à Eternidade escrita por GabrielleBriant


Capítulo 18
Negue




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XVIII

NEGUE

- ...e é isso.

Evangeline suspirou quando, depois de longas duas horas, terminou de relatar à sua amiga de infância tudo o que ocorrera em sua vida desde o Natal. Os últimos acontecimentos haviam lhe deixado confusa, triste e extremamente perdida; confiava que, ao recorrer à amiga, encontraria palavras de conforto e sábios conselhos, como de costume... Mas Gabrielle apenas ficou calada, olhando-a no mais absoluto choque.

- Gaby, por favor, diga alguma coisa.

A loira respirou fundo e desviou os olhos dos de Evangeline.

- O que você quer que eu diga? Que você agiu bem?

- Eu quero que você me aconselhe, oras! E que não me julgue!

- Evey, eu não posso dizer o que você deve fazer ou não, já que nunca me meti nesse tipo de situação! A única coisa que eu sei é que estarei ao seu lado, independentemente do que você decidir.

Evangeline mordeu nervosamente o lábio inferior.

- E o que você faria?

- Você me conhece: eu me casaria! John é um homem bom, bem-sucedido, bonito e que te venera... É difícil de encontrar algo assim hoje em dia! Eu não jogaria isso fora por um mero caso – A loira crispou os lábios quando viu Evangeline bufar e rolar os olhos. – Você queria a minha opinião, não queria? É essa!

- Eu não posso me casar com o John.

- E por que não?

Evangeline enterrou o rosto em suas mãos e deu um gemido irritado. Pelo que parecia ser a milésima vez naquela tarde, tentou explicar-se novamente à amiga:

- Eu o trai, Gaby! Por Deus, como eu vou olhar para ele de novo?! Como eu vou conseguir dormir com ele, sabendo que o trai?!

Gabrielle franziu o cenho.

- Você não dormiu com ele ainda? O que você fez quando ele te pediu em casamento?

- Eu disse que estava cansada, e ele entendeu.

- Viu? – Gabrielle deu uma risada abafada. – O homem é um santo! Qualquer outro exigiria uma compensação depois de presentear a namorada com um anel de noivado! Murillo me fez fazer coisas absurdas!

- Me poupe dos detalhes, Gaby.

- De qualquer forma, uma mentirinha ou outra não faz mal! São elas que conservam o casamento! E, no mais, você o ama... não ama?

Ela deu de ombros.

- Eu esperava que você pudesse me dizer isso! Eu não sei o que fazer, Gaby. Eu não posso continuar mentindo para John; simplesmente não é certo! E Severo...

- ...é um canalha?

Evangeline deu um sorriso confidente para a amiga.

- Sim, ele é. Na maior parte do tempo.

Um choro angustiado de criança foi ouvido ao longe. Gabrielle rolou os olhos e gemeu baixinho. Prendendo os seus cabelos loiros num nó, levantou-se do sofá e desapareceu pelo corredor estreito de sua casa. Quando voltou, poucos minutos depois, trazia consigo um dos gêmeos e uma mamadeira.

- O que você quer dizer com “na maioria do tempo”?

- Tem horas que ele é o melhor homem que eu já conheci, Gaby. É por isso que eu acho que eu sinto essa atração tão forte por ele.

- Ah, entendi... – Gabrielle sorriu maliciosamente, enquanto começava a alimentar o seu filho. – Ele é bom de cama.

O rosto de Evangeline avermelhou-se imediatamente, mas ela não pôde evitar um sorriso divertido ao ouvir a indiscrição da Gabrielle.

- Não é isso!

- Então ele é ruim? – Gabrielle perguntou com uma sobrancelha erguida, achando graça do constrangimento da amiga. Depois de um momento, no entanto, voltou a falar seriamente. – Fale o que quiser, Evey, eu simplesmente não vou acreditar que esse homem chegou à sua vida e você imediatamente esqueceu os três anos que passou ao lado de John. Eu sei que você tem essa noção maravilhosa e lúdica da vida, onde as pessoas se apaixonam e são eternos namorados; mas não é isso que acontece nos relacionamentos entre adultos, sabia?

“Você acha que a Cinderela foi feliz para sempre? Não! Ela provavelmente está enorme de gorda, rodeada de pirralhos, enquanto o príncipe dela sai por aí, dizendo que vai só dar passadinha no pub com os amigos! O tempo desgasta os relacionamentos. A paixão diminui; quase some. As pessoas ficam cheias de dúvidas e medos, e acabam atraídas por outras pessoas! É normal!”

- Então por que eu devo casar?

Gabrielle sorriu, olhando para o bebê em seus braços.

- Porque vale à pena. Meu marido e eu estamos longe de formar um casal perfeito, mas eu não consigo me imaginar envelhecendo ao lado de outra pessoa. Porque, mesmo depois de uma grande briga, eu sei que o amo. Porque eu sei que, quando todo o desejo desaparecer, eu ainda vou adorar ficar ao lado dele, mesmo que apenas relembrando como a nossa juventude foi boa.

“Eu me lembro que logo depois de você conhecer John você veio à minha casa e me disse que aquele era o homem da sua vida. O que você tem que se perguntar, Evey, é se ele ainda é; é se você ainda consegue pensar em passar a sua vida inteira ao lado dele. E, se a sua resposta for sim, então vale a pena deixar de dormir algumas noites remoendo a culpa por tê-lo traído, se isso significa ter esse futuro”.

Evangeline abaixou a cabeça.

- Eu tento. Mas, quando eu visualizo esse futuro, eu não tenho mais certeza se o quero, Gaby!

- E com ele? Com Severo?

Evangeline apenas suspirou e fechou os olhos. Para uma amiga de longa data, como Gabrielle, não foi preciso nenhuma palavra para entender.

- Deus...

- O que foi? – Evangeline voltou a olhar a amiga, com os olhos ligeiramente marejados. Gabrielle estava boquiaberta.

- Você o ama!

A morena piscou duas vezes, olhando totalmente incrédula para a amiga. As suas faces imediatamente tornaram-se escarlate.

- Não! É impossível! Eu não o conheço o suficiente, e só estive com ele por uma semana!

- Negue, então. – Evangeline suspirou, descobrindo que não conseguia negar. Mais uma vez, a sua amiga estava certa: o amava. Pelo canto do seu olho, ela viu Gabrielle sorrir. – Eu tenho que dar o meu braço a torcer, então: os canalhas são mais interessantes.

Evangeline sorriu e baixou a cabeça.

- Você vai ficar do meu lado, não é?

- Murillo vai brigar comigo por isso e John vai me odiar eternamente, mas eu sou sua amiga.

- Obrig--

Mas Evangeline não pôde terminar o seu agradecimento, pois a campanhinha estridente da casa de Gabrielle soou. A amiga lhe sorriu, entregando-lhe o seu filho e se levantando. Entretida com o bebê, Evangeline não pôde ver quem chegara... até escutar a voz de John.

- Evangeline! Eu sabia que você estaria aqui!

Ela se virou lentamente, não reconhecendo o brilho estranho nos olhos de John. Gabrielle, no entanto, conhecia: era o brilho perigoso visto algumas vezes por ela quando John perdia uma causa particularmente onerosa. Mordendo os lábios à obvia fúria do homem à sua frente, encaminhou-se até a amiga, tomou-lhe gentilmente o bebê...

- Eu vou deixar vocês a sós.

...E saiu.

Evangeline suspirou, levantando-se. Nervosa, tentou sorrir.

- O que houve?

John respirou fundo, aproximando-se ligeiramente de Evangeline. Com a voz forçosamente calma, disse:

- Eu sempre soube que você não tem todo caráter que demonstra. Mas jamais, nem por um segundo, eu pensaria que você seria capaz de fazer algo tão baixo. – Evangeline perdeu o ar. – É apenas por isso que eu vim te dar a oportunidade de dizer que nada houve entre você e Snape.

Ela abriu a boca algumas vezes, mas não parecia capaz de produzir som algum. John respirou fundo e assentiu.

- A mulher que eu conheci passaria dias me odiando por sequer pensar nisso. Você se lembra dela, Evan? Você se lembra do que você era, ou você esqueceu completamente, enquanto dava para o seu “tio”?

Todo o sangue pareceu subir ao seu rosto. Evangeline olhou boquiaberta para o noivo, sentindo o peso das palavras atingi-la com ferocidade.

- John, eu--

- O quê? Não quer ouvir esse tipo de coisa? A princesinha vai ficar constrangida e extremamente magoada por isso? Princesinhas, Evangeline, não dormem com qualquer um, sabia?

- Eu não--

- Princesinhas são respeitáveis, o que você mostrou não ser. – Ela tentou revidar, mas John logo a cortou. – Vadias, por outro lado, agem exatamente como você. São fáceis e não são confiáveis. – Mais uma vez, ela tentou falar. – Vadias. Você já imaginou que pode ser uma--?

- Deixe-me falar! – Ela disse alta e rapidamente, antes que John a interrompesse mais uma vez. Sentiu uma lágrima escapar pelos seus olhos. – Eu sinto muito! De verdade! Eu não queria te magoar, ou fazer mal a qualquer pessoa, mas aconteceu! Eu não pude evitar--

- Fale baixo – Ele falou com os dentes cerrados. – Estamos na casa de uma amiga, você não tem direito de fazer nenhum escândalo aqui.

Ela respirou fundo, enxugando as suas lágrimas. Tentou controlar o tom de voz.

- Eu não sei o que te dizer...

- Você não tem que dizer nada. Ele já disse tudo. Ele me disse quando; ele me disse onde; ele me disse quantas vezes; ele me disse o que vocês faziam antes; ele me disse o que vocês faziam depois; ele me disse o que você sussurrava; ele me disse como você gozava e quantas vezes você gozou; ele me disse onde colocou; ele me disse o que você mais gostou; ele me dis--

- PARE! – Ela desabou no sofá, tentando controlar a sua respiração ofegante e o choro convulsivo. Sentiu-se nua, humilhada, usada... e se odiou por ter confiado em alguém vil como Snape. – Pare...

John aproximou-se, olhando-a com os seus olhos acinzentados. Não havia dor, não havia pena... havia apenas ódio.

- Parar? Por quê? Pelas descrições dele, você se divertiu muito. Pensei que gostaria de reviver.

- Pare...

Ele deu um meio-sorriso.

- Eu que deveria ter pedido para ele parar, quando começou a descrever detalhes do seu corpo. Desculpe-me, Evan, mas eu não vou ter pena de você. Você não merece. E, se você pensar no assunto, foi ele quem te humilhou enquanto falava com um sorriso das variadas formas que te comeu; e não eu.

- Pare...

- Ainda em questão de caráter, acho que ele te enganou da mesmíssima forma que você me enganou, não?

Sem mais palavras, ele deu um risinho e saiu da casa.

Lentamente, atônita, Gabrielle voltou à sala... abraçou a amiga e, em silêncio, tentou consolá-la.

XxXxXxX

Enquanto Gabrielle dizia as poucas palavras de consolo que podia imaginar serem apropriadas à situação, a mágoa de Evangeline começou a dar lugar ao ódio. Quem ele pensava ser? Quem era ele para entrar em sua vida, ditar as regras, revelar as suas intimidades...?

No fim, Evangeline estava muito nervosa e ansiando por um encontro com Severo. Rapidamente, Gabrielle tratou de deixá-la em casa... Tão-logo desceu do carro, a morena apressou-se pelo jardim e varanda... sentiu que o seu coração podia explodir enquanto escancarava a porta e encontrava imediatamente um Severo que, tranqüilo, lia no sofá.

- O que você pensa que está fazendo?

Ergueu cinicamente uma sobrancelha, sabendo imediatamente que John fora procurá-la.

- Lendo.

- Não! – Ela fechou os olhos e cerrou os punhos. – Com a minha vida! Com que direito você falou para John--?

Severo levantou-se, aproximando-se de Evangeline e intimidando-a com seu porte e altura. A mulher, no entanto, não se esquivou; apenas continuou a encará-lo com furiosos olhos castanhos. Com a voz alta, ele a interrompeu.

- Com o direito que eu tenho de falar o que acontece na minha vida para quem eu quiser! Ao contrário de você, eu decidi não mentir, Evangeline! Se isso deixou John triste, o problema é dele; ele que cresça e aprenda a lidar com a vida! Ele era um obstáculo, eu o tirei do caminho. Simples assim.

Evangeline deixou os seus olhos novamente encherem-se de lágrimas.

- Um obstáculo? – Ela disse baixo, com dentes cerrados, e com a voz cheia de revolta. – Um obstáculo?! Ele é uma pessoa! Ele não é uma peça num jogo Xadrez que você descarta por ser um obstáculo!

Severo riu-se, achando a escolha da metáfora da mulher no mínimo irônica, depois do que fora dito por John naquela manhã, sobre tudo ser um jogo.

- Um jogo... è interessante que você tenha mencionado isso, pois--

- É isso o que tudo significa para você, não é? – Ele ergueu a sobrancelha – Um jogo. Parabéns, Severo, você ganhou! Você conseguiu! Você terminou o meu relacionamento, minha amizade, ou qualquer outro vínculo que eu poderia ter com John! Você acabou até mesmo com o respeito, que era justamente o que eu mais queria preservar! Espero que você esteja feliz!

- Na verdade, eu estou.

Severo olhou Evangeline com os seus olhos incrivelmente negros cheios de sarcasmo, raiva e mágoa... e ela devolveu o olhar com os mesmos sentimentos; pela primeira vez, com uma intensidade tão forte quanto a dele.

- E agora nós podemos ser felizes para sempre?! – Ele ergueu uma sobrancelha, quase mostrando divertimento. – Foi o que você achou que aconteceria?! Eu chegaria aqui e me jogaria nos seus braços, esquecendo completamente que você faz o que quer, o que lhe é conveniente, sem jamais pensar nos outros? Esquecendo que obviamente você não é digno de confiança?

O sorriso sarcástico morreu e, pela primeira vez naquela discussão, apesar das insinuações e acusações dantes deferidas, ele a olhou com revolta.

- Eu nunca fiz nada que pudesse ferir a sua confiança.

- Mesmo?

Deixando que a primeira lágrima caísse pelos seus olhos, Evangeline encaminhou-se em passos largos para a mesinha no canto da sala, onde ficava o telefone. Com um movimento brusco, ela segurou o fio solto e ergueu-o.

- Com que direito você fez isso? Desde quando...?

Ele sustentou o olhar, mas não moveu um só músculo.

- Eu esperei meses para te levar para a cama; não deixaria nada atrapalhar, depois de finalmente conseguir.

Ela fechou os olhos e suspirou, soltando o fio.

- Nada. É como eu disse, quando você quer algo, você passa por cima de qualquer um. É uma questão de tempo até você ter que passar por cima de mim! Eu não posso deixar isso acontecer.

- Eu jamais--

- Mentira! Você passou por cima da minha confiança, quando falou sobre a nossa intimidade para John!

Severo calou-se, olhando incrédulo para mulher à sua frente; não acreditando que ela estava fazendo tanto escândalo apenas por ele ter contado ao outro que fizera sexo com ela. Finalmente tendo uma epifania, ele cruzou os braços e deixou brotar novamente o seu sorriso sarcástico.

- Você está triste por eu ter posto um fim no seu relacionamento doentio?

Ela mordeu o lábio, dando um passo para trás.

- Não ouse falar do meu relacionamento.

- Você mentia para ele o tempo inteiro. Se você realmente quisesse ter algo com ele, não teria precisado mentir; sobre quem você é, sua família... Eu não teria sido o seu tio.

- Eu mentia porque não queria que ele soubesse o tipo de aberração que tenho em minha família!

Severo prendeu a respiração e calou-se por um minuto, esperando que Evangeline pedisse desculpa. Mas a desculpa não veio. Os olhos castanhos continuavam com o mesmo ódio, que não era cortado por nenhuma sombra de arrependimento.

Finalmente, com a voz lenta e perigosa, ele perguntou:

- É isso o que você pensa? Que eu sou uma aberração?

- Sim! – Ela disse igualmente lenta, venenosa... querendo machucar. – Uma aberração. Vocês não podem sequer se mostrar, porque ninguém os aceitaria! Vocês acabariam como atrações baratas de circo... O seu mundo não é esse. Você não pertence a esse lugar, e Deus sabe como eu sempre quis me livrar dessa parte podre da minha família! Como eu tenho vergonha dela! Eu quero ser normal, e não ficar me envolvendo em guerras que não são minhas, escondendo fugitivos de um mundo que não é meu!

- Você deveria ter dito isso antes.

- Você está aqui porque eu respeito o meu tio-avô. .

- Se você tivesse dito isso antes – ele disse, magoado, querendo também magoar. – eu teria te poupado os problemas. Seu tio-avô não me deve nada. Ele não me deve nenhum favor, e, mesmo que devesse, acho que isso teria sido pago no momento em que eu o matei.

Evangeline paralisou. As lágrimas de ódio imediatamente foram convertidas em lágrimas de tristeza, de decepção. Ela não queria, não podia acreditar naquilo... com o coração batendo rápido e angustiado, ela deu dois passos em direção a Severo.

Com a voz tremida, ela sussurrou:

- Você fez o que?!

- Na torre de astronomia da escola. Com um Avada Kedavra. Você conhece, não? A maldição da morte. Ele caiu da varanda com o impacto, deslizou pelo céu e estava morto antes de chocar-se contra o chão. Foi até poético.

Ela sentou-se, com a mão sobre o diafragma e tentando recuperar a sua respiração... sentindo-se vazia; sentindo-se mais magoada que achava ser possível... E, principalmente, sentindo que jamais conseguiria olhar para aquele homem novamente. O homem que ela amava.

Depois de longos minutos, a sua voz doce da mulher falou, calma e tristemente, a terrível constatação:

- Nós não pertencemos ao mesmo mundo.

- Suponho que não.

Ela calou-se mais uma vez. O seu corpo dormente levantou-se pesado... ela teve que fazer muita força para voltar a olhar o rosto daquele homem – mas não os seus olhos. Os seus olhos nunca mais. Respirou fundo e, lentamente, disse, com o coração doendo:

- Eu quero você fora da minha vida, Severo. Fora da minha vida, e fora da minha casa.

E ela não falou mais nenhuma palavra. Apenas segurou-se para não derramar mais nenhuma lágrima e não olhá-lo enquanto ele dava meia-volta e, em silêncio, arrumava a sua pequena mala e deixava a casa de Evangeline.

XxXxXxX

Negue: Musica de Nelson Gonçalves cuja letra pode ser encontrada aqui: (letras. terra. com.br/nelson-goncalves/47664/)


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