou meu número na agenda telefônica dela, o medico me avisou que de ela estaria aqui, e que o parto era de risco. Ela estava entrando em trabalho de parto quando cheguei. Mas agora graças aos deuses sei que as duas estão bem. Estava indo tudo bem, até que uma luz apareceu do meu lado, algum deus estava fazendo-nos uma visita, a nevoa com certeza iria encobrir aquele aparecimento.

-Poseidon?- perguntei incrédula. - O que faz aqui?

-Vendo se realmente salvei minha neta.

-Você a trouxe para cá. – disse Nico.

-Claro, ela é minha neta. Quero apenas saber se meu filho sabe.

-Não, e o senhor deve saber o porquê. – desse eu.

-Não se de nada sobre isso.

-Não podemos nos meter nos assuntos deles. - disse Nico.

-Ele tem o direito de saber que tem uma filha. - disse Poseidon.

-Ele saberá, se minha filha achar que ele merece- disse Atena surgindo do nada ao lado dele.

-Vamos a deixar resolver agora eu quero ver minha sobrinha- disse eu. - O medico disse que ela está na incubadora.

-Vamos lá então. –disse Poseidon.