Tonks estava em casa, terminando alguns trabalhos da faculdade quando a campainha tocou. Abriu a porta, deparando-se com Sirius e Remus. Os olhos deste examinaram-na de cima a baixo, detendo-se nos shorts minúsculos; ele sorriu maliciosamente.

  Sirius, sempre ciumento, não pôde deixar de comentar:

  -Remus, pára de secar a Tonks. – a loira revirou os olhos e deixou-os entrar.

  -Então, vamos jantar em algum lugar? – perguntou Remus jogado no sofá.

  -Eu não queria sair... Ainda tenho um monte de coisas para fazer, e...

  -Chinês? – Remus a interrompeu com cara de pidão. Tonks estreitou os olhos ameaçadoramente. Isso era jogar sujo, todos sabiam de seu fraco por comida chinesa.

  -Fechado. – Remus sorriu vitorioso - Fiquem quietinhos aqui enquanto eu vou me trocar.

  Foi para seu quarto sorrindo. Colocou um vestido branco um pouco acima do joelho, espartilho e botas pretas. A maquiagem carregada destacando os grandes olhos azuis, e os cabelos loiros soltos como sempre. Foi para a sala, onde Sirius e Remus conversavam; eles se calaram subitamente quando ela entrou.

  -Bem, vamos? – ela pegou a bolsa em cima do sofá e foi em direção à porta, e deu um sorrisinho para Remus que a olhava atentamente o tempo todo.

  Duas horas depois, ela e Remus saiam do restaurante chinês. Sirius tinha ido embora um tempo antes, dizendo que ainda precisava resolver algumas coisas em casa. Ela se virou para se despedir de Remus. Ele negou com a cabeça categoricamente.

  -Eu te levo para casa. – ele sorriu – Não vou abandonar uma donzela indefesa. – Tonks ergueu uma sobrancelha.

  - Indefesa? Eu fiz cinco anos de caratê, sabia? – ele se fingiu assustado.

  - Então preciso me cuidar. – abriu a porta do carro para ela. – Mesmo assim, eu te levo. – ela revirou os olhos e entrou no carro.

  Ele parou em frente a sua casa e foi com ela até a porta. Tonks se virou, se deparando com Remus com uma expressão dilacerada. Ela afagou seu rosto gentilmente.

  - Remus, o q... – ele calou-a com um beijo. Seus lábios eram quase rudes contar os dela, com um desejo incontido; Separaram-se ofegantes.

  - Droga, Tonks. Eu... Não queria estragar tudo, desculpe, eu...

  - Remus, cala a boca, por favor? – ela enlaçou seu pescoço com os braços, puxando-o para mais um beijo ardente. Abriu a porta atrás de si, puxando-o para o corredor.  Ele encostou-a na parede e mordeu levemente seu pescoço antes de voltar à sua boca. Antes que se desse conta já estavam na porta de seu quarto. Ele olhou-a interrogativamente. Tonks sorriu e o beijou novamente.

  Acordou com o som da campainha. Levantou-se e vestiu a camisa de Remus que estava no chão. Era o carteiro que estava na porta, para entregar um pacote de seus pais.

  Entrou de novo, e foi para a cozinha, de onde vinha um cheiro de ovos. Remus estava no fogão. Ele virou-se com um sorriso e colocou a omelete num prato. Ela foi até ele e o abraçou; encostou a cabeça em seu peito nu e deixou escapar um suspiro. Ele colocou um dedo sob seu queixo e ergueu a cabeça de Tonks.

  - Tudo bem?

  - Sim. – ela sorriu – Só estou feliz por você estar aqui.

  - Ainda posso ficar por muito tempo, se quiser.

  - Por favor. - Tonks o beijou de uma forma que eliminaria qualquer dúvida.