A assassina I - Hogwarts, Uma Outra História escrita por GabrielleBriant


Capítulo 17
Sevvie No Lago




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CAPÍTULO XVII. - SEVVIE NO LAGO

Os meses, naquele ano se arrastaram muito lentamente. E Amélia não estava tendo muito sossego.

Namorar Sirius era maravilhoso. Ele sempre tinha uma maneira nova de fazê-la rir, e sempre estava ao lado dela. Sim, ela era feliz. Muito feliz. Não podia se queixar. Mas, mesmo assim, faltava alguma coisa...

Alguma coisa que Severo tinha.

Ela passou dois meses tentando negar, mas, no fundo, sabia que aquilo que faltava em Sirius, Severo tinha de sobra.

Bastava chegar perto dele para Amélia sentir uma vontade quase incontrolável de beijar... Abraçar... E até de... humm... ir adiante com os carinhos, ela tinha que admitir. Mas não podia! De jeito nenhum! Ela estava com Sirius..., E ele gostava tanto dela... E, além disso, Severo estava com Bellatrix! E eles pareciam felizes.

Amélia realmente pensou que iria esquecer a paixonite que tinha pelo seu melhor amigo... Mas não deu! Ela tentou, por dois meses e não deu! Bom, ele também não ajudava muito! Nesses dois meses não teve um dia sequer que ele não a olhasse de um modo esquisito... E ele tinha voltado a quase beijar ela! Seis vezes! Por sorte, ela conseguia recobrar o juízo a tempo.

O pior é que isso estava afetando muito a amizade entre os dois. Já não tinha mais noites de estudo na Sonserina. Amélia pouco aparecia nas festas... E quando o fazia, sempre ficava escorada em Augusto e Narcissa (principalmente Narcissa, pois Augusto sempre estava com alguém). Ela e Severo já não se falavam muito... E sempre que se falavam por mais de dois minutos, eles acabavam brigando ou quase se beijando... Ou os dois.

Amélia respirou fundo, tentando afastar os pensamentos. Assim que dobrou o corredor, viu Severo.

- Ei! Amélia!

- Oi?

Ele se aproximou e pegou os livros que ela estava carregando.

- Hummm... Que cavalheiro! Obrigada!

- Você pretende assistir à aula?

- Estava indo para lá.

- Sério, Amélia, você realmente que ir ver aquele velho falar um monte de coisas que nós já sabemos?

- Parece que eu não tenho muita alternativa, não é Severo? Dousset ameaçou me reprovar por faltas.

- Só hoje. Vamos ficar lá fora. Eu não estou com humor para assistir a lengalenga de Dousset.

- Você nunca está, não é?

Ele deu um meio sorriso e começou a guiar Amélia para fora da escola. Ela se sentou à beira do lago. E a seguiu em seguida.

- Daqui a duas semanas é o dia dos namorados... - Amélia suspirou.

- É verdade... Ei você se lembra, há dois anos, quando eu achei que você estava me chamando para sair?

Os dois riram

- Eu fiquei com tanta vergonha da maneira que eu tinha me expressado! Sabe, eu só queria um buraco para me esconder! - Ela riu e escondeu o rosto entre as mãos. Ele ficou calado por um tempo. Quando ela tirou as mãos dos olhos, pode vê-lo a encarar.

- Eu teria aceitado.

- O que? – Ela suspendeu a respiração.

- Talvez não naquele ano, mas, se você quisesse sair comigo um ano mais tarde, talvez eu tivesse... E tudo seria diferente.

- Severo...

- Não diga nada... Ou melhor, diga. Se eu tivesse te chamado para sair, você iria aceitar?

- Eu... Eu...

- Apenas, responda.

- Eu acho que sim.

Ele pegou uma mecha do cabelo dela e a colocou atrás da orelha. Acariciou o seu rosto suavemente e passou o dedão no seu lábio. Ele foi chegando cada vez mais perto... E perto...

Oh, Merlin, lá vamos nós de novo...’

Um barulho no lago os trouxe de volta à realidade. Tinha sido a lula gigante, que acabara de bater um dos seus tentáculos contra a água, espalhando uma grande quantidade dela pelos jardins de Hogwarts... Por sorte os dois não se molharam. Amélia se afastou o mais rápido que pode de Snape, que ficou, no mínimo, frustrado.

- Então... - ele começou a falar. Amélia, ainda muito vermelha, não olhava para ele. - Você vai para a festa hoje à noite?

- Estava pensando em ir.

- Mas hoje é o aniversário do seu namorado. Você não deveria ficar com ele? - Ele falou, deixando transparecer um pouco de irritação na voz.

- É, mas...

- Mas ele vai sair de noite com Potter, Lupin e Pettigrew.

Amélia, então olhou para ele, com um tanto de horror no rosto.

- Como você sab...

- Só um imbecil não perceberia que eles, de vez em quando, estão fora. Sempre os quatro. Sempre de noite. E passam a noite inteira fora. E você sabe o que eles estão fazendo nesse meio tempo!

- O que? Severo, eu...

- Sabe sim, Amélia! Claro que sabe! Diga-me!

- Te dizer? E porque eu te diria?! Você odeia Sirius e os meninos! Qualquer, entendeu, qualquer coisa que eu te diga você vai dar um jeito de usar contra eles! – ela começou a levantar a voz.

- Então tem alguma coisa que você não quer que eu saiba!

- Sim, Severo, tem! Mas eu não vou te contar!

- É claro! Você é cúmplice dos delinqüentes... Quer dizer, Marotos.

- Como você...?

- Eu sabia! – Os olhos de Severo brilharam.

- Droga!

- Não se culpe. Eu tinha certeza que eles eram os Marotos.

- Como você descobriu?

- Simples: Quatro pessoas do quinto ano; andam sempre juntas; imaginação demais para criar apelidos imbecis, cérebro “de menos” para usá-los; Total desapego às regras; Eles têm um inteligente, para criar os planos - Lupin. Um rico para custeá-los - Black. Um idiota para cumpri-los - Pettigrew. E um popular demais para levar a culpa por qualquer coisa - Potter. Simples, como eu já disse.

- Sev, por favor, não conte a ninguém – ela suplicou.

- Eu posso fazer isso. Se você me contar o que tanto eles fazem à noite, quando saem.

- Eu não p...

- Ela não vai contar nada, Ranhoso!

Os dois amigos olharam para trás e viram Sirius, encarando furiosamente Severo. Amélia se levantou imediatamente.

Oh, Merlin! Há quanto tempo ele está aí?’

Severo apenas ficou olhando calmamente o semblante perturbado de Sirius. Ele continuou a falar.

- Parabéns pela sua dedução, Snape. Muito inteligente.

Severo se levantou devagar. O olhar ameaçador começava a se formar.

- É que eu tenho cérebro... Desculpe, você sabe o que é isso?

- Sei, sim, Ranhoso. Aliás, um cérebro tão brilhante quanto o seu deveria ser usado mais freqüentemente!

Amélia olhou o rosto do amigo corar quase imperceptivelmente. O olhar dele brilhava em ódio. Sirius também não estava muito diferente. Ela decidiu interferir.

- Calma você dois! Olha...

- Você sabe que eu poderia entregar você a Dumbledore, não sabe, Black? Seria uma pena ter o se segredinho espalhado por toda escola... Principalmente agora que todos os professores querem as cabeças dos... Marotos

- E quem vai me entregar, Snape? Você?! Não me faça rir! Você sabe muito bem que isso só nos deixaria mais populares... Ah, desculpe, você sabe o que é isso?

- Não, graças a Merlin!

- Quer dizer então que você não queria ser popular? – Sirius perguntou um tom zombeteiro.

- Não, se isso significasse não ter tempo nem de prestar atenção suficiente na minha namorada para perceber que ela esta querendo bei...

Merlin, ele vai falar tudo!’

Amélia, zangada e desesperada, interrompeu.

- EI! – ela se virou para Severo - VOCÊ NÃO SE ATREVA A ME COLOCAR NESSA DISCUSÃO IDIOTA! VOCÊ, SEVERO, TRATE DE ENCONTRAR UMA VIDA PARA VOCÊ E DEIXA A DOS OUTROS EM PAZ! – se virou agora par Sirius - E VOCÊ, SIRIUS, NÃO SE META ONDE NÃO FOI CHAMADO!

- Mas...

- CALADO! EU NÃO QUERO MAIS OUVI A SUA VOZ HOJE! A DE NENHUM DE VOCÊS!

Eles ficaram encarando Amélia. Sirius parecia surpreso e assustado ao mesmo tempo. Já Severo... Bom, ele parecia estar um tanto orgulhoso da amiga. Ela respirou fundo e apanhou os livros que estavam no chão.

- Eu vou voltar para a aula!

Amélia, batendo os pés, começou a voltar para a sala de defesa contra as artes das trevas. Se Dousset deixasse, ela assistiria a última meia hora de aula.

Quer dizer, supondo que ela conseguisse assistir alguma aula no estado de nervos que estava. Por que os dois tinham que ficar brigando o tempo todo? E porque Severo quase disse que ela tinha quase beijado ele? Aliás, por que ela tinha quase beijado ele em primeiro lugar? Amélia não sabia se estava com mais raiva dela, por ser tão fraca, de Severo, por ser tão insistente, ou de Sirius, por ser tão intrometido!

Ela chegou na porta e respirou fundo. Abriu, tentando relaxar.

Me dê um motivo, Dousset, um motivo, e hoje vai ter briga!’

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