Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 33
Pare para pensar


Notas iniciais do capítulo

Outro!



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Rita e Vinícius sentaram-se em um pedra. Eles tinham andado por vários quilômetros, e já estavam cansados.

- Eu não agüento mais... – Murmurou Vinícius sem fôlego – Que missão inútil!

- Não é inútil. – Comentou Rita, mas nem mesmo ela acreditava naquilo – Seria muito mais fácil se Bruna não tivesse deixado a gente. Mas... Humpf.

- Ela ficou com aquelas caçadoras revoltadas. Já sabe quem é um dos três traidores, né? – Resmungou Vinícius.

Rita olhou para ele surpresa. Ela não tinha parado para pensar naquilo, mas devia ser verdade. Bruna era, de certo modo, uma traidora por deixar eles dois sozinhos, e seguir com as caçadoras de Ártemis.

- É mesmo. Bruna... Caramba. – Murmurou Rita surpresa – Ela vai para o exílio?!

- Eu espero que sim. – Respondeu Vinícius pouco se importando para Bruna – Desde que eu não vá para o exílio... Tanto faz.

Rita suspirou e olhou em volta. Estavam no meio do mato, em algum lugar que julgavam ser uma floresta do Tennessee. Eles não tinham a mínima idéia de onde os perdidos poderiam estar, e duvidavam muito de que poderiam achá-los antes dos outros grupos.

- Sabe... Nós devíamos achá-los. Seria muito mais justo. – Comentou Rita – Os meio-sangues perdidos deveriam ser achados por nós. Aí poderíamos jogar na cara das caçadoras que nós achamos eles sozinhos sem ajuda delas.

- Elas se acham as fodonas. Isso ia ser engraçado. – Riu Vinícius pensando na possibilidade – Mas vai ser impossível nós acharmos eles...

- Por quê? – Perguntou Rita virando-se para ele e colocando as mãos na cintura – Acha que somos inúteis por acaso?!

- Não. Mas é que não tem como achar gente que nós nem mesmo conhecemos. – Falou Vinícius irritado – Os Deuses adoram sacanear a gente desse jeito!

- Difícil ou não... Nós temos que continuar procurando. – Disse Ria concordando mentalmente com Vinícius.

Eles iam continuar conversando, quando viram alguém se aproximando deles. Rita levantou os olhos para ver quem era, e deslizou sua mão para a sua adaga. Vinícius se preparou para correr e deixar Rita para trás caso algo desse errado, mas viu que não seria necessário.

- Não tinha lugar melhor para procurar não, Vargas? – Perguntou Dionísio tirando pedaços de plantas da cabeça dele – O meio do mato... Humpf.

- Ai... Ninguém merece... – Resmungava uma mulher indo atrás de Dionísio. Afrodite entrou no lugar, vestida de forma semelhante á Lara Croft. Ela olhou para Rita e sorriu – Olá, filha.

- Mãe? – Falou Rita olhando para suas roupas – Por que está vestida assim?

- É uma expedição na floresta, não é? Tenho que me vestir de acordo. – Respondeu ela limpando sua roupa.

- Não é uma expedição, mas até parece que você ia me ouvir... – Resmungou Dionísio revirando os olhos. Ele olhou para Vinícius e deu um meio sorriso – Você sabe o que tem que fazer, não é?

- Não. – Respondeu Vinícius simplesmente.

- Pense bem, Vince... – Falou Dionísio sentando-se do lado dele e colocando sua mão sobre seu ombro – Olhe no fundo do seu coração e tente pensar... Agora... Você sabe o que deve fazer?

Vinícius fez uma pausa reflexiva e depois olhou para Dionísio.

- Não. – Respondeu.

- E quanto as suas idéias? As suas... Qual a palavra mesmo? Ah, sim! Os seus sonhos. As suas metas... – Disse Dionísio de modo inspirador – Eles não te dizem o que fazer?

- Não. – Respondeu Vinícius.

Dionísio olhou para ele.

- Você está tirando uma com a minha cara, ou é burro assim mesmo? – Perguntou.

- Fala logo. O que eu tenho que fazer? – Perguntou Vinícius sem ligar para o que ele tinha dito.

- Esse jovens de hoje são sempre assim! Desde que Hermes inventou a porcaria da internet, eles querem as respostas fáceis logo na mão! Não dão valor á uma boa reflexão filosófica! – Reclamou Dionísio.

- Vai me responder, ou eu vou ter que procurar no Google? – Perguntou Vinícius sem se importar com o que ele tinha dito novamente.

- Volte para a porcaria do Acampamento Meio-Sangue, Vilmar! – Disse Dionísio revirando os olhos – É a melhor coisa que você pode fazer.

- O que?! – Exclamou Rita.

- Tá bom. – Disse Vinícius encolhendo os ombros.

- Tá bom?! Vinícius! – Exclamou Rita se levantando – Dionísio, porque está nos pedindo isso?! Acha que somos incapazes de achar os meio-sangues perdidos?!

Dionísio olhou para Rita e suspirou.

- Não é por isso. – Disse ele – Você não entendeu o que eu quis dizer, não é?

- Não, não entendi. – Disse ela e depois virou-se para sua mãe – O que vocês querem?!

- Rita, pare para pensar... – Disse Afrodite – Não é que eu ache vocês inúteis. Essa não é a questão. Eu estou dizendo que vocês devem parar e pensar... Onde são mais necessários no momento.

Rita franziu o cenho pensativa.

- Não entendi ainda...

- Pense. Vocês podem continuar procurando os meio-sangues perdidos, e tenho certeza que os acharão. Mas... Em quanto tempo? Quanto tempo vai levar até que isso aconteça? – Perguntou ela olhando para Rita – Eu só estou dizendo que tempo é algo escasso. Algo que não deve ser jogado fora tão facilmente.

- Mas... Para que temos que poupar tempo? – Perguntou Vinícius.

- Cronos. – Respondeu Dionísio – Cronos está em algum lugar do Mundo Inferior, ganhando força cada vez mais... Se recompondo e montando exércitos. Já houveram monstros invadindo o Acampamento Meio-Sangue durando o tempo em que vocês estiveram fora.

- Todos os outros Deuses provavelmente estão incentivando os filhos á lutarem e procurarem pelos heróis perdidos, e vocês estão pedindo para que nós desistamos? – Perguntou Rita ainda sem acreditar.

- Não é isso. – Falou Afrodite – Mas já pensou que isso pode ser uma armadilha de Cronos? E se ele estiver com os meio-sangues perdidos, e estiver brincando com vocês. Enrolando vocês para que procurem incansavelmente, até que não tenham mais tempo de salvar o Acampamento Meio-Sangue? Vocês continuariam por aí brigados um com o outro, desunidos, e procurando por algo que nunca conseguiriam achar.

- Cronos pode estar manipulando vocês. – Concluiu Dionísio – E vocês são muito mais úteis no Acampamento Meio-Sangue.

- Mas então... Nosso grupo vai perder! – Disse Rita.

- Rita, o que é mais importante para você? Ganhar a aposta, ou a segurança de todos? – Perguntou Afrodite passando a mão na cabeça da filha. Rita parou para pensar e concordou.

- Ele vai atacar os nossos irmãos. Isso não tem dúvida. – Disse ela olhando para Vinícius – Temos que fazer alguma coisa.

- Por mim, pode ser. Estou cansado de ficar procurando eles no meio do mato mesmo... – Comentou ele dando de ombros.

Dionísio assentiu.

- Está sendo muito sábio, Valmir. – Disse ele em um tom orgulhoso, e emocionado.

- É. É. Quando você aprender o meu nome, eu é que vou ficar emocionado. – Resmungou Vinícius.

- Vince... Acho que nós dois sabemos, que isso não vai acontecer. – Sorriu ele para o filho e depois fez surgir uma latinha de Diet Coke – Mas que seja. Vocês vêm então, ou não?

- Vamos. – Concordaram os dois.

- Ok. – Dionísio bebeu a Diet Coke e jogou a lata no chão atrás dele, sem ligar – Vamos nessa então...

- Ei! Pegue aquela lata! – Reclamou Afrodite apontando para o chão – Seu porco!

- O que? Ah... Ninguém merece! É comida de sátiro! Eles podem comer quando aparecerem por aí. – Resmungou Dionísio.

- Não venha com desculpas! Pegue agora. – Exigiu Afrodite.

- Sua chata... Rabugenta... – Resmungou ele abaixando-se para pegar a lata, mas Afrodite lhe deu um chute na bunda. Dionísio caiu no chão e virou-se para ela sem entender – Ei! O que foi isso?!

- Seu grosso! Não fale mal de mim! – Disse ela em um tom ofendido.

- Humpf. Ares vai tirar satisfação comigo, é? – Murmurou ele se levantando – Ai... Minhas costas...

- Vamos, amores. Nós temos que voltar ao Acampamento Meio-Sangue antes que ele sofra outro ataque. – Disse Afrodite.

- Espera... – Rita olhou para Dionísio – Se você está preso no Acampamento Meio-Sangue... Como veio parar aqui?

- Tem uma festa aqui perto. Se tem uma festa, eu estou dentro. – Falou ele.

- Wow. – Falou Vinícius e olhou para seu pai – Será que antes de ir para o Acampamento Meio-Sangue, nós não podíamos...?

- Não. – Respondeu Dionísio.

- Por quê?! – Perguntou Vinícius.

- Porque eu disse que não. – Respondeu ele.

- Mas...! – Reclamou Vinícius.

- Deixa de ser vagabundo, Vargas! – Exclamou Dionísio – Vai ficar indo em festa o tempo todo? Parece um desocupado.

- Você acabou de dizer vai a festas o tempo todo. – Lembrou Vinícius – Isso torna você um desocupado também?

Dionísio parou para pensar naquilo.

- Não.

- Porque não? – Perguntou Vinícius.

- Por que eu sou um Deus. Sou um caso especial. – Disse ele – Se o Deus das festas não for a festas, quem mais vai? Essa é a minha ocupação.

- Míííííííítico. – Fez Vinícius.

Dionísio revirou os olhos.

- Ele é igula á você. – Comentou Afrodite.

- Está me xingando? – Perguntaram os dois ao mesmo tempo. Dionísio olhou para Vinícius, e Vinícius para ele.

- É... No fundo eu te amo, Vince. – Comentou Dionísio em sarcasmo.

- Tanto faz. – Murmurou Vinícius – Vamos dar logo o fora daqui.

Bruna estava andando com as caçadoras. Estava quase escurecendo, e a Lua começava a querer tomar o espaço do Sol. Ela olhou para suas companheiras caçadoras, e se sentiu, pela primeira, vez insegura.

Ela as adorava, mas não queria que tivesse que escolher entre seus amigos e elas. Vinícius e Rita foram embora, e ela não os seguiu. Será que seria uma das traidoras de profecia?

Ela imaginava que Mariana provavelmente falaria alguma coisa sobre aquilo. Com certeza.

- Não se preocupe. – Disse Ártemis andando perto dela – Seus amigos ficarão bem sozinhos. Eles conseguem cuidar de si mesmos.

- Eu duvido disso... – Comentou June – Eles não sabem nem mesmo como andar em uma floresta. Deveriam ter ficado conosco.

- Seria a melhor escolha. – Confirmou Ártemis – Devo dizer que nesse ponto eles agiram de modo tolo.

- Mas, Lady Ártemis... – Murmurou Bruna – Eles...

- Vão ficar bem. Confie. – Disse ela tentando tranqüilizar Bruna – Você fez sua escolha, e não posso dizer que foi a errada. Está com o seu grupo original.

- Mas você também não pode dizer que foi a errada. – Comentou Bruna.

- Não. Isso você que tem que dizer. – Falou Ártemis.

- Minha mãe disse algo parecido para mim. Ela disse que eu é que teria que fazer minhas escolhas, mas que nenhuma delas seria certa ou errada. – Disse Bruna – Não existira uma escolha certa. E... Isso é difícil de entender.

- Leva tempo, mas você vai notar. – Disse Ártemis – Por enquanto, nós temos que continuar andando.

- Estamos indo ao Arizona? – Perguntou Bruna.

- Sim. – Assentiu Ártemis – Nós vamos procurá-los lá. Só temos que seguir nessa direção, e entraremos na floresta de cores.

- Floresta de cores? – Perguntou Bruna.

- É uma floresta no Arizona que possui várias cores no chão. Ela geralmente confunde as pessoas que acabam parando lá, mas para você não será problema. – Explicou Ártemis – Filhos de Íris conseguem lidar com esse problema facilmente.

- Sim. Eu acho que eu consigo. – Confirmou Bruna.

- Bem... Vamos continuar andando então. São seis da tarde, mas logo, logo vai entardecer. Teremos que descansar. – Contou Ártemis.

Bruna assentiu em silêncio e continuou andando com suas companheiras.


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Notas finais do capítulo

Tam tam tam taaaam!

Será que Cronos está usando eles?

Será que eles devem mesmo voltar ao Acampamento Meio-Sangue?

Veremos, né?

Espero por reviews, e até o próximo!



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