Evergreen escrita por TomSchwallier


Capítulo 5
Capítulo 5




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    À medida que se aproximavam do segundo destino podiam sentir o vento frio começando a marcar presença assim que o Sol se fora. Agatha fitava o alto dos pinheiros enormes totalmente surpresa por suas alturas e em determinado momento se questionou sobre o motivo de Aniel se lembrar dela ali; adotando uma expressão confusa e não resistindo á curiosidade desviou o olhar das árvores para perguntar a ele o motivo, mas não teve tempo para fazer o planejado, pois seus olhos encontraram uma praia bem á sua frente. A água do mar era de uma tonalidade azul esverdeado e aquele horizonte fez desaparecer os pensamentos que Agatha planejava dizer sobre o quanto achara aquele lugar perfeito.  Depois de mais alguns passos sentiram os pés afundarem ligeiramente naquela areia branca que criava um contraste perfeito entre o céu alaranjado e o mar azul esverdeado.
- Consegue se lembrar daquele sonho em que estávamos sob a luz de um céu alaranjado? Seu cabelo reluzia por conta daquela luz e quando o vento te tocava, seus cabelos balançavam como agora. – Aniel disse com os olhos fixos em Agatha e ela pode sentir-se como se estivesse sendo avaliada, o que era a maneira correta de se sentir, já que ele a olhava com tanta minucia. Para Aniel cada detalhe de Agatha merecia ser avaliado com carinho, como se cada olhar pudesse tocar sua pele e acaricia-la calmamente, deixando-a com aquela expressão serena e respiração falha. – Este lugar faz com que eu me lembre de ti porque todos os dias, nos finais das tardes o céu fica neste tom. 
- Sabe o que é mais perfeito? Aqui não preciso temer a distância, posso pensar em você ao ver o céu assim e te ter por perto. - Confessou com carinho na voz enquanto o olhava, deu um passo a frente e pousou suas mãos na face do garoto a sua frente, conectando seus olhares e fazendo-os sentir como sendo parte um do outro. – Mas e o jardim, porque faz com que você se lembre de mim? – Quebrou o silêncio e sorriu, tendo certeza de que não seria desapontada por sua resposta. 
- Você pode ver toda aquela confusão de cores e variedades de espécies de flores? – O garoto perguntou com um sorriso orgulhoso nos lábios, como se estivesse guardando um trunfo final e depois de Agatha assentir ele esperou alguns segundos antes de voltar a falar. – Toda aquela confusão me obriga a pensar em você, porque você é uma confusão pequena, mas nada muda o fato de eu ficar maravilhado ao explorar toda essa confusão que você é. 
    Enquanto ouvia as palavras de Aniel, Agatha se aproximava aos poucos de seu rosto e com os olhos fixos em seus lábios esperou que ele terminasse de falar para junta-los aos seus. Por alguns segundos permaneceram com os lábios selados e os olhos fechados, sentindo todo aquele carinho transbordar enquanto o vento frio soprava. Quando voltaram a abrir os olhos o tom alaranjado já não dominava o céu, a noite marcava território e quando menos esperassem atacaria, deixando surgir então às estrelas e a Lua. 
   Agatha encaixou o rosto entre o pescoço e ombros de Aniel e ele fez o mesmo; ambos respiravam lentamente e um conforto conhecido surgiu, fazendo Agatha se sentir agradecida, tendo certeza de que se sentia completa ao lado de seu personagem favorito. Vários minutos haviam se passado quando Aniel olhou para o céu, se afastou aos poucos da pequena com um sorriso nos lábios; Agatha fitou-o com uma expressão confusa no início e logo dirigiu o olhar na mesma direção em que o dele se encontrava, rapidamente entendeu o motivo daquele sorriso e repetiu a ação, sorrindo maravilhada. 
- Acho melhor irmos, devem estar ansiosos para vê-la. – Aniel disse com os olhos fixos no céu e Agatha o fitou, sentindo as perguntas se formarem em um ritmo incrível em sua mente, mas quando estava prestes a abrir os lábios e pronuncia-las lembrou-se do único pedido de Aniel. Nada de perguntas. 
- Agora sou eu quem esta ansiosa! – Exclamou e decidiu que ao menos uma pergunta poderia ser feita, já que não questionava o fato de como tudo aquilo poderia ser possível. – Mas diga-me, quem esta a nossa espera? 
- Kayo e Cassandra, somos como irmãos e moramos juntos. – Explicou e sem soltar sua mão começou a fazer o trajeto que os levaria para sua casa.  


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