Sonho ON

Amy – o que esta acontecendo?

Observei o escuro a minha volta.

Amy – quem está ai? – perguntei assim que ouvi passos.

Um holofote foi ligado com sua luz direcionada para mim. Um riso masculino ecoou pelo local desconhecido.

??? – vamos cante com sua maravilhosa voz Amy – disse uma voz meio macabra vinda da escuridão. – Cante para mim lindinha....

Amy – q-quem e-esta ai? – perguntei com voz tremula. Um microfone foi jogado aos meus pés.

??? – cante minha flor de cerejeira...

Amy – n-não pode ser... – arregalei os olhos quando uma silhueta tomava forma nas sobras. Rapidamente me virei e comecei a correr na tentativa de esconder-me nas sobras, mas fora inútil fazer isso. A cada passo que eu dava uma luz se apagava e outra se acendia denunciando minha posição.

??? – você não tem onde se esconder minha flor – disse a voz ecoando mais uma vez pelo local que reconheci como o palco do teatro em ruínas que havia na cidade.

Amy – não, não, não... – gritei, continuando a correr com as mãos nos ouvidos – você não pode estar aqui – tropecei nos meus próprios pés e fui de encontro ao chão. – Socorro – gritei com todo o meu fôlego enquanto me levantava.

Senti sua mão ficar sobre minha boca impedindo-me de gritar. Lágrimas grosas começaram a escorrer por meu rosto, meu desespero estava maior do que eu podia imaginar. Meu coração estava pulando do peito.

Ele me forçou a ficar de pé. Sim era um homem, um homem que eu reconheço muito bem.

??? – você não devia ter fugido minha flor... – ele pôs a mão debaixo de minha camisa.

Meu choro era abafado enquanto eu me contorcia tentando libertar-me dele, mas era impossível. Eu estava presa... assim como há muito tempo atrás.

No desespero consegui morder sua mão forte o suficiente para que ele me soltasse e logo me pus a correr novamente.

Amy – socorro... – gritei para deus e o mundo ouvir. – Socorro – parei de correr assim que o avistei a minha frente – m-mas como? N-Não pode ser... – dei passos para trás enquanto ele se aproximava cada vez mais de mim um sorriso sádico nasceu em seus lábios quando senti uma parede atrás de mim. – Não, essa parede não estava aqui antes – tateei os tijolos atrás de algo que indicasse que ali havia uma passagem secreta, mas nada encontrei. Virei-me mais uma vez para ele e fechei os olhos implorando para tudo isso não passasse de um sonho...

Sono OFF

Amy – Socorro!!! – gritei.

??? – calma Amy – disse uma voz feminina sentando-se ao meu lado na cama.

Encolhi-me na cama e abri os olhos. Eu estava tremula. Fitei as orbes avermelhadas a minha frente que estavam surpresas. Elesis...

Comecei a chorar e me joguei nos braços da ruiva.

Elesis – calma foi apenas um pesadelo – disse ela retribuindo o abraço.

Sieghart – hey ruivinha, cadê a... – de relance o vi aparecer na porta e no mesmo instante em que nos vê ele trava – o que aconteceu?

Elesis – a Amy teve um pesadelo.

Amy – f-foi só um pesadelo – sussurrei secando minha lagrimas e afastando-me de Elesis.

Na porta apareceu Jin. Assim que ele me olhou corou no mesmo instante. “Porque estão todos na minha casa e... por deus eu esqueci que hoje nós íamos estudar aqui em casa.”

Ele estava de olhos arregalados. Estranhei a reação dele foi então que percebi ainda estar com roupa de dormi que resumia-se a apenas um top rosa bebê e um shortinho preto.

Puxei o lençol cobrindo-me e corei muito.

Elesis – vamos saindo logo porque a Amy ainda tem que se trocar – disse se levantando e empurrando o Sieg.

Sieghart – porque a pressa ruivinha? Tudo bem que você ama estudar comigo, mas não precisa me empurrar também né – disse com um sorriso arrogante.

Elesis – ora seu filho de uma.... – e saiu correndo atrás dele.

Jin – hey Elesis não mata ele agora não ele ainda tem que nos explicar a matéria de física -  gritou indo atrás dos dois.

Suspirei enquanto me levantava da cama para fechar a porta do quarto.

Era incrível como eles podiam me fazer sorrir mesmo depois de um pesadelo. Sorri comigo mesma enquanto dirigia-me a meu guarda roupa.

Peguei um shortinho azul marinho e uma blusinha rosa-clara com corações feitos de lantejoulas vermelhas. Troquei de roupa e fui para o banheiro, escovei os dentes, penteei o cabelo e lavei o rosto. Por incrível que pareça eu estava sem vontade de passar maquiagem.

Amy – que tédio – disse voltando para o quarto, pegando minha mochila e indo para a escadaria que dava na sala.

Desci as escadas e me aproximei de meus amigos.

Amy – porque vocês tinham que vir tão cedo? – perguntei e logo depois bocejei.

Lire – são duas da tarde Amy.

Amy – hmmm? – perguntei meio lesada sentando-me ao lado de Ronan.

Apoiei minha cabeça no ombro dele e fechei os olhos.

Arme – AAAAAmmmmyyyyyyy – cantarolou no meu ouvido – não dorme você tem que me ensina trigonometriaaaa.

Apertei os olhos e coloquei as mãos nos ouvidos.

Amy – santa vozinha essa sua Arme – ela fechou a cara – e eu não sei trigonometriaaaaaa.

Passei os braços pelos ombros de Ronan e voltei a tentar dormir, mas algo me dizia para abrir os olhos...

Tres segundos depois...

Amy – AAA – gritei levantando do sofá em um pulo fazendo todos, exceto Mari e Lass, rirem.

Arregalei os olhos quando vi quantos livros estavam em cima da mesa.

Ryan – err.... Mari você esqueceu os livros de matemática e física.

Elesis – não precisa, ela é nerd o suficiente para nos explicar sem precisar de livro... na verdade ela devia dar aula, porque puts a matéria de física e matemática é muuuuuuuuito difícil.

Sieghart – não exagera ruivinha....

Elesis – qual foi sua nota em matemática?

Sieghart – zero – disse com orgulho.

“Zero....” balancei a cabeça afastando o pensamento. E sorri.

Amy – a mais você também tiro zero Elesis.

Elesis – isso não vem ao caso – disse cruzando os braços e fazendo bico.

Sieghart – isso vem ao caso sim e.... – interrompido pelo meu celular tocando.

Todos param e olham para mim.

Amy – que?

Lire – vai atende não? – disse olhando para mim.

Sentei-me novamente e olhei para o celular em cima da mesa.

Amy – ta muito longe... – disse esticando o braço.

Jin – eu atendo pra você...

Amy – mas eu posso muito bem me levantar e para atender – disse erguendo-me rapidamente e puxando o celular.

Olhei no visor. “Dio...”

Amy – alô? Uhum ela mesma... hmm – olho para trás e vejo todos de cara enfiada nos livros – é posso ir te ajuda sim... hmmm uhum... claro, claro eu levo meu violino... – sorri – bejinhuss ate daqui a pouco.

Desliguei o celular e virei-me a tempo de desviar de um livro que a ruiva jogou em mim.

Elesis – você não vai fugir dos estudos – ela praticamente rosnou pra mim.

Amy – na verdade eu não preciso estudar já sei todas as matérias, ou quase todas, mas eu não vou fica...

Elesis – a você vai ficar sim.

Amy – não vou não...

Sieghart – você vai pra onde?

Amy – hmm... ajudar o Dio. Por que?

Sieghart – por nada – disse distraído enquanto recebia um olhar fulminante de Elesis.

Lire – já ta com esquema né Amy – disse piscando para mim.

Amy – talvez – digo com malicia e pisco para ela e Arme.

Mari apenas roda os olhos perante aquela situação.

Mari – namoro é perda de tempo – diz ajeitando os óculos e olhando de canto de olho para Lass que retribui o olhar enquanto ergue uma sobrancelha.

Amy – agora vou indo... – pego minha bolsa e meu violino – podem ficar estudando ai, acho que não vou demorar muito. Beijinhus e não dêem uma festa sem mim – pisco o olho e fecho a porta.

Caminhei um pouco ate chegar à casa do Dio. Bati algumas vezes na porta e logo esta foi aberta por um Dio irreconhecível.

Entrei na casa e arregalei os olhos ao ver aquela bagunça.

Amy – passou um furacão por aqui? – disse enquanto o via fechar a porta com uma cara desconcertante.

Ele soltou um suspiro.

Dio – desculpe ter te chamado assim de ultima hora Amy é só que... – ele caminhou ate o sofá e se jogou neste. – É so que minha mãe teve que viaja e me deixo com meu irmão e... bem... eu não sei o que aconteceu e agora ele ta chorando lá no quarto.

Amy – hmm, a bem... deixe-me ver o que posso fazer – falei entregando-lhe a bolsa e subindo as escadas. – Daniel? – chamei.

Logo ele abriu a porta do quarto e abraçou minhas pernas chorando muito.

Amy – o que foi meu anjo?

Daniel – e-eu e-estav-va treinando com m-meu violino s-so que uma c-corda quebrou e m-m-meu irmão brigou comigo p-por que eu f-fui pedir p-pra ele troca pra mim – disse secando as lagrimas.

Amy – ô meu amor, vamos que eu troco pra você – ele apenas deu um pequeno sorriso e me guiou ate seu quarto.

Depois de alguns minutos ele já estava rindo e tocando seu instrumento novamente.

Agora eu estava descendo as escadas e me preparando para da uma bronca em ninguém menos que Dio...

Parei ao pé da escada quando o vi olhar para a porta meio pensativo. Dei passos silenciosos ate ficar a sua frente e parei cruzando os braços e olhando seriamente para ele.