Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 27
Briga de bar


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... Again!



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Ares entrou no bar de motoqueiros depois de falar com alguns caras na entrada. Ninguém arrumou confusão com ele, pois parecia que ele dava medo até nos homens mais tensos do lugar.

Rodrigo e Amanda sentaram na calçada e esperaram ele entrar no lugar para colocarem seu truque em prática.

- Tem certeza que isso vai dar certo, né? – Perguntou Amanda. Rodrigo tinha entregue o casaco preto e enorme dele para ela.

- Sim. – Afirmou Rodrigo sem ter muita certeza – Você arruma uma distração, e eu fico invisível. Pego a Nina de volta, e nós saímos correndo pra cacete.

- É. Parece um bom plano. Olha para mim. Eu pareço um motoqueiro tenso? – Perguntou Amanda. Rodrigo olhou para ela e viu que Amanda estava usando um bigo falso, e óculos escuros que a faziam parecer um policial de Miami Vice.

- What the fuck?! – Exclamou ele – Que porra de bigode é esse?!

- É do Rhamon. Servia como uma fantasia e tal. Achei engraçado, aí eu roubei dele. – Contou Amanda sorrindo.

- Típica filha de Hermes. – Rodrigo revirou os olhos – Mas tudo bem... Entra lá com cuidado, e tente não chamar muita atenção.

Amanda assentiu. Rodrigo ficou invisível e foi na frente. Ela colocou o cabelo debaixo de um boné dos Rolling Stones que tinha conseguido no chalé de Hermes, e foi em direção ao bar. Alguns motoqueiros olharam para ela curiosos.

- Ei, anão! O que você está fazendo aqui? – Perguntou um cara de jaqueta com taxinhas.

- Ahm... – Amanda parou para pensar, e então fez uma voz mais grossa – Estou procurando o babaca do Bill. Ele me deve vinte pratas.

Os motoqueiro riu, e seus amigos também. Amanda ficou feliz deles não implicarem mais com ela, pois aquilo seria tenso.

- Entra aí. Boa sorte. – Falou ele tomando um gole de cerveja. Amanda assentiu e entrou no lugar.

O bar de motoqueiros estava lotado de gente com jaquetas de couro. A maioria delas estava sentada bebendo, enquanto algumas jogavam sinuca bebendo. É claro que algumas estavam só bebendo. Outras conversavam bebendo. Claro.

Amanda olhou em volta insegura. Ela duvidava muito que seu disfarce estivesse enganando todo mundo. Como não podiam notar que ela era uma garota de 16 anos com um bigode falso, e um casaco preto? Talvez fizesse parte da tal “lábia” que Connor e Travis tinha dito para ela.

Vai ver ela enganava tão bem todo mundo, que as pessoas realmente a estava vendo como um motoqueiro baixinho. Ela esperava que sim.

- Manda uma vodca. – Falou uma voz perto do bar, que Amanda reconheceu de cara. Ares estava sentado em um banco, esperando que o barman trouxesse sua bebida.

Ela parou para pensar. Como arrumaria uma confusão?

Amanda foi em direção ao bar também. Ao lado direito de Ares estava uma garota de jaqueta preta e calça de couro apertada. Amanda sentou-se ao lado dela, fingiu estar olhando o cardápio, e depois levantou-se.

Ela passou por trás da garota e deu um tapa em sua bunda. A garota rapidamente virou-se para o lado e deu de cara com Ares.

- Ser baixa ajuda de vez em quando... – Pensou Amanda feliz.

A garota fuzilou Ares com um olhar de raiva, e o Deus da guerra virou-se para ela sem entender. Mas ele preferiu abrir um sorriso torto.

- E aí, benzinho? – Falou ele, mas não chegou a dizer mais nada, pois a garota deu um forte tapa em seu rosto.

- Abusado! – Exclamou ela se levantando. Ares se levantou também, e com um pouco de raiva. Mas estava muito mais perplexo por ter levado um tapa á toa.

- O que foi que...?! – Ele não chegou a dizer tudo, pois o suposto namorado da garota apareceu.

- Tá dando encima da minha garota? – Perguntou o cara irritado com Ares.

- E se eu estiver? – Perguntou Ares empurrando-o para trás, e provavelmente feliz com uma possível briga – Vai fazer o que, babaca?

- Briga! Briga! Briga! Briga! – Exclamaram as pessoas por perto.

O cara tentou dar um soco em Ares, mas o Deus da guerra  foi mais rápido e começou a socar a barriga dele. O cara chutou Ares fazendo-o cambalear e cair sentado no banco.

Amanda correu para perto, e discretamente tentou tocar o bolso de Ares, mas não deu certo. Ele se levantou novamente e foi em direção ao homem.

- Vou acabar com você, seu merda! – Berrou o motoqueiro, mas Ares deu uma chave de braço nele e começou a socar sua cara. Amanda desviou o olhar com medo de ver a cena.

- Ahm... Isso... Acontece sempre? – Perguntou Amanda ao barman.

- É. O tempo todo. – Confirmou ele indiferente.

Quando a luta acabou, Ares chutou o traseiro do cara para fora do bar, e todos aplaudiram entretidos com a luta. Ares sentou-se novamente no banco e algumas garotas vieram para cima dele, mas logo depois saíram de perto para dançarem um rock que estava tocando.

- Droga... Vou ter que pensar em outra coisa. – Pensou ela tensa. Amanda andou em direção á Ares com uma nova idéia. Ela estava rezando á Hermes que conseguisse enganar o Deus da guerra – Mandou ver, hein?

Ares olhou para o lado e viu o que julgou ser um motoqueiro baixinho e estranho.

- Tsc. Foi fácil. – Disse Ares dando de ombros.

- É... Você é bem forte. – Concordou Amanda sentando-se no banco ao lado dele – Fazendo o que nesse bar? Arrumando umas encrencas?

- É por aí. – Confirmou Ares – E você? Achava que para entrar aqui, as pessoas tinham que ter mais de um metro.

- Tema algum problema com a minha altura? – Perguntou Amanda fingindo ser ameaçadora. Ares olhou para ela ferozmente, mas depois começou a rir.

- Você tem coragem, hein? Aí! Manda mais um desses para ele. – Disse Ares levantando seu copo. O barman entregou o copo com vodca para Amanda, e ela segurou sem saber o que fazer.

- Eu... Vou dirigir. Não posso. – Falou ela sem graça.

- Vai dirigir! – Ares riu daquilo – Essa foi boa! Qual é seu nome?

- É... Ryan. – Inventou Amanda – James Ryan.

- Isso não é o nome de um cara de um filme? – Perguntou Ares franzindo o cenho.

- Ahm... Não. Não que eu saiba. – Falou ela desviando o olhar – Ah! Mas tinha uma coisa que eu queria te perguntar. Onde é que você comprou essa camisa?

- Que porra de pergunta gay é essa?! Onde foi que você comprou... Humpf. – Falou Ares estreitando os olhos.

- Está me estranhando? Não mesmo! – Amanda fez pose “sou durão” – Parece até que quer tirar uma com a minha cara!

- Eu tiro uma com a cara de quem eu quiser. – Falou Ares tomando mais um gole da bebida – Vai se ferrar.

- Você também. – Rebateu Amanda – Agora... Você já viu que aquela gata do outro lado do salão está de olho em você?

Ares arqueou uma sobrancelha e olhou para o lugar que James Ryan tinha apontado com a cabeça. Tinha uma garota de cabelo loiro olhando em volta, mas não parecia estar se fixando em um ponto específico.

- Não está não. – Disse ele franzindo o cenho.

- Não agora. Mas acho que você não devia deixar essa escapar. – Incentivou Amanda – Seu eu fosse você tirava a minha jaqueta, mostrava todos os meus músculos e ia pegar ela.

Ares riu daquilo, mas acabou concordando.

- Você é um cara estranho, Ryan. Mas sabe o que fala. – Ares jogou a jaqueta encima dele e foi até onde a garota estava.

- Idiota... – Amanda sentiu vontade de rir. Ela procurou nos bolsos da jaqueta, mas não conseguia achar em qual deles Nina estava – Nina... Cadê você?

- Está em algum bolso! – Disse a voz de Rodrigo, ainda invisível, só que agora perto da amiga – Ah, esquece! Veste a jaqueta e vamos sair daqui, antes que ele volte.

Amanda concordou. Ela colocou a jaqueta de Ares, e desceu do banco do bar. Quando estava prestes a ir embora, notou que Nina estava no primeiro bolso, logo do lado direito da jaqueta.

- Nina, fica quieta. – Disse Amanda para o hamster – Se Ares notar o que estamos fazendo, ele vai...

- Te matar? – Sugeriu uma voz.

- É. Me matar. – Concordou Amanda, mas então os pés dela pararam de tocar o chão. Ares segurara Amanda pela nuca e a levantara o mais alto que pode – Ah! Me solta!

- Há! O que foi, Ryan? Tem medo de altura? – Riu Ares vendo Amanda se debater querendo descer – Então eu te ponho no chão de novo.

Com muita força, Ares lançou Amanda para o outro lado do bar de motoqueiros, e a filha de Hermes bateu forte contra o chão.

- Ah! – Gritou ela de dor. Amanda virou para o lado. Suas pernas tinham chocando-se contra o chão com força demais. Ela rastejou para frente, sentou-se, e olhou para Ares, que estalava todos os dedos da mão de forma ameaçadora.

- Você achou mesmo que ia me enganar com essa história? – Perguntou ele aproximando-se lentamente – Mais um tentativa fracassada de Amanda Freitas.

- Você caiu no começo. – Disse Amanda com dificuldade, enquanto tentava se sustentar em suas pernas cambaleantes – Não tente mentir.

- Pode ser. Mas quando você começou a falar da jaqueta, eu já te reconheci, cabeça de vento. – Disse Ares – Na sua cabeça oca, você ainda acha que pode me roubar e sair impune disso?! Tinha que ser uma pirralha ridícula como você mesmo!

- Ok... Dessa vez eu não quero te roubar. – Disse Amanda – Só quero... O que está no bolso da jaqueta. Só isso. Pode ficar com ela se quiser. Eu te devolvo, pego o que é meu, me mando daqui, e todos ficam felizes.

- Acha mesmo que eu vou acreditar nisso?! – Rugiu Ares com raiva agora – E o que seria isso que está no meu bolso?!

- Não é da sua conta. – Respondeu uma voz por ela. Rodrigo...

Ares fez aparecer a sua espada, e todos os motoqueiros pararam para olhá-lo. Ele apontou-a para eles.

- Se mandem daqui. Tenho assuntos particulares á tratar! – Não precisou nem pedir “por favor”, pois todos saíram correndo.

- Boa, Rodrigo. – Resmungou Amanda baixinho, mas depois olhou para Ares novamente – Ahm... Acho que eu vou embora com eles, já que não quero te atrapalhar...

- Não mesmo. – Ares avançou com a espada, e Amanda se jogou no chão novamente.

- Ah! – Ela se levantou e correu para longe. Tirou do bolso seu canivete, abriu-o e fez aparecer sua espada – Calma! Lembre-se... Eu sou a sua sobrinha querida... Já passamos bons tempos nas missões juntos. Família e tal...

- Vai tentando. – Riu Ares – Nada me daria mais prazer do que me vingar do seu maldito pai!

- O que? – Perguntou Amanda, mas Ares quase cortou sua cabeça – Maia!

Os tênis ganharam asas, e Amanda conseguiu dar um mortal para trás. Ela acabou parando encima do balcão do bar. Ares tentava cortar seu pés, mas Amanda pulava mais rápido que ele.

- O que o meu pai fez?! – Perguntou ela sem entender.

- Suas malditas trapaças! Tentando sabotar o outro lado. Vou ter a minha própria vingança! – Respondeu Ares. Ele cortou o balcão ao meio com sua espada, e Amanda saltou para o lado mais perto da porta.

- Ele tinha mais é que ter conseguido! – Exclamou ela correndo em direção á porta, mas sentiu a lâmina da espada ferindo-a nas costas, e acabou caindo – Ah!

- Amanda! – Exclamou Rodrigo ficando visível. Ele pegou sua foice, e apontou para Ares, mas o Deus da guerra não se intimidou – Não chegue perto! Só queremos o hamster!

- Que?! – Ares franziu o cenho – Que hamster, seu anormal?!

- A Nina! – Exclamou Amanda checando os bolsos, mas não conseguiu achá-la. Não estava no mesmo bolso de antes – Ela sumiu!

- Como assim sumiu?! – Berrou Rodrigo tenso – Ela não...!

- Ora, o que temos aqui... – Disse Ares com um tom de voz baixo e tranquilo. Amanda e Rodrigo olharam para ele com medo, e viram que na mão do Deus da guerra... Estava o pequeno hamster marrom – Nina, é?

Os dois ficaram mudos. Amanda se levantou devagar, e Rodrigo ajudou-a. Nenhum deles ousava fazer um movimento brusco, pois tinham medo de Ares matar a Nina.

- Não... – Pediu Amanda – Não faça isso...

- Me dê um bom motivo. – Sorriu Ares para o hamster que se contorcia freneticamente, tentando escapar de sua mão.

- Você não... Não faria isso. – Disse Amanda.

- Faria sim. – Confirmou ele maligno.

- Não pode! – Exclamou ela.

- Posso. – Confirmou ele fechando a mão cada vez mais.

- É intervenção direta! – Exclamou Rodrigo – Contra as regras! Duvido que Zeus vá deixar isso passar!

A mão de Ares parou de se fechar. Ele olhou para Rodrigo com raiva e desprezo. Queria amassar aquele minúsculo hamster com toda a sua força, mas ele tinha razão. Só que... Isso não o impediria de planejar algo contra eles. Ares sorriu para os dois.

- Claro. Isso é verdade. – Concordou ele sorrindo – Bem... Sinto muito, por ser tão cruel. Agora vou recompensar vocês.

- Só dê a Nina de volta, e nós vamos embora. – Disse Amanda triando a jaqueta de couro – Pode ficar com isso.

- Ah, não vai ser assim tão simples. – Disse ele. Ares jogou a Nina na direção dos dois – Peguem.

Rodrigo e Amanda pularam rapidamente para não deixá-la cair no chão e morrer. Amanda a pegou pouco antes de tocar o chão, e viu que a filha de Zeus continuava bem.

- O que você quer? – Perguntou Rodrigo com raiva – Abre a porra da porta e nos deixe ir embora!

- Continue falando assim, e eu terei uma ótima desculpa para matar vocês. – Falou Ares, e Rodrigo se calou – Ótimo. Vocês vem comigo. Terei a minha doce vingança sem intervenção direta.

- Não vamos a lugar nenhum. – Disse Amanda, mas as portas atrás deles se abriram, e alguns motoqueiros seguraram o ombro deles com força – Solta!

- Vão sim. – Sorriu Ares ajeitando os óculos escuros. Ele foi até Amanda e puxou o bigode falso com força – Estou a fim de assistir uma boa luta hoje. Bem sangrenta.

Amanda e Rodrigo podiam ter dito qualquer coisa, mas a filha de Hermes preferiu esta frase...

- Há! Se deu mal! Não doeu nem um pouco. – Sorriu ela triunfante.

- Cabeça de vento... – Rosnou Ares – Levem eles daqui!

Os motoqueiros obedeceram.


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Notas finais do capítulo

Pobre Nina...

Vamos ver o que vai acontecer depois disso.

Espero pelos reviews de vocês, e até o próximo capítulo!