POV HARRY.

Aquelas 4 palavras foram o FIM pra mim. Eu pensei que ela não teria coragem de me abandonar, mas pelo visto ela teve. E COMO TEVE!

Ela acabou de fechar a porta, mas espera, EU NÃO CONSIGO VIVER SEM A MINHA RUIVA. Corri pra porta, mas quando eu abri já era tarde demais. Ela já tinha ultrapassado a barreira e aparatado. A ultima coisa que eu fiz foi gritar:

- GIIIIIIIIIIIIINA, VOLTA, EU PRECISO DE VOCÊ AQUI COMIGO! – eu sabia que ela não voltaria, mas eu estava irracional, o meu chão havia caído. E agora como é que vou voltar a andar sobre ele? – volta, por favor, volta! – chorei por uns 15 minutos. Quando me dei conta de que havia 3 crianças dentro da minha casa e que precisariam de uma reposta quando não vissem a mãe no café da manhã.

Entrei dentro de casa, cansado demais, arrasado demais, triste demais... Eu não tinha forças pra me mover. Fui para o meu quarto nem me esforcei pra fazer nada só deitei e chorei, chorei, chorei...

POV GINA

Eu acabei de abandonar o meu marido e os meus filhos. Eu não estou acreditando... Mais eu não sabia pra onde eu iria. Se eu fosse pra casa do Rony e da Mione, o Harry ficaria sabendo num estalo de dedos.

A casa de Sirius... Mas não dá, ele leva as crianças lá todos os sábados. Foi então que a veio a minha grande idéia na cabeça. VOU FICAR NUM HOTEL TOUXA. É isso!

Aparatei em um Beco de Londres perto do ministério. Havia um hotel por ali, eu tinha certeza disso, procurei até que os meus olhos pousarem em uma placa que mostrava um letreiro iluminado escrito HOTEL MALIBU. Achei o nome engraçado. Segui a rua e entrei no hotel pedindo um quarto. O homem me olhou com uma cara, deve ser porque meus olhos estavam vermelhos e ainda havia lagrimas nos meus olhos.

- por aqui, senhora – ele disse – me chamo Peter Nichols, nós faremos a sua fixa no caminho mesmo – ele me conduziu até o elevador – Como é o seu nome? – eu não podia dar o meu nome verdadeiro, pensei .

- Sarah Jonson – falei

- ok, senhora, amanhã as 10 horas, a diária terá que ser pagada.

- OK – como que iria trocar o meu dinheiro? GRINGOTS.

- Seu quarto é esse. Se precisar de algo, use o interfone, boa noite senhora! – e saiu.

Nem me dei ao trabalho de ascender a luz, entrei, fechei a porta me joguei na cama e chorei... passaram horas e eu fui vencida pelo cansaço. Adormeci com o som das ruas barulhentas de Londres ficando cada vez mais distante.

POV HARRY

Essa foi a pior noite da minha vida, sem comparações... eu não dormi, consegui vencer o meu cansaço... Mais já era manhã e eu tinha 4 vidas pra tentar seguir em frente.

Olhei ao redor e vi a bagunça que estava não me importei levantei e fui para o banheiro, eu precisava de um bom banho pra esclarecer as ideias. Eu estava  quase terminando quando ouvi um falatório lá embaixo. Terminei rápido o banho troquei a roupa e desci, deixando o meu quarto trancado. Com a minha varinha em punho.

- iih cala a boca Tiago, eu não ligo pra onde ela esteja. – era a voz autoritária da minha pequena.

- quer saber Lilian, ninguém liga pra onde a mamãe esteja,  só eu. – alvo estava com voz de choro.

- ta bom ta bom, vamos acabar com essa briguinha e é agora. -  entrei na sala, mas o que veio a seguir eu não esperava. Alvo levantou correndo do sofá e se escondeu atrás dele. – o que esta acontecendo aqui?

- sabe pai, é que o alvo quer a mamãe. – Tiago disse – onde ela está?

- ela tem que passar uns tempos fora – eu respondi, estava tentando mentir pra mim mesmo. – ela só volta daqui a algum tempo. Ok? – sorri – Alvo, saia daí de trás do sofá. – falei.

- não, eu nem fiquei doido ainda – ele disse fungando

- por quê?

- você vai lançar um feitiço em mim também! – que saco agora eu tenho que pensar em uma resposta, o meu filho esta com medo de mim.

-como assim? – perguntou Tiago

-é... Como assim? – imitou Lilian.

Eu estava torcendo pra que isso não fosse longe demais.

- como assim... Sabem meus queridos irmãos, a mamãe não foi passar um tempo fora não. ELA FOI EMBORA – observei o meu pequeno chorando. – ontem a noite, o pai de vocês dois lançou uma das três imperdoáveis na mamãe. – Tiago e Lilian ficaram perplexos. – espero que vocês se divirtam aqui nessa casa, porque sem a minha mãe eu não fico. – ele olhou dentro dos meus olhos – EU QUERO IR MORAR COM A MINHA AVÓ.

- você não vai – falei – eu sou o seu pai e eu não quero que você vá.

- V-O-C-Ê N-Ã-O É M-E-U P-A-I – isso foi a gota d’água pra mim.

- toma seu café que eu te levo – falei da maneira mais grossa que pude.

- não estou com fome, vou arrumar as minhas coisas. – e saiu da sala sem mais nem menos.

- mais alguém vai? – olhei pros meus filhos.

- não – responderam juntos.

POV GINA

Acordei com a esperança de que tudo aquilo fosse um sonho, olhei para os lados, mas nada era normal. Eu estava em um hotel o mesmo de ontem à noite. Não conseguindo me conter, chorei. Levantei decidida do que ia fazer, fui pro banheiro tomei um banho e aparatei o mais perto possível do caldeirão furado. Afinal eu tinha que trocar o dinheiro pra pagar o hotel e ainda ir trabalhar. Andando pelas ruas de Londres a caminho do caldeirão furado, encontrei uma pessoa com quem eu nunca esperaria encontrar, Duda Dursley.