Assim foram passando os dias. Até que no final me dei bem com Meredith. Robert me ajudava com os sais e Margareth com a estratégia. Eu já estava lá a uma semana e meia e dali a alguns dias ia ser a festa a fantasia da minha escola e consequentemente a minha luta com Catarina.

No final de um dia de treinamento eu, como de costume, fui para o meu quarto tomar um banho e depois me juntar a Robert e Meredith em uma fogueira que sempre faziamos a noite.

Quando saia do banheiro vi Meredith sentada na minha cama. Ela olhava uma seu chicote, sua nova arma. Ela levantou os olhos e falou:

– Eu sei do seu duelo com Catarina. E sei também que será nesse final de semana.

– Você não vai me impedir de lutar.

– Não vim aqui para isso.

– Então por que veio?

– Sua fantasia.

– O que tem ela?

– Já decidiu o que usar?

– Ainda não... – murmurei.

– Imaginei. – disse Meredith se levantando. – É por isso que estou aqui. Vim te ajudar a escolhê-la.

– Por que está fazendo isso?

– Não quero que perca a luta. Isso vai contra meus instintos. Ver quem eu treino perder.

– Eu não vou perder para ela.

– Eu sei. – disse Meredith. – Agora temos que escolher uma fantasia que você possa se movimentar bem e que possa esconder suas armas...

Ela ficou com um ar pensativo andando pelo quarto de um lado pro outro.

– Já sei! – explamou. – Vai dar um trabalhinho para fazer, mas eu consigo.

Ao falar isso ela simplesmente saiu do quarto correndo e me deixou aqui com cara de paisagem.

Dei de ombros e terminei de me arrumar. Quando me encontrei com Robert na fogueira ele me contou várias coisas sobre os Anjos da Noite. Ele me disse que foi na verdade por causa de uma anja que se deitou obrigada com vários guerreiros em uma guerra que teve a muito tempo. Os filhos dessa anja foram mandados para o rei desses homens. As mulheres para o harém e os homens para o acampamento de guerra. Assim foram se formando os Anjos da Noite.

– Sempre foram homens que se tornaram os Anjos da Noite, mas Meredith é diferente. Nunca houve nada desse tipo na história. Fico me perguntando por que isso aconteceu com ela... – disse pensativo.

– Quem é o pai dela? – perguntei.

– Henrique.

– Como o irmão do rei entrou na conversa? – perguntou Meredith se sentando do lado de Robert.

– Ela não sabe? – perguntei a ele.

– Não.

– Não sei o que? – questionou.

– Nada, Meredith.

– Então tá. – disse ela dando de ombros. – Enfim, Robert, preciso sair.

– Para onde?

– Tenho que fazer algumas compras – disse e depois acrescentou. – e a Sofia vem comigo.

– Por que?

– Você tá parecendo o Hércules! – reclamou Meredith jogando as mãos pro alto.

– Quem é? – perguntei

– Você tem uma puma, bem eu tenho uma aguia. – disse ela.

– Uau. Eu adoro aguias. – falei.

– Margareth, eu estava contando para a Sofia como surgiram os Anjos da Noite. Quer me ajudar? – falou Robert.

– Hum... a única parte maneira é quando eles foram para uma guerra e lá eles ficaram contra o tal rei que os “criou” e venceram. Assim que derrotaram o seu exercito eles foram para o castelo, recolheram suas irmãs e se formaram uma “colônia” só de anjos e juntos com seus aliados, as pessoas com poderes, eles passaram a reinar por aqui.

Quando Meredith acabou de contar eu tentei imaginar a guerra. Vi flash’s na minha mente de anjos de assas negras nos céus dando mergulhos com espadas e decepando a cabeças de seus inimugos e novamente voltando para cima e escolher um alvo a sorte.

– Eu sei o que você está pensando. Da primeira vez que eu ouvi a história também imaginei a guerra. – falou Meredith.

– Bem, acho que depois de comermos está na hora de descansar. Sofia, você tem que ter energia para os treinos que serão mais puxados por causa da sua luta. – disse Roert.

– Como você sabe? – questionei.

– Há poucas coisas queeu não sei.