Little Princess escrita por Emmy Black Potter


Capítulo 26
Poças de dons




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Capítulo 28 – Poças de dons

(1944, Forks, Washington)

Pov's Bella:

         Minha boca formou um bico involuntário, enquanto eu cruzava os braços rentes ao peito. Saco!

- Temos mesmo? Quero dizer... – enrolei meu pai, sorrindo docemente, talvez isso amolecesse seu coração – ainda podemos ficar mais um ano, sabe, eu vi a mente das pessoas, não estão nem um pouco desconfiadas!

         Carlisle sorriu como quem pede desculpas: - Desculpe Princesa, mas já ficamos tempo suficiente aqui. Você já está na Middle School, Rosalie e Emmett já deveriam estar na faculdade e Edward indo para ela. Permanecemos tempo demais – ele disse.

         Acho que começamos cedo demais, isso sim, esse é o problema. Mas fiquei quieta. Pensei em Lucy, minha melhor amiga, que seria deixada para trás, mas que sabia que eu já estava começando a pensar na mudança – trágico. Eddie bagunçou meus cabelos, quer dizer, quase, já que eles voltaram perfeitamente ao lugar, ou nem saíram, sei lá.

- Anime-se Bella, iremos ver as irmãs Denali que você tanto fala – logo um sorriso surgiu no meu rosto, faz décadas que não as vejo!

- Ah, vocês vão adorá-las tanto quanto eu! – quase gritei, minha família riu da minha ansiedade – Kate é tããããão divertida! E aposto que também irão adorar Tanya! Ah, ah, e Irina, apesar de que ela está seeeeempre me tratando como uma irmãzinha descuidada – e revirei os olhos, vendo Emm rir estrondosamente.

- Bom, façam as malas, partimos amanhã de manhã – avisou Esme, correndo escada acima com papai.

         Rosalie puxou um Emmett risonho pela orelha e Eddie piscou, antes de ir empacotar suas coisas.

         Corri para meu quarto, guardando minhas roupas em malas apressadamente, guardei em uma malinha menor tudo que era de ballet – minha dúzia de collants, minhas dúzias de sapatilhas de meia-ponta e ponta, minhas muitas meias calças e saias -, afinal, ballet é tipo, meu sonho (sei lá).

         Meus livros, meus discos, meus enfeites, foram todos em caixas que em poucos minutos fechei. Os sapatos foram em outra caixa, e as jóias em uma caixinha de música. Sorri para meus novos bichinhos de pelúcia que Emmett fizera questão de me dar – um leão felpudo de aparência dócil e cor caramelo, e uma ovelhinha branca e macia com um laço vermelho em volta do pescoço.

         Como era noite, eu não tinha muita coisa para fazer, pois Esme e Carl, Rose e Emm estariam fazendo coisas que prefiro nem imaginar. Entretanto, sorri ao ouvir Eddie dedilhar seu piano na sala de estar. Correndo para lá, vi-l sentado em sua banqueta e silenciosamente ocupei o espaço ao seu lado.

- Sua música é tão linda, Edward – comentei risonha. Ele riu para mim, voltando a tocar Clair de Lune.

- Obrigado, Bella – ele tocou mais algumas notas e parou, olhando para mim – Sabe tocar alguma coisa?

         Sorri envergonhada. Conheço meu irmão há muitos anos, porém nunca me interessara o suficiente para aprender a tocar piano, somente ouvir e dançar, a única coisa que entendia de pianos era uma musiquinha embaçada nas minhas memórias humanas.

- Muito pouco, talvez... – disse quase em dúvida, pousando meus dedos sobre as teclas. Toquei algumas, sentindo-as leves.

         Coloquei as duas mãos, começando a música e a letra:

- Twinkle, twinkle, little star

  How I wonder what you are

  Up above the world so high

  Like a diamond in the sky

         As teclas pararam de tocar, eu não sabia o resto da música. Edward me olhava abobado: - Você tem a voz mais doce do mundo.

         Sei que coraria se fosse humana, então somente dei um sorrisinho: - Obrigada, Eddie, mas minha música não é, nem de longe, igual a sua. Além do mais, só sei duas musiquinhas infantis que minha mãe tocava para mim – terminei.

- Toque mais – ele pediu quase implorativo.

         De cabeça baixa, com o cabelo cobrindo minha vergonha, comecei: - A, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y and z. Now I know my abc's, next time won't you sing with me?

- Podem ser músicas de criança, Bella, mas, na sua voz, são como melodias suaves do mais doce mel – ele sorriu, levantando meu queixo para olhar nos seus olhos.

- Obrigada, Eddie – eu devolvi o sorriso, ainda meio encabulada – Agora é sua vez, toque alguma coisa bonita para mim.

         Ele riu de minha careta e virou-se completamente para o piano, começando a tocar algo novo, eu nunca tinha ouvido. Parecia uma canção de ninar, era lindo, delicado e suave. A coisa mais linda do mundo. Quando seus dedos pararam de acariciar o piano eu dei uma risada feliz, apoiando-me em meu irmão.

- Foi tão lindo, Eddie, é tão... Maravilhosa essa música. Como se chama? – perguntei curiosa.

         Ele fingiu pensar e disse: - Bella's Lullaby – arregalei os olhos.

- Minha música, você compôs para mim? – quando ele assentiu, fiquei de pé no banco, somente um pouco mais alta que ele sentado e o abracei – Obrigada, irmãozão! Você é o melhor, mas, me explica uma coisa, por que canção de ninar da Bella? Eu não durmo!

         Eu ri e ele deu um sorriso torto: - Sim, mas algum dia dormiu Bê, e, se quer saber, estamos todos num sono eterno, às vezes sonhamos, às vezes temos pesadelos, mas nunca acordamos.

- Desde quando você é poeta, Eddie? – perguntei risonha. Ele riu, me pegando no colo e dizendo:

- Ai, ai, Bella, você ainda acaba comigo, menina – e, pelo resto da noite, ele me ensinou a tocar alguma coisa ou outra no piano, mas a única que quis aprender mesmo foi Bella's Lullaby.

         Na manhã seguinte, eu estava próxima ao carro de Eddie, que seria o qual eu e todos os meus irmãos iríamos. Parei um instante ao lado da porta, vendo minha família terminar de por as caixas no caminhão – que na verdade, Emmett iria dirigir. Escutei, por alguns instantes, a água corrente, batendo contra as pedras e passando por cima da terra, fazendo um som calmo e relaxante. O tratado com os lobos ainda estava de pé, não importa onde estivermos.

         Entrei no carro, no banco traseiro. O carro com papai e mamãe já tinha dado partida e ia rápido. Rosalie baixou o espelho e arrumou se cabelo impecavelmente "arrumado". Eddie passou a mão no cabelo, mas o rebelde continuou ali e deu a partida. Ouvi Emm dando a partida no caminhão com os móveis mais atrás.

         A viagem foi rápida, considerando os padrões normais. Eddie em certo ponto da estrada tinha ultrapassado Carl no volante. Prendi a respiração quando uma van lotada de humanos passou por nós, o cheiro era inebriante e eu ainda tinha medo de matar alguma "vaca sagrada de Carlisle".

- Estamos chegando? – indaguei entediada. A neve caía delicadamente, enchendo a copa das árvores do Alasca ficarem brancas, eu estava no meu ambiente.

         Cada vez mais próximo, comecei a sentir um cheiro deliciosamente adocicado e sorri, também vendo a distancia – cada vez mais perto – a casa das irmãs Denali – estávamos de volta a Juneau. Antes mesmo do carro parar, eu já tinha aberto a porta e saltado para os braços de Kate e Irina, que sorriam na soleira da porta.

- Kate! Irina! – abracei-as com força, e elas retribuíram.

         Carlisle parou o carro quase ao mesmo tempo em que Edward e Emmett. Emm pulou no caminhão, aterrissando com incrível facilidade para um 'urso'.

- Como vão, Kate? Irina? – perguntou Carl, sorrindo e apertando as mãos delas.

- Muito bem, primo – disse Kate sorrindo. Era assim, Carl era o primo, eu era mais como uma... Prima de segundo grau, ou sei lá. – E vocês? Faz tanto tempo! E vejo que a família Cullen aumentou.

- Sim – respondeu papai jovialmente. Abraçou mamãe delicadamente pelos ombros – Essa é Esme, minha esposa. Aquele é meu filho mais velho, Emmett – Emm riu, acenando enquanto se aproximava velozmente. Rosalie parou ao seu lado – Essa é sua esposa e minha filha mais velha, Rosalie. E, por último, Edward, meu outro filho – ele apontou para Eddie, que ainda descia lentamente do carro. Ele caminhou devagar até nós e sorriu.

- Prazer em conhecer – reprimi uma careta quando vi minhas primas ficarem momentaneamente enfeitiçadas com a beleza de meu irmão, mas elas logo "acordaram".

- E, é claro, euuuuuuuuuuuuuu, Bella Cullen! Hello! – pulei, chamando suas atenções.

         Irina riu e "bagunçou" meus cabelos.

- Por enquanto estamos somente nós, Tanya, Eleazar e Carmen foram caçar, voltarão logo – Kate disse.

- Eleazar? Tenho a impressão de que já ouvi esse nome – Carl disse pensativamente.

- Ele trabalhou para os Volturi – fiquei um pouco alerta e Kate vendo isso logo me acalmou – mas, não se preocupe, Eleazar fugiu com Carmen, pois não agüentavam mais.

         Respirei aliviada. Ouvi mais atentamente: as folhas das árvores tiniam ao vento de inverno, a neve caia silenciosamente, mas dei importância aos passos quase inaudíveis que tocavam o chão em incrível velocidade.

         De repente, surgiu Tanya na floresta com mais duas pessoas. Minha prima estava como sempre: seus cabelos loiros morangos, adorável, linda e sorria. A mulher ao seu lado não era como uma adolescente, como Rose e a irmãs. Era jovem, sim, mas devia ter seus vinte e poucos – vinte e poucos muito bonitos. Os cabelos eram negros, a pele ligeiramente escurecida pela ampliação pálida dos vampiros, seus olhos também eram dourados. Linda, linda, ela. O homem ao seu lado também era um jovem. Os cabelos escuros, alto, bonito e parecia um latino – percebi com surpresa que a que devia ser Carmen também era espanhola, portuguesa ou latina americana, não era nem um pouco inglesa.

- Ah, que bom que chegaram! – exclamei, dando um abraço em Tanya, que beijou minha bochecha. Virei para Eleazar e Carmen sorrindo – Prazer, sou Bella, e imagino que vocês sejam Carmen e Eleazar. Não faço idéia de há quantos anos estão na família Denali-Cullen, mas, de qualquer forma, bem vindos!

         Eu sorri meigamente e Carmen quase faltava soltar um gritinho: - Ah, como você é fofa, minha pequena.

- Obrigada – sorri de orelha a orelha. Em geral ficaria brava se alguém falasse comigo como se eu fosse criança, mas Carmen era como Esme, doce, impossível de se ficar irritada e tinha um instinto maternal.

         Feitas as devidas apresentações, olhei melhor para Eleazar. Ele parecia gentil e pacífico, não ficava muito distante de Carmen e vi um pouco na sua mente que ele fugira com Carmen, pois esta não queria viver com os Volturi – Aro não gostou, mas deu sua benção, entretanto.

         E, quando finalmente olhei para Eddie de novo, para falar-lhe-ei, vi uma coisa que fez minha cara fechar: Tanya quase babava sobre meu irmão. Ela sabia disfarçar bem, admito, mais nada escapava aos meus olhos atentos, afinal, eu sei observar melhor que ninguém – muitos dons juntos me faziam ter uma percepção e audição incríveis.

- Eddie? – chamei, pulando em seu colo. Passei meus braços por seu pescoço e lhe dei um beijo na bochecha – Vamos fazer algo divertido, aposto que Esme fará um estúdio para mim, irá tocar?

- Você toca, Edward? – perguntou Tanya interessada.

         Tentei pensar em como ela era divertida, mesmo cantando Eddie, meu irmão.

- Sim – ele parecia completamente alheio, então imaginei Tanya escondendo sua atração dos pensamentos (Carlisle já tinha comentado o dom de Edward para um interessado Eleazar).

- Diga-me, Bella – chamou Eleazar e eu virei minha atenção para ele, já estávamos devidamente acomodados nos sofás da grande sala – seus dons, são todos copiados? Mesmo?

         Do colo de Edward sorri, encostando a cabeça em seu ombro – por mais que amasse minha prima, não conseguia reprimir a felicidade ao ver minha vitória.

- Sim, todos eles, são tantos que se fundiram. Aliás, seu dom, Kate – falei para minha prima – foi muito útil um ano desses. Usei para espantar dois vampiros bobocas.

- Que bom, Bella – ela riu graciosamente.

- Entretanto, você deve ter um escudo, não? Você repele meu dom – ele disse curioso.

         Pisquei meus olhos surpresa, vi que ele, então, tinha o dom de identificar dons – completamente útil para mim, pois eu poderia descobrir dons com mais facilidade, mas eu tinha que me certificar que peguei mesmo esse dom. Pulei do colo de meu irmão e me aproximei de Eleazar, sob os olhos atentos de todos.

         Deixei meu escudo mental a volta de nós dois.

- Não escuto mais os pensamentos de Eleazar! – Edward disse impressionado.  

         Mas eu estava concentrada. Peguei os dedos da sua mão, e vi por alguns milésimos tudo na sua vida, seus pensamentos, o que ele sentiu, como, por que agiu de algum jeito em tal situação, tudo. Uma idéia absurda se formou na minha cabeça, porém, tentei.

         Forcei minha mente a fazer o inverso. Empurrei com incrível dificuldade a mente de Eleazar para fora da minha e, ao mesmo tempo, forcei um fio de minha mente a entrar na dele. Puxei um pouco do dom de Heidi (controlar as mentes) e foi com mais facilidade que entrei em sua mente.

Você me escuta?, Perguntei curiosa.

         Ele arregalou os olhos. Mostrei-lhe meus pensamentos, liberando completamente para ele ver meus dons e, ao mesmo tempo, eu lia sua mente. Seu dom era quase impossível, e curioso. Vi em sua mente que o que Eleazar tinha era como um painel de controle automático: ele identificava facilmente.

         O que ele viu dentro de mim, entretanto, era confuso. Seu "painel" via várias poças – como cores se fundindo numa palheta de artistas – ele viu o de leitura de mentes de Eddie e Aro fundindo-se tanto que não sabia onde um começava e outro terminava. O escudo de Renata era uma cor forte, pois eu tinha desenvolvido para também ser da mente, assim como o de Félix, que também tinha uma coloração escura. O dom de chamas de Tom era uma labareda que bruxuleava numa jaula, rondando-a, tentando escapar e sendo dificilmente contida. Duas poças pretas pareciam brincar maleficamente, torturando-o uma a outra, desviando-se elegantemente – Alec e Jane -, apesar de que, juntos, pareciam sorrir com seus pontilhados vermelhos sangues, que pareciam olhos de vampiro. Vi o poder de Kate numa poça amarela, raios escapando e estalando, eletricidade máxima, vibrante.

Vi também poças menores, porém significativas para mim – uma vermelha, em formato de coração, que eu sabia ser de Esme. Um perfeito círculo metade dourado, metade vermelha, era o incrível autocontrole de papai. Uma poça delicada e de uma cor bonita era Rosalie, logo ao lado de uma poça de pedra, que parecia resistente, a força de Emm. Vi também o dom de Heidi, era uma poça rosa clarinho, enrugada como um cérebro, e ela abriam-se e fechava-se, como o dom dela. Vi uma poça que parecia recente, era neutra, transparente, mas tinha um mini painel – era o dom de Eleazar.

Também vi mais um dom, curioso, que nunca havia visto. Era uma poça que parecia se dividir, como uma célula, só que, ao invés de somente se dividir, ela, cor branca, dividia-se até ficar insignificante, e voltava ao tamanho original, repetindo o processo – imediatamente soube o que era: um dom esquisito fraco, porém forte se exercitado, de clonagem. Vinha de Kath, a vampira companheira de Tom (esse grupo não parava de me surpreender).

E, por fim, uma poça transparente, porém bonita, que formavam desenhos intricados delicados, que ligava todas as poças: o meu dom de clonar dons. Não era como o dom de Kath, que clona coisa materiais (esse meu dom junto com o de Eleazar me fazia perceber tudo), era quase espiritual, celestial, chame como quiser. Ele somente clona uma coisa especial dentro de nós. E era tão bizarro ver que dentro de mim existiam tantas poças, tantos "compartimentos". Mas, lá estavam todos eles, quase se fundindo de tão próximos, cada vez maiores e, alguns, cada vez mais difíceis de serem reprimidos.

Abrindo os olhos, que eu nem percebi ter fechado de concentração, soltei minha mão da de Eleazar, que respirou fundo para trás, cansado como eu – o que não era fácil, pois somos vampiros.

- Foi incrível, e ao mesmo tempo assustador – ele comentou num quase sorriso.

         Meus joelhos bambearam e em toda minha existência nunca me senti tão cansada – Eddie me pegou, deitando-me em seu colo, antes que eu pudesse pensar. Eu me sentia tão cansada, tão impotente, tão... Humana.

         Usar meus poderes de uma vez, ou pelo menos, vê-los todos de uma vez, era carga demais. Ainda meio que ofegando – no sentido vampiresco -, toquei o rosto de Eddie, mostrando-lhe as imagens das poças (percebi com satisfação que o inverso de ler mentes, transmitir pensamentos através do toque, ultrapassava qualquer barreira mental que eu colocasse).

- Bella! – Edward gritou surpreso, mas ainda analisava as imagens que eu mostrara a Eleazar.

- O que é tudo isso? – perguntou Emmett alheio a tudo, como sempre.

         Respirei fundo, sentindo-me num mínimo melhor: - Eleazar tem o dom de descobrir dons, e, como você sabe, eu tenho o dom de clonar dons e aumentar suas forças. Então, peguei o dom de ler mentes de Aro e Eddie e fiz o inverso: transmiti meus pensamentos a Eleazar e, com isso, era como se eu visse melhor o que ele via e, com isso, vi meus dons dentro de eu mesma. E isso foi assustador.

- Não, não – discordou Edward prontamente – é incrível, Bella! Seus dons são como caixas separadas, cada qual com sua personalidade, estilo, força, o que for. É simplesmente... Fascinante.

- Pareceu o papai falando agora – comentei, e todos rimos.

         Cambaleei, levantando-me do colo de Edward.

- Preciso caçar, nunca me senti tão exausta – comentei.

- Nada de usar todos os dons de uma vez, hein? – brincou Emmett e eu soube que tudo estava bem – mesmo que Tanya ainda lançasse olhares maliciosos a meu irmão, mesmo que eu fosse anormal no meio de já sobrenaturais, mesmo que Eleazar e Carmen tivesse entrado na família (o que é bom).

         Tudo estava bem – eu só tinha medo do que meus dons poderiam a causar. Afinal, seria tão ridículo se minha família, minha maior preciosidade, se ferisse por culpa de meus dons e, não, por causa dos Volturi.

         E esse era meu maior medo.


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