Além da Amizade escrita por Nani_sama


Capítulo 11
Capítulo 9 - Jealous? Really? - Parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Decidi botar duas partes, para não ficar muito cansativo,rs. Sei lá. Minhas história são cansativas y.y
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/141502/chapter/11

Depois que voltamos para cima, ele me beijou antes de sentarmos como se provasse algo para o Daniel ou para a Renata e depois se sentou me deixando ali em pé, meio que sem graça na frente deles. 
- Vem se sentar, gata. Seu “refri” chegou.
- Já vou. – Murmurei. Peguei a Renata pela mão e a puxei.
- A gente já volta. – Falou a Renata antes de se levada por mim.

Eu a puxei até o banheiro e quando entramos soltei sua mão e fui em direção a umas das pias que estava desocupada.
- Ei, o que houve?
- O que houve? Quer mesmo que eu fale?
- Você viu? Acho que o Dan ta com ciúmes de você.
- Ta batendo bem? Por favor, né Rê? O Fabio me fez sentir como uma bonequinha que é carregada e não pode se mexer.
- Ai ai. 
- O que?
- Era isso? Eu pensava que eram as olhadas do Daniel.
- Que olhadas do Daniel, Renata?
- Ah, você não notou?
- Notar o que?
- As olhadas dele para você. 
- Ah, ele não ficou olhando para mim. – Disse corando e abaixando o rosto por vergonha de me encarar no reflexo.
- Claro que ficou. Quando vocês foram dançar, ele tentava olhar para você lá embaixo sem que eu notasse.
- Escuta Renata, para com isso. Ele te ama e dá para notar isso de longe.
- Vou te falar uma coisa, nenhum homem fica tão distraído há não se quando está amando.
- Com certeza e é você.
- Cara, por favor, para. O Fabio é um gato e eu quero ficar com ele.
- Quer mesmo?
- Sim. Eu. . . eu quero.
- Quando parar de menti, você me avisa, ok? – Falou saindo do banheiro. Eu me virei para depois olhar pro lado. Vi duas meninas que estavam do meu lado, aí me olharam e uma das duas murmurou algo no ouvido da outra. 
- Vamos?
- Sim. – Murmurou a outra. Antes que elas pudessem dá um passo, sai na frente delas do banheiro. 
  Uma coisa que eu odiava e até hoje em dia eu odeio é gente fofoqueira. Aquelas garotas, nem sabiam do que a gente tava falando e estava cochichando algo, tipo, nada haver. Voltei para mesa e me sentei. Decidi, então, olhar para o Daniel, mas parece que tivemos a idéia na mesma hora e aí eu o olhei no mesmo tempo que ele me olhou. Eu fiquei sem graça, mas não deixei de olhar-lo. Ele abriu um sorriso tão lindo. 
  Ai ai, me lembro do meu coração querendo sair pela boca de tanta emoção. Ele me derretia só de sorrir para mim. Tudo nele me encantava. O que eu não sabia, além disso, e que só fui perceber depois de muito tempo, era que ele era meu primeiro amor.  
- Que tal a gente ir dançar, Renata?
- É, seria uma boa. Daqui a pouco a gente volta amores. – Falou ela se levantando e puxando ele. Eu suspirei. Era um suspiro triste.  
   Depois de uns dois minutos que eles desceram, começou a tocar uma musica bem lenta, na qual eu nem me lembro do nome e muito menos de quem canta. Eles se colaram um no outro e começaram a dançar juntos, apenas dando voltas em circulo sem sair do lugar e indo bem lentamente. Ele levantou o rosto e olhou diretamente para mim. Eu me senti na hora, uma fofoqueira que tentava vê tudo que tava rolando. Eu fiquei muito da que sem graça. 
     Eu admito, eu era muito boba naquela época, não sabia como reagir e muito menos chegar num garoto. Alias, fazia dois meses que não precisava chegar em ninguém, pois eles viam até mim. Era como se eu tivesse passado mel em meu corpo e que um monte de “abelha” sentisse isso.
- Você tá bem?
- Ãnh?
- Eu perguntei se você está bem!
- Ah, sim. Estou sim, só estou um pouco. – Falei virando meu rosto para ele e sorrindo.
- Você está incrível hoje.
- Incrível?
- É. . .está linda.
- Obrigada “Fafa”. – Chamei-o pelo apelido que tinha inventado há pouco.
- Você tem ficado nesses últimos tempos tão bonita. . .
- O que quer dizer com isso?
- Ah, tá emagrecendo, ta se cuidando bem é isso.
- Você acha?
- Sim. Pelo menos aquela garota fez algo que presta.
- Não fala assim, ok? Ela é uma fofa.
- Bem, eu acho que ela é insuportável.
- Você não sabe como foi à vida dela até um ano atrás.
- E nem quero saber, aposto que só foi lenha.
- Não. Respeite! – Falei nervosa.
- Foi mal amor, é que ela me passa uma sensação que nem sei muito bem qual é.
- Então até distinguir, não quero voltar a falar isso, ou ouvir isso, por favor.
- Desculpa gata. – Disse isso para depois puxar meu rosto para perto do dele e me beijar. 
   Uma coisa que aquele garoto sabia fazer bem, era beijar, hum. . . e não era aquele beijo, era o beijo. Ele sabia muito bem o que fazer para uma garota não se decepcionar.
  Depois que paramos o beijo, eu abri um pequeno sorriso nos lábios e murmurei num tom um pouco alto, mas que era abafado pelo som, ou seja, só ele escutou:
- Eu te amo. – Falei sem muito pensar. Talvez por que estava confusa e ainda sentia algo forte por ele.
- Eu também, mais do que você imagina. – Murmurou num mesmo tom que eu falei, para depois depositar um beijo em meu pescoço, me fazer arrepiar completamente e me deixando sem jeito também. 
- Não vai beber sua fanta uva?
- Vou sim. É que eu me esqueci dela.
- Hum . . . ainda acho que o melhor refrigerante é a coca cola.
- Fanta uva é meu vicio. 
- Coca cola tem canela.
- E daí?
- Eu gosto muito de canela.
- Hum . . . tem cola.
- Duvido muito disso.
- Eu aposto que tem. É por isso que muita gente é viciada em coca cola.
- Eu não acho.
- O que você não acha? – Perguntou Renata se sentando, parecendo está totalmente feliz.
- Não interessa.
- Ah, também te amo cunhadinho.
- Mas ela nem é tua irmã.
- Quem disse que precisa ter o mesmo sangue para considerar alguém desse jeito que tu gosta muito?
- Nossa, doeu até em mim essa. – Falou Daniel. Eu apenas ri.
- Você é. . .
- Ei, para gente. A gente veio para curti e é isso que devemos fazer. – Falei tentando ser educada e divertida.
- É. A tha tem razão. – Concordou o Daniel olhando para a Renata.
- Bem, então em vez de ficarmos sentados aqui, vamos descer e dançar.
- Eu acho que. . . – Comecei a falar, mas fui interrompida.
- Vem logo amiga. – Falou a Renata me interrompendo e me puxando pela mão. Quando vi, já estava na pista e dançando com ela uma musica rápida e alegre. Os meninos desceram atrás, conversando algo que Fabio fez cara feia e depois se calaram quando chegaram perto de mim.  
  Foi depois de algumas musicas, que começou a tocar a musica da Toni Braxton que estava fazendo um enorme sucesso na época “How Could An Angel Break My Heart”. Alias, já fazia sucesso há dois anos, mas mesmo assim, muitos casais ainda gostavam dela.
- Que tal a gente trocar de casal? – Sugeriu Renata mostrando divertimento na brincadeira que na verdade não era só uma brincadeira, pelos menos, não para ela e nem para mim.
- Como assim? – Perguntou Fabio com uma cara nada boa.
- Que foi? Não consegue me acompanhar?
- HAHA. – Ele riu ironicamente e depois falou:
- Você é que não sabe dançar comigo.
- Ai ai, parou é uma musica lenta. – Falei.
- É. Pode me conceder essa dança, Thayná? – Perguntou Daniel totalmente educado para mim. Eu assenti e ele riu.  Ele me pegou pela mão e me puxou para o meio da pista. Foi então que começamos a dançar. 
    Ele encostou meu corpo do dele em uma só pegada. Ele colocou uma de suas mãos em minhas costas e deslizou até o meu quadril. A sua outra mão estava já em meu ombro e não me lembro em que momento colocou-a lá. Toda vez que ele me tocava, era assim, tinha e até hoje tem coisas que ainda não sei em que momento ele colocou.  Minhas mãos foram automaticamente para sua nuca num gesto leve e delicado. Ele sorriu mostrando duas fileiras de dentes branco e lindos. Enquanto eu, apenas levantei meus lábios, mostrando está contente. Eu encostei meu rosto perto de seu ombro. Dessa maneira, poderíamos sussurra, que nós dois iríamos entender.
- Você está linda hoje. Sabia?
- Obrigada. Adorei essa sua nova camisa social.
- É preta.
- A minha cor favorita.
- É que só tinha dessa cor. 
- Bobo. – Disse o fazendo rir.
- Você comprou só para ficar bonito para ela, né? – Perguntei segundos depois dos risos se silenciarem.
- Foi. – Falou. Eu não disse nada. Ficamos em silêncio, até que senti sua mão que estava em meu ombro cair para minha cintura levemente. Por mim, ele em apertou de leve e murmurou?
- Sinto sua falta.
- Também.
- Você acha que está sendo melhor?
- O Fabio é um ótimo. . .   
- Não quero falar dele!
- Por que não?
- Por quê? Você ainda pergunta? – Falou me fazendo fechar os olhos de vergonha.
Ele voltou a falar:
- Eu não acredito que está com ele, depois daquilo que ele te fez passar. Você ficou mal durante meses.
- Eu sei, mas é um modo.
- Um modo de que? De se magoar? É. Com certeza.
- Para com isso Dan. Você sabe qual é o motivo.
- Então por que não o tal do Fabrício?
- É que com ele, eu tenho certeza de que não vou te esquecer.
- Olha, você faz o que quiser. Tá? Mas depois, não vem chorando para mim.
- Não se preocupe, a Renata vai poder me ajudar.
- Você é muito que cabeça dura.
- Olha só quem fala.
- Droga, você me irrita, sabia?
- Deve ser por isso que nos damos bem. – Falei cinicamente.
- Chata.
- Feio. 
- Ah, se soubessem que você tem espinha em dois em dois dias.
- Ah é? E se soubessem que você fica brincando com a meleca do teu nariz.
- É bem legal, tá?
- É nojento Daniel. Pelo amor de Deus!
- E se soubessem que você quando está nervosa, mexe o dedo do meio em cima do indicador.
- Nem é nada assustador.
- Ah, mas foi a primeira porcaria que eu pensei, pow. – Disse me fazendo rir, para logo depois ele rir junto comigo.
- Você é perfeita. – Disse segundos depois, logo quando a musica se acabou. Eu fiquei ali, parada, olhando em seus olhos, enquanto ele fazia o mesmo. 
  Depois que despertei e me toquei daquele silêncio horroroso que tinha ficado, falei:
- Não, a Renata é perfeita. Eu sou apenas uma menina gorda, que usa aparelho e óculos. Além disso, tive a sorte de consegui alguém que gostei de mim, isso é, se gostar mesmo de mim. 
  Quando ele ia falar, Renata chegou ao lado de Fabio.
- Até que a gente dançou bem. – Comentou a Renata enquanto eu não parada de olhar o Daniel. 
  Ele desviou o olhar na mesma hora em que Fabio pronunciou:
- É. Você conseguiu me acompanhar.
- A tá, pois sim. – Disse ela ironizando na mesma hora em que revirava os olhos.
- Você viu amor? – Perguntou ele para mim.
- Vi. – Menti.
- Ér, Fabio, eu estou com um pouco de dor de cabeça.
- Amiga você quer remédio? – Disse Renata achando mesmo que eu estava com dor de cabeça.
- Não, eu só quero ir para casa mesmo. Quero me deitar.
- Beleza gata. Vamos lá. – Disse indo até mim e pegando minha mão. Entrelaçamos nossos dedos um no outro para depois eu encostar meu rosto em teu ombro. Dei uma olhada para o Daniel que olhava para Renata. Eu desviei minha atenção para o chão. Fiquei meio que “desligada”.
- Ei, ta ai?
- Ahn?
- Ta aí?
- Estou sim. Foi mal gente, estava pensando em algumas coisas.
- Bem . . . gente, ela mora perto de mim e além disso é minha amiga. Pode deixar que eu levo.
- Não precisa não cara. – Falou Fabio meio que com ciúmes.
- Não. Eu insisto. Você se importa amor? – Falou olhando a Renata.
- Não lindo. Vai levar sua amiga vai, e bom descanso bebe.
- Tá.
- Não Daniel, não precisa me levar.
- Vem logo Thayná. Qual é o problema em eu te levar?
- É que não quero incomodar. . .
- Mais é claro que não vai incomodar. – Disse a Renata com um sorriso malicioso que só eu percebia.
- Ah, mas ela é minha namorada. . .
- Mas somos amigos desde pequenos e, além disso, você mora do lado oposto de onde a gente mora. Não se preocupe.
- Tá então tá. Amor, a gente se vê amanhã? Queria te levar no parque que vai tá cidade, seria legal?
- É, eu adoraria.
- Vou te pegar ás 6 horas, pode ser? Aproveito para conhecer seus pais.
- Eu só tenho a minha mãe.
- Ah, desculpa gata, não sabia. Eu não sabia que ele morreu.
- Ele não. . .
- É, ele morreu há 4 anos. Triste não? – Falei interrompendo qualquer coisa que Daniel faria. Sai andando, sem nem me despedi, fiquei com raiva de lembrar daquele homem que me gerou num momento que estava sem camisinha ou que ela estourou, o que fosse, e depois só se casou, fingiu que tudo estava bem. . .Que me amava e amava a minha mãe. Quando eu via os dois juntos, eu achava que via um casal super apaixonado um por outro e me enganei totalmente. 
    Foi então que mudei radicalmente, meu jeito de ser tímida, foi trocado pela frieza, meu cabelo que era preto, passou a ser loiro. Sim, pintei meu cabelo, mais ou menos dois meses depois que meu pai saiu de casa. Quando minha mãe viu meu cabelo, me botou de castigo, mas não ligava, alias nada que ela fazia á mim me machucava. Eu não sentia tristeza ou angustia. Pelo contrario, eu queria mais era não sair do meu quarto, até que vi que aquele imbecil não merecia nada de mim, muito menos minhas lagrimas ou mudanças minhas.
   Eu mudei novamente, dois anos depois, mas de um modo diferente, foi para um jeito bom e passei essas mudanças todas com Daniel ao meu lado.
- Espera! – Escutei Daniel berrando. Eu não parei, continuei andando, até que senti sua mão em meu ombro e me virei para ele.
- Escuta, não precisa vim, pode ficar com a Renata.
- Não, eu quero ir com você. Precisamos conversar.
- O Fabio já foi?
- Não sei. Eu mal me despedi da Renata.
- Volta para lá. – Murmurei.
- Não, já disse que vou te levar.
- Teimoso!
- Tem certeza que eu é que to sendo teimoso.
- É, tenho.
- Ai ai. – Falou revirando os olhos. Colocou ás mãos na cintura logo depois e começou a rir.
- Do que tá rindo?
- De você!
- Como assim de mim? Não falei nada que tenha graça e nem estou fazendo cara engraçada.
- Ai, Thayná, você me faz rir naturalmente.
- A tá bom.
- Ei tha, mesmo você querendo ficar longe de mim e tentando ficar, eu não vou me afastar.
- Daniel, se você vai me levar, vamos. Não quero falar sobre isso.
- Hum. Tá bom. – Falou.
- Ótimo.
- Tá bom.
- É, bom.
- Isso. 
- É. – Falei me virando para frente e voltando a andar, mas em passos maiores e mais apressados. Ele começou a andar apressado para me alcançar.
- Então. . .
- Então? – Perguntei curiosa.
- Do que quer falar?
- De como é bom ficarmos em silêncio.
- É bom? Eu nunca pensei nisso.
- Ia ser bom botar em praticar, que tal?
- Não, muito obrigado. 
- E por que não?
- Por quê? Quer mesmo que eu responda? Você está descontando em mim, sua raiva da pergunta que o Fabio fez, alias, minto, foi um comentário que ele fez. Eu me surpreendi com a rapidez dele. Ele sabia sempre os motivos da minha raiva, da minha tristeza ou da minha alegria. O mais engraçado é que eu também sabia das dele.
- Nada haver! – Menti meio que gaguejando.
- Nada haver? A tá, você acha que me engana? Eu sou seu amigo e você querendo se afasta ou não. Eu te conheço há tempo demais para não saber os motivos de quando tu tá mal, inda mais quando estou na hora que rola.
- Você pensa em coisas que acham que estão certas, mas não estão ok?
- Não entendi.
- Deixa para lá. 
- Tha. . .
- O que? – Perguntei virando para ele. 
   Na hora que virei para ele, fiquei parada E minhas pernas ficaram bambas. Seu rosto estava á menos de cinco centímetros do meu. Fiquei parada, fitando aqueles olhos negros e bonitos. Como sonhei com aqueles lábios. Aqueles lábios tocando nos meus e selando num beijo. 
    Ele olhou para a minha boca. Meu coração começou a bater bem mais rápido e comecei a suar. Ele nunca havia olhado para minha boca com aquele olhar, como se desejasse me beijar. 
- Não. – Pensei alto. Eu estava com o Fabio e eu sabia que ele só estava confuso depois que me abri para ele. Eu voltei a me virar para frente e a andar apressadamente.
- Não o que?
- Érr, vamos. Tá ficando tarde e não quero chegar tarde em casa. – Menti.
- Ah, vai com calma. A gente chegará bem mais cedo, se pegarmos um taxi. – Falou, pela primeira vez, acreditando no que eu falei. 
- Tô sem grana.
- Tudo bem, a minha coroa me liberou grana, eu posso pagar.
- É serio, eu posso ir andando.
- Você sabe o quanto nossa casa é longe daqui?
- E você sabe que adoro anda, né? – Falei. Ele se calou durante alguns segundos e depois escutei sua gargalhada, que me assustou por soar tão alta.
- Do que tá rindo? – Perguntei sem parar de andar.
- Da sua ironia.
- Não foi uma ironia.
- A tá, como se pudesse me enganar. Ai Thayná, você é uma garota incrível. – Disse ao mesmo tempo em que senti seu braço em volta de meu pescoço e sua mão tocando meu ombro. Um arrepio percorreu meu corpo inteiro apenas com aquele toque.
- Tá, vamos pegar logo esse taxi.
- Por que tá assim? Você tem que se acalma.
- Ain Daniel, eu só quero ir para casa. – Falei com um tom de voz fraco e triste. Abaixei o rosto e parei de andar.
- Tá bom. Perai, eu acho que vi um taxi, ou tentar chamá-lo, volto já. – Falou rapidamente. Depois escutei seus passos apressados. Segundos depois, escutei:
- Vem. – Eu levantei o rosto e lá estava ele, em frente ao táxi, com a porta de trás aberta e esperando por mim. Eu andei até o táxi e entrei no mesmo. Ele entrou logo depois de mim e falou o nosso endereço pro motorista. 
  Ficamos em silêncio e o maldito silêncio, estava acabando comigo, eu queria falar algo, mas tudo que vinha na minha mente, eu achava bobo para falar com ele. O ridículo de tudo era isso, eu ficar desse jeito por alguém que conheço desde que me entendo por gente. Tudo bem, eu o amava, mas isso não era justificação para esse tipo de bobeira que eu tinha. 
   Eu bocejei pelo tédio e pelo sono que começava surgir. Meus olhos automaticamente foram se fechando e adormeci. É, uma coisa a Renata tinha razão, não daria para eu ir andando, afinal, ficava bem longe da minha casa.
- Você está tão bonita. Está noite, você. . .Sabe? Eu senti uma vontade louca de te agarrar e te levar para um lugar mais reservado. – Escutei bem baixinho ao começar despertar daquele cochilo.  Não escutei mais nada, parecia ter parado de falar enquanto eu notava que estava no  colo de Daniel e sua mão alisava meu cabelo de um jeito tão gostoso. Foi então me lembrei do que escutei antes de abri meus olhos. Eu abri meus olhos de um jeito que parecia que eu tivesse levado um susto com alguma coisa.
- Dormiu bem? – Perguntou.
- Estamos chegando? – Perguntei ignorando a pergunta. Estava totalmente sem graça.
“Será que ele disse aquilo?”, pensei comigo.
- Sim. É aqui, pode para o táxi aqui mesmo. – Falou. Eu olhei pro lado e notei que minha casa estava bem em frente.
- Nossa, demorou.
- É eu também não sabia que era tão longe assim. – Concordou enquanto eu saia do taxi.
- Um momento. – Pediu. Eu esperei do lado de fora do taxi e ele, provavelmente, pagava o taxista. Eu fitava o portão da minha casa quando escutei o barulho da porta do carro se fechando. Eu virei para ele, ele me olhou e sorriu.
- Gostei dessa noite.
- É, foi boa mesmo. – Concordei. Ele não parava de sorrir.
- Olha, como tá indo?
- O que?
- O seu namoro com a Renata?
- Ela é tão doce, Thayná, tão bonita, mas. . .
- O que?
- Você a superou hoje. 
- Ãnh?
- Não finja que não sabe do que estou falando. Você já se viu no espelho?
- Está tentando dizer que estou bonita?
- Sim.
- Já disse antes. – Falei tentando não demonstrar tamanha felicidade.
- Repetir mata?
- Não sei. – Falei. 
- Tá tarde, né?
- É, eu tenho que ir. 
- Tá bem, até.
- Espera aí. – O Chamei depois que abri meu portão. Ele virou o rosto quando já estava se caminhando para casa.
- Que foi? – Perguntou. Eu virei o rosto e falei?
- Você estava também muito bonito hoje. – Falei sorrindo e entrando correndo para dentro. Meu coração batia sem parar. Eu o amava e senti que algo, poderia ter acontecido, se eu quisesse, quando saímos da balada. 
   Pelo menos, eu tinha sentido que ele parecia está começando a sentir um pequeno ciúmes de mim com o Fabio. Queria tanto que fosse mais do que aquilo. Eu sabia, que o que eu tinha escutado, era apenas de minha imaginação e nada mais que isso. 
  Naquele noite, eu dormi pouco, pensando na frase que eu tinha escutado ou imaginado, o que era mais obvio, né? Minha noite perfeita (Não tão perfeita) tinha acabado. No dia seguinte, tudo voltaria a ser como antes, ou seja, nada demais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, please. >



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Além da Amizade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.