Entre Mares e Livros escrita por mille_crotti, kat_h


Capítulo 26
Planos que [teoricamente] têm tudo para dar certo.


Notas iniciais do capítulo

Ok, só vou dizer três coisinhas:
1 - Se vocês me mataram, não vão saber o fim da fic!
2 - Assim que terminar aqui vou sair correndo, antes que alguém mate mesmo depois do aviso 1.
3 - Boa notíca; já tenho mais 2 caps PRONTOS, mas só vou postá-los quando tiver mais de 10 reviews.
4 - Um mega obrigada à Annabeth73 pela nossa 14 recomendação!
Ok, saí correndo agora.
Boa leitura!



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Eu estava em algum lugar escuro, quase não enxergava nada. Apurei os ouvidos, e muito longe pude ouvir gritos, na hora lembrei-me de uma batalha. Eu tentei andar tateando o ar, e alguns passos a frente encontrei uma parede sólida, parecia ser feita de madeira. Lentamente, fui seguindo a parede, até que ao longe comecei a ver uma luz fraca, um leve brilho prateado. Segui em sua direção, a luz ia aumentando conforme eu andava.

Logo, pude perceber que a luz vinha de uma esfera. Dentro da esfera, em posição fetal, havia alguém, não um bebe, mas sim uma adolescente. Ela estava desacordada (ou dormindo não sei), mas por um momento, ela abriu os olhos. Com olhar confuso, ela tateou a esfera e tentou quebrá-la, sem sucesso. Percebi que ela lutava para respirar, e com um ultimo esforço, ela olhou profundamente em meus olhos e suplicou “ajude-me” antes de apagar. O mais assustador foi que ela não falou, ela pensou, e eu ouvi seus pensamentos. Ela me olhou uma ultima vez, então desmaiou.

Eu saí correndo, já com a espada em punho pronto para romper a bolha que a prendia. Faltando mais ou menos três metros para chegar, o chão desabou e eu caí num poço sem fim. A única coisa que eu conseguia ouvir era uma risada de dar arrepios.

A imagem da garota de elétricos olhos azuis me pedindo ajuda ainda estava em minha mente quando acordei sobressaltado.

Demorou um pouco para eu lembrar o que aconteceu. Levantei-me, e vi que estava em um quarto decorado com corais. Em cima da cômoda, havia roupas limpas e um bilhete:

“Precisamos conversar.

 Assim que acordar, vá ate a biblioteca,

estarei lá com Atena.

Poseidon”

Meu pai em uma biblioteca? Com Atena? Xii... Aí tem!

Resolvi tomar um banho antes de descer, o que não foi muito difícil, já que estava no fundo do mar. Difícil mesmo foi encontrar a biblioteca. Caminhei por uns 30 minutos perdido no palácio até que tive a brilhante idéia de perguntar a um golfinho que estava rindo de mim. Era a quinta vez que eu passava por ele.

- Oi... Hã... Eu sei que isso deve ser estranho um humano conversando com um golfinho, mas eu precisava saber aonde é a biblioteca. Você poderia me ajudar, por favor? – estava me sentindo um completo idiota até que...

- É claro meu príncipe, siga-me, por favor.

Nadamos por vários corredores, até acharmos uma porta enorme feita de esponjas e corais. Senti-me mais idiota ainda quando percebi que havia passado por esta porta três vezes. Sugestão ao papai: Colocar placas indicativas acima das portas e corredores.

- Obrigado! – Falei ao golfinho.

- De nada senhor. E se me permitir um conselho: Tudo se resolverá logo, de uma maneira diferente da que imagina.

Ele saiu pelo corredor me deixando totalmente desnorteado, parado em frente à porta. Alguns segundos depois abri a porta da biblioteca e entrei no recinto.

Livros. Livros e mais Livros. O local enorme, do tamanho de um galpão. Centenas de prateleiras estavam espalhadas no recinto que parecia não ter fim.

Mais a frente, havia um conjunto de sofás e poltronas de leitura que estavam acomodadas em volta de uma mesa de leitura bem iluminada. Debruçados sobre a mesa estavam meu pai, Atena, Annie, Nico e Grover.

- Ate que enfim o dorminhoco acordou! – Disse meu pai.

- Na verdade, eu estou acordado há quase uma hora tentando achar esse lugar. – me defendi.

- Hã... Percy... Estamos no final do corredor dos nossos quartos. – Annie falou – Era só ter perguntado para alguém.

- Eu perguntei! – falei – Há cinco minutos atrás, mas perguntei.

- Por que os homens odeiam perguntar? - Annie perguntou para a mãe.

- Filha, eu sou a deusa da sabedoria, mas a mente masculina esta além da minha compreensão.

Elas caíram na risada. Meu pai rolou os olhos, mas estava sorrindo, assim como Grover e Nico. Eu não achei a menor graça.

- Então pai, eu nunca imaginei que você gostasse tanto de ler. – falei para mudar de assunto.

- Na verdade, essa é a biblioteca de Atena. Foi uma das condições para ela vir morar comi... hã... Aqui. – Ele disse. Os dois estavam extremamente vermelhos.

- E você fez de tudo para ela vir morar aqui com você... Quer dizer... Aqui? – Perguntei, e dessa vez ele superou um pimentão.

- Bom, Perseu, foi você ter chegado – Interrompeu Atena – estamos discutindo seus próximos passos.

- Meus? – Perguntei confuso.

- Sim, seus e de seus amigos, os rumo de sua missão, as próximas coisas que irão fazer. Tem certeza que você acordou mesmo? – Ela falou, segurando uma risada.

- Relaxa mãe – disse Annabeth – ele é lerdo mesmo, só tem algas na cabeça.

Todos caíram na risada e eu era o motivo, de novo.

- Ok, vamos lá, podem falar, o que vocês pensaram? – Falei, tentando voltar ao assunto.

- Bom – Assumiu Annie – Enquanto você dormia, nós começamos a planejar o resto da nossa missão. Por motivos de segurança, pensamos que talvez seja melhor não avisar ninguém que estamos vivos, dessa forma poderemos contar com o elemento surpresa.

- Ok, concordo. E o que mais?

- Bom, pensei muito no que você disse, e cheguei à conclusão de que... temos que ir atrás do Ares.

A atmosfera na sala mudou drasticamente, a temperatura baixou e a tensão se instalou no rosto de todos. Três garotos e um sátiro lutando contra o Deus da Guerra? É, acho que já sei como essa missão termina.

- Também concordo. Só vejo um pequeno probleminha, nada muito importante: COMO É QUE TRÊS GAROTOS DE 13 ANOS COM QUASE NADA DE TREINAMENTO E UM SÁTIRO VÃO GANHAR UMA LUTA CONTRA O DEUS DA GUERRA?

- Primeiro, Perseu, por mais que você tenha esquecido, agora vocês têm 15 anos. Segundo que, por mais difícil que seja acreditar nisso agora, a maior arma de batalha de um semideus é a sua intuição. E terceiro, meu irmão querido tem músculos, mas não tem cérebro. Ele simplesmente ataca, não planeja nada. E é justamente esse defeito que vai trazer a vitória a vocês.

Ela falava como se estivesse me contando uma historinha para dormir, mas não posso negar que seu raciocínio estava certo. O problema é que, com a minha sorte, a prática seria bem diferente da teoria.

- Bom, está bem, mas precisamos ir logo, antes que a situação fique ainda pior. – Falei.

- Não adianta ter pressa, meu filho. – Disse meu pai, que estava extremamente calado, apoiado na janela olhando a paisagem subaquática. – Ares está no Olimpo, e ficará lá o dia inteiro hoje. Aproveitem o dia para descansar, pois a tendência é que as coisas piores cada vez mais enquanto vocês não recuperarem o raio.

De repente, ele ficou mais tenso, e num pulo dirigiu-se à porta.

- Atena, venha comigo, teremos uma visita muito inesperada dentro de alguns segundos. – Ele se virou para mim – Percy, para o bem de todos, fiquem aqui e não movam sequer um músculo, muito menos conversem. Voltamos assim que ele for embora.

Os dois saíram pela porta, fechando-a. Sentei no sofá, ao lado de Annie e Nico. Grover estava na poltrona à minha frente, e parecia estar tentando prender a respiração. Apurei meus ouvidos ao máximo, mas só conseguia ouvir vozes conversando, tinha outro homem no castelo agora, além de meu pai e Atena.

Eu estava tão tenso que por precaução estava com Contracorrente na mão, pronta para destampá-la a qualquer sinal de combate. Annabeth segurava sua adaga, Grover roía o estofado do sofá enquanto Nico passava uma bolinha de papel de uma mão à outra. Os minutos passaram, as vozes continuavam a falar, o visitante era quem mais falava, meu pai e Atena faziam interrupções ocasionais, mas eu continuava sem conseguir entender as palavras, somente ouvia os murmúrios.

Passado um tempo que pareceu ser horas, tudo ficou calmo novamente e a porta da biblioteca se abriu novamente, meu pai vinha acompanhado de Atena, ambos com expressões muito sérias.

- E então pai, quem era? Já estamos em segurança? – Perguntei. Eles se entreolharam, tiveram uma daquelas conversas mentais, e então se sentaram cada um em uma poltrona.

- Bom, já está tudo bem, Percy, embora, por incrível que pareça, vocês não estivessem em perigo dessa vez. Mas antes de falar quem era, precisamos fazer algumas perguntas ao seu amiguinho aí. – Ele disse, indicando Nico com a cabeça. Ele engoliu em seco. Coitado, interrogatório logo cedo com dois deuses não era o meu começo de dia preferido.

- Nico... – Disse Atena, ela também estava bem preocupada – precisamos que você nos conte... do que se lembra, de tudo o que te aconteceu antes de conhecer Annie, Percy e Grover?


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Notas finais do capítulo

Lembrando que o próximo já está pronto mas só vem com 10 reviews nesse! ;]
Além dos reviews, recomendações também são bem vindas!
Pessoas que acompanha VEG, ela também será atualizada logo logo,ok?
Beijos
Mille e Kat