Manus Life - Segunda Temporada escrita por Apiolho


Capítulo 5
Acordando para a realidade


Notas iniciais do capítulo

Queridos leitores,

Além da minha amiga, ninguém me mandou review e eu fiquei muito triste com isso porque eu fiz aquele texto pensando que alguém comentaria. Tá eu sei que sou uma péssima escritora, mas até uma critica me ajudaria. VAI TER BRIGA, ENSAIO NESTE CAPÍTULO.

BEIJOS E ESPERO QUE CURTEM.



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CAPÍTULO QUATRO - ACORDANDO PARA A REALIDADE

"A pior forma de sentir a falta de alguém é estar sentado ao seu lado e saber que nunca a terá."

(Autor desconhecido)

           

           

            _Onde nós iremos fazer o ensaio? _Perguntou Hélio.

            _Não sei, que tal na minha casa? _Matthew.

            Ao ouvir sua voz pensei em tudo que ele me fez, constatei que seria uma péssima ideia ir em sua residência. Ao perceber a minha afobação, Nath deu um sorriso. Sabia que quando ela fazia isto, algo ruim ia acontecer.

            _Eu acho uma ótima ideia. Aproveitamos esse dia para ensaiarmos a sua cena com a Manu. _completou de modo zombeteiro, mas divertido.

            Todos concordaram, deixando-me nervosa. Seus olhos foram em minha direção, mostrando o quanto queria a minha opinião. Queria chorar, mas com dificuldade pude parar a ação. Ele me olhava preocupado, enquanto vinha em minha direção. Tocou em meu ombro e afagou meu cabelos, buscando respostas sobre o porquê do meu afastamento após o seu toque.

            _E você? Concorda com o que eu disse? _disse, mostrando curiosidade.

            _TANTO FAZ! _aumentei o tom de voz, tentando falar para ele o que eu sentia. Afastou-se ao ouvir a minha resposta, deixando-me sozinha. _Como se você se importasse com a minha opinião.  _sussurrei, mas apenas eu pude ouvir a reclamação.

            Após avisar a Nathália que iria procurar a peça "A megera domada" e a mesma dizer que eles iriam me esperar, fui em direção a livraria. Fiquei surpresa ao chegar no estabelecimento e ouvir música clássica.

             Um moço que estava vestindo uma roupa de príncipe, aproximou-se ao ver que alguém tinha chegado no estabelecimento. Olhou-me com interesse e beijou minhas mãos, deixando-me perplexa.

                _O que deseja, Milady? _questionou de maneira suave.

                _An, eu queria um livro de Shakespeare chamado "A megera domada." Pode pegar para mim, por favor. _ disse com dificuldade, por ainda estar assustada com a atitude do atendente.

            _Oh, sim. Espere, que logo voltarei para lhe buscar. _declarou de modo sedutor, antes de piscar para mim.

            Fiquei encantada com o tamanho do lugar. Tinha livros de vários tipos e autores, sendo que as séries não estavam incompletas. As prateleiras eram dívidas por temas. Havia também livros em outras línguas, como inglês e espanhol.

            _Achei o seu livro, mon belle. Espero que o curta, mas infelizmente ele não é gratuito. Terás que pagar R$ 15,00 pelo livro, porém lhe darei 50% de desconto se for à vista e 2x de R$10,00 se for a prazo. _respondeu de maneira afoita.

            _Vou pagar à vista, mesmo. _respondi, depois de segui-lo até o caixa.

            _Está bem, aqui está o livro. Tenha um bom proveito, milady. _Disse, antes de dar um último beijo.

            Sorri ao perceber o porquê de suas ações e vestimentas, pois na frente da loja há uma placa com os dizeres:

"Semana em homenagem ao cavalheirismo e a idade média.

            Como dizem os poucos:  Damas primeiro.  Sabendo disto, fizemos uma promoção em que elas terão 50% de desconto se pagarem à vista."

           

            Logo, a música "TÔ COM FOME, QUERO LEITE" começou a tocar no celular.  O meu desejo neste momento era de matar o Jared, por colocar isto para tocar no meu aparelho. Ele deve estar rindo de mim neste momento ao saber a vergonha que eu ia sentir.

            _Alô. _respondi, depois de ir para o canto.

            _Alô, minha irmã. Gostou da surpresa que eu fiz para você?_disse Jared aos risos.

            _Muito, tanto que eu quero lhe agradecer depois pelo ocorrido. _respondi de modo irônico, desligando o celular após ouvir a sua alta gargalhada.

            Andei apressadamente pelo shopping por saber que havia pessoas me esperando no lado de fora. Desci as escadas rolantes e quase cai pela correria, realmente a pressa era inimiga da perfeição. Ao passar pela porta de saída, notei que estavam se amassando ou olhando para o estacionamento de maneira tediosa.

            _Aleluia, né? Pensei que nunca ia chegar. _disse Fábio, tentando me humilhar de alguma forma.

            Não respondi ao ver sua irritação e fomos em direção a casa do Matthew.

[...]

           

             Mesmo vendo está residência quando vou para a escola, nunca me acostumarei com o seu tamanho. O jardim era enorme, havia várias flores na entrada que deixavam o ambiente mais bonito. Sophia que olhava a movimentação da janela, veio correndo me abraçar. Fiquei feliz por saber que uma pessoa desta família, gostava de mim.

            Andamos pela casa, até chegar na sala. Havia um armário com vários figurinos daquela época, pois sua mãe era estilista e poderia arranjá-los em qualquer lugar. Peguei um vestido bege e rodado. Nathália escolheu um laço grande de renda - sendo este da mesma cor da minha roupa - e pôs no meu cabelo após fazer um penteado nele.

            _Manu, tu estais muito linda. Agora sim, pareces a boneca que sempre foi. _declarou, seu tom de voz demonstrava perplexidade.

            _Estais sendo educada, você que é a verdadeira musa. _e realmente estava.

            _E quem disse que eu não sou? _respondeu aos risos.

            Bridget apareceu na porta, ela estava divina. Seus cabelos, que agora estavam cacheados, caiam de forma perfeita pelo corpo. A expressão ao nos olhar era de superioridade, mas também de surpresa. Bianca apareceu com uma roupa de época, pois após implorar para a orientadora, entrou para o teatro como figurante e diretora.

            _Estão prontas, meninas? Eu quero ver como ficou a minha garota. _gritou James de modo afoito, batendo na porta.

            Bianca abriu o acesso do local, sendo seguida pela Bridget. Minha expressão ficou melancólica ao ver o modo como Matthew a olhava. Ele estava lindo e o figurino destacava mais seus olhos, que agora tinham um brilho maior. Fábio parecia um príncipe de novela e Florêncio parecia um perfeito Dom Juan. Hélio me olhava com encantamento, enquanto colocava a boina com penas. Já Tales observava a cena com tédio e James abraçava a Nathália.

            _Bem, que tal começarmos pela cena I, a parte em que entram a Catarina, eu e os meus pretendentes? _Nathália.

            Todos concordam e começamos a se posicionar em nossos devidos lugares, ficando apenas Trânio e Lucêncio - Tales e James. 

           

~*~

            LUCÊNCIO _Que gente está chegando?

            TRÂNIO _ Alguma procissão que vem saudar-nos.

           

            Entram Batista, Catarina, Bianca, Grêmio e Hortênsio. Lucêncio e Trânio se conservam à parte.

         BATISTA - Deixai de importunar-me, cavalheiros, pois conheceis qual seja o meu propósito, a saber: não casar minha caçula sem que à mais velha tenha dado esposo. Se vós ambos amais a Catarina, por eu vos conhecer e estimar muito, permissão tendes de fazer-lhe a corte.

            GRÊMIO - Antes cortá-la; para mim é áspera. Então Hortênsio, não quereis esposa?

            CATARINA (a Batista) - Por obséquio, senhor, é vosso intento deixar-me encabulada junto destes candidatos a esposo?

            HORTÊNSIO - Oh! candidatos, minha senhora? Que entendeis por isso? Sim, candidatos, quando vos tornardes mais cândida e gentil.

            CATARINA - Não tendes causa, senhor, de tanto medo, que, em verdade, ainda não encontrastes o caminho para o coração dela. Mas no caso de o achardes, ficai certo, seu primeiro cuidado consistira em alisar-vos os cabelos com um belo tamborete, pintando-vos o rosto de violete.

            HORTÊNSIO - De uma megera* dessas, Deus nos livre!

            GRÊMIO - E a mim também, bom Deus!

            TRÂNIO - Vede, senhor, que bela brincadeira. É louca a rapariga ou rezingueira.

            LUCÊNCIO - Mas no silêncio da outra vejo réstia de branda educação e da modéstia. Silêncio, Trânio!

            TRÂNIO - Pois não, senhor. Saciai agora a vista.

            BATISTA - Senhores, porque eu possa pôr em prática quanto vos disse... Volta para casa, Bianca. Que não seja isso, boa Bianca, razão de te agastares. Continuo, minha querida, a te prezar como antes.

            CATARINA - Bonequinha mimada! Melhor fora nos olhos dela enfiar os dedos logo. Saberia porquê.

~*~

            _CORTA! _grita Bianca, de forma desesperada.

            _O que houve?

            _Eu não entendi nada deste texto. É muito complicado. Por que a Catarina diz que "seu primeiro cuidado consistira em alisar-vos os cabelos com um belo tamborete, pintando-vos o rosto de violete"? _questionou, mostrando o quanto estava confusa.

            _Porque ela é mal-educada e fala mal da aparência dele. _respondi de imediato.

            Após essa interrupção, ela o fez várias vezes. Resolvemos dar uma pausa no ensaio, pois a empregada trouxe o café da tarde. Percebi que durante a refeição, Nathália fuzilava a Bianca. Algo ela tinha em mente para ficar tão irritada, isto era o que eu mais temia.

            Todos foram embora, restando no ambiente apenas Matthew e eu. Eu não queria ficar com ele, porém meus pais tinha ficado na praia e Jared estava com a Raissa. Subimos as escadas e ele parou em seu quarto, fiquei corada ao me lembrar o que as pessoas faziam neste local.

            _Não vai entrar? _questionou de modo maroto ao ver minha reação.

            Passei pela porta de modo apressado, ele apontou para o lugar ao seu lado na cama. Sentei-me neste local e o mesmo riu ao ver meu nervosismo. Olhou-me com interesse e me abraçou, mas sua expressão era desanimada. 

            _Manu, eu queria saber o porquê de seu afastamento. Nós estávamos indo tão bem, porém você insistiu em me repelir. Por que isto tudo, diz-me. Por quê? _questionou ao me olhar com tristeza.

            _Por que você finge ser tão cego, Matthew? Não vê o quanto eu sofro, por saber que eu sou um estorvo em sua vida? Por favor, deixe-me em paz e pare de fingir que se importa comigo! _A fúria que eu sentia fez com que as palavras fossem jogadas rapidamente em seu rosto.

            _Você que é cega. Em que momento eu mostrei a você que era um estorvo em minha vida? Anda, diz-me, porque eu não me lembro. _respondeu com a mesma intensidade.

            _Isto ocorreu tão recentemente, que eu duvido que você possa esquecer tão rapidamente. Bianca, bilhete, auto-estima, te lembram alguma coisa?

            _Oh, céus. Eu nunca te acharia um estorvo, pelo contrário, você acrescentou muito em minha vida. _respondeu me abraçando, mas eu o repudiei.

            _Pare de ser tão cínico, por favor. A única coisa que eu poderia ter feito para você é aumentar este seu estúpido ego. _comecei _Porque se for para ser apenas um brinquedo usado por você, eu prefiro não fazer mais parte de sua infeliz vida. _finalizei, antes de sair da cama e ir em direção à porta.

            _Hei, amor, nunca mais repita uma besteira como essa. _disse, interceptando-me no corredor. _Confesso que estou me apaixonando pela Bianca, mas eu nunca te usei para isso. _terminei ao levantar meu rosto, para que eu pudesse vê-lo.

            Aquilo foi como um baque em meu peito. Eu queria gritar que este era o problema, mas ele não iria me ouvir. Ele nunca me escutou, não é hoje que ele iria fazer isto.

            _Não, mas a sua ânsia pela popularidade fez com que me usasse. O que mais me doeu não foi isto, mas sim a forma com que contou para a Bianca sobre mim. _respondi, demonstrava frieza e rudeza ao olhá-lo.

            _Oh, sim. E você queria que eu contasse que eu te beijei no dia da lanchonete? Não, isso nunca, ia ser arriscado demais para confessar. Eu não poderia perder a mulher que eu quero conquistar, por um capricho seu. Eu menti, mas no final eu pude sair com ela. _declarou de modo falho.

            _Eu não sei o que mais me magoa, saber o quanto você não se importa comigo ou a mentira que você deu para ganhar uma mulher. _respondi, secando com a blusa as lágrimas que começavam a se formar em meus olhos.

            _Droga! Você ainda não entendeu que eu me importo com você? E isto é muito para mim, mas eu gosto dela e tive que fazer isto para ganhá-la. _disse, abraçando-me logo em seguida.

            Perdoei, porém fiquei arrasada por saber que ele estava a amando. Como poderia? Eu não sei como, mas eu tinha que esquecê-lo. Logo, Jared chegou e me levou para a casa. Fiquei pensando a noite inteira sobre isto, antes de adormecer imaginando como poderia vencer este obstáculo.


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Notas finais do capítulo

*- Era demônia que está escrito no texto, mas ia ficar meio louco se eu botasse isto.

NÃO TENHO NADA CONTRA Ó FUNK, MAS ACHO ENGRAÇADO ISTO TOCANDO NO SHOPPING.

E AI, GOSTARAM OU NÃO? EU QUERIA UM REVIEW, POR FAVOR. EU FICARIA MUITO FELIZ COM ALGUM COMENTÁRIO.

MUITO OBRIGADA E BEIJOS! *-*



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