Depois daquele monte de imagens da minha vida, do carro do Edward todo amassado. Senti tudo ficando mais claro. Tentei abrir os olhos mais não conseguia. Queria saber o que estava acontecendo mais não consegui... Onde será que eu estava? Precisava sair daquela escuridão mais não dei conta.

           Foi quando uma ultima imagem veio a minha mente. Era aquele dia... Tudo de novo... Eu estava andando pela calçada... Um esbarrão... Um tiro... Uma dor profunda... Braços me cercando... Gritos... E tudo escuro...

Tentei levantar... Mais uma maquina começou a apitar... Onde eu estou?

Foi ai que vi um homem sentado num sofá no canto. Será que era aquele rosto que vi antes de desmaiar? Não me era estranho...

Acho que ele notou que eu estava acordando e veio logo pra perto de mim. Algo naqueles olhos não me era estranho mais aquele rosto... Como ele era lindo... Quem será ele? Será que perdi a memória?

Não, claro que não, você acabou de lembrar-se de tudo né... dõõõr... Como pode ter pedido a memória? Mais porque não me lembro dele?

Ele se aproximou e tentei falar, mais minha voz não saia, como se eu não a usasse por muito tempo. Será que eu estava em coma? Mais foi só um tiro. Eu acho. Eu lembro que doeu que ficou escuro...

- Quem é você? Onde estou?... -

- Eu sou Robert... Mais pode me chamar de Rob... -ele parecia que tentava esconder algo, ou melhor, parecia estar me analisando.  Você levou um tiro, e eu te trouxe para o hospital, mais você entrou em coma. E estávamos esperando você acordar.

- Eu te conheço?

Ele pensou um pouco, parecia estar escolhendo o que dizer, mais respondeu: - Não, acho que não... Vou chamar seu pai. - e se afastou.

... O tempo é muito precioso e não volta atrás.

Por isso, não vale a pena resgatar o passado.

O que vale a pena e construir o futuro.

(William Shakespeare)