Meu Amado Monitor escrita por violetharmon


Capítulo 36
Capítulo 36 - Meu Amado Monitor


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOI! Gabi/GabrielaMalfoy/Gabrielaa aqui :D
Bom, desculpa a demora, mas eu avisei que iria viajar e vou viajar de novo, mas falo sobre isso nas notas finais.
Esse cap foi meio que do nada, entendem? Não foi planejado, então não sei se ficou essas coisas, mas a gente não podia simplesmente pular pros caps finais sem alguns detalhes desse cap ;)
Espero que gostem.
Boa leitura!



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Cap 36 - Meu Amado Monitor



No dia seguinte, durante a aula de Transfiguração, lembrei-me do que Minerva havia me dito a respeito de Blás há algum tempo. Tudo voltou à minha mente, todos os detalhes soturnos de sua confissão, algo que ela nunca disse a ninguém.

Quando saímos da aula, Draco reparou que eu estava distante e perguntou:

– O que houve, amor? Algum problema?

Pensei se deveria contar a Draco sobre aquilo, ou se era um assunto pessoal demais para ser dito. No entanto, Draco é uma pessoa de confiança. E, além do mais, é o melhor amigo de Blásio.

– Bom, não vou pedir para você manter em segredo porque sei que manterá…

– Pode dizer.

Segurei sua mão e aproximei-me o suficiente dele para que ninguém no corredor pudesse ouvir.

– Draco, um mês antes de você sair do coma eu conversei com a professora Minerva sobre um assunto muito delicado. No jogo de quadribol contra a Corvinal Blásio quebrou a perna e Minerva ficou muito preocupada… - Respirei fundo, lembrando-me que também fiquei preocupada, mas a preocupação dela era infinitas vezes maior que a minha. - Eu assemelhei sua preocupação à de…

Ele percebeu o quão longa foi minha pausa, então disse:

– Pode falar, nada mais tem me surpreendido nos últimos tempos.

– Mãe.

Percebi que essa notícia o fez se surpreender: ele arregalou os olhos e ficou me encarando com cara de bobo ou algo do gênero.

– Eu ouvi direito?

– Sim, ouviu. Depois fui até a sala dela e tivemos uma longa conversa sobre isso… Decidi jogar verde, entende? Coloquei todas as cartas na mesa, então ela me disse que era mãe de Blásio.

Seus dedos se apertaram um pouco mais aos meus.

– Nossa! Isso é realmente surpreendente… - Ele parou por um momento. - Então Blásio é adotado. E, se ele é adotado, quem é o pai biológico dele?

Há! A parte que eu não queria chegar, a parte mais complicada, ilógica e surpreendente de todas!

– O pai dele é…

Um grupo de sextanistas da Lufa-Lufa passou por nós, o que fez com que eu esperasse para concluir a frase.

– Quem? - Draco pressionou.

Então falei tão baixo que nem sei se ele podia ouvir:

– Tom Marvolo Riddle.

Draco soltou minha mão e parou de andar por um segundo, depois retomou os passos - de forma lenta demais. Ele pareceu estar processando a informação, mal podendo acreditar no que ouviu. Sei que, se colocarmos tudo o que contei a ele numa balança, essa seria a maior surpresa.

– Então quer dizer que, além de ser adotado, Blásio é filho de Minerva e Voldemort?!

Fiquei olhando para qualquer lugar, menos para ele.

– Blásio nunca me contou isso!

– Ele não sabe.

Ainda perplexo, ele perguntou:

– Foi isso que te deixou avoada na aula de Transfiguração?

– Com certeza.

Durante a aula, a professora nos pediu que transfigurássemos uma miniatura de dragão num filhote de iguala, o máximo que consegui fazer foi uma tartaruga sem casco.

– Eu estava pensando… Minerva não pode esconder isso dele para sempre, quer dizer, Blásio tem o direito de saber a verdade, ainda mais sendo filho de quem é! - Digo.

– Mas, Mione, pensei bem: não é uma decisão que cabe apenas à Minerva, isso também envolve os pais adotivos dele e ele próprio.

– Você não acha que ele, mais do que ninguém, tem o direito de saber a verdade?

Sabendo que estou certa, Draco ficou calado.

– Esqueça isso pelo menos durante o almoço, está bem?

– Tudo bem… E tente não deixar que isso te distraia. Blás não pode suspeitar de nada.

Ele deu um sorriso maroto.

– Relaxa. Ele está tão ocupado com Pansy que não dá atenção pra mais nada!


Após o almoço, decidi conversar com Minerva sobre a história de Blás. Antes mesmo de dar duas batidas na porta ela pediu que eu entrasse.

– Olá, diretora.

– Olá, Granger. Espero que não esteja aqui para falar sobre voltar a ser monitora. - E me lançou um olhar severo.

– Não, de jeito nenhum. - Respirei fundo. - O assunto é outro.

Encaminhei-me para uma das cadeiras. Busquei as palavras certas enquanto fitava sua pena pousada sobre um pedaço de pergaminho que ela estava escrevendo.

– Bom… Diretora, acho que Blásio tem o direito de saber a verdade.

Ela arregalou os olhos por um segundo ou dois, mas logo se recompôs.

– Granger, isso envolve uma série de fatores. Não é simplesmente contar a ele, entende? Há a necessidade dos pais dele presentes e eu não posso fazer isso sem a autorização do sr. e da sra. Zabini.

– Mas a senhora é mãe dele e tem o direito de exercê-lo.

Como se meu argumento despertasse dentro dela o instinto materno, ela disse:

– Você tem razão, de certa forma, mas isso não deixa de ser complicado.

– Quer dizer que a senhora acha mais fácil passar a vida fugindo do que é complicado e optar pelo mais simples e fácil?

Irritada, ela rebateu:

– A senhorita não faz ideia do quanto é difícil lidar com uma situação tão delicada como essa, portanto ponha-se em seu lugar.

O.k., ouvir sermão talvez tenha vindo a calhar - talvez eu realmente tenha exagerado na forma como falei.

– Me desculpe.

– E não, senhorita, eu não estou optando pelo mais simples e fácil, estou pensando no que posso fazer. Devo confessar que andei estudando as probabilidades de conversar com os Zabini sobre essa questão, mas não digo que é certeza.

As palavras dela me alegraram, fazendo-me dizer:

– Acho que Blásio irá gostar de saber a verdade pela sua boca, diretora. Por mais que ele tenha muito carinho pelos pais, acredito que a pessoa ideal para revelar tudo isso a ele é a senhora.

Ela pareceu, por um instante, gostar da ideia, mas não deixou transparecer. Ao invés disso, retomou os olhos ao pergaminho e disse:

– Creio que o assunto está encerrado.

– O.k. Até mais.

Saí da sala e fui para a aula de Feitiços, com a Sonserina. Não sei, ao certo, se estou animada para essa aula. Não pela disciplina em si, mas pelos meus acompanhantes. Olhar para Blásio e fingir que nada está acontecendo é realmente difícil. Tudo bem que, no período que estive na Mansão Malfoy, o assunto não veio à minha cabeça, mas agora é diferente: estamos no ambiente escolar, a mãe dele está conosco e ele nem sabe!

Chegando na sala de aula, sentei-me ao lado de Harry.

– Olá, Mione. Você saiu tão rápido após o almoço.

– Desculpe, tive que resolver um problema.

Assim que terminei de falar, Pansy, Blásio e Draco entraram na sala. Observando-a bem, caiu a ficha do quanto sua barriga cresceu, ela está com quase cinco meses de gestação. E o tempo está passando extremamente rápido.

– Nossa, Parkinson, você está enorme! - Zombou um dos garotos da Sonserina que não fazia parte do "grupo dos Sonserinos populares".

– Por que não cala a boca, Dawson? - Blásio esbravejou.

– O filho por acaso é seu, Zabini? - O garoto voltou a provocar.

Irritado com a situação, Draco falou:

– Não, o filho é meu. E cale a boca antes que…

– Antes que o quê? - Ele provocou novamente. - Vai chamar seu papaizinho, Malfoy? Afinal, é o que você sempre fez.

– Aprendi a me defender sozinho. - Draco disse já puxando a varinha.

Levantei-me rapidamente e corri até ele:

– Draco, não. - E, sussurrando para que apenas ele ouvisse, completei: - Lembre-se que foi por causa de um deslize que você entrou em coma.

Ainda com os olhos cravados em Dawson, ele guardou a varinha.

– Caramba, mas você não deixa passar nada, Malfoy. Primeiro a Parkinson, agora a Granger.

Por Merlim! Que garoto irritante!

– Olha aqui, seu Sonserino idiota, você sabe muito bem que nenhum outro aluno conseguiu notas melhores do que as minhas em Feitiços e afins, portanto é melhor calar a boca! - Esbravejei.

Não foi preciso mais nem uma palavra, pois no mesmo instante o professor entrou em sala.


Após o jantar, eu não sabia como me sentir. Eu não iria mais para o "apartamento" dos monitores e minhas coisas já estavam no dormitório das Grifinórias. E, por Merlim, eu não ficaria mais com Draco durante as noites… Confesso que não consigo deixar de me lembrar de tudo que aconteceu durante o tempo que passei lá. Desde os dias em que Draco apenas dava em cima de mim até a noite de ontem, tudo permanece em minha memória, cada detalhe.

Não falei com ninguém quando subi para a sala comunal, mas sabia que Gina estava me seguindo de perto. Ela tinha consciência de que é difícil para mim. Ser monitora foi tão bom e tudo mais que eu não sei mais como vou ocupar minhas noites - lendo, talvez?

– Gina, qual é a senha? - Perguntei a ela quando ela chegava à metade da escada final. Ela se apressou e disse:

Suco de abóbora.

E a Mulher Gorda deu passagem para nós.

– Que senha idiota. - Murmurei.

– Uai, esperava o quê? - Gina perguntou.

– A senha do "apartamento" dos monitores é muito mais criativa.

Ela se jogou no sofá e perguntou:

– E qual é mesmo? Juro que não me lembro, mesmo tendo ido pra lá com você. - E riu.

A Serpente e o Leão: unidos em um só coração.

Ela parou por um momento e pareceu pensar em algo. Depois, com um sorriso no rosto, disse:

– Parece até que a Minerva adivinhou o que iria acontecer quando escolheu a senha. Quer dizer, você e o Draco estão realmente unidos em um só coração, eu não tenho dúvidas disso.

Sentei-me no espaço vazio ao seu lado, com um sorriso bobo no rosto por causa de suas palavras. Eu também já havia pensado brevemente nisso, sobre Minerva parecer ter adivinhado todo o desenrolar da história. Mas ouvir isso de outra pessoa é realmente diferente.

Ouvimos o retrato se abrir e, em poucos instantes, Harry apareceu.

– Harry! - Gina correu para ele e o beijou.

– Esqueci uma coisa, volto já.

Ele subiu as escadas para o dormitório masculino e, quando voltou, estava com algo que eu conheço muito bem.

– Como conseguiu esquecer sua capa? - Perguntei.

– Eu não a esqueci "acidentalmente". - E piscou um olho exatamente como Dumbledore fazia.

Gina olhou para mim e eu olhei para ela, ambas sem entender o que ele queria dizer. Então, sem mais nem menos, ele empurrou a capa para minhas mãos e disse:

– Estou te emprestando ela até o final do ano letivo. Sempre que quiser encontrar Draco nas rondas, use-a. E ele quer te ver hoje.

Olhei um pouco receosa para a capa, mas logo me lembrei que disse a Draco sobre quebrar regras. Quer saber, pode mesmo ser emocionante.

– Diga a ele que eu estarei lá.

Harry deu um beijo em Gina e um abraço em mim e logo voltou para onde deveria estar.

– Estou orgulhosa de Harry. - Gina disse. - Da mesma forma como fico orgulhosa de você por toda sua coragem, amiga.

Ela me abraçou e disse:

– Você é, sem dúvida, uma das pessoas mais corajosas que eu conheço, por tudo o que você fez.

– E você também é muito corajosa, infinitamente corajosa, e nos provou isso durante a guerra.

Derramamos algumas lágrimas, depois coloquei a capa e saí à procura de Draco. E, daquela noite em diante, passei a maior parte delas com meu amado monitor. Todo o tempo sob a capa, prendendo a risada das vezes que Harry e Draco davam alguma detenção um pouco exagerada pros Lufanos mais novos, ou quando encobriam um Sonserino ou Grifinório muito querido. E, além disso tudo, beijava Draco quando ninguém estava por perto para ver, além de Harry.



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Notas finais do capítulo

Pois bem, vamos aos assuntos e algumas respostas de perguntas que provavelmente irão surgir.
1 - Não, a fic não acabou.
2 - Eu não vou dizer se a Minerva vai contar a verdade pro Blás, nem a Gabs, porque a gente ainda não sabe também kkkkkkk
3 - Eu vou viajar pra Arraial da Ajuda (Bahia) no dia 09/01 e dia 20/01 eu tô de volta, mas acho que só postaremos no dia 25/01
4 - A fic tá chegando no final SIM e eu e a Gabs estamos com um aperto do caramba no coração, porque nós estamos simplesmente amando escrever essa fic e temos muito carinho por vocês.
5 - Agradecemos pelas duas recomendações que recebemos, mas o Nyah não tá querendo colaborar então eu só consegui ler a décima quinta recomendação, e não consegui ler a décima sexta, então se alguém quiser mandar a décima sétima pra ver se esse erro vai embora eu agradeço ;)
6 - Num review eu vi uma leitora perguntando se a gente queria a recomendação dela mas ela não sabia se era importante, QUALQUER RECOMENDAÇÃO É IMPORTANTE!
7 - Gente, em um dos reviews eu vi uma leitora dizendo que preferia Pansy e Blás do que Dramione, e eu fiquei tipo LET ME LOVE YOU, porque eu tô tendo muita dificuldade em escrever Dramione e minha mente tá funcionando incrivelmente bem pra Pansy é Blás, um casal que eu acho lindo e maravilhoso e fofo e que dá pra criar MUITO! Então, eu quero dizer que fiquei muito orgulhosa dessa leitora e que, em alguns momentos (muitos), eu também prefiro Pansy e Blás kkkkkkkkk (eu juro que não sou louca).
Pediram um sabor de beijo, então...
Beijos sabor Neville Longbottom :*)
(Mas quem quiser beijos sabor Sirius Black novamente ele também está disponível rsrs)