Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 34
Prontos para a procura


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!



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Rodrigo correu para pegar o assento perto da janela. Amanda revirou os olhos e preferiu ficar com o da ponta, que ficava mais perto do corredor do avião. As aeromoças estavam explicando os procedimentos de emergência com gestos ensaiados, e Amanda tentava imitá-los.

- Para com isso! Que negócio idiota ficar imitando elas. – Resmungou Rodrigo olhando para Amanda.

- Eu acho legal. – Comentou Amanda sem tirar os olhos delas – É engraçado ver as aeromoças fazendo isso.

- É um dos empregos mais babacas que alguém pode arrumar. – Comentou Rodrigo pensando no assunto.

- Você adora criticar todo mundo. – As aeromoças pararam o movimento, e Amanda também. Ela colocou a mão no bolso discretamente e olhou para o hamster sem que ninguém notasse – Nina... Acho que nós podemos conseguir alguns amendoins para você. Vou pedir para as aeromoças alguns saquinhos, e nós...

- Espera. Hamters não comem amendoim. – Disse Rodrigo franzindo o cenho – Eles comem aquela... Semente. Qual é o nome? Ah! Semente de gira sol.

- Isso tem um gosto horrível. – Amanda fez uma careta – Eu já provei, e é podre.

- Isso é comida de animal! Como assim você já provou? – Perguntou Rodrigo sem entender.

- Tem gente que come aquilo, sabia? São vegans, eu acho. Sei lá. Gente maluca. – Comentou Amanda encolhendo os ombros – Mas em todo caso... Eu acho que a Nina não vai querer comer aquela porcaria.

O hamster fez que não com a cabeça, e Amanda olhou para ela. Rodrigo e a filha de Hermes ficaram olhando para o hamster por alguns segundos, em silêncio. Até que Amanda começou a rir.

- Do que você está rindo agora?! – Perguntou Rodrigo sem conseguir acreditar em como Amanda era louca. Ela estava rindo, mas não muito alto.

- Ela disse que não. Nós temos um hamster que diz não. – Riu Amanda – Isso é bem legal.

- É. Um hamster que diz não e fede, e uma cobra tensa que odeia o mundo. Muito legal... – Comentou Rodrigo em sarcasmo, mas então se tocou de algo – Espera. Ela está na sua mochila?! Trousse esse bicho para o avião?!

- Sh! – Fez Amanda, mas assentiu. Rodrigo começou a reclamar dizendo que aquilo chamaria muita atenção, e que eles poderiam ser expulsos ou presos – Tsc. Você queria entrar aqui com a sua foice nas costas! Iam prender a gente por tentativa de ataque terrorista.

- Mortais frescos. – Resmungou Rodrigo revirando os olhos.

Demorou algumas horas até que o avião finalmente chegasse á Los Angeles, mas assim que pousaram, Amanda e Rodrigo saíram correndo em direção á um enorme mapa que tinha no aeroporto.

- Onde fica o Mundo Inferior agora? – Perguntou Rodrigo analisando o mapa.

Amanda tocou um ponto no mapa, quase que involuntariamente, e Rodrigo olhou para ela surpreso.

- É aqui? – Perguntou ele. Amanda olhou insegura para ele, e depois para o mapa.

- Não... Não tenho muita certeza, mas... Sim. – Confirmou Amanda – É... Em Hollywood.

- Vamos pegar um taxi. Nós podemos... – Rodrigo foi interrompido por uma mão em seu ombro. O filho de Hades virou-se para trás levando um susto e deixando escapar alguns palavrões.

- Nos encontramos de novo, rabugento? – Falou Hermes com um sorriso torto no rosto. Com o mesmo ar de malandro que tinha antes, ele piscou para Amanda – Está se saindo bem, hein filha? Sabe até onde fica o Mundo Inferior.

- Pai! – Sorriu ela olhando para Hermes. Amanda parou para pensar em uma coisa, e acabou dando um de seus melhores sorrisos “inocentes” – Sabe... Nós não temos dinheiro e temos que pegar um taxi. Teria como o senhor nos dar uma ajudinha?

- Não! Não quero ajuda dele! – Exclamou Rodrigo soltando a mão de Hermes de seu ombro. O Deus lançou-lhe um olhar severo, mas algo por trás daquilo representava humor. Como se Hermes estivesse se controlando para não rir.

- Eu ia mesmo oferecer uma carona. – Disse Hermes para Amanda – Vocês não poderiam se transportar para lá, já que não conhecem o Mundo Inferior. E o grupo de Apolo já está quase chegando lá.

- Sério? Eles... Estavam em Boston. Como podem chegar mais rápido que a gente? – Perguntou Amanda sem entender.

- Mágica. É a resposta para tudo. – Respondeu Hermes encolhendo os ombros – Isso, e o fato de Apolo dirigir como um louco. Agora... Vamos nessa.

- Ainda não quero ir com ele. – Protestou Rodrigo cruzando os braços. O filho de Hades não quis dar nem um mísero passo, e Amanda suspirou cansada.

- Ou você se mexe, ou... – Ela foi interrompida.

- Ou o que? Vai me cortar com uma carta? – Riu Rodrigo. Ele continuou parado, mas Amanda tinha uma idéia melhor. Ela colocou discretamente a mão na mochila e esticou o braço em direção ao Rodrigo. Por baixo da manga comprida de seu casaco azul, Felix esticou-se sibilando para o filho de Hades.

- Preciso terminar a frase? – Perguntou Amanda erguendo uma sobrancelha. Rodrigo choramingou, mas acabou indo com eles. Hermes tentava não rir da cara de Rodrigo, o que o fez resmungar cada vez mais.

- Viu só?! É por isso que eu não gosto dele! Hermes fica sempre me sacaneando! – Reclamou Rodrigo – Não sei como você pode querer uma carona dele!

- Rodrigo... Me diz o nome de uma pessoa nesse universo que não gosta de te sacanear? – Perguntou Amanda virando-se para ele com um tom calmo. O filho de Hades arregalou os olhos para ela, mas Amanda só riu. Ela olhou para seu pai, que vestia um casaco da GAP azul escuro, com calça jeans e tênis de corrida – Você... Passou a perna na Bia e na Natália. Deu um mapa falso.

Hermes sorriu assentindo, parou na calçada, e olhou para os carros em volta.

- Você ferrou o grupo da Mariana, e Ares quis ferrar a gente. Quase morremos, sabia?! – Exclamou Rodrigo irritado.

- Eu não ferrei ninguém. – Disse Hermes organizando os pontos. Ele começou a explicar a situação com um sorriso inocente parecido com o de Amanda – Eu só entreguei um item mágico sem explicar corretamente como ele funcionava. Por Zeus... Ares exagera tanto de vez em quando!

- Ah, ele exagera?! Você é o Deus dos ladrões, vive passando a perna em todo mundo e ainda quer se fazer de inocente. – Resmungou Rodrigo cruzando os braços.

- Exatamente! Se sabiam que eu era o Deus dos ladrões, não deveriam ter aceitado ajuda. Não tenho culpa de nada. – Disse ele ainda inocente.

- Você fala como se isso não fosse errado. – Comentou Rodrigo estreitando os olhos para Hermes.

Hermes sorriu malandro, e foi até um dos carros estacionados. O dono do carro tinha acabado de deixá-lo ali e entrado no aeroporto. Era uma Mercedes extremamente estilosa, e Hermes abriu a porta dela com facilidade.

- Só é errado, se descobrirem. – Hermes colocou seus óculos escuros e sorriu entrando no carro. Amanda riu, foi para o banco da frente.

- Esse é o meu pai. – Sorriu Amanda orgulhosa.

Rodrigo resmungou mais um pouco.

- Você está reclamando porque se importa com elas? – Perguntou Amanda sentindo-se emocionada – Rodrigo... Isso é muito bonito da sua parte.

- Claro que não! Eu estou reclamando porque Ares quase matou a gente, porra! Eu podia ter morrido, porque ele resolveu torllar elas! – Reclamou Rodrigo. Amanda deu um tapa na nuca dele – Ai! O que...?!

- Entra logo no carro, idiota. – Disse Amanda sentando-se no banco da frente.

Rodrigo entrou, e Hermes pisou fundo no acelerador. Não demorou muito para eles chegarem á Hollywood. Hermes dirigia extremamente rápido, e conseguia desviar de todos os outros carros que estavam no caminho.

Quando ele parou o carro, os dois meio-sangues puderam ver que estavam em um tipo de mirante, perto da placa “Hollywood”. Amanda ia abrir a porta do carro, mas parou assim que um carro passou raspando por onde ela estava.

A porta do passageiro foi amassada, mas por sorte a filha de Hermes não se machucou. Ela abriu a porta e Rodrigo e Hermes fizeram o mesmo.

- Ah, qual é?! Era roubado! – Exclamou Hermes apontando para o carro. O motorista do BMW abriu a porta e saiu do carro com um sorriso no rosto. Hermes riu um pouco, e revirou os olhos – Sempre com entradas triunfais...

- Foi só um arranhãozinho. Nada que você não possa dar um jeito. – Comentou Apolo abrindo as outras portas do carro. Flávia, Mateus e Rhamon saíram do veículo e foram ao encontro de Amanda e Rodrigo.

- Gente!  Vocês estão bem? – Perguntou Flávia abraçando Amanda – Aaaw, Mandis! Senti muito a sua falta!

- Nós também sentimos a sua falta, Flivis. – Disse Amanda com um sorriso no rosto – Ainda bem que não se machucaram.

- Cadê a Nina? – Perguntou Rhamon – Ela ainda é um hamster?

- Aham. – Confirmou Amanda tirando o pequeno bichinho do bolso. Nina animou-se ao ver seus amigos e começou a se mexer na mão de Amanda – Cuidado Nina. Se você cair no chão, você morre.

No mesmo instante Nina parou.

- Que legal! Ela é tão pequena, e...! Dá vontade de pisar nela! Posso pisar nela, Amanda? Posso? – Pediu Mateus como se fosse uma criança.

- Não! – Exclamou Amanda. Ela olhou para Flávia e Rhamon, que encaravam o hamster incrédulos – Ahm... Vocês querem segurar ela?

- Não... Ela fede. – Disse Flávia fazendo uma leve careta – E... É nojento segurar um hamster.

Amanda franziu o cenho e olhou para Nina. Ela não tinha muita certeza se aquilo era nojento, mas não quis perguntar. Amanda olhou para Apolo e Hermes, que discutiam sobre qual carro era melhor, e teve uma idéia.

- Pai. Apolo. – Chamou ela, e os dois Deuses olharam para ela – Algum de vocês poderia fazer a Nina voltar ao normal? Não sei se é bom tomar conta d um hamster no Mundo Inferior.

- Claro. Dá para dar um jeito nisso. – Confirmou Apolo. Ele estendeu a mão e estalou os dedos. Amanda colocou Nina no chão, e o hamster fugiu para trás do carro. Demorou alguns minutos, mas todos viram quando a filha de Zeus apareceu novamente em forma humana.

- Nina! – Exclamaram todos. A filha de Zeus parecia tonta, como se tivesse acabado de andar pela terceira vez seguida em uma montanha russa. Cambaleante, Nina andou até seus amigos, e sorriu debilmente.

- Sou eu... Nossa! Como é bom poder falar de novo! – Exclamou ela feliz, mas com a voz falhada. Apolo riu um pouco.

- Hera sabe mesmo como perseguir as pessoas. – Comentou ele.

- Hera! – Exclamou Nina com raiva – Aquela filha da...!

- Wow! – Exclamou Hermes tenso – Quer virar uma barata da próxima vez? Acho melhor você não brincar com a sorte.

Nina assentiu ainda com raiva, mas então olhou para Amanda.

- Amandinha, eu te devo uma. Você não deixou eles pisarem em mim, e ainda me salvou do Ares. – Disse Nina feliz, mas então andou até Rodrigo – Tem uma coisa que eu queria fazer, desde que eu virei um hamster.

- O que? – Perguntou Rodrigo sem saber.

- Isso! – Nina deu um soco forte na barriga de Rodrigo, e acompanhado do impacto, ele ainda sentiu um choque forte. O filho de Hades caiu no chão e piscou os olhos para Nina sem entender – Isso é por querer pisar em mim, seu puto!

- Porra, Nina! – Exclamou Rodrigo com raiva – Eu devia ter feito você andar até Los Angeles, sua desgraçada!

- Vai se ferrar! – Exclamou Nina, e depois olhou para Mateus – E você também! Pisar em hamsters é maldade, sabia?! Eles já sofrem o suficiente quando só conseguem comer amendoim ou semente de gira sol, ou até mesmo quando ficam falando que eles são fedidos! Flávia! Eu não fedo, ok?!

- Fedo?! – Repetiu Flávia rindo – Fedo... Que estranho.

- É mesmo. – Confirmou Amanda rindo – Fedo... He He.

Nina abraçou Amanda.

- Aw, Amandinha. Valeu por me dar um espaço no seu casaco. – Disse Nina abraçando a filha de Hermes, que sorriu. Mas a filha de Zeus a soltou rapidamente, quando Felix saiu da manga do casaco azul de Amanda – Ah!

- Ela não é mais um hamster? Ah... Que pena. – Disse Felix, e Amanda olhou para ele.

- Mesmo que fosse, você não ia poder comê-la. – Disse Amanda, mas depois notou que seus amigos olhavam para a cobra com medo – Ahm... Gente. Esse é Felix, a Cobra Verde que achamos no caminho para cá. Ele estava preso em um caminhão do zoológico.

- Você... Pegou uma cobra do caminhão do zoológico, e agora está falando com ela? – Falou Rhamon olhando para o bicho. Mas acabou dando de ombros – Ah. Isso é a coisa menos estranha que nós já vimos durante essa missão.

- Por falar na missão... Onde fica a entrada para o Mundo Inferior? – Perguntou Rodrigo ansioso para ir até lá.

- Fica logo ali. – Apontou Hermes para a vista do mirante – Se você pular, você vai direto para o Mundo Inferior.

- Sério? – Sorriu Rodrigo.

- É. Mas pelo caminho mais difícil, porque você morreria com a queda. – Riu Hermes ao ver que Rodrigo tinha caído na pegadinha – Mas tem o caminho mais fácil, que seria entrar por essa passagem aqui.

Hermes e Apolo foram até a placa de Hollywood e mostraram a entrada do Mundo Inferior. Rodrigo abriu um largo sorriso.

- Então nós vamos para o inferno procurar os meio-sangues perdidos, e voltar, não é? Demais. – Disse ele animado com a idéia. Rodrigo fez sua foice surgir e a segurou com determinação – Vamos nessa.

- Mas... E quando chegarmos lá embaixo? Como fazemos para voltar? – Perguntou Flávia para Apolo, com um pouco de medo – Eu não quero ficar no inferno, papai...

- Vocês não vão ficar no infer... Mundo Inferior. Vocês estão acompanhados do filho de Hades. Podem entrar e sair a hora que quiserem. – Disse Apolo tranqüilizando-a – Vocês vão conseguir.

Rhamon respirou fundo e olhou novamente para a passagem. Uma das placas do letreiro era uma espécie de porta. Depois de abri-la, algo dizia a ele que não teria volta.

- Bem... Se temos que ir... Vamos. – Disse Rhamon pegando uma pequena sacola de couro com sementes dentro. Fora um presente que sua mãe lhe dera, que serviria para fazer qualquer espécie de planta crescer em segundos. Talvez fosse útil no momento.

Mateus preparou as suas duas 9 mms, e apontou para a porta. Flávia fez seu arco e flecha aparecerem, e ficou segurando. Amanda sacou sua espada, e esperou pelo movimento de seus amigos.

Nina pegou sua mochila com raios, e os segurou firmemente em sua mão.

- Boa sorte. – Disse Apolo, pela primeira vez em um tom sério – Tomem bastante cuidado. O Mundo Inferior não é, e nem nunca foi um lugar muito seguro.

- Vão precisar ficar atentos. – Disse Hermes. Todos olharam para Amanda, que estava olhando para a grama. A filha de Hermes notou que todos a encaravam, e franziu o cenho.

- Que foi? – Perguntou ela distraída.

- Nada, Amandinha. Essa é a minha garota. – Disse Nina apoiando uma mão em seu ombro. Rodrigo abriu a porta, e todos o seguiram rumo ao Mundo Inferior.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam?

Espero que tenham gostado!

Será que os meio-sangues estão mesmo no Mundo Inferior? O que vocês acham?

Espero por reviews.



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