Manus Life - Segunda Temporada escrita por Apiolho


Capítulo 21
Nada melhor que um desabafo


Notas iniciais do capítulo

QUANTO TEMPO, EM? ESPERO, COM TODO O MEU CORAÇÃO, QUE NÃO TENHAM ME ABANDONADO. DESCULPA A DEMORA, PORÉM FOI APENAS PORQUE QUASE NINGUÉM ESTAVA ME ACOMPANHANDO. EU ADORO MESMO ESSA HISTÓRIA, E ESPERO QUE VOCÊS TAMBÉM. APENAS, COMO SEMPRE, MINHA QUERIDA HANS COMENTOU.
KISSES, ESPERO QUE CURTAM.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/139229/chapter/21

CAPÍTULO VINTE  - NADA MELHOR QUE UM DESABAFO

"Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não"

(Vinícius de Moraes)

_MANUELA! _berrou minha mãe, é... aquilo não ia ser nada bom.

_Que foi? _questionei, o medo em minha voz.

_Venha já aqui, AGORA! _continuou a gritar.

            Então eu desci a passos lentos pela escada, esperando a minha morte. Já dava para ver o sermão que eu ia levar, mas ao chegar na sala fui recebida com um abraço. Estranho, não? Ao ser solta por ela, percebi que a mesma estava chorando.

_Muito obrigada, meu anjo. _começou, enlaçando-a mais ainda.

_An? _confusa.

_Eu vi o vídeo e sei que foi você que o filmou, aliás, foi o Fabio. Não é?

_Co-como você sabe disso?

            Ela não respondeu, apenas mostrou a capa do CD. E no mesmo esta escrito:

            "Creio em você, Manu.

            Aliás, sempre acreditei.

            Encontre-me amanhã, ás sete horas, no parque popular. Mostrarei a prova que você tanto queria.

            Att.,

            Sua esperança."

            É, tinha que ser. Mas, como...

_Ma-mas, como tens certeza que foi o Fábio o escritor desse bilhete?

_Coisas de mãe. _comentou simplesmente, piscando para mim.

            Bem, há coisas que não se pode duvidar...

_E-e o que vai fazer agora que já sabes quem roubou a empresa, mãe? _perguntou, o mesmo em sua voz. Receio de que sua família fosse presa e, principalmente, de perdê-los.

_Por enquanto nada, meu anjo, pois preciso conversar com seu pai primeiro. _Yeah! Nesse caso ela tinha razão, só espero que façam a escolha certa.

_É por isso que te amo, você sempre sabe o que fazer primeiro. _finalizei, beijando-a no rosto e saindo.

            Ela precisava disso. Fazia tempo que eu não a agradecia ou a elogiava, e reconheço que a mesma merecia isso. Minha mãe é uma pessoa guerreira, alguém que quase sem nenhum tostão no bolso tentou nos criar desde pequenos.

            Logo, meu pai entrou em casa. Ele tinha ido na casa do meu tio e cortado a grama dele por míseros centavos, já que as autoridades ainda não deixam eles terem um emprego digno.

_Pai... _comecei.

_Sim? _disse, dando passos em minha direção.

_Mamãe quer falar contigo... _disse, aproximando-se mais dele e o enlaçando em um abraço. _Eu te amo, pai, muito obrigada por tudo. _finalizei, indo para o quarto.

_Também te amo, meu bebê. _berrou.

            Assim como Matthew, muitos filhos tem seus pais ausentes em casa. E eu que os tenho a todo o momento deveria agradecer por isso. Não sei o porquê, mas me lembrei da Nath. Ela tinha voltado para a casa, já que dona Felícia expulsou o namorado de casa. Bem, nada mais justo depois de ter provas de que o padrasto tentou estuprar sua filha.

_Alô. _disse minha amiga do outro da linha.

_Alô, meu amor... _comecei.

_Quem é? _Caraca! Ela não reconheceu minha voz?

_É a Manu, Nath. _disse, revirando os olhos.

_Isso eu sei, mas que alienígena te abduziu para você ser tão carinhosa comigo? _questionou, rindo em seguida.

_O mesmo que convenceu você a dar péssimos apelidos para mim. _admito, fui grossa.

_Não sei do que está falando, quais apelidos? _questionei, realmente não acreditando no que eu disse.

_Mon cheri, meu amor... quer que eu continue? _comentei, contando nos dedos o que ela falará, mesmo que não esteja me vendo.

_É melhor do que ser seca. _deu uma indireta, rindo em seguida. _Tá bom, admito que meus apelidos são péssimos. Mas, por que você me ligou?

_É-é que eu senti sua falta. _sussurrei, corando enquanto fazia. Eu realmente não gostava de falar.

_Quê? Repete, por favor. _fingiu-se de desentendida, provavelmente rindo ao citar a frase.

_Eu sei que você ouviu. Quer sair comigo ou não? _fui direita, perdendo a paciência com Nathália.

_Tu sabes que tenho namorado, sou comprometida agora... _declarou, rindo em seguida.

            Céus! Minha amiga não muda...

_Para com essas brincadeiras, garota. Responde agora, quer ir ou não? Sabes que outras podem te substituir, não é? _ironizei, com uma falsa irritação na voz.

_Já que insiste, que horas vai passar aqui? _questionou.

_JÁ! Pode ser?

_Claro. Tchau, mon amour. _riu ao falar a última frase.

_Ah não, outro apelido não. _fingi estar aborrecida, mas ela já havia desligado.

***

            Quando cheguei na casa de minha amiga, ouvi uns berros vindo de dentro.

_Como podes fazer isso, mãe, como? _berrou Nath, a voz embargada pelo choro.

_Desculpe-me, mas eu não resisti... _ela continuou, porém não pude ouvir o resto.

_Pior, como você pode se rebaixar tanto? Não dá valor a si mesma, fazer algo tão... estúpido. _esbravejou.

_Não farei mais, prometo. Porque, foi apenas por uma noite. _confessou, a voz quase inaudível.

_Isto mostra o quão fraca a sua carne é e, principalmente, que não ama sua filha. _gritou, agora a voz chorosa deu lugar a furiosa. Eu nunca a vira assim.

_Nunca duvides do meu amor por ti, minha filha. _sussurrou, porém eu pude ouvi-la claramente.

_A é? Se me amasse não voltaria com ele, mesmo que fosse por uma noite. Isso não se faz, não mesmo. _mostrando-se abalada com a situação.

_Eu te amo, sim, mas eu também o amava. _declarou ao perceber o quanto foi idiota...

_Claro, não é? As mulheres tem que sempre amar os cafajestes, aqueles que batem, agridem as companheiras, e elas não fazem nada para mudar isso... é este tipo de mulher que você quer ser, mãe? Diga-me, é este tipo que quer ser? _urrou.

_Mas, estes são feitos para manipularem pessoas burras como eu, somente para isso. É, admito que cai em seu truque, mas o esquecerei. Prometo a você, Nath, que o excluirei de minha vida, de meu coração.

_Acho bom, e que faça o quanto antes. Porque, se eu ver a cara desse maldito novamente, eu nunca mais volta para a casa, nunca mais. Entendeu? _ameaçou.

            Só pode ouvir uns passos se afastando e outro se aproximando, fazendo com que eu me afastasse da porta. Pude ouvir uma risada atrás de mim, provavelmente da Nathália. Yeap! Tinha sido pega no flagra.

_Não adianta se esconder, eu sei que ouviu a conversa. _comentou, e eu me virei.

            Ela estava chorando, a maquiagem borrada. Era tão ruim vê-la deste jeito, tão doloroso. A mesma não merecia, nunca. Cheguei próxima a ela e a abracei, querendo, a todo o custo, transferir seu sofrimento.

_E, como estais se sentindo? _questionei, a voz doce e calma. Tentando não assustá-la, tentando confortá-la.

_Aliviada... _disse simplesmente, porém continuou. _Nunca me senti tão bem por desabafar com minha mãe, contar tudo o que me afligia. _completou, chorando mais em meu ombro.

_É, eu sei, só espero que não se arrependa. E, tenha a certeza que sempre será bem recebida em minha casa. _confessei, sorrindo enquanto o fazia.

            Mesmo que minha camisa esteja ensopada agora, eu agradeço muito por ter uma amiga como ela. Sabe, agora eu percebo que, não sei o que faria sem a loira.

_Obrigada. Você é uma ótima pessoa, Manu. E espero, arduamente, que Matthew também perceba isso. _declarou, tentando também me consolar.

            Matthew... por que tudo sempre acaba nele? Pensei no mesmo enquanto continuava abraçada a ela. Maldito! A minha vida também não seria a mesma sem ele. E teria que me acostumar com o vazio que o moreno fará.

_Não precisava ter dito isso. _suspirei.

_Sabe o que acho? Não deveríamos estar aqui agora, mas sim comendo um enorme milk-shake enquanto fazemos compras no shopping; não acha? _questionou, limpando o que restava das lágrimas e passando maquiagem no rosto.

_Tens razão. _concordei, rindo com a mesma enquanto andava até o local combinado.

            Ao chegar no lugar, encontrei alguém que queria a todo o custo esquecer...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Quem será?
QUEM QUISER MANDAR REVIEW E RECOMENDAÇÃO, EU AGRADECERIA MUITO.
OBRIGADA PARA QUEM LEU, BEIJOS! *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Manus Life - Segunda Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.