- Duda? – falei admirada

- Olá Gina – disse animado – como vai tudo?

- Ahh Duda, nada bem... briguei com o Harry ontem e saí de casa... – eu sabia que poderia contar com o Duda, ele tinha paixão pelo Harry e pelos meus filhos.

- eu sinto muito. – percebi que ele tinha ficado sem graça.

- não sinta, foi mesmo horrível... – meus olhos marejaram – pretendo não voltar pra casa!

- quer conversar? – por isso que eu gosto do Duda, ele sabe quando a gente precisa das coisas.

- aah Duda eu nem sei o que eu faço mais – chorei

- venha, vou te levar para um lugar sossegado.

Nós fomos ate seu carro e ele me levou pra sua casa.

- Duda? Quem esta com você ai? – perguntou Rether

- é a Gina, querida. Ela precisa conversar comigo – olhei para Rether ela sorriu. – venha Gina, vamos para dentro.

- oi Gina, como vão as crianças? – a Rether era um amor, muiiiito diferente da Petunia.

- vão bem, e o Mark? – nem precisei falar, uma criaturinha gordinha e loira, uma miniatura do Duda, saiu de dentro da casa correndo – esse menino...

- oi tia Gina, cadê o Tiago e o Alvo? – sorriu

- estão com o tio Harry, querido... mas eu prometo que vou trazê-los outro dia.

- aaah, esta bem – e voltou correndo pra dentro da casa.

- vamos Gina entre, entre... – falou Duda.

Entrei na casa do Duda, era uma casa bonita mais simples. Meus filhos e meu EX-MARIDO, gostavam de lá. Fomos para uma sala, que parecia ser o escritório de Duda.

- fala Gina.

Eu contei pra ele a briga inteira

- sabe Gina, o Harry sempre gostou de sofrer calado... e eu, por experiência própria, sei que ele deve estar muito estressado, é claro que nada justificaria ele ter lançado uma maldição seilá o que em você. Mais fica tranqüila Gina, já já ele vai te pedir perdão... – Duda conhecia o Harry, mas eu acho que a única pessoa que não o conhecia era eu.

- ele pode me pedir zilhões de perdoes... – eu estava chorando – mas eu NUNCA vou perdoá-lo. Você não tem noção da dor que eu senti Duda. Essa dor nem foi por causa da maldição... Mas sim uma dor nas profundezas do meu coração. Decepção. Essa é a palavra.

- olha Gina, eu não sou do seu mundo, eu não conheço as suas leis, as suas preocupações... mas eu te garanto que se você deixar o Harry te explicar ele vai ter uma boa explicação.

- OK Duda, muito obrigada. – eu tinha que correr pro gringots. – aqui esta o endereço do hotel que eu estou ficando. Se precisar eu estou lá.

- de nada Gina, se você quiser conversa é só falar também. – ele me levou ate o quintal- que uma carona?

- não, obrigada. Eu tenho meus métodos. – pisquei pra ele.

Saí da casa de Duda, fui ate um lugar deserto e aparatei em um beco perto de caldeirão furado. Quando eu entrei, várias pessoas me cumprimentaram. Tentei passar por lá o mais rápido possível. Cheguei na barreira de tijolos e toquei os respectivos tijolos e lá estava o beco diagonal. Perfeito como eu me lembrava.

Andei o mais depressa possível para o Gringots, já estava quase na hora de pagar a diária do quarto e eu já estava atrasada pro trabalho. Entrei no gringots e pedi para o velho Grampo trocar os galeões por dólar.

- aqui esta, senhora – grampo me entregou 5000 dólares.

- obrigada grampo. – falei

Saí de lá e aparatei no meu quarto. Alguns minutos depois eu pedi o serviço de quarto e paguei a minha estadia. Falei pra eles não me incomodarem durante todo o dia. Porque é claro que eu estaria no ministério.

Aparatei perto de uma cabine telefonica, entrei nela disquei alguns números e ela desceu como um elevador. Quando eu fui ver já estava no ministério.

- olá senhora Potter. – era tudo o que eu ouvia lá. Mas eu não respondia apenas acenava ou assentia com a cabeça.

- Mafalda, desculpe o atraso. problemas em casa. – falei

- não tem importância, Gina – ela sorriu – hoje passa.

- engraçadinha você, mais aqui já esta pronto as datas da copa mundial de quadribol na frança?  - perguntei animada, afinal eu queria sair de tudo que me lembrava o Harry o mais rápido possível.

- ainda não, mais creio que quem for escalado pra cobrir essa copa, ficará no mínimo uns 6 meses fora. – sorri com essa noticia.

- assim que souber me fale, estou interessada em ir cobrir essa copa. – falei

- não se preocupe, falarei

- agora eu vou terminar o comentário do jogo de ontem tem que sair da edição de amanhã do profeta. – andei até a minha sala, entrei, fechei a porta e chorei muito . Eu tinha que entregar o comentário do jogo da liga dos campeões em menos de uma hora e nada me fazia esquecer o Harry e os meus pequenos.

POV HARRY

Peguei os meus filhos e levei-os via flu até a toca. Chegando lá, Molly estava na cozinha preparando um café da manha para o Sr. Weasley que não devia ter ido pro ministério ainda.

- vovóóóó – alvo foi o primeiro a correr para abraçar a avó que levou um baita de um susto, me fazendo rir.

- olá queridos. – percebi como ela estava surpresa de vê-los lá em plena terça-feira.

- Molly, como vai? – perguntei

- aah olá Harry querido. – ela me abraçou, eu precisava daquele abraço – cadê a Gina?

-  eu preciso conversar com você sobre isso, Molly – eu estava tão sensível, tão vulnerável. – eu fiz a maior besteira da minha vida... – eu estava chorando, mais eu nunca choro.

- papai, você esta chorando? – ouvi minha princesinha falar

- não minha querida, seu pai só está feliz em me ver. agora vá brincar no antigo quarto da sua mãe, lá tem muitos brinquedinhos legais. – é por isso que eu amo a minha sogra.

Todos saíram da cozinha e ela lançou um feitiço para ninguém ouvir a nossa conversa.

- conte-me querido.

Contei a historia inteira pra ela... eu sabia que ela me entenderia.

- querido, como você pode lançar uma maldição na sua esposa, mãe dos seus filhos? – ela perguntou severa e docemente

- eu não sei Molly, eu ando muito estressado no tarbalho e aquela gritaria dentro da minha casa me tirou do serio... eu não sei, eu acho que a Gina nunca mais voltará pra mim. Ela vai me odiar eternamente. – chorei no colo da minha sogra.

- sabe querido, uma vez quando eu e o Artur éramos só jovens como você e a Gina, nos tivemos uma briga feia. E nos resolvemos com cartas. Mande uma carta pra ela Harry. Se redima de tudo que você fez. Eu tenho certeza que a Gina vai voltar pra você.

- não sei não Molly. Mais eu vou tentar. – dei um beijo na testa da minha super sogra limpei as lagrimas do meu rosto – vou trabalhar porque hoje é dia. Aah antes que eu me esqueça. O alvo não quer ficar em casa sem a mãe, então ele vai morar aqui por uns tempos. – eu percebi o tem de arrependimento na minha própria voz.

- não tem importância querido, eu cuidarei dele.

Fui pela rede de flu até o ministério. Quando cheguei lá as pessoas me cumprimentavam. Andei o mais depressa que pude ate a minha sala. Mais meu trajeto foi quebrado mais uma vez por uma trombada que eu dei em alguma assessora do ministério.

POV GINA

Eu precisava seguir em frente, precisava tocar a minha vida sem tal um moreno dos olhos verdes pra me interromper. Terminei o comentário, coloquei em uma pasta, e recolhi os demais relatórios que eu tinha que levar para o editor do profeta diário, algumas coisas para O PASQUIM e o papel com o meu endereço para entregar pra Luna.

Eram muitos papeis e pastas e era difícil o trajeto ate as editoras. Estava andando rapidamente e trombei com alguém.

- desculpa eu não consegui olhar o caminho direi... – olhei pra cima e me surpreendi de não ter morrido ali mesmo, era ele, o meu marido, o meu amor, a minha paixão parado ali na minha frente me olhando como se eu fosse um pedaço de carne. O brilho que estava nos meus olhos há 2 segundos atrás sumiu rapidamente, se tornou um olhar gélido e cortante – aah, é você Potter.

- sou eu sim, algum problema? – ele estava me afrontando, me olhando com AQUELA  cara.

- nenhum, alias eu nem sei porque você esta falando comigo – falei da maneira mais rude possível. – licença.

- espere Gina. – ele me olhou e eu pude ver a mais profunda tristeza no seu olhar.  – onde você está dormindo? – ele perguntou com esperanças que eu fosse falar.

- se eu fosse a sua esposa isso até te interessaria, mais como eu não sou isso é particular. Passe bem. – e saí com a pior cara do mundo.

POV HARRY.

Olhei-a se afastando, quando ela sumiu eu continuei andando ate ver um pequeno pedaço de papel no chão. Estava escrito o seguinte:

HOTEL MALIBU, NUMERO 7.

LUNA LOVEGOOD PRECISO CONVERSAR COM VOCÊ.

BEIJOS

GINA WEASLEY

Essa era a minha chance, eu tinha que conseguir reconquistá-la. E eu ia conseguir!