Além da Amizade escrita por Nani_sama


Capítulo 10
Capítulo 9 - Jealous? Really?


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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- Vamos sair juntos?
- Como assim? Em casal? Ah não. Você sabe que. . .
- Eu já falei que se ficar assim, eu vou terminar com ele.
- Não seja assim. Pense nele. Olhe o egoísmo.
- Você é minha amiga e, além disso, sei lá. . .Ele parece está estranho.
- Como assim estranho?
- Eu não sei como explicar.
“. . .Me desculpe o meu egoísmo, só que, eu sou uma pessoa com você e quando eu brigo com você, eu fico estranho e não é só eu que noto isso. Todos em minha volta dizem.” Veio a cena dele me falando isso na minha frente há um dia atrás. Eu suspirei.
  Renata e eu estávamos em minha casa, sentadas no sofá e combinando esse passeio no qual eu não queria que fosse realizado. Estava fazendo tudo para me distancia do Daniel, mas pelo visto, ela queria que eu mudasse a minha opinião.
- Escuta Renata. É melhor então você e ele saírem a sós. Você aceitou o pedido de namoro dele ontem e não pode já achar que a pessoa está estranha.
- Ele fica distante, amiga.
- Tem nada haver. Dê uma chance a ele. Saia com ele durante uma semana, aposto que vão se entender muito bem.
- Por quê? Eu não te entendendo.
- Por que o que?
- Para de fingir que não sabe do que digo.
- Escuta Renata. Eu amo o Daniel ao ponto de quer vê ele feliz, mesmo não sendo comigo. Eu só quero que ele fique com quem ama.
- Eu não o amor.
- Com o tempo o amor surge.
- E por que não tentar?
- Então tente.
- Estou falando de você.
- Como assim?
- Por que não tentar conquistá-lo?
- Ele jamais me olharia desse jeito. Eu o conheço.
- Será que não?
- Eu tenho certeza.
- Isso por que você é cabeça dura.
- Nada haver. Não sou cabeça dura.
- É sim. Até demais.
- Escuta Renata, Ele e eu não é para ser.
- E se acha que eu nasci para ele? Ah, por favor. Acorda.
- Ami. . .
- Não Thayná. Você tem que entender que eu não sinto “aquilo” por ele. - Interrompeu o que eu falava.
- Tente gostar. O que custa uma semana? Dê a ele uma chance, por favor.
- Tá, ok. Mas não der certo, vou termina e não adianta reclamar, ok?
- Tá bom. Obrigada. – Disse a abraçando.

Estávamos de perninha de chinês em cima do sofá e de imediato a abracei. No começo ela se assustou e nem precisei vê para notar. Depois, ela me correspondeu da mesma forma.
- Você o ama tanto assim?
- Sim. Eu o amo sim.
- Nunca vi ninguém se sacrificando assim por amor. Parece até novela das oito.
- Nada haver. – Disse me soltando do abraço, me afastando e cruzando os braços.
- Tudo haver. – Disse ela começando a rir. Eu fiz careta e ela mostrou a língua. Eu suspirei e desviei o olhar dela.
  Passado uma semana depois dessa minha conversa com ela, eu vi que não tinha mudado muito coisa sobre o que ela sentia pelo Daniel. Ficamos um pouco depois da aula fazendo um trabalho, ela, Fabio, eu e um garoto que era muito do que quieto. Depois que me despedi do Fabio e o outro garoto se foi. Decidimos ficar um pouco para conversar. Para minha sorte, Fabio não notará minhas olhadas para o Daniel.
- Não dá.
- Vamos, dê só mais uma chance.
- Chance de que? Já dei. Já fiz o que você que. . . – Ela continuou a falar, mas eu comecei a pensar.
   Eu ainda tinha uma ultima cartada. Eu queria vê ele feliz, acima de tudo, ele era meu amigo e amigos a gente ajuda.  Nós temos que esquecer um pouco a gente de vez em quando e pensar em quem a gente ama e que podemos ajudar sabendo que isso será recíproco mais adiante.
- Vamos sair em casal. – Falei a interrompendo.
- E eu to com espinha e. . .Ãnh?
- Sair em casal. – Voltei a repeti.
- Você tá maluca?
- Não, nem estou. Não era o que queria?
- É só que sei lá. É complicado.
- Que inconstância.
- Já falei que sou geminiana?
- Boba.
- Ue. – Disse entre risos.
- Eu sou de libra.
- Ótimo. Vamos agora falar de signo?
- É, acho que sim.
- Outubro então tem aniversario para ir.
- Não é dia 25 de setembro.
- Ah, sim.
- Pois é. Eu gosto do meu signo.
- Eu gosto também do meu.
- Dizem que o seu chama atenção de muitos homens.
- Se for, pode ter até razão, mas isso é algo que não queria.
- Por que não?
- Por que, eu já amei, mas me abandonou como todos. A culpa foi minha, mas. . .
- Não diz isso.
- Você nem sabe o que rolou.
- O que houve? Quer falar?
- É, seria bom desabafar.
- Estou aqui.
- Eu amei, apenas uma vez e eu achava que ele me amava.
- O que houve? Como tudo começou a acontecer?
- Era mais ou menos onze horas da noite e eu estava muito mal por causa da falta de atenção que sentia. Eu estava num banco de uma praça que ficava perto de onde eu morava. Eu meio que tinha fugido, pois se algo acontecesse comigo, minha mãe não poderia ganhar mais nada daquele homem.
- Mas o que houve?
- Eu lembro que foi no ano retrasado. Alguns meses antes de eu pegar AIDS. – Murmurou triste com as próprias palavras.
- Conte. Estou curiosa.
- Então deixa que eu fale e fique quieta. – Falou sem paciência.
- Ei, calma. Se for para ficar assim eu. . .
- Não. É que não é bom falar disso, mas preciso desabafar.
- Então tá bom. Foi ficar quieta.
- Bem. . .Eu fiquei por algum tempo sozinha, tampando o meu próprio rosto e chorando, foi então que escutei alguns passos. Eu escondi mais ainda meu rosto, não queria que ninguém me visse daquele jeito, até que eu ouvir uma pergunta. . . – Disse. Nessa hora a voz dela parecia ter sumido como se tentasse interromper a si mesmo.
- Quem era? E qual foi à pergunta?
- Ér. . .Era o garoto mais estranho do colégio. – Disse mostrando um sorriso triste.
- Sério?
- Uhum, foi então que ele me perguntou o do por que de eu está ali.
- E aí?
- Falei para ele se mandar e me deixa em paz.
- Ele fez isso?
- Não. É engraçado. Ele sentou do meu lado e disse que não sairia dali até eu contar o que estava havendo comigo.
- E aí?
- Bem, eu disse. Depois, eu o abracei e senti algo estranho. Eu nunca tinha sentido nada antes. Naquele momento, foi tão estranho sentir aquilo. Os dias se passaram e eu encontrava com ele ás escondidas para conversamos. Eu nunca falava com ele na frente de ninguém. 
- Por quê?
- Achava que iria pagar um mico. Eu era tão boba, meu Deus.
- Ei, tá tudo bem, era só amizade, não?
- É, mas. . .Eu me apaixonei.
- Por ele?
- Sim. Ele usava óculos de fundo de garrafa, sabe? Ele tinha um cabelo curto, liso, estilo Zac Efron. Seu sorriso era tampado pelo aparelho.
- É que nem o meu?
- Não era bem pior.
- Nossa!
- É. . .A pele dele era bem branquinha e ele é, ou era. Não sei. . .Mas ele era magricelo, na verdade, nem tanto magricelo. Mas isso não me importava. Ele me aconselhava e me abraçava. Ele sim se preocupava comigo. Acho que qualquer garota começar a gostar de alguém que a faz se sentir especial.
- Então você entende o que passo.
- Sim, foi por isso que pedi para você arriscar e não cometer o mesmo erro que eu.
- Vocês nunca chegaram a se beijar?
- Chegamos sim, mas eu nunca tive coragem. . .Eu não assumi.
- Como assim explica melhor?
- Sabe. . .Foi numa noite, estávamos na praça e ele me contou uma piada na qual eu ri muito. Minha franja caiu sobre meu rosto e ele a tirou. Ele ficou centímetros de mim, ele me olhou nos olhos e eu fiz o mesmo. Ele era o único que me deixava sem graça, tímida e muito corada. Meu Deus, eu era apaixonada por ele, mas não tinha a mesma coragem que você. Ain. . .naquele momento, ali na praça, parecia que só existíamos nós dois no mundo todo. Teve um clima. Então nos beijamos. Foi o beijo mais doce e mais perfeito que tive em toda a minha vida.
- Nossa.
- É. Depois daquilo a gente se encontrava todas as noites e ficávamos se beijando ou conversando, nada mais que isso. Só que um dia ele cansou de ficar me esperando e que se eu não tivesse uma atitude, ele não ia mais querer me vê.
- E o que você fez?
- Eu? Decidi fingir que ele não tinha dito nada e uma semana se passou. Na sexta-feira, ele disse que estava tudo acabado entre nós. Eu disse a ele que não aceitaria aquilo. Pedi para ele me acompanhar em casa e que lá seria melhor para nos falarmos.
- Oh, Deus. Diz para mim que você não fez o que eu estou pensando.
- Sim, eu pensei que assim ele continuaria comigo no anônimo. Eu pedi para ele sentar na minha cama e esperar que eu fosse voltar logo. Entrei no banheiro e me preparei. Tirei minha roupa e fiquei apenas de calcinha. Então voltei. Ele ficou assustado, se levantou e disse que ia embora.
- E ele foi?
- Não, eu não deixei. Implorei para que ele deixasse como tudo estava.
- Ele disse não, né?
- Sim, mas eu o puxei para cama e depois o provoquei até ele ceder. Quando ele cedeu, nós nos amamos de uma maneira perfeita. Eu nunca tinha sentindo aquilo em toda a minha vida. Foi à melhor coisa em toda a minha vida. Eu me lembro como se fosse hoje. – Murmurou com os olhos brilhando. Suspirou com ar de apaixonada.
- E depois?
- Acordei e ele não estava do meu lado. Nós tínhamos ido dormi sem ter se quer falado alguma coisa um com outro de tão cansados que estávamos.
- Mas e aí? E quando chegou ao colégio?
- Esperei por ele, mas ele não foi e isso foi o resto do ano. Eu ia para praça em todas as noites e não o encontrava mais.
- Meu Deus, o que houve?
- Descobri a onde era a casa dele e fui lá, mas quando perguntei a onde ele estava para o pai dele, meu mundo caiu.
- Por quê?
- Ele se mudou para a casa da mãe dele, que fica em São Paulo.
- Eu. . .Eu sinto muito.
- Depois disso, é que voltei para a minha vida, a vida que me fez ter o que agora não tem cura e não posso voltar atrás. Ele ter ido piorou tudo. – Disse.
  Ela soltou um riso seco e soltou um ar triste pelo nariz.
- No final. . .Todos descobriram. Eu mesmo revelei. Eu fui servida para ser gozação todos os últimos dias de aula e ser chamada de piranha.
- Você já tentou pedir o numero dele? – Perguntei. Não queria falar sobre á ultima coisa que ele disse.
- Sim eu tenho, mas nunca tive coragem de ligar.
- Nossa, que história.
- Sabe? Eu nunca me esqueci daquela noite, pois nunca tinha me sentindo daquele jeito.
- Então se tem que se arriscar.
- É tarde demais.
- Como assim?
- Pelo que descobri, ele tá namorando com uma garota aí e não vai ser eu que vai atrapalhar isso.
- Então está no mesmo navio que eu.
- Nem tanto e você sabe disso.
- Ah, como não?
- Thayná, eu não o amo e acho que ele sente algo por você, só que não vê isso ainda e fora isso. . .Você é uma menina legal e sei que se algum dia chegar a ter algo com ele, vai querer é contar para o mundo. Eu não tive essa coragem e nem me arrisquei por ele.
- Eu. . .
- Thayná, quando a gente ama alguém, nós temos que lutar por elas até o fim.
- Talvez, mas prefiro vê ele feliz com quem ele ama.
- Olha. . .Eu tenho que ir. Mas amanhã à noite, sairemos em casal e sei que vai ser ruim para você. – Disse se levantando.
- Não, eu vou ficar bem.
- Isso eu quero ver.
- Vai vê. Só estou mal por que quem eu queria está eu não posso ter e muito menos rever.
- Quer que eu ligue para ele?
- Ahn?
- Quer que eu ligue para esse menino. . . Ér. . .
- Lucas. O nome dele é Lucas.
- É um nome bonito!
- É. É sim. – Falou num tom de voz apaixonado.
- Mais e aí, aceita a minha proposta?
- De ligar para ele? Ah, amiga, deixa para lá.
- Por quê?
- Já vai fazer dois anos no próximo mês desde á ultima vez que o vi.
- Desde aquela noite, não é?
- Sim.
- Ei, eu vou ligar para ele. – Disse me levantando e indo em direção ao celular dela que estava em cima da mesa. Sim, ela já usava celular e era aquele tijolo horroroso.
- Você nunca vai achar o telefone dele.
- Aposto que está aqui. – Disse pegando o seu celular.
 Eu não gostava de celular, mas eu sabia como mexer, até por que minha mãe tem um por obrigarem ela usar no trabalho. Eu suspirei num alivio e num simples toque no botão, já estava na agenda. Naquela época, celular não tinhas jogos, não tinhas proteção de tela e nada disso. Só tinha uma agenda de contatos e só, nem tinha um menu o celular.
     Era engraçado, pois não tinha ali algo para você se entreter num momento de tédio, hoje em dia, ninguém mais vive sem esse aparelho. Claro, que melhorou muitas coisas com essa modernidade, mas mesmo assim, sinto falta da época que tirávamos foto para recordar e sempre um mistério ás fotos até que eram reveladas, o que demorava um pouco e nos deixavam ansiosos. Hoje em dia, o celular já tem uma própria câmera. Mas enfim, vamos voltar pro que não devia ser interrompido.
- Olha se não é. . .  – Comecei a falar quando achei o nome “Lucas” na lista, mas logo senti o celular sendo retirado de minhas mãos.
- Não! – Exclamou. Depois guardou o celular no bolso da calça e murmurou:
- Tenho que ir. Mais tarde a gente se fala. Tchau.
  Ela se foi antes de eu falar qualquer coisa. Eu suspire, fiquei alguns minutos ali, parada e sentada, por fim, abri minha mochila, peguei meu diário e minha caneta e comecei a escrever:
Rio de Janeiro, 21/05/1998.
   
     Querido diário, minha vida está melhor do que antes. Quer dizer, pelo menos tem algumas pessoas felizes e isso é o importa, né? Pelo menos é o que eu acho, sabe? Eu ainda to de rolo com o Fabio e pelo que vejo, ele logo via me pedir em namoro. O problema é que não o amo quanto eu amo o Daniel. Tá, eu sei que estou sendo bem safada. Amar dois homens é complicado. Queria voltar a falar com o Fabrício, ele sim é um ótimo amigo. Ótimo amigo? É, é só isso para mim. Eu, pelo menos, já sei o que quero de um, né? Até por que ele não marcou como Fabio. Apesar de o Fabio ter sido um grande canalha comigo, eu o amei algum dia e sei que apesar de tudo, ele já sentia algo por mim desde aquela época, mas o que os outros garotos e garotas iam pensar falou mais algo do que ele e qualquer outra coisa. Daniel está mais estranho do que nunca, eu sei que ele não em quer com o Fabio, mas não fala para não se estressar e ele tem toda a razão. Já estamos afastados, ia se pior se a gente brigasse agora.

  Fechei meu diário. Guardei tudo dentro da mochila, levantei e coloquei a mochila nas costas.
Aquela noite, seria á noite. Eu iria com á melhor roupa e eu tinha combinado com a Renata, de eu ir lá para casa dela e me arrumar lá mais tarde.
  Naquela noite, eu me arrumei com tudo que eu tinha. Minha mãe me levou de carro até a residência da Renata. Ela estava em casa naquele dia, algo que achei bem estranho. Quando cheguei lá e ela atendeu, ela fez cara feia.
- O que foi?
- Tínhamos combinado de você se arrumar aqui e outra essa roupa não tá legal. Sua maquiagem não está combinando com o resto. AAAh, que horror amiga. Precisa de ajuda, viu? E eu vou te ajudar. – Falou horrorizada com a minha aparência. Ela me pegou pela mão e puxou para dentro. Quando vi, estava em seu quarto com ela tirando um monte de vestido do armário.
- Cadê aquela menina?
- A Jaque? – Chamou-a pelo apelido. O nome da mãe adotiva dela, sua ex empregada, era Jaqueline.
- A minha mãe tá trabalhando. Só chega ás 9 da noite. – Falou sem parar de vê os vestidos.
- Ah.
- Hum. . . – Falou depois que pegou um vestido azul florido.
- Veste este! – Falou jogando para mim o vestido.
- Re, não querendo se má agradecida, mas. . . – Comecei a falar enquanto fitava o vestido.
- Mas?
- Sou gordinha, isso ficaria ridículo em mim!
- A para de se menosprezar. Você tem um corpo lindo, só você que não percebeu. Também, né? Só usa roupa brega.
- A roupa que estou usando está bonita em mim. Ok?
- Quem disse isso? Sua mãe?   
- Como você sabe?
- Ai ai, tira logo esse vestido de luto e vê como esse fica em você.
- Mas re. . .
- Nada de mais, ok? Vai lá trocar no meu banheiro.
- Ai ai, tá bom. Tô indo lá. – Disse indo até o banheiro dela.
- Ótimo, estou te esperando para se maquiar, pentear esse seu cabelo e escolher um sapato. – Falou enquanto eu fechava a porta. Eu segurei o vestido e o encarei como se fosse uma pessoa. Segundos depois eu comecei a rir de mim mesma.
  Depois de alguns momentos, eu tirei o meu vestido de “luto” e vesti aquele vestido sem nem tirar minha sandália bege. Sai do banheiro. Depois a chamei:
- Renata? – Ela estava de costa, no mesmo momento, ela se virou e mostrou estar surpresa.
- Nossa Thayná. Você está linda nesse vestido, está até melhor que eu nesse vestido.
- Ah. . . – Murmurei.
- Vem cá, venha vê meus sapatos. – Falou dando um passo para o lado dando amostrar de vários pares de sandálias, saltos, botas e tênis.
- Nossa, são lindos. – Falei admirando um salto não tão alto e bonito de cor lilás escuro.
- Obrigada. Sabe de uma coisa?
- Do que?
- É a primeira vez que você acerta em algo.
- Ér. . .Obrigada, eu acho.
- Venha aqui. – Disse ela me puxando.
- Sente-se. – Falou me sentando.
- Posso colocar ele? – Perguntei enquanto ela pegava o par de sapatos e os trazia a mim.
- Mais é claro fofa. Quero vê como vai ficar. – Sorriu para mim.
 - Vou botar. – Falei pegando os sapatos de sua mão.
   Depois que coloquei, ela terminou de se arrumar e depois me arrumou como se fosse uma bonequinha. Eu só não fiz nada, pois eu queria está bonita naquela noite e sentia que algo de especial ia rolar.
  Passou duas horas e aí tocou a campainha. Quando a Renata abriu, eu vi que Daniel, olhava para Fabio de cara feia e só de vê isso meu coração bateu mais forte. Quando eles olharam para frente, se assustaram. Tive certeza que não era feiúra e sim o contrario. Eles ficaram me olhando, assustados e até chocados com a mudança que fiz em mim.
- Thayná, você está linda. – Falou o Fabio mostrando um sorriso lindo no rosto. Ele me pegou pela mão e me fez rodar. Eu mostrei um sorriso pequeno em resposta e disse:
- Oh, obrigada. – Falei desviando meu olhar para logo olhar o Daniel que me olhava de cima a baixo. Eu corei para depois desviar mais uma vez para fita o chão.  
  Foi então que escutei a voz a da Renata:
- Bem, vamos?
- É, vamos. Rê, você tá linda. – Falou Daniel depositando um selinho em seus lábios me fazendo fechar a cara.
  Eu sei que não devia ter ciúmes, mas quem disse que podemos mandas em nossos próprios sentimentos?
- Vem cá gata. – Escutei Fabio falar, antes de sentir uma puxada de uma de suas mãos na minha e selando meus lábios sem eu nem ter me tocado do que estava rolando. Ele colocou a mão em meu rosto, fazendo que eu o olhasse, ele sorriu e me fez sorrir.
- Eu te amo. – Falou me fazer derreter. Eu escutei um barulho de pé e então escutei:
- Vamos? Temos que ir antes que a balada feche. – Falou Daniel parecendo está resmungando.
  A balada era das 7 até ás 6 horas do outro dia, isso era bem impossível de fechar, principalmente ás 7 horas, no mesmo horário que começa.
- Calma amor. Hoje á noite vai ser incrível. – Comentou Renata enquanto fechava a porta e deixava a chave debaixo do carpete de entrada. Nós apenas rimos da voz entusiasmada da Rê.
  Entramos dentro do carro do Fabio. Sim, ele tinha 18 anos, ele era atrasado. Ele era bagunceiro, mas era muito inteligente.
- Que carro lindo, Fabio. – Comentou a Renata.
- Obrigada. – Agradeceu.
  Eu me lembro que era um Fiat Siena, era um carro bem comentado naquela época e, além disso, era do mesmo ano. O pai dele tinha dado para ele de presente de aniversario pelo que ele me disse. Ele faz aniversario no fim de ano, em dezembro.
  Quando chegamos no “restaurante”, notamos que estava muito lotado e a musica era bem alta. Eu nunca tinha ido naquelas coisas antes e nem o Daniel. O Daniel sempre tinha uma desculpa para não ir. Ele só iria se fosse com alguma namorada. Ele já chamava tenção no colégio, imagina ali naquela balada?
  Quando entramos, estava tocando a musica “Everybody” do “BackStreet Boys”. Vi muita gente dançando na pista.
  Lá dentro, notei que tinha dois andares e além disso, eram bem abertos para dentro. Em cima tinha varias mesas e á maioria estava ocupada, sendo que eram redondas da cor lilás pelo que me lembro e as cadeiras era da mesma cor.
  Decidimos sentar no andar de cima e por sorte achamos uma mesa vazia que dava para vê tudo lá embaixo. Quando sentamos, um garçom veio até a gente e perguntou o que queríamos.  Depois que fizemos o nosso pedido. Eu senti o braço de Fabio em volta da minha nuca e tocando meu ombro. Eu virei meu rosto e sorri para ele. Depois que a Renata falou algo para ele, eu virei meu rosto e olhei lá para baixo. Estavam todos dançando animadamente. Voltei a olhar o Fabio e perguntei quase que berrando por causa do som que estava alto:
- Vamos dançar? – Perguntei na mesma hora em que ele tirou o seu braço de trás de mim.
- Bora pow. Que tal agora?
- Ãnh? Agora?
- É, vem. – Disse me puxando pela mão.
- Renata e colega guardam ás coisas aí. Logo a gente volta. – Ele falou sem nem olhar para eles.  Foi me puxando em direção a escada, eu olhei para trás e vi que a cara do Daniel não estava boa. Voltei a olhar para frente e desci ás escadas bem atrás do Fabio. Muita gente subia, foi então que apertei a mão de Fabio com medo de acabar se soltando por causa da montanha de gente que vinha do lado oposto.
  Quando chegamos no andar de baixo, fomos lado a lado para a pista.  Quando chegamos lá, estava no meio da musica No be alone que não me lembro quem canta nesse momento. Começamos a dançar. A gente começou a dançar devagar, já que a musica não era de um ritmo dançante, mas também não era lenta.


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor.



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