Manus Life - Segunda Temporada escrita por Apiolho


Capítulo 8
Metamorfose


Notas iniciais do capítulo

QUERIDOS LEITORES,

MUITO OBRIGADA PELOS REVIEW, MUITO MESMO! *-*

ESPERO QUE CURTAM, VAI TER TRANSFORMAÇÃO E BRIGA, NOVAMENTE. hihi



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CAPÍTULO SETE - METAMORFOSE

  

 "É preciso, contra todas as condições adversas, encontrar uma reconciliação consigo que nos reabilita para que possamos nos amar, mesmo que um pouquinho, eis a condição necessária para dar esse passo além, onde todos parariam."

(Isabelle Anchieta)

            Estava no shopping, contra a minha vontade. Raissa fez questão de levar minha mãe conosco, com a desculpa de que era coisas de mulheres. O que ela realmente queria, era ter a certeza de que eu não iria fugir antes de ir para o local.

            _Deveria ficar feliz, Manu. Não é todo o dia que uma pessoa se oferece para pagar as suas roupas e o banho de loja. _respondeu minha mãe, ao me ver emburrada.

            _Oh, sim. E por acaso vocês não perguntaram a minha opinião em relação a isto? _retruquei, irritada.

            _Não, nem precisa questionar para a saber a resposta. Nós apenas queremos o seu bem, Manu. Desejamos que todos percebam o quão bela você é. _declarou Raissa, tentando me animar.

            _O que seria das lideres de torcida sem maquiagem? E das modelos? Ninguém fica bela sem estilo, meu anjo. _discursou, tentando apontar um motivo para estarmos no shopping.

            Não dei a minha resposta e fui em direção ao salão de beleza. O cabeleireiro que nos atendeu com toda a certeza, era gay. Ele me olhou de um jeito reprovador e odioso, logo notei que era o garçom do restaurante. Deveria ter mil empregos, achei engraçado ao imaginar a cena de encontrá-lo em todo o lugar.

            _Querida, o seu caso não tem solução. Para melhorar esta aparência, só com plástica, meu bem. _declarou com um falso sotaque francês, olhando para a mãe.

            _Hei, por que você não  faz o que eu lhe pedi e para de criticar a minha filha. Sua mãe não lhe ensinou o que é educação, meu filho? _retrucou Carla, revoltada.

            _Ensinou sim, senhora. Mas ela também disse que a sinceridade vem em primeiro lugar, e é isto que eu estava fazendo antes de você me interromper. _revidou de modo cortante.

            Notei que minha amiga tinha toda a razão, eu me importava com que os outros diziam. Sabia que ele tinha raiva de mim, mas poderia ter sido sincero em sua opinião. Eu estava com medo do que o mesmo poderia fazer em mim, porém acredito que todo trabalhador deve ser profissional.

            _Fique quieto e comece a exercer a sua função, pois eu estou pagando por isso. _finalizou Raissa.

            O homem parou e começou a lavar o meu cabelo. Ficamos em silêncio a todo momento, sendo algo estranho para mim, pois as pessoas costumam falar neste ambiente, e muito. As mulheres pareciam uma gralha quando estavam em um salão de beleza, nunca soube o quanto de assunto elas tem para falar durante horas neste local. Acredito eu, que as fofocas nascem e morrem neste meio.

            _Estais divina, meu amor! _exclamou minha amiga, após terem finalizado o meu penteado.

            _Qual é o truque deste penteado e o que devemos fazer para continuar deste jeito? _questionou minha mãe, depois de se recuperar do choque. Não sei o porquê, mas os adultos sempre querem saber de tudo.

            _Você acha que eu, um dos melhores cabeleireiros da cidade, vou contar o meu segredo para vocês? Mas, nunca! _declarou, antes de rir das nossas caras.

            _Não precisamos de sua ajuda, mesmo. É só chegar em casa e pesquisar o penteado no "Deus search."*_finalizou Carla, antes de sairmos do local.

             Passamos nas lojas e escolheremos vários modelos, que segundo elas, eram da minha cara. A maioria das vestimentas são românticas, mas algumas são simples. Há também muitos acessórios do qual eu também gostei, porém não comprei munhequeiras. Segundo as mulheres, "eu estava pronta para arrasar."

~*~

            Ninguém me reconheceu, ainda bem, ao entrar na escola. Muitos me olhavam de um jeito surpreso, mas a maioria nem me notou. Não me sentia a popular da escola, porque eu não sou e nunca quis ser. Nathália me olhou com orgulho ao ver como eu estava vestida.

            _E ai gata, tens telefone? Talvez eu te ligue a meia noite, contando o quanto eu estou apaixonada por você! *fiu, fiu* _disse Nath, rindo da sua cantada.

            _Poupe-me, não falo com bandeirantes como você. _retruquei, rindo mais ainda.

            Eu não era acostumada a fazer essas brincadeiras, porque a minha única amiga foi educada para se comportar perante os outros. Gargalhamos mais ainda ao notar que todos nos olhavam com uma estranha expressão. O motivo deve ser porque eles nunca me viram fazendo algo deste tipo, apenas encolhida em um canto. Acho que a mudança trouxe uma maior auto-estima.

            Matthew me viu quando eu estava pegando os livros, ele se surpreendeu ao notar minha nova aparência. Piscou várias vezes e foi em minha direção. Pegou na minha mão e em segundos eu já estava trancada entre a parede e ele.

            _Por que você fez isso? Foi por causa do Hélio, né? _questionou, raivoso.

            _E se for esta a razão? O que você tem a ver com isto? _retruquei, tocando o indicador em seu peitoral.

            _Nada, só não quero que você ande com esse... Marginal. _urrou.

            _Marginal? Você diz isso porque não o conhece, Matthew! _exclamei, defendendo rápido, rápido demais. _Você não tem provas para criticá-lo, o único motivo para fazê-lo é esse seu egoísmo idiota e o seu ciúmes. É isto mesmo! Ciúmes por ter medo de perder a única amiga que aumentava a sua estúpida auto-estima. _finalizei determinada, mas arrependida. Eu não queria machucá-lo, isto aumentou ao ver seu rosto se contorcer em tristeza.

            _Infelizmente, Manu, você está certa. Sim, eu estou cego de ciúmes. Tenho medo de perde-la, meu amor, e não é pouco. Droga! Eu também tenho o direito de me sentir inseguro. O que você acharia ao perceber que a menina que você ralou para ser amigo, está andando com uma pessoa que nem ao menos tentou? Anda! Diz-me, amor.

            _E só você tem o direito de sentir ciúmes? _questionei, "rosnando" _O que você acha que eu penso ao ver vocês dois juntos, enquanto eu nem na sua vida estou mais? _finalizei.

            _Eu não sabia..._começou, perplexo.

            _Este é problema, Matthew, você nunca sabe. _terminei, saindo e correndo em direção ao velho parque.

            A maioria não sabia deste local, mas eu ainda ia quando lembrava que existia. Seria ruim, dizer que neste momento lágrimas banham a minha blusa? Pois é, está é a verdade. Eu deveria me sentir feliz por ele dizer que sentia ciúmes de mim, mas não. Era algo doentio, que ele tinha por estar com medo de me perder. Perder seu brinquedinho. Ele não me convencia mais, eu não via mais a doçura em seu olhos.

            Sentei no gira-gira enquanto o vendo soprava em meu cabelo, era uma ótima sensação para mim. Não sei o motivo, mas eu fico calma em brinquedos como esse. Eram 7h e faltavam 20 minutos para as aulas. Girava o brinquedo, e sorri ao perceber que as lágrimas haviam secado com a força do vento. Notei alguém na minha frente pelo barulho que a ferramenta fazia quando sentavam nela.

            _Desculpa, meu amor, eu não havia notado o quanto estava ferida. _começou, tentando tocar em minhas mãos que estavam em contato com o ferro do brinquedo _Sim, confesso que eu olhei apenas para mim. E somente a mim. _finalizou, nossos olhares se chocando. Sorri ao notar que a doçura em seus olhos havia voltado.

            É bipolar, só pode. Sua mente é confusa e controversa, em questão de instantes sua expressão poderia mudar. Seu olhar continuava doce como antes, mas dava de notar claramente o medo e a confusão em seus olhos. Ele não sabia mentir e isso era o que mais me acalmava. Enquanto ele girava o brinquedo, eu tentava pensar no que eu diria para ele. Não conseguiria fingir, mas tentaria.

            _Não se preocupe, pois isto já passou. Vamos por uma pedra neste assunto e enterrá-la, ou melhor, vamos virar está página. _declarei tentando confortá-lo, porque dentro de mim ainda havia a tormenta que me feria gravemente.

            _Então, você vai andar conosco no intervalo? _questionou de um jeito divertido.

            Como ele ainda queria que eu fizesse isto? Depois de tudo que eu disse, ele deveria me afastar dela e não aproximar. Eu teria que fingir que não me importava, era a única saída. Ainda era cego de não perceber que eu gostava dele, e é assim que deve continuar.

            _Não, nunca ia querer atrapalhar os pombinhos. _respondi, rolando os olhos em segredo.

            _Oh, sim, e você vai passar com o Hélio? _questionou, grunhido. _Porque se for com ele, eu irei lhe buscar a força no intervalo.

            _Hei, você passa com a Bianca e eu com que eu quiser. _respondi, rindo.

            Começamos a rir e do nada ele se levantou. Passou pelo brinquedo e pegou na minha mão, surpreendi-me ao ver que ele me aproximou de seu corpo em um abraço. Era apertado, mas não desconfortável. Eu sentia falta disto, mesmo reclamando antigamente.

            _Como eu sentia falta disto, minha pequena. Senti tanta falta de você, principalmente dos momentos em que passávamos juntos. _sussurrou de encontro ao meu ouvido.

            Estremeci, e foi deste jeito que continuamos até bater o sinal. Desvencilhei-me de seus braços rapidamente, escondendo o quanto eu estava constrangida com isto. Entrei no meio da multidão, notando por uma última vez o sorriso estampado em seu rosto.


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Notas finais do capítulo

*- Já que não pode por marca, botei "Deus search" mesmo.

ELES SÓ SE BRIGAM E NUNCA SE RECONCILIAM, TOMARA QUE ESTE SEJA O FIM. OU NÃO? GOSTARAM OU NÃO? REVIEWS?

Please, deixaria-me muito feliz. BEIJOS, MUITO OBRIGADA PARA QUEM LEU! *-*



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