Meu Amado Monitor escrita por Gabriela Alves, violetharmon


Capítulo 35
Capítulo 35 - I Don't Wanna Miss a Thing


Notas iniciais do capítulo

OOOI! Bom, quem tá aqui é a Gabi (GabrielaMalfoy). Enfim, é... Eu percebi que ouvir Paramore me inspira muito a escrever, por isso a gente postou 4 caps essa semana, minha imaginação fluiu e a da Gabs também. E, no meio de muitas músicas do Paramore, surgiu I Don't Wanna Miss a Thing, do Aerosmith. E, do nada, PUF!, eu comecei a escrever o cap.
Acho melhor vocês gostarem, porque eu acordei hoje (30/12) de manhã cedo (7 e alguma coisa) e comecei a escrever UHASUHASHUASUH' Estão vendo o tamanho do meu esforço? Pois é, aí depois de um certo tempo eu mandei pra Gabs e ela me ajudou a terminar o cap. E aqui está.
Eu recomendo que ouçam a música enquanto leem o POV do Blás, que é logo no início, assim o sentimento flui melhor :)
A gente recebeu mais uma recomendação. Droga, esqueci o nome da leitora... *abre outra aba* foi a Love_Me que mandou, agradecemos de coracão :D
Boa leitura!



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POV BLÁSIO

Já estava de madrugada e eu simplesmente não conseguia dormir. A história de Pansy ficou martelando em minha cabeça o tempo todo. Enquanto ela falava, enquanto compartilhava comigo todas aquelas informações, senti que ela precisava de mim. Pansy pode tentar fazer de tudo para esconder o que sente, mas ela não consegue. 

E a maior prova disso foi nosso beijo. Não foi a primeira vez que a beijei, mas foi como se tivesse sido. Nós temos histórias pra contar sobre o que aconteceu conosco, mas antes era apenas por… diversão. 

É completamente estranho pensar em Pansy apenas como uma diversão depois que me apaixonei por ela. Na verdade, me sinto completamente repulsivo por um dia ter apenas me divertido com ela. Se bem que a diversão era de ambos os lados… 

Não apenas eu, mas ela não queria nada sério. Naquele dia, quando ela me pediu que fosse até sua casa, no começo de agosto… 

Não. Eu prometi a ela que não ficaria pensando no que houve, tampouco contar para alguém. 

Por impulso, levantei da cama e calcei os chinelos. 

Vê-la. Era disso que eu precisava para ao menos tentar dormir. 


 I could stay awake just to hear you breathing

(Eu poderia ficar acordado apenas para ouvir você respirar)

Watch you smile while you are sleeping

(Ver você sorrindo enquanto dorme)

While you're far away and dreaming

(Enquanto está longe e sonhando)

I could spend my life in this sweet surrender

(Eu poderia passar minha vida nessa doce rendição)

I could stay lost in this moment forever

(Eu poderia ficar perdido nesse momento para sempre)

Every moment spent with you

(Cada momento gasto com você)

Is a moment of treasure

(É um momento de tesouro)


Cheguei ao dormitório dela com o maior esforço para não fazer barulho. Caso eu acordasse uma menina, estaria acordando todas, e consequentemente levaria muitas azarações - e só de me lembrar a Azaração das Pernas Bambas que Gina Weasley lançou em mim faz com que eu me arrependa amargamente de muitas coisas. 

Vendo Pansy dormir fez com que me sentisse melhor. Sei lá… Como se fosse só dela que eu precise. E, de certa forma, é isso mesmo. 

Ela ficaria furiosa se abrisse os olhos agora e desse de cara comigo, mas eu realmente não me importo. Eu enfrentaria um dragão só para poder ficar observando-a enquanto dorme. Parece um anjo, parece quase inabalável enquanto dorme. 

Don't wanna close my eyes

(Não quero fechar meus olhos)

I don't wanna fall asleep

(Não quero adormecer)

'Cause I'd miss you baby

(Porque eu perderia você, baby)

And I don't wanna miss a thing

(E eu não quero perder nada)

'Cause even when I dream of you

(Porque mesmo quando eu sonho com você)

The sweetest dream would never do...

(O sonho mais doce nunca faria…)

I'd still miss you baby

(Eu ainda sinto sua falta, baby)

And I don't wanna miss a thing

(E eu não quero perder nada)


Se eu estivesse dormindo estaria sonhando com ela, com certeza. Mas viver com ela é tão melhor que eu trocaria todas as minhas noites de sono apenas para estar ao lado dela. Eu faria qualquer coisa apenas para estar com ela. 

E por mais que Pansy negue até o último momento que não pode, que não deveria, eu sei que tudo o que ela quer é poder se ver livre das correntes da mãe e permitir que eu cuide dela. 

Eu cuidaria não só dela, mas do bebê também. Cuidaria como se fosse meu filho. Realmente não me importaria de dar amor e carinho a ele. Tendo ou não o mesmo sangue que eu, eu o teria sempre por perto e faria dele um homem maravilhoso - Pansy ficou feliz em saber que é um menino. 

Simplesmente não quero perder meus momentos com ela, eu tenho que aproveitá-los ao máximo.

Laying close to you

(Deitado perto de você)

Feeling your heart beating

(Sentindo seu coração batendo)

And I'm wondering what you're dreaming

(E eu estou querendo saber o que você está sonhando)

Wondering if it's me you're seeing

(Querendo saber se sou eu que você está vendo)

Then I kiss your eyes and thank God, we're together

(Então eu beijo seus olhos e agradeço a Deus, estamos juntos)

And I just want to stay with you

(E eu só quero estar com você)

In this moment forever, forever and ever

(Neste momento para sempre, para sempre e sempre)


Em um movimento que ela fez, quase todo o seu corpo ficou descoberto e ela estremeceu de frio. Mesmo estando na primavera, ainda é só o começo e faz frio. Aproximei-me com cuidado e a cobri, mas sem permitir que o edredom caísse bruscamente sobre seu corpo, temendo acordá-la. 

Se ela acordasse… Há! Eu poderia prever parcialmente minha morte. Primeiro ela brigaria comigo e acordaria todo o dormitório, as outras meninas começariam a gritar também, ela procuraria a varinha e, antes de me lançar alguma azaração, eu a seguraria e a beijaria. 

Então é nesse momento que eu volto para a realidade, lembrando-me que ela ficaria mais furiosa ainda se eu a beijasse. De fato, ficaria enraivecida, mas também ficaria balançada. Pansy nunca admite, mas gosta de ser pega de surpresa. 

Eu gostaria de poder passar toda minha vida ao lado dela… Mesmo que isso implicasse em apanhar e ter que aguentar suas reclamações porque eu deixaria o banheiro todo molhado após tomar banho. 

Don't wanna close my eyes

(Não quero fechar meus olhos)

I don't wanna fall asleep

(Não quero adormecer)

'Cause I'd miss you baby

(Porque eu perderia você, baby)

And I don't wanna miss a thing

(E eu não quero perder nada)

'Cause even when I dream of you

(Porque mesmo quando eu sonho com você)

The sweetest dream would never do...

(O sonho mais doce nunca faria…)

I'd still miss you baby

(Eu ainda sinto sua falta, baby)

And I don't wanna miss a thing

(E eu não quero perder nada)


Me casar com ela seria bom. Eu poderia ficar observando-a dormir sem ter medo de nada. Eu poderia abraçá-la e acariciá-la até que ela dormisse. E seria tão bom… 

De vez em quando sinto falta do tempo em que éramos mais novos, tipo no terceiro ano. Apenas crianças despreocupadas, que podiam pregar peças o tempo todo que as pessoas julgariam normal, afinal eram apenas crianças. 

E então crescemos e, consequentemente, tivemos que aguentar as responsabilidades que se seguiram. Eu, bom, não tive muita escolha e lutei do lado negro durante a guerra. Pansy não lutou, mas também não interferiu, e todos sabemos que ela preferia - na época - que Voldemort vencesse. Mas Potter o derrotou, trazendo para nós um futuro melhor.

De qualquer forma, ainda temos responsabilidades. Pansy está na metade de sua gravidez e cheia de problemas para enfrentar. E só de pensar nisso vejo o quanto ela é forte por estar passando por tudo isso e raramente desabar. Eu admiro as mulheres por isso: elas conseguem fazer coisas que nós, homens, jamais conseguiríamos. Sinceramente, não consigo me imaginar carregando uma criança por nove meses! 

I don't wanna miss one smile

(Eu não quero perder um sorriso)

I don't wanna miss one kiss

(Eu não quero perder um beijo)

I just wanna be with you

(Eu só quero estar com você)

Right here with you, just like this

(Aqui com você, desse jeito)

I just wanna hold you close

(Eu só quero te abraçar)

I feel your heart so close to mine

(Eu sinto seu coração tão perto do meu)

And just stay here in this moment

(E só ficar aqui nesse momento)

For all the rest of time

(Por todo o fim do tempo)


Vendo que já estava na hora de me retirar, fechei um pouco mais a janela e dei uma olhada nela pela última vez. Guardar cada detalhe de seu rosto em minha mente para poder sonhar com ela, vê-la novamente - mesmo em sonhos. No entanto, eu poderia abraçá-la e beijá-la em meus sonhos… Coisa que ela não me permitira fazer. 

Se bem que esses dias ela está tão próxima de se permitir viver essa paixão que nada é duvidável. 

Lembrando-me novamente do beijo, fiquei com vontade de repetir a dose, de novamente poder ter seus lábios nos meus. 

A verdade é que, para muitos, não faz sentido se apaixonar por Pansy Parkinson. Para muitos ela é só a "Sonserina gostosa" que todos querem pegar, mas quase ninguém consegue. 

No entanto, para mim, ela é muito mais do que isso. Ela é apaixonante, ela é linda, divertida, inteligente… Seu lado maldoso até a deixa melhor. Mas, ao mesmo tempo, é tão frágil que pode ser comparada a um vaso de cristal: se cair, quebra. E concertar é extremamente difícil. 

Don't wanna close my eyes

(Não quero fechar meus olhos)

I don't wanna fall asleep

(Não quero adormecer)

'Cause I'd miss you baby

(Porque eu perderia você, baby)

And I don't wanna miss a thing

(E eu não quero perder nada)

'Cause even when I dream of you

(Porque mesmo quando eu sonho com você)

The sweetest dream would never do...

(O sonho mais doce nunca faria…)

I'd still miss you baby

(Eu ainda sinto sua falta, baby)

And I don't wanna miss a thing

(E eu não quero perder nada)


Quando voltei para o quarto realmente consegui dormir. Cinco minutos, no máximo, foi o tempo que levei para cair no mundo dos sonhos. Aquele mundo onde tudo é possível, tudo. E, como eu desejava, sonhei com ela. Me vi ao lado dela e de "nosso" filho. Um menino forte e bonito, aproximadamente treze anos - no sonho. 

Tudo o que eu queria era ver aquele sonho se tornando realidade. 

POV LUNA

Acordei cedo para fazer uma caminhada pelos jardins. Desde criança tenho o costume de ser recebida pela natureza ao raiar do sol. Enquanto o Astro Rei ainda nascia, eu estava ali, andando pelos jardins vem cuidados de Hogwarts. 

Olhando para tudo do jeito como está, ninguém acredita que um dia possa ter havido uma guerra, que um dia Voldemort houvesse existido. Agora é um tempo onde tudo está melhor, tudo está leve e tranquilo. Agora as pessoas podem realmente acreditar num futuro melhor, em não perder pessoas importantes. Agora não há mais uma força maligna a temer, não mais. 

Enquanto caminhava, deparei-me com um passarinho que caíra do ninho.

- Olá, amiguinho. - Peguei-o cautelosamente. - Parece que você se perdeu da sua mãe… 

Olhei na árvore mais próxima se havia um ninho e, felizmente, encontrei. Caminhei com o pequeno pássaro em mãos até mais perto do ninho e vi as cabeças de mais quatro pássaros miúdos. 

- É hora de voltar para casa. - Acariciei sua cabeça e, na ponta dos pés, o coloquei dentro do ninho. Nenhum pássaro me bicou, mas eles começaram a piar. Rindo, voltei a caminhar. 

Passei pelo lago e me encantei pela milésima vez com o quão bonito ele é ao estar banhado pela luz matinal do sol. Ele fica tão mais cálido e acolhedor com a luz dourada sobre a água. 

Enquanto caminhava, pensei em meu relacionamento com Ron e o quão bom estava. Jamais pensei que ele pudesse corresponder ao meu sentimento, mas correspondeu de uma forma que me encanta. Cada momento com ele é especial, é único. Sinceramente, não consigo imaginar outra pessoa para ser o pai dos meus filhos. 

Muitos devem achar estranho uma garota de quase dezenove anos já pensando no pai de seus filhos, mas minha mãe costumava dizer que o amor não tem idade e vem sem aviso prévio ou hora marcada. Ela dizia que aquilo que não podemos descrever ou que lutamos para descrever é amor, que o amor se encontra nos gestos mais simples e se completa nos sorrisos e olhares mais amplos e fascinantes. Tenho certeza que, se minha mãe estivesse viva, me apoiaria e me incentivaria a pensar nisso cada vez mais. 

Minha avó costumava dizer que quando uma pessoa começa a namorar ela deve pensar em tudo: desde noivado e casamento até o término do namoro. Segundo ela, a gente não pode prever o futuro mas pode tentar se preparar para ele. E é pensando em todas as probabilidades que se prepara para o que está por vir. 

Quando os alunos começaram a aparecer, decidi que era hora de voltar para o dormitório e colocar meu uniforme. No entanto, quando estava voltando, Lilá Brown me abordou bruscamente num dos corredores. 

- Olá, Lovegood. - Ela ergueu uma sobrancelha, enraivecida. 

- Olá, Brown. Posso te ajudar? 

- Pode… 

Ela examinou as unhas bem cuidadas e compridas, depois voltou os olhos faiscantes para mim e disse: 

- Você pode desaparecer e permitir que meu Uon-Uon volte para mim! 

Ah, então é de Ron que essa conversa toda se trata. 

Esperei para ver se ela diria mais alguma coisa. 

- Sabe, Lovegood, eu não sei que feitiço ou que poção você deu para ele, mas eu tenho certeza que ele jamais se apaixonaria por você em sã consciência. 

- Eu que não tenho certeza se é possível alguém se apaixonar por você estando sóbrio. 

Um grupo de garotas da Sonserina que estava no corredor voltou os olhos para nós ao perceberem a elevação de nossas vozes. 

- Escuta aqui, di-Lua…

- Não! - Interrompi. - Escuta aqui você, Lilá. Eu não vou desistir do que realmente é importante pra mim porque uma garotinha mimada está com crise de ciúmes, o.k.? 

As meninas da Sonserina riram e soltaram baixas zombarias. Virei-me para elas e esbravejei:

- Será que podem voltar a falar sobre o que estavam falando e esquecer nossa conversa? 

Elas franziram os narizes e voltaram a caminhar pelo corredor. Voltando-me para Lilá, continuei: 

- Eu amo Ron e ele me ama, você não pode mudar isso, muito menos eu. 

- Isso é impossível! Ele está, no máximo, se divertindo. 

Por incrível que pareça, sua tentativa de ofensa me fez rir. Eu nunca havia soltado uma risada irônica em toda a minha vida, mas não resisti. 

- Olha, Brown, eu não vou ficar perdendo meu tempo te explicando algo que você ainda não conheceu. 

- Se está falando de amor, fique sabendo que eu amo o Ron. 

Lembrei-me de outra coisa sobre o amor que mamãe costumava dizer. 

- Lilá, o amor ele acontece uma vez na vida. Você se apaixonou por Ron e não deu certo. Era paixão, entendeu? 

- De onde tirou isso? Foi um zonzóbulo que te contou?

Senti meu sangue ferver. Brincar com minhas crenças já era demais. 

- Mais uma vez, não vou perder tempo falando sobre algo que você não conhece. 

Consultei o relógio e conclui:

- Eu não vou perder o que é importante para mim. E, se me der licença, eu vou colocar meu uniforme porque eu não quero me atrasar para a aula. 

E saí em beu habitual passo saltitante, deixando-a sozinha e furiosa. 

POV HERMIONE

No início da noite, depois de uma longa conversa com Ron, ele concordou comigo que deveríamos falar com Minerva sobre o que realmente aconteceu com Draco. Enquanto caminhávamos em direção a sala dela, Ron falou: 

- Hoje Luna discutiu com a Lilá. 

- COMOASSIM?

Luna discutindo não é nada normal. 

- Parece que a Lilá teve aqueles ataques onde ela ainda pensa que eu gosto dela e tal… - Ele deu de ombros. - Luna falou umas poucas e boas pra ela. 

- Defina o que a Luna disse em apenas uma frase. - Desafiei. 

Ron pareceu alegrar-se com o desafio. Ele sorriu e disse:

- Simples: eu não quero perder nada. 

- Hum…

- Ela disse que não iria perder o que é importante pra ela e coisas do gênero. Você sabe como a Luna é. 

- Sei… 

Me orgulho de ser amiga de Luna. Ela sempre correu atrás do que quer e o mais importante: nunca se abalou na primeira dificuldade. 

- Ron, você tem sorte em ter a Luna do seu lado.

- Ainda bem! Ela é maravilhosa. 

- Com certeza. 

Ao chegarmos na sala da Minerva, Ron bateu à porta e a voz imperiosa dela nos permitiu entrar. Caminhamos hesitantes até sua mesa, depois nos sentamos. 

- Algum problema? - Ela perguntou.

Ron e eu nos entreolhamos como se estivéssemos decidindo quem começaria. Por fim, falei: 

- Diretora, precisamos contar uma coisa para a senhora. 

Ela ajeitou os óculos e disse:

- Pois bem, digam. 

Me aprumei na cadeira e, enquanto escolhia as palavras certas, comecei a apertar meus joelhos. 

- Bom, diretora, é sobre o acidente de Draco Malfoy. 

Percebi que a expressão dela mudou. Suas costas se arquearam ligeiramente e ela nos olhou com mais intensidade. 

Cutuquei Ron levemente; agora é com ele.

- Diretora, naquela noite Hermione e eu discutimos. Bom, eu fui até o dormitório deles e tal… - Ele fez uma pausa vendo o que poderia dizer. Nós combinamos em não falar nada sobre os detalhes sórdidos. - Estávamos discutindo no quarto dela quando Draco chegou. Ele pediu que Hermione fosse para o quarto dele e nós dois ficamos discutindo, então eu puxei minha varinha… e o estuporei. 

Os olhos de Minerva se arregalaram, ela parecia não esperar aquela atitude de Ron. Mas ela não disse nada, apenas esperou.

- Como ele estava exatamente na direção da porta e ela estava aberta, Malfoy acabou colidindo com a sacada, que não suportou o peso dele. Então ele caiu no andar de baixo, e o resto da história a senhora já sabe. 

Ela ficou nos encarando por algum tempo, como se estivesse pensando no que fazer. 

- O senhor sabe que será expulso, não sabe, sr. Weasley? 

Mas no mesmo momento alguém bateu na porta.

- Entre! - Minerva disse.

Felizmente, Draco e Lúcio passaram pela porta. Vê-los aqui dentro tirou um enorme peso das minhas costas e tenho certeza que das costas de Ron também.

- Professor Malfoy, que bom ver o senhor, estou tratando de um assunto que é de seu interesse. 

- E eu já estou sabendo, diretora. 

Olhei para Draco, que deu um breve sorriso, deixando-me aliviadíssima. 

- Diretora, eu gostaria de sugerir que, ao invés de expulsar o garoto, deixasse-o em detenção pelo resto do ano letivo. 

Ron e eu nos olhamos com um pouco de expectativa. 

- E que detenção o senhor me sugere, professor Malfoy? Acredito que nenhuma possa estar a altura do que o sr. Weasley fez. 

Lúcio olhou para Draco por um instante, depois falou: 

- O sr. Weasley poderia passar o resto do ano letivo auxiliando o Hagrid na Floresta Proibida, tipo um segundo guarda-caça. Mas, é claro, com trabalhos que o tipo físico dele suporte e que seja seguro. 

Minerva avaliou a situação minuciosamente. Seus olhos corriam de Lúcio para Ron, depois fixavam-se em mim por pouco tempo e, por fim, em Draco. Ela repetiu essa seqüência algumas vezes, deixando-me nervosa. O nervosismo foi tanto que comecei a puxar um fio solto do meu suéter. 

- Bom, acho que é possível, professor Malfoy. 

Ron e eu quase comemoramos, mas conseguimos nos frear a tempo. Afinal, se começássemos a comemorar Minerva mudaria de ideia na hora. 

- E não posso deixar de puni-la também, srta. Granger. 

Senti como se uma avalanche estivesse caindo sobre meus ombros. Mas tudo bem, é justo. 

- Por mentir sobre um fato de suma importância, eu a exonero do cargo de monitora-chefe. Essa é a última noite que passará naquele dormitório, estamos entendidas? 

Não só eu, mas Draco também ficou muito desapontado. 

- Tudo bem, diretora. 

Ela examinou mais um pouco, depois disse:

- Potter será o novo monitor da Grifinória. 

Senti uma imensa alegria. Harry ficará contente em saber que será o próximo monitor. Talvez desapontado por estar me substituindo, mas ainda assim ficará alegre. 

- Estão dispensados. 

Saímos sem trocar nenhuma palavra, mas satisfeitos com o que ocorreu. Lúcio permaneceu na sala de Minerva, talvez tratando de algum assunto referente às aulas, mas eu não estava nem um pouco interessada em saber sobre o que falavam, eu só queria mesmo aproveitar minha última noite no dormitório dos monitores. 

Mais tarde, depois da ronda, Draco e eu dormimos juntos. Aliás, fizemos um pouco mais do que apenas dormir, o que me deixou muito satisfeita. Não poderia ter havido uma última noite melhor. Depois, quando eu estava quase dormindo, ele sussurrou em meu ouvido:

- Fique tranqüila, aposto que Potter dará uma ajudinha para nós. 

- Pode ter certeza disso. 

Rimos um pouco, depois ele pediu: 

- Irá se encontrar comigo ao final das rondas, certo? 

- Nunca me senti tão bem com a expectativa de quebrar regras. 

Ele beijou meu rosto e disse: 

- Eu não quero perder nenhum momento com você. Tudo isso que estamos vivendo em Hogwarts eu contarei para nossos filhos, incluindo os momentos em que quebramos as regras. 

Só de ouvi-lo falar em ter filhos comigo senti meus olhos marejarem. Não de tristeza ou medo, mas de uma alegria irrevogável. 

- Boa noite, meu amor. - Ele sussurrou e me deu mais um beijo.

- Boa noite. 

Adormeci ali, abraçada a ele e iluminada pela luz da lua. 


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram da música? Quem aí já conhecia?
FALEM SOBRE OS POVS. Gostaram?
POR FAVOR, FALEM SOBRE A FIC NO REVIEW, porque ultimamente a gente tem recebido tanto "gostei, posta mais" que até desanima :// Tipo, eu andei conversando com a Gabs e, de uns tempos pra cá, nós reparamos que tem uma leitora realmente MUITO atenta a todos os detalhes, tanto que ela tá entendendo uma coisa que nós QUASE não deixamos a mostra, um mistério que ninguém enxergou ainda. Bom, não vamos dizer o nome dela, é claro. EI, e você leitora, se sabe que é você, NÃO DIGA NADA A NINGUÉM!
Bom, feliz ano novo pra vocês, que 2012 venha trazendo prosperidade, amor e alegria para vocês e suas famílias.
Agora só vai ter cap no ano que vem, ok? Mas não fiquem tristes UAHSAUHSAHUSUHAS'
E eu vou viajar em janeiro e passar quase duas semanas fora, então é por isso que eu e a Gabs estamos nos esforçando muito pra escrever bastante e postar bastante antes da minha viajem. Caso queriam saber, eu viajo dia 8 e volto entre os dias 20 e 25, não sei ao certo.
Enfim, tudo de bom pra vocês.
COMENTEM DE VERDADE, OK? UAHSAUHSUASUH'
Beijos sabor... Dessa vez não pediram nenhum sabor, então eu vou escolher:
Beijos sabor Sirius Black, quente e envolvente (66' UAHSUHASUHASUHASUH!