A assassina I - Hogwarts, Uma Outra História escrita por GabrielleBriant


Capítulo 18
Sobre os Testrálios...




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CAPÍTULO XVIII. - SOBRE OS TESTRÁLIOS...

- Professor Dousset? Posso entrar?

Todos os alunos que estavam em sala pararam o que estavam fazendo e se viraram para observar Amélia, que estava parada na porta, esperando por uma resposta do professor (que, por sinal, a odiava). Surpreendentemente, ele apenas sorriu e respondeu.

- A srta está atrasada.

Grande observação, Gênio!’

- Antes tarde do que nunca.

- Tudo bem, La... digo, srta Lair, entre.

Muito simpático muito estranho.’

Amélia não gostou nada da atitude do professor. Ele foi gentil demais, compreensivo demais e simpático demais. E isso não era do feitio dele.

- Obrigada.

Ela entrou na sala tentando ao máximo não ser notada, o que era impossível, já que ninguém parava de encarar ela. Sentou-se numa cadeira da última fila, ao lado do corredor. Ainda estava nervosa. Abaixou a cabeça e passou as mãos pelos cabelos. Suspirou. Dousset continuou a aula.

- Continuando o que estava dizendo antes da interrupção da querida colega de vocês, os Testrálios são criaturas malignas, que...

O professor foi interrompido, mais uma vez, pela porta que se abria. Sirius e Severo estavam lá, ambos ainda pareciam estar de péssimo humor. Sirius falou.

- Será que podemos?

- Por que não? - O professor respondeu, exaltado. - Eu já deixei a Srta Senhorita entrar! Vamos! Como ela disse, antes tarde do que nunca!

Srta Senhorita? Que velho abusado!’

Os dois entraram. Severo se sentou também na última fileira. Ficou quase ao lado dela, separados apenas pelo corredor. Sirius foi para o seu lugar habitual, ao lado dos Marotos (menos de Lupin, que, a esse momento, estava na casa do grito – época de lua cheia). O professor tentou dar continuidade a sua aula.

- E como eu ia dizendo antes dessa nova interrupção, os Testrálios são animais malignos e muito perigosos. A sua nat...

- Licença!

Amélia, que já estava com um braço levantado desde que o professor começara a falar, o interrompeu. O velho começou a corar furiosamente. Ele suspirou, buscando controle.

- Sim, Srta Lair?

- Testrálios não deveria ser um assunto abordado em Trato de Criaturas Mágicas?

O velho suspirou mais uma vez.

- Eu não estou tentando ensinar como transformar um Testrálio num animalzinho de estimação. Eu estou querendo ensinar como se defender dele!

- E nós também aprendemos isso em Trato de Criaturas Mágicas!

O professor bufou e foi começou a se aproximar de Amélia em passos largos. Ela já estava estressada por causa do que tinha acontecido no lago. Estava louca para pegar uma briga. E, aparentemente, aquele era o momento certo para extravasar toda a raiva que estava sentindo. Ela se levantou para poder encarar o professor.

- Do conteúdo das minhas aulas cuido eu, Srta Lair. Se você não ficar satisfeita...

- Garantimos o seu dinheiro de volta? – Ouviu-se a risada dos alunos com famílias trouxas... Mas Dousset não tinha entendido a piada e ficou ainda mais vermelho - Argh, pelo amor de Merlin! Você tem que nos ensinar apenas o conteúdo dos NOMs!

- Isso é um assunto para NOMs!

- De Trato de Criaturas Mágicas!

- Srta Lair, se você...

- SENHORITA!

- SE A SENHORITA NÃO QUER ASSISTIR AULA, RETIRE-SE!

- EU ADORARIA ASSISTIR AULA! MAS UMA QUE REALMENTE VALESSE A PENA!

O professou sorriu sarcasticamente.

- Então a minha aula não vale a pena?

- Não! Eu não sei se te informaram, mas tem uma guerra acontecendo lá fora! Saber montar em Testrálios não vai nos ajudar em nada se um dia nós cruzarmos com Voldemort!

O homem pareceu ultrajado

- Nunca-mais-diga-o-nome-dele!

- E porque não? Porque um jornal sensacionalista o apelidou de Aquele-que-não-deve-ser-nomeado? Antes de esse imbecil inventar esse apelido idiota ninguém tinha medo de falar o nome do cara!

- É uma questão de respeito.

- Respeito? Eu não respeito quem sai fazendo atentados terroristas! Ele é um assassino, não merece o meu respeito! E, se você o respeita, você é doente, professor!

- Ninguém diz o nome dele! Mas você tem que ser a diferente, não é Lair? As regras simplesmente não se aplicam a você. Sabe, vo...

- Não fuja do assunto, Dousset!

Amélia, Dousset e os alunos se viram para ver Severo, que tinha se levantado e entrado na discussão. Ele continuou.

- Eu concordo completamente com Amélia. Não vai nos ajudar em nada, nesse momento, saber se livrar de Testrálios! Nós temos que aprender é a nos livrar de Comensais da Morte, Dementadores e gigantes!

- Quem são vocês para questionar os meus métodos de ensino?

- Quem é você para colocar nossas vidas em risco nos privando dos conhecimentos necessários?

- Detenção. Para os dois. Amanhã, depois do jantar, na minha sala. Agora saiam daqui!

Severo pegou a mochila e deixou a sala imediatamente. Amélia ainda ficou olhando por um tempo para o professor, com os seus olhos faiscando. Pegou seu material. Quando chegou na porta, se virou.

- Quer saber? Foda-se!

E saiu.

Severo estava do lado de fora, esperando por ela.

- Você foi ótima!

Ela deu um meio sorriso.

- É, mas foi só porque eu já estava nervosa. Sabe, duas pessoas que eu conheço e gosto muito me deixaram realmente puta hoje!

- Uau! Dois palavrões em menos de um minuto? Cadê a doce Amélia que eu conheci?

- Aqui mesmo. Acho que eu estou andando demais com sonserinos desbocados!

- Estou vendo!

Os dois começaram a caminhar pelos corredores.

- Você sabe se Augusto guarda alguma bebida no dormitório? Eu realmente preciso de álcool.

- Por que nós não vamos ao Cabeça de Javali?

- Porque eu não posso sair de Hogwarts.

Ele ficou pensativo por um momento.

- Bom, Augusto eu acho que não, mas Rodolphus tem uma garrafa de Whisky no malão... Mas eu acho que ele ficaria um tanto furioso se...

- Está tudo bem. – Amélia interrompeu - O jantar é em pouco tempo mesmo... Eu afogo minhas mágoas no suco de abóbora!

Um momento de silêncio.

- Por que você não vem comigo até a Sonserina? Nós podemos estudar um pouco.

Ela até pensou em aceitar, mas se lembrou do que tinha acontecido naquela tarde.

- É melhor não.

- Tudo bem. Você que sabe!

Amélia deu um sorriso amarelo e fez o seu caminho para a torre da Grifinória.

Ela e Severo não se falaram mais naquela noite. Sirius saiu para fazer companhia ao Remo - lobo... E ela ficou só, na torre da Grifinória... Quer dizer, isso até o relógio bater meia-noite.

Assim que deu meia noite, uma coruja apareceu na janela do quarto onde quase todos dormiam. Ela abriu. No papel, tinha escrito.

Torre de astronomia.

Ela nem precisou pensar muito: Era o “convite” para a festa da Sonserina. Ela tinha planejado não ir, mas... Bom, ela ainda estava com vontade de beber! E dançar um pouco seria bom para esquecer um dia tão cheio.

Ela rapidamente trocou a seu pijama por um vestido leve e colocou um casaco. Assim que saiu, deu de cara com Lílian, que tinha dormido sobre os deveres de casa. Tentou andar devagar, para não acordá-la... Mas não deu.

- Ei! Onde a senhorita pensa que vai?

- Eu não penso! Eu vou me divertir um pouco!

- Isso são horas de se divertir?

- Se você bebesse, tivesse sangue puro e fosse bem relacionada, saberia que sim!

- Nossa! Calma!

Amélia suspirou e fechou os olhos.

- Desculpa. Lílian, eu realmente estou de mal-humor e realmente mesmo preciso ir para onde eu estou indo.

- Tudo bem. Mas eu não te vi, OK?

- Ué, mas eu nem sai! – ela riu - Estive a noite inteira no dormitório, certo? Assim como você!

- Certo!

Ela deixou o dormitório e acelerou o passo até a Torre de Astronomia, tomando muito cuidado para não cruzar com ninguém no caminho. Quando chegou, jogou o papel por debaixo da porta e esperou. Alguns segundos depois, um grandalhão do sétimo ano abriu a porta. Assim que Amélia entrou, a música alta invadiu os ouvidos dela.

Ela sorriu ao ver tanta animação. Pessoas dançando... Amigos... Seve...

Peraí! Onde está Severo?’

Ela foi até um já-quase-caindo-de-bêbado Augusto Malfoy.

- Augusto?

- Minha querida Mia! - Ele a abraçou - Eu pensei que você não vinha!

- Mas aqui estou eu! Augusto, você sabe onde o Severo está?

- Onde ele está? - ele olhou ao redor. - Aqui ele não está!

Sério?!’

Amélia deu um sorriso amarelo.

- Eu percebi.

- Ele não vem para a festa hoje... Eu acho.

- Por que? Ele nunca perde uma festa!

- Ora, Amélia! Porque ele está muito ocupado... – o garoto se aproximou do ouvido dela, como se fosse contar um segredo. - com Bella!

- Como?

- Ah, você sabe! Ele está com a bela Bella! Fazendo sabe-se lá o que!... Bom, eu sei bem o que eles devem estar fazendo. Ele é ou não é um cara de sorte?

Amélia se sentiu um pouco enjoada ao pensar em Severo e Bellatriz... Argh! Ela, sentindo uma pontinha de ciúmes, olhou para o outro lado, para ver, para a sua surpresa, Bella!

- Errrr... Augusto! Bella está ali!

- Onde?

- Ali! - Ela segurou o queixo dele e virou a sua cabeça na direção de Bellatrix. Ele começou a rir.

- E não é que ela está aqui mesmo! Pobre Sevvie, então!

Amélia suspirou, impaciente.

- Augusto, o que ele disse exatamente?

- Eu não me lembro direito... Mas definitivamente ele disse algo sobre ir atrás de Bellatrix. Sabe o que é estranho? Ele a chamou pelo sobrenome! Será que brigaram?

Amelia estranhou um pouco, mas logo entendeu bem o que aquilo significava.

Mas o sobrenome de Bellatrix é...’

- Black? Ele disse que ia atrás de Black?

- Exatamente! – Augusto deu uma gargalhada - E, como você adivinhou?

- Ai, Merlin! - Ela olhou, preocupada, para Augusto - Eu acho que... Quão bêbado você está, meu amigo?

- Muito, muito mesmo.

- Ah, não vai adiantar te explicar, mesmo! O que é que você está bebendo?

- Rum.

- Ótimo! - ela tomou o rum da mão do amigo e o bebeu num gole só. - Eu precisava disso!

- Ei! Você bebeu tudo!

- Você consegue outro! Me dig... Não, esquece! - ela olhou ao redor - Tem alguém aqui menos bêbado que você?

- Narcissa disse que não ia beber.

- Ótimo!

Ela caminhou rápido pela sala, se esbarrando nas pessoas. Passou por um segundanista que estava trabalhando como garçom (só assim para os mais novos participarem) e arrancou da bandeja uma bebida que, somente depois de beber o primeiro gole, ela identificou como vodka.

Na pista de dança, ela encontrou Narcissa. A arrastou para onde era mais silencioso, porém, ainda assim, barulhento.

- Eu preciso de ajuda! Quer dizer, Severo pode estar precisando de ajuda!

- O que?

- EU PRECISO DE AJUDA!

- Pra que?

- Severo pode estar em perigo!

- O QUE? – Narcissa olhou para trás e viu Bellatrix, que a chamava de volta para a pista de dança - Olha, se vocês brigaram, pode ter certeza que ele disse isso da boca pra fora! É claro que Severo ainda é seu amigo!

E ela voltou para a companhia de Bellatrix, sem dar chances a Amelia de dizer que ela tinha entendido errado.

Amelia começou a analisar o que estava acontecendo:

1. Severo tinha ido seguir Sirius.

2. Sirius ia ficar na forma de animago... O que era bom, se Severo se atrasasse... Mas era mal se ele chegasse na hora e desvendasse o segredo do seu namorado.

3. Sirius ia ao encontro de Remo.

4. Remo era um lobisomem.

5. Era lua-cheia.

É... A situação não está naaaaada boa! Mas, mesmo assim...’

1. Sirius era doido, mas não era assassino. - jamais deixaria Severo ser morto ou mordido.

2. Tiago estaria lá! E ele tinha juízo!

3. Remo era um lobisomem com instinto assassino que não deixaria viva uma alma humana que chegasse perto dele!

Espera! Isso é bem mal!’

Ela respirou fundo e começou a se dirigir para o observatório. De lá ela conseguiria ver o Salgueiro Lutador, entrada para a Casa do Grito... E ver se o corpo sem vida se Severo sairia de lar (ah, mas se iso acontecesse, ela matava sirius).

Ela passou no observatório uns cinco minutos... Aliás, uns cinco minutos bem constrangedores, diga-se de passagem... O observatório era... bom, o point romântico da festa... E ela era a única criatura desacompanhada lá.

Por sinal, os inúmeros casais contribuíram para que a atenção dela ficasse completamente focalizada no Salgueiro Lutador. De repente...

- Oh, porra!

Ela suspirou baixinho, enquanto via um cachorro arrastar o corpo imóvel e sangrento do seu melhor amigo para fora da árvore.

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