Eterno escrita por Drunk Senpai


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Como vão?
Bom, outra vez
sem música, mas
é sério, em breve ela voltará!
Boa leitura!



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Breathe

Capítulo 6

Mesmo com tal resposta, Rukia não conseguia reconfortar-se, ela sabia que havia algo de errado com Orihime, qualquer um podia ver. Continuava inquieta em sua carteira, queria entender o que acontecera com Inoue, de forma alguma um pesadelo lhe faria aquilo.

-Ei, Inoue, estamos indo para o terraço, vamos?- Ichigo convidou a ruiva. Rukia analisava em silencio.

-Não... eu não quero ir hoje, Kurosaki-kun, estou sem fome...- Realmente, Inoue não tinha sequer atrapalhado-se ao falar com Ichigo, Rukia se convencia cada vez mais de que Orihime não estava nada bem.

Já no terraço, resolveu falar com Sado, era uma das poucas pessoas que podiam ajudá-la com isso. Afinal, fora o que a havia visto antes desta manhã.

-Sado, posso te fazer uma pergunta?

-Sim, Kuchiki.

-Quando você foi à casa da Orihime ontem, como ela estava?

-Eu pretendia falar sobre isso.- Ele disse com seu olhar coberto de preocupação.- Ontem, mesmo que tivesse dito que tivera apenas um pesadelo, a Inoue ainda agia como ela mesma, parecia cansada, mas... Ela não estava dessa forma. Não estava tão perdida, pálida ou fraca... e... ainda sorria.- Rukia, surpreendeu-se com a resposta. Agora estava ainda mais convencida de que algo havia acontecido com Orihime.

-Como imaginei... - Ela parecia pensativa.- Mas, Sado, o que levaria a Orihime a esconder isso de nós? Não entendo!

-Bom, talvez ela não queira nos preocupar...

-Sim...mas nesse caso, significa que é algo sério, algo que ela não pretenda nos contar... Será que não vê que nos preocupamos de qualquer jeito?- Ela parecia ter se aborrecido.

-Ei, do que estão falando ai?- Perguntou Ichigo, aproximando-se dos amigos.

-Não estamos falando de nada.- Disse Rukia, afinal, conversar com Ichigo sobre isso, o aborreceria, e ele não saberia investigar com um pouco de calma, com certeza ia tentar fazer com que Orihime dissesse de uma vez o que estava acontecendo, e isso não era muito viável, precisavam ir com calma, até descobrir a verdade. Ichigo não parecia convencido com aquilo, e não gostou também de sentir-se excluído por seus amigos.

-Sei...- Ele acompanhou os dois que já voltavam a se juntar ao grupo de amigos.

-Ei, o que houve com a Orihime?- Tatsuki perguntou, estava preocupada. Sado e Rukia, sabiam, mesmo que fosse algo importante, da mesma forma que não podiam dizer a Ichigo, Tatsuki não teria uma boa reação.

-Bom, foi como ela disse, né, só um pesadelo, ela não deve ter dormido direito.- Disse Rukia, tentando passar o máximo de tranquilidade que conseguia.

-Hum...- Tatsuki não parecia muito convencida daquilo, mas preferiu não insistir, se eles não lhe diriam, ela teria que descobrir por si mesma.

O intervalo havia terminado, os estudantes voltaram a sala de aula. Tudo parecia extremamente normal. Somente os amigos de Orihime estavam inquietos, afinal, não podiam conter-se ao vê-la tão aérea. Mesmo que sua pouca concentração as vezes já fosse algo não muito surpreendente, contudo naquele dia tudo parecia estranhamente ruim. O vento frio vinha pela janela, logo a tempestade iniciaria e não parecia que acabaria tão cedo.

Rukia suspirou. Mesmo com suas preocupações, era como se todos os seus problemas se fossem num dia chuvoso, como se deslizassem e se deixassem levar pela água vinda dos céus. Realmente, a chuva lhe costumava trazer certa tranquilidade. Algumas vezes, inclusive, apreciava um banho de chuva, mesmo que seu irmão, e também Ichigo, costumassem repreendê-la por tal ato.

Resolveu tranquilizar-se um pouco, então. Ichigo tinha razão, ela não precisava ser tão pessimista sempre, e bom, isso não significava que deixaria de tentar compreender o que estava havendo, mas simplesmente, minimizaria a áurea ruim que já lhe cercava. Voltou a prestar atenção à aula.

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Orihime sentia-se desconfortável. Sabia que seus amigos estavam preocupados com ela no entanto, não sabia como reconfortá-los, ou se deveria, afinal ela mesma estava preocupada com o que estava acontecendo. As coisas haviam se tornado tão confusas, nada fazia sentido em sua vida nesse momento. Ela já sabia que tinha algo de errado há 2 meses, contudo, não lhe passava pela mente que seria algo do gênero, e afinal o que era aquilo? Era real? Era algo de sua mente? Não. Não poderia ser, tudo que ocorreu ainda na madrugada, fora demasiado real.

A ruiva desejava em seu intimo que, tudo não passasse de uma fantasia, alguma espécie de ilusão, como as coisas podiam mudar tão drasticamente? Talvez estivesse louca, e sua mente teria criado tudo aquilo... Era nisso que ela gostaria de acreditar. Contudo a realidade não mudaria.

O tempo foi passando. As horas voavam. Sua mente se distanciava cada vez mais do que era real. Ela estava presa num labirinto em seus próprios pensamentos, não conseguia sair. Não conseguia prestar atenção em nada do que acontecia a sua volta.

O sinal tocou. Ela despertou com o som. Olhou em seu redor, estava na hora da saída. Suspirou, levantou-se, pegou suas coisas. Não estava nem um pouco animada. Não queria ir para casa. Não queria rever tudo que havia acontecido. Era demais para ela. Contudo, não tinha outro jeito, teria que voltar a qualquer momento, e ainda, voltando ou não, não modificaria nada do que acontecera.

Saiu da sala. Caminhou sem animo pelo corredor. Já fora da escola, ela andava sozinha, quando Rukia aproximou-se.

-Quer que eu te acompanhe?- A morena perguntou docemente. Orihime, não sabia o que dizer, estava na cara que Rukia estava preocupada e queria saber a verdade, afinal aquele não era seu caminho. Se era esse o caso, então Rukia tentaria de todas as formas descobrir o que estava acontecendo de errado, e se ela fosse até sua casa... O que a ruiva deveria fazer? Quando estava prestes a responder, Ichigo interrompeu-a.

-Ei, Rukia, vamos logo! Para de enrolar ai!- Ele chamou a certa distancia. Rukia aborreceu-se brevemente, Ichigo sabia quais as razões dela querer acompanhar Orihime, por isso a estava impedindo.

-Não, eu vou acompanhar a …

-Não precisa se preocupar, Kuchiki-san, eu tenho que fazer algumas coisas no caminho mesmo... Vou indo, até amanhã! - Inoue interferiu-a dando uma desculpa para que ela não precisasse acompanhá-la. “Foi por pouco” pensou.

-Tudo bem, então. Até amanhã.- Despediu-se a morena, indo até Ichigo que a esperava impaciente.

Orihime voltou a caminhar em seu caminho para casa. Tatsuki não estava por perto, estava num treino, não sairia cedo nesse dia. A ruiva estava apenas andando, como se fosse algum tipo de maquina ligada no automático. Sua mente continuava distante e sequer ouvia as pessoas ao seu redor. Era como se fosse apenas ela, caminhando numa estrada deserta. Sua distração era tanta que ela não notou o carro que vinha em sua direção, quando foi subitamente puxada para fora do caminho do veículo.

-Ei, tenha cuidado, mocinha!- Disse o senhor a que a havia salvado.

-Desculpa.- Ela pediu. As coisas não podiam continuar daquela forma, tudo isso a estava pondo em perigo afinal de contas. A ruiva sentou-se num banco da pracinha por onde passava. Ficou sentada naquele lugar, seus olhos não capturavam nada, ela estava em silencio,contudo, em sua mente ela gritava, perguntava porque razão de tudo aquilo acontecer com ela. Ela sabia, em toda sua vida, aprendeu que mesmo em momentos difíceis deveria sorrir, mas era extremamente difícil pensar em sorrir dessa vez, parecia que todos seus problemas haviam se acumulado, sobrecarregado-a e agora assombravam-na.

-Oi, Inoue-san!- Orihime ouviu uma voz infantil. Era uma garotinha que aparentava ter entre 8 e 10 anos, tinha cabelos negros, pele alva, olhos castanhos. Sorria docemente. Aquela era uma de suas vizinhas, seu nome era Anne, era uma menina muito feliz e ás vezes, Orihime e ela brincavam juntas, já que a ruiva sempre gostou de crianças.

-Anne-chan.- A ruiva disse, tentava acompanhar o sorriso da pequena, mas era quase impossível.

-Porque está tão triste?-Perguntou.

-B-bom... eu não tô triste, Anne-chan.- A ruiva respondeu, mas a criança parecia não acreditar muito nisso.

-Bom, eu acho que tá! Mas, não fica assim não! Com certeza tudo vai passar! Vai ficar tudo bem, acredite! - A jovenzinha sorriu e foi em direção a sua mãe que a esperava. Orihime sentiu-se bem com as palavras que a pequena lhe dissera. Ela podia ter razão, afinal, era o que Inoue sempre dizia, que tudo ficaria bem no fim, que se entristecer não adiantaria de nada. A ruiva levantou-se e então foi em direção a sua casa, sentia-se pronta para encarar a realidade, e todos os seus medos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Olá, pessoal!
Desculpa a demora!
É que eu estava em semana
de provas na escola e não tive
tempo para escrever! =/
Bom, espero que tenham
gostado!
Até o próximo!
Beijos!!