Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 2
No meio da batalha...


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o próximo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/138364/chapter/2

Um campista de Ares chocou-se contra um campista de Hefesto. Os dois caíram no chão bem na frente de Nina, que deu meia volta e saiu correndo. Ela não estava nem um pouco a vontade sendo a única filha de Zeus ali.

Ela correu até um arbusto que tinha perto do lugar. A floresta era enorme, e completamente confusa. Só os campistas mais experientes sabiam os caminhos certos á pegar, mas mesmo assim ela jurava ter visto uns filhos de Apolo perdidos por aí.

Ao longe uma mina explodiu, o que a fez se encolher.

- Que droga... Eu vou morrer aqui sozinha. – Murmurou ela para si mesma. Se ela não soubesse o caminho certo á pegar para fugir dos filhos sanguinários de Ares, ela nunca sobreviveria – Amandinha. Ela tem um mapa.

Nina olhou em volta. Nenhum outro campista estava em seu campo de visão.

Ela saiu correndo pelo meio das árvores, e começou a procurar por Amanda. Estava torcendo para não achar um brutamontes do chalé 5, ou para que Amanda já não estivesse do outro lado da linha pegando a bandeira.

Mas ela não estava, e Nina viu isso assim que parou perto de um pinheiro.

- Há! Ia a algum lugar, apressadinha? – Perguntou um dos campistas de Ares segurando o braço de Amanda com força.

- Me solta! – Exclamou ela – Connor! Travis! Ajuda!

- Connor! Travis! Ajuda!- Imitou outro filho de Ares zombando – Acho melhor soltar ela, antes que ela comece a chorar.

Os dois riram. O que não estava segurando o braço dela fez surgir uma lança. Ele sorriu para Amanda, e ela pode ver que ele tinha olhos parecidos com os dos javalis que tinha enfrentado antes.

- Ei! Nada de machucar de propósito e nem matar! – Lembrou Amanda olhando para a lança.

- Acho que podemos passar três dias lavando louças. Isso se Quíron nos descobrir. – Respondeu ele.

- Isso não é justo! Eu não estou nem perto da bandeira! – Protestou ela tentando se soltar.

- Não. Mas você esteve perto do nosso pai. – Retrucou o que estava segurando o braço dela – Quem você pensa que é para ficar no grupo de Ares, enquanto nós que somos filhos dele nem mesmo o vimos direito?!

- A última coisa que eu quero... – Amanda pisou forte no pé dele, e o garoto rugiu de dor soltando seu braço – É ficar perto de qualquer coisa que tenha a ver com o seu pai!

- Pega ela, idiota! Não deixa ela fugir! – Berrou o garoto com a lança, porém Amanda era mais rápida.

- Maia! – Exclamou. Seus sapatos ganharam azas e ela passou voando por cima da cabeça dele. O garoto tentou acertá-la com a lança, mas ela estava alto demais. Acabou parando no chão atrás deles e sacou sua espada. – Fiquem longe, perdedores!

- Tá chamando quem de perdedores?! – Rugiu o garoto com o pé doendo – Vamos acabar com a sua raça, sua ladra maldita!

- Caí dentro então! – Exclamou Amanda. Os dois correram na direção dela, mas Amanda se agachou fazendo que os dois tropeçassem e caíssem de cara no chão. – Otários!

Amanda saiu correndo para longe, mas Nina a puxou para atrás do pinheiro.

- Ah...! – Nina tampou a boca dela antes que chamasse a atenção deles.

- Sh! – Fez a filha de Zeus ao olhar aqueles dois brutamontes se levantando com cara de idiotas (porém muito irritados). Eles saíram correndo um para cada lado, e acabaram sumindo – Putz! Eu pensei que você fosse morrer.

- Eu também pensei. – Disse ela quando Nina tirou a mão de sua boca – O que está fazendo aqui parada? Pensei que fosse estar atacando na linha de frente.

- Há! Olha a minha cara. Acha mesmo que eu iria lutar contra aqueles caras sendo a única filha de Zeus aqui? Nem pensar. – Comentou Nina – Mas que bom que eu te achei. Não quero andar por aqui sozinha de jeito nenhum!

- Mas como eu vou te levar para o outro lado?! – Perguntou Amanda – Eu não sei nem se eu consigo ir direito, imagina com você.

- Você nem pensa em me deixar sozinha! – Rebateu Nina segurando o braço dela – Eles vão me matar! Se eles queriam matar você porque ficou na equipe do Ares, imagina o que vão fazer comigo por ser filha do manda-chuva dos deuses?!

- Nem um pouco convencida. – Resmungou Amanda rindo – Mas tudo bem. Vou tentar ir com você. Segure o meu braço, enquanto eu penso no lugar.

- Ok. Pense com calma, não tem problema. – Disse Nina vendo de longe dois campistas brigando com espadas. Algumas outras minas explodiram ao longe, mas ela não pode ver onde era. Aos poucos Nina foi ficando completamente tonta e desnorteada.

- Consegui! – Exclamou Amanda baixinho. Elas estavam atrás de uma árvore, mas não era o mesmo pinheiro que estavam antes. Era diferente...

- Estamos... Do outro lado? – Nina ainda sentia o chão todo balançar. Se ela não estivesse sentada, ela provavelmente cairia.

- Nina? – Perguntou Amanda – Nina? Você está bem?

- Não. Pega a porra da bandeira e vamos embora... – Gemeu ela fazendo caretas. Amanda já tinha visto ela fazer aquilo antes. Nina estava enjoada, e provavelmente se segurando para não vomitar.

- Ok. Um minuto. – Disse Amanda olhando por entre umas folhas de um arbusto perto delas. A bandeira estava á centímetros dela. Se esticasse a mão poderia resolver todos os seus problemas de uma vez. Foi o que ela fez, mas assim que pegou-a...

- Parada! – Exclamou Bruna atrás da Amanda.

- Bruna? – Perguntou ela se virando. Amanda estava segurando a bandeira, mas Bruna apontava um arco e flecha para a testa dela – Ah, fala sério! Você não vai me matar.

- Matar não. Só ferir um pouco se tentar fugir com essa bandeira. – Disse Bruna com um sorriso triunfante que provavelmente devia esboçar quando estava caçando com Ártemis e as outras caçadoras – Agora devolva.

- Espera... – Gemeu Nina ao lado de Amanda – Ela pegou. Nós ganhamos, não é mesmo? É assim que o jogo funciona.

- Não. Para ganhar você tem que passar para o outro lado. – Explicou Bruna – Mas vocês duas são as minhas prisioneiras agora. Não vão a lugar nenhum.

Amanda olhou para Nina que estava fazendo caretas cada vez mais horríveis. Tinha que pensar em alguma coisa para poder passar para o outro lado e ganhar o jogo. Talvez se ela corresse... Mas Bruna tinha uma mira de altíssima qualidade.

- Socorro! – Berrou Nina – Matem a caçadora para nós!

- Nina! – Exclamou Bruna ofendida – Como assim me matem?! Eu não sou mais amiga de vocês por acaso?!

- Não. No momento você é a garota que está apontando um arco e flecha para nós com um olhar ameaçador de caçadora. – Respondeu Nina – Deixa ela passar e ganhar a droga do jogo logo!

- Não mesmo! – Reclamou Bruna ainda ofendida.

Amanda olhou para Nina com uma idéia melhor. Bruna virou-se para falar com um de seus irmãos que passou correndo. Ele perguntou se ela precisaria de ajuda para vigiar as prisioneiras, mas Bruna negou.

Enquanto isso acontecia, Amanda contou seu plano para a Nina, que achou um pouco estranho.

- Quando ela olhar de volta, finge vomitar. Depois dá um choque. – Disse Amanda – Tiro a gente daqui com os sapatos alados.

Nina olhou para ela sem acreditar. Quis perguntar o que elas fariam caso Bruna a pegasse novamente, mas a caçadora de Ártemis se virou antes que Nina tivesse tal chance.

- Ah! Eu vou vomitar! – Exclamou Nina jogando-se para frente, perto do pé de Bruna – Argh!

Bruna arregalou os olhos.

- Não perto de mim! Vira para lá, Nina! – Exclamou Bruna ajoelhando-se para ajudá-la, mas assim que fez isso, Nina encostou dois dedos no braço dela. – Aaaaah!

Bruna levou um choque forte e foi lançada para trás. Amanda arregalou os olhos pensando que talvez ela pudesse estar inconsciente, mas não quis parar para conferir.

- Maia! – Exclamou ela, segurando Nina. Os sapatos começaram a bater azas e levantaram as duas. Elas foram para o outro lado do arbusto, há vários metros de distância da Bruna – Corre, Nina! Vem!

- Estou indo! – Exclamou Nina ainda enjoada. As duas saíram correndo na primeira direção que olharam. Não tinham nem idéia se era o sentido certo, mas não tinham tempo para conferir.

Rita estava andando normalmente, já que o grupo de Afrodite não estava ajudando em nada, quando viu elas duas passando correndo.

- Tchau Rita! – Exclamaram juntas.

- Ei! Parem agora! – Berrou Rita – Gente! Elas estão fungindo!

- Ai... – Resmungou Sam sem nenhum pingo de animação – Que pena, hein? Queria tanto que nosso time ganhasse... Mas é uma pena.

- E vai ficar parada aí?! Nem vai tentar impedir?! – Sam negou com a cabeça e Rita quis bater nela, mas preferiu correr atrás de Nina e Amanda. Embora ela estivesse muito para trás, não parou nem um segundo para descansar.

Nina estava correndo ainda sentindo uma imensa vontade de vomitar todas as refeições que tinha feito naquele dia. Enquanto corria, ela tentava ver se tinha algum tipo de inimigo por perto. Algo que pudesse atrapalhá-las á ganhar, mas não via ninguém.

- Acho que vamos conseguir, Amandinha! – Comemorou ela, só que um pouco antes da hora. De trás de vários arbustos surgiram filhos de Íris armados com arcos e flechas – Fuuuu!

- Atirem! – Exclamou um. Todos deram um tipo de grito de guerra e lançaram uma rajada de flechas na direção delas.

- Ah! Parem! Vão nos matar! – Berrou Amanda correndo com as mãos cobrindo a cabeça, embora aquilo não fosse adiantar nada. Uma flecha a acertou em uma fresta da armadura bem ao lado direito de seu corpo (na lateral, altura das costelas), e Amanda caiu no chão com a bandeira.

- Amanda! – Gritou Nina assustada. Ela se ajoelhou ao lado dela. Amanda disse algumas coisas para Nina, e depois fechou os olhos com dor. A filha de Zeus viu que os campistas de Íris se aproximavam correndo – Até mais, Amandinha!

Nina saiu correndo, deixando todos eles para trás.

Rodrigo estava um pouco longe dali. Ele estava brigando com os garotos do chalé de Ares. Ele nocauteou dois na cabeça com o punhal, enquanto não olhavam.

- Há! Bem feito! Quem mandou serem filhos daquele babaca?! – Falou fazendo uma pose triunfante.

Alguns filhos de Hermes apareceram liderados por Connor e Travis Stoll, e isso fez com que Rodrigo sorrisse mais ainda. Ia adorar bater neles, mas antes que tivesse a chance...

- Chalé de Hermes... Correr! – Ordenou Travis apontando para frente. Uns 5 campistas caíram correndo cada um para um lado, a fim de confundir os inimigos. E deu certo. Vários filhos de Ares ficaram tontos tentando acompanhar o movimento deles. – Olha! O único filho de Hades, Connor!

- É mesmo! Há há! Forever Alone! – Riu Connor.

- Vai para o inferno! – Berrou Rodrigo tentando acertá-los, mas eles foram mais ágeis...

- Separar! – Os dois falaram ao mesmo tempo. Os irmãos Stoll saíram correndo pelo meio da floresta, cada um para um lado. Rodrigo começou a xingar.

- Merda! Se eu tivesse com a minha foice, eu conseguiria partir eles ao meio! – Ele tentava apertar o botão para que sua arma virasse uma foice novamente, quando ouviu um barulho vindo das plantas – Quem está aí?!

Ele ouviu o barulho novamente. Rodrigo estreitou os olhos, e procurou em volta. Não havia ninguém, o que estava começando a dar medo nele.

- Aparece logo! Tá com medo, é? Sua bicha! – Exclamou ele, mas segundos depois a pessoa pulou para fora dos arbustos e ele berrou de medo – Aaaaaah!

- Há há! Quem é bicha? – Riu Flávia em um jeito doce. Rodrigo xingou se recuperando do susto, e ela notou os filhos de Ares desacordados no chão – Espera... Essa luta é para machucar de verdade?

Seus olhos representavam um brilho inocente.

- Mas é claro que é para machucar de verdade! Somos meio-sangues, Flávia. Nós vivemos na adrenalina! Na luta! Na guerra! E na porrada! – Ele fez pose de “fuck yeah” e ela assentiu com um sorriso.

- Então tá. Eu vou machucar você então. – Sorriu preparando seu arco de repente, e apontando uma flecha para a testa do Rodrigo. Ele arregalou os olhos com medo.

- Que isso?! Ficou louca?! – Exclamou ele.

- Meio-sangues não tem que viver assim? E você disse que era para machucar!

- Espera! – Berrou ele em pânico. Flávia tinha um sorriso doce e inocente no rosto, mas estava mirando uma flecha dourada de Apolo bem para a testa dele – Espera pelo menos eu pegar a minha foice!

- Tá bom. – Sorriu ela esperando, mas ainda sem baixar a flecha – A Flivis aqui espera você, porque você é meu amigo.

Rodrigo começou a choramingar desesperado e a apertar freneticamente o botão do punhal. Flávia continuou sorrindo com a flecha, enquanto isso.

Rhamon fez crescer algumas plantas, que formaram uma distração para o inimigo. Alguns filhos de Hermes tinham passado por lá, olhado e dado meia volta pensando estarem perdidos. Rhamon riu da cara deles.

- Há há! Losers! – Riu apontando para eles. Mateus tropeçou em uma pedra e acabou dando de cara contra as plantas que Rhamon fizera surgir. – Ei, cara! O que está fazendo?!

- Rhamon? – Perguntou Mateus se levantando e tentando limpar a roupa que estava cheia de terra – Foi você que fez isso aqui?

- Foi sim! – Rhamon fez pose de herói, mas logo deu um pulo ao ver Mateus atirar á poucos centímetros do seu pé – Porra! Que isso?! Ficou louco?!

- Desculpe Rhamon, mas você está do lado negro da força. – Disse ele dando mais tiros. Rhamon começou a correr como maluco, e Mateus foi atrás dele – Yeah! Eu vou te pegar, garoto da cevada!

- Garoto da cevada?! – Rhamon abaixou antes de levar um tiro na testa. Vinícius estava parado perto dali – Vinícius! Me ajuda!

Vinícius olhou para Rhamon, que corria como um desesperado. Mesmo que ele fosse do outro time, não ele não estava nem aí se ajudá-lo prejudicaria seu time. Ele sorriu e pegou o bastão que tinha ganho para usar na última missão.

- Eu vou te ajudar! Tenho um bastão foda! Sabia? Os monges usam isso e... Cacete! – Berrou ele vendo que Mateus estava atirando – Eu vou é me mandar!

- Porra Vinícius! – Berrou Rhamon se jogando contra uma árvore para não ser fuzilado por Mateus.

Enquanto eles corriam, no outro lado da fronteira ainda tinham mais coisas acontecendo...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que vocês acharam?

Espero que tenham gostado, e também, é claro... Espero por reviews!

Beijos e até o próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Friends By Fate 2 - Enemies By Fate" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.