Arregalei os olhos o máximo que pude. Eu podia sentir uma de suas mãos escorregar para minha cintura apenas para nos aproximar mais.

Fechei os olhos lentamente e apoiei uma de minhas mãos sobre seu peito agarrando-me firmemente ao tecido da camisa clara que ele usava.

Um gemido baixo, praticamente inaudível, escapou de meus lábios.... ah como eu queria manter aquele beijo doce pela eternidade... Ele era uma tentação, seus lábios ainda mais tentadores... em poucos segundos seus lábios voltaram aos meus... mais apressados... mais famintos...

Era fantástico como nossas línguas dançavam em tal sincronia que ate me sentia tentada a apenas continuar com o beijo.

E assim o fiz animada pelo simples fator de sentir-me próxima ao perigo, um perigo deliciosamente inebriante que parece me arrastar para lugares da minha mente que nem mesmo eu conhecia...

Assim que afastamo-nos fixei meu olhar em seus olhos vermelhos. Tão vermelhos e brilhantes que me nauseavam, tão ameaçadores que me chamavam para mais perto... tão perigosos que me sentia tentada a descobrir mais sobre o dono de tais olhos...

Toquei de leve seu rosto logo sentindo-o estremecer. Não era uma ilusão, ou sonho. Era real, ele estava ali comigo, me tocando e beijando.

Aos poucos ele se aproximou novamente, e mais uma vez sentia o perigo aumentar, sentia o sangue correr mais rápido em minhas veias enquanto o coração acelerava de forma inacreditável.

Nossos lábios se encontraram mais uma vez. E mais uma vez entreguei-me a aqueles lábios doces.

O perigo era emocionante, deslumbrante, tentador...

E esse perigo, cujos lábios eram-me tão tentadores, chama-se Azin.