Eterno escrita por Drunk Senpai


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá!!
Estou de volta com um
novo capítulo!!
Ah, e novidade,
tem trecho de música dessa vez!
A música é "It's Not A Fashion Statement, It's A Fucking Deathwish."- My Chemical Romance.
Tradução do trechinho no fim do capítulo!
Boa leitura!!



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Breathe

Capítulo 7

[...]When You Go Just Know That I'll Remember You...”

Era tudo um total breu. Estava com os olhos fechados. Sentia como se estivesse num profundo sono, e finalmente acordava. Abriu os olhos. Olhava atentamente tudo ao seu redor. Nunca estivera ali. Não se assemelhava a lugar algum que já conhecera. Era diferente.

Ergueu-se. Sentiu certa dificuldade, era como se estivesse fraco de alguma maneira, não conseguia saber o porque. Olhou a palma de sua mão, apertou-a, realmente sua força parecia ter enfraquecido, contudo, como podia observar, seu corpo ainda era o mesmo. O que havia acontecido mesmo? Ele não conseguia lembrar, era como se os fatos tivessem escapado de sua mente de uma forma que ele não pudesse recuperá-los. Voltou a olhar em volta. Não haviam animais, não havia sol, tampouco lua, não havia sequer uma estrela naquele céu, e ainda assim, aquele lugar era parcialmente iluminado, ele não sabia pelo que. A brisa que vinha era fria e nada mais. Não havia vida ali. Mas ele não temia. Resolveu caminhar um pouco por aquele terreno aparentemente abandonado.

Olhava em seu redor. Não conseguia sentir sequer uma reiatsu por perto. Estranhou. Que lugar era aquele afinal? Era impossível que fosse além de seus conhecimentos. Não se parecia em nada com o mundo real, Hueco Mundo ou Soul Society. Isso o deixava intrigado. Não se assimilava a um dangai também. Talvez fosse uma espécie de mundo alternativo. Sim, aquela opção era valida, afinal, existiam inúmeros mundos paralelos.

Silencio. Apenas isso era o que havia ali. E dentro dele, vazio. Um vazio que talvez fosse até maior daquele que ele já estava habituado, e aquilo o incomodava extremamente. Contudo, nada podia fazer, senão, caminhar mais e mais.

Interessante.”- Pensou. Aquilo tudo o lembrava de tempos atrás, tempos em que ainda era apenas um hollow solitário, incapaz de fazer outra coisa que não caminhar. Aquelas não eram lembranças boas, contudo, estariam sempre com ele, e ele não pretendia de forma alguma fugir delas, aquelas memorias estariam apenas lá, em qualquer lugar dentro dele.

Dentro de si”, aquela frase lhe trazia uma estranha sensação. Não sabia porque. Agora, estava certo de que, havia algo ainda escondido em sua mente, e seria absolutamente algo importante, ele precisava se lembrar, a qualquer custo. Ele interrompeu sua caminhada. Fechou os olhos por alguns instantes, sabia que estava ali em algum lugar, tinha certeza. Tudo o que precisava era organizar os fatos.

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A ruiva já voltava para sua casa. Sentia-se capaz de enfrentar os seus problemas de frente, e era isso o que faria. Sentia dentro dela uma força que a muito não sentia. A sensação ultrapassava o mal estar de antes e lhe trazia certa paz. Abriu a porta de casa. Olhou sua residencia. Coisas quebradas, e bagunça eram prova do que acontecera nessa madrugada. Resolveu limpar tudo e deixar que ficasse como antes. Como se nada tivesse acontecido.

Começou com alguns cacos de vidro, coisas fora do lugar. Logo estava tudo de volta ao normal. Realmente, não parecia que nada de diferente acontecera por ali. A ruiva sentiu-se ligeiramente tonta. Lembrou. Não havia comido nada até aquele momento. Decidiu preparar algo. Como seu humor não estava como o habitual não demorou muito em escolher ingredientes simples, coisa que ela não costumava fazer. Antes que pudesse preparar qualquer coisa, ouviu sua campainha.

Finalmente percebera, estava esse tempo todo se distanciando do que era realidade. Como pôde esquecer de tudo que estava acontecendo? Como pôde esquecer que havia um Espada desacordado em seu quarto? E agora tinha alguém na sua porta. Tinha certeza, era um de seus amigos, preocupados com suas ações ainda na manhã. E se fosse assim, ela sabia, nenhum de seus companheiros deixariam pra lá sem uma boa explicação. Orihime sentiu-se em apuros. Mas respirou fundo. Tinha que agir como normalmente. Isso já diminuiria consideravelmente as duvidas de seus amigos. Foi até a porta. Abriu-a. Como presumido, era Tatsuki.

-Tatsuki-chan!- Orihime sorriu como de costume.

-Oi, Orihime. Vejo que já voltou ao normal!- Ela disse, mas era visível que não estava convencida de verdade.

-Pois é, acho que eu só precisava dormir um pouco! Vamos, entre!- Ela continuava agindo como se tudo estivesse normal, mesmo que temesse profundamente o que aconteceria caso Tatsuki descobrisse a verdade.- Bom, eu estava prestes a preparar meu jantar, você tá com fome?

-Ahn, não, valeu!- Disse a outra só de imaginar que tipo de comida a ruiva prepararia. - Na verdade, eu vim aqui porque tava preocupada, Orihime.- Ela disse.- Não esperava que eu acreditasse que tava tudo bem essa manhã, né?- Orihime, não podia nem mesmo olhar nos olhos de sua amiga, odiava ter que mentir para ela. -Me diz, o que houve, realmente?

-B-bom, eu...- Ela parecia um pouco hesitante por um instante.- Eu não sei do que está falando, Tatsuki-chan!- Por mais doloroso que fosse, ela não podia contar a verdade nem mesmo à sua melhor amiga.

-Hum...- Tatsuki sabia, não tinha como aquilo ser verdade. Orihime realmente estava escondendo alguma coisa dela, e isso a machucava. Odiava quando ela lhe escondia algo, principalmente quando essa coisa aparentasse ser tão séria assim. A morena ficou desanimada. A ruiva notou, mas não podia fazer nada, apenas agiria como sempre, faria com que sua amiga acreditasse que ela estava bem. -Bom, se é assim...Eu vou indo, okay? Até amanhã.- Despediu-se a garota, ainda aborrecida.

-Mas já? Fique um pouco, Tatsuki-chan!

-Não... eu tenho algumas coisas para fazer... só vim saber se estava tudo bem mesmo... Tchau.

-Hum... tá, tchau.- Orihime despediu-se, mas estava tão triste quanto Tatsuki, contudo, simplesmente, aquele não era o momento para que contasse a verdade. Seguido de um longo suspiro, a ruiva resolveu checar o estado do Espada.

Entrou em seu quarto, abriu cuidadosamente a porta e então acendeu a luz. Ulquiorra ainda estava intacto. Ela aproximou-se. Ele parecia tão sereno, não parecia o mesmo. Ela sentou-se na beirada da cama. Continuou apenas observando-o. As coisas estavam demasiadamente confusas, e a ruiva não conseguia entender nada mais de tudo aquilo.

Porque ele estava ali? Aquilo ia muito além da realidade. Estava tão assustada nos últimos dias, sofria com o que lhe acontecia sempre, mas ainda assim, não imaginava que tudo poderia mudar de um dia pro outro, literalmente. Não achava que era bom o que fazia em escondê-lo, mas sua mente e também seu coração, lhe diziam que era certo, e ela não podia confrontar-se quanto a isso.

Ela sentia que Ulquiorra precisava dela, sentia que era a única que podia ajudá-lo, e mesmo que não fosse, não estava disposta a abandoná-lo. Estava enlouquecendo? Ele era um inimigo, um vilão, um Arrankar. Ele havia feito tantas coisas ruins, já a havia magoado muito, e mesmo assim... mesmo assim ela o estava acolhendo, estava cuidando dele, estava se preocupando.

Orihime gostaria muito de não se importar, entretanto, era impossível. Tudo aquilo, todo aquele zelo, o perdão, tudo isso já fazia parte dela, ela seria incapaz de agir como se não desse importância a ele, ou a qualquer outra pessoa. Ela sempre fora desse jeito. Ver o Espada naquele estado a deixava triste, apreensiva. Queria que ele melhorasse, não gostava de imaginar que ele estaria sofrendo.

Ela olhou em seu rosto, pálido. Fez menção de tocá-lo. Hesitou. Sentiu algo quente em sua mão que repousava na cama, quase queimava. Ela notou que sua pele encontrara a dele, mas porque ele estava tão quente? Era novamente anormal, a princípio ele estava frio quase congelando e agora parecia estar queimando sob o calor do sol. A ruiva foi novamente vitima de um terror, o que acontecia com ele dessa vez? Ela pensava desesperadamente noque fazer, contudo, sentiu seu coração aquecer-se e acalmar-se por um instante, quando finalmente sentiu, menos que quase imperceptível, a reiatsu de Ulquiorra, de uma coisa ela sabia agora... ele não estava morto.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Tradução: "[...] Quando você se for, apenas saiba que lembrarei de você..."
É isso!
Espero que tenham
gostado!
Obrigada a todos
que têm comentado, eu fico
muito feliz!!
Bom, é só!
Até o próximo capítulo!
Obrigada por ler!
Beijos!!