Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 1
A captura da bandeira


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!

Continuação de Friends By Fate.



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Vários campistas andavam de um lado para o outro com espada, arcos, flechas, lanças e inúmeros outros tipos de objetos cortantes ou perfurantes. Se fossem crianças normais, aquilo poderia ser perigoso, mas... Não era o caso.

- Atenção, campistas! – Exclamou Quíron sentado á mesa principal logo ao lado de Dionísio – Hoje teremos mais uma caça á bandeira!

Todos comemoraram ao mesmo tempo. Quíron riu vendo a animação dos campistas, mas logo pediu ordem novamente.

- Escutem! – Disse ele, e todos fizeram silêncio – Essa será a primeira caça á bandeira dos nossos novos heróis. Por isso, espero ver uma competição limpa!

- Há! Tá bom... – Riu um dos irmãos da Mariana baixinho em seu ouvido. Os campistas de Ares estavam em pé todos juntos em um círculo para poderem discutir a estratégia de guerra.

- Espera... Vocês trapaceiam? – Perguntou Mariana. Ela estava usando uma armadura de guerra igual á de seus irmãos. Em sua cabeça tinha um elmo com plumas vermelhas.

- Claro! – Riu o mesmo garoto que tinha falado antes. O nome dele era Spencer, e parecia poder quebrar a cara de qualquer um com grande prazer – Não tem graça se não tiverem golpes baixos. Só temos que tomar cuidado com os babacas do chalé de Hermes.

- Aqueles malditos! – Resmungou algum filho de Ares – Eles sempre têm um truque na manga!

- Não fale mal deles, sacou?! Minha amiga é do chalé de Hermes! – Reclamou Mariana, mas então parou para pensar – Ei! É verdade... Aqueles babacas vão tentar trapacear! Vamos meter a porrada então!

- É isso aí, garota! – Comemorou Spencer sorrindo.

- Cinco minutos para que vocês se organizem! – Disse Quíron e depois começou a conversar com Dionísio.

- Qual é o nosso plano? – Perguntou Bia para seus irmãos do chalé de Atena. Uma garota de cabelo castanho claro cacheado ganhou um brilho nos olhos.

- Nós vamos fazer o seguinte... – Disse ela fazendo um gesto para que todos chegassem mais perto – O chalé de Ares vai trapacear usando os golpes baixos. Eles são incrivelmente previsíveis. Por isso... Atena se aliou á Hermes para podermos virar o jogo.

- Que legal! Estou no grupo da Amandinha. – Sorriu Bia.

- Sua amiga vai ser uma de nossas armas secretas. – Piscou a garota. Seu nome era Liz e vivia lendo o tempo todo – Os chalés participantes foram divididos em dois grupos... O nosso grupo, ou time, é composto por Atena, Hermes, Apolo, Dionísio, Hefesto e Zeus. Vamos conseguir ganhar. Só temos que...

Liz começou a falar sobre a estratégia que eles colocariam em prática, enquanto todos os 10 campistas de Atena concordavam. Eles usavam um elmo com plumas azuis escuras, e armaduras prateadas.

- Ok. Eu estou ferrada, Amandinha. – Disse Nina tensa. Ela estava andando de um lado para o outro.

- Fica calma. – Disse Amanda – Você é a única filha de Zeus, mas pelo menos é especial. Tem mais poder que todos os filhos de Ares juntos!

- Mentira. – Disse Nina, mas então parou para pensar melhor – Tá. É verdade. Eu sou fucking freaking awesome, mas isso não quer dizer que eu não estou ferrada.

- Ei, vocês duas. Cheguem mais perto para ouvirem a estratégia. – Chamou Connor Stoll do chalé de Hermes – Nina! Você pode vir também já que está sozinha.

- Forever alone. Que legal. – Murmurou ela andando para junto dos irmãos de Amanda. Os campistas de Hermes eram engraçados. Poucos deles tinham aparência semelhante aos irmãos, mas a maioria tinha o básico cabelo bagunçado e o sorriso malandro no rosto – E aí? Qual o plano?

- Amanda, você vai nos ajudar. – Sorriu Travis – Você é a única que consegue se transportar para os lugares. Tome.

Ele entregou para ela um mapa da floresta, e Amanda pode ver que tinha um círculo vermelho onde a bandeira inimiga devia estar.

- Você só precisa ir para o ponto da bandeira. Memorize esse lugar do mapa e se imagine lá. Assim você consegue se transportar. – Explicou Connor – Depois é só fazer o mesmo, só que com um lugar do outro lado da fronteira.

- Como sabem que a bandeira vai estar lá? – Perguntou Nina. Todos os filhos de Hermes olharam para ela. Era engraçado.

Amanda e eles estavam usando uma armadura prateada com um elmo com plumas azuis claras. Eles não pareciam muito conservados, mas pelo menos não deixaria que a cabeça deles fosse aberta por uma espada ou coisa do tipo. Nos pés de Amanda estava o All Star com azas que ela ganhara de presente.

Nina estava diferente. Usava uma armadura dourada com um elmo com plumas brancas. Estava se sentindo demais usando aquelas roupas, mas ainda sentia um pouco de nervoso.

Todos os 13 campistas do chalé 11 sorriram para ela (incluindo Amanda).

- Nós... Temos os nossos meios. – Respondeu Travis sorrindo. Nina olhou para eles e depois para Amanda.

- São um bando de malandros... – Murmurou Nina, mas depois começou a rir – Ah! Eles são iguais a você, Amanda, sua danadinha!

Amanda riu junto com Nina, mas depois fez cara de inocente fingindo não entender do que ela estava falando.

O chalé de Hefesto estava todo reunido. Eram ao todo 11 campistas, e todos eles estavam mexendo em um tipo de arma diferente. Mateus tirou do bolso as suas duas 9mm e começou a mirar em pontos invisíveis.

- Eu posso atirar neles mesmo? – Perguntou Mateus feliz.

- Não para matar, é claro. Mas... Sim. – Concordou uma garota que segurava algumas adagas. Seu nome era Katy, e tinha grande habilidade com forjas – Lembrem-se de onde colocamos as minas, ok?

Todos concordaram. Os irmãos e irmãs de Mateus estavam usando uma armadura leve feita de bronze, e um elmo com plumas laranjas.

- Espera... E se alguém pisar nas minas? Tipo... Vai perder uma perna, morrer ou coisa do tipo. Mas está tudo bem? – Perguntou Mateus franzindo o cenho.

- Está sim. Está dentro das regras. – Confirmou Katy.

- Então tudo bem. – Mateus encolheu os ombros, mas uma parte dele se perguntou se algo aconteceria com Rita. Eles estavam no Acampamento há 3 dias, mas ainda não estava acostumado ás loucuras desse mundo novo e estranho de mitologia.

Os filhos e filhas de Apolo (10 ao todo) estavam preparando seus arcos e flechas. Todos eles estavam usando coletes dourados, e elmos com plumas amarelas. Flávia estava um pouco incerta se participar daquela competição ia ser legal mesmo.

- Fique tranqüila, Flávia. – Disse Michael Yew ajeitando suas flechas – O chalé de Apolo ficará na retaguarda atacando com rajada de flechas. Não vamos lutar corpo á corpo.

- Mesmo? Então não vamos nos machucar? – Perguntou Flávia – Mas... Ninguém vai morrer, não é?

- Não. Isso quase nunca acontece. – Disse ele – Podem ficar gravemente feridos, mas fora isso...

- O que? – Perguntou Flávia arregalando os olhos.

- Flávia... Nós somos o chalé que representa o Deus da medicina. Alguns de nós tem poderes curandeiros. Se alguma coisa acontecer, nós podemos dar um jeito. – Afirmou Michael tentando fazer Flávia ficar mais confiante. E deu certo.

- Ok. Vou usar as flechas que o meu papai lindão me deu. – Sorriu ela abraçando sua mochila com as flechas douradas que se recarregavam sozinhas.

Os dois filhos de Dionísio estavam conversando sobre o que fariam durante a caçada, e Vinícius chegou perto.

- Então... Vamos ter mesmo que entrar nesse jogo?

- É. – Concordou um. Nenhum deles estava usando uma roupa legal, ou coisa do tipo. Só estavam com um colete roxo e um capacete com desenhos de videiras. Vinícius estava vestindo a mesma coisa – Vamos ficar na fronteira e atrapalhar os que passarem para o nosso lado.

Vinícius deu de ombros e ficou vegetando ao lado de seus irmãos. Não estava com a mínima vontade de participar daquele jogo idiota, mas não tinha outra escolha. Seus amigos iriam atrás dele depois se ele não participasse.

Do outro lado... Rodrigo estava morrendo de animação.

Ele segurava a sua foice com um sorriso brilhante e sombrio no rosto. Estava usando uma armadura negra que o ajudava a se camuflar com a escuridão. Seu elmo era parecido com o de seu pai. Preto. Porém o dele tinha plumas negras.

- Vou matar alguns idiotas do chalé de Ares, e depois alguns do chalé de Hermes. – Sorria ele para Natália – Os Deuses que eu menos gosto vão sofrer! Muahaha!

- Para com isso! – Protestou Natália dando um tapa na nuca dele. Ela usava uma armadura dourada e um elmo com plumas verde-água. Como era magra, parecia que poderia ser derrotada facilmente – Os campistas de Ares são nossos aliados. E mesmo assim... Não estamos aqui para matar ninguém.

- Deixa de ser chata! Para que você acha que o meu pai me deu essa foice? Para cortar grama? – Perguntou ele resmungando.

- Não. Ele te deu essa foice para você calar essa boca. – Respondeu ela revirando os olhos. Natália olhou par a foice dele um pouco melhor. Era comprida com uma lâmina prateada. O cabo onde você segurava era um osso. Só que... Tinha um botão pequeno nele. – Para que serve isso?

- Não sei, mas acho melhor não... – Rodrigo foi interrompido por ela. Natália tocou no botão e a foice dele se transformou no punhal que usara antes – Não! Nããão!

Rodrigo começou a berrar e chorar ao mesmo tempo, mas volta e meio tinha um ataque de raiva e xingava freneticamente. Completamente bipolar. Natália começou a rir muito da cara dele.

- Ótimo. Vamos confundir o chalé de Atena com uma vegetação improvisada, certo? – Sugeriu Kate Gardiner, uma das filhas de Deméter. O chalé da Deusa da agricultura tinha (contando com Rhamon) nove campistas.

Todos eles estavam com armadura de bronze e elmo com plumas verdes. Rhamon segurava a sua pequena foice na mão. Ele estava feliz por não ter que lutar contra os irmãos da Mariana. Aqueles caras eram imensos. Ele apostava que o outro time ia perder feio, e ainda por cima ter alguns ossos quebrados.

- Rhamon. Você gasta menos energia para fazer a vegetação crescer. Nós temos que nos unir, mas você é mais forte. Vai na frente e tente bagunça um pouca a fronteira. – Disse Miranda, a irmã de Kate.

- Certo. Eu vou fazer isso. – Ele segurou o saco de sementes mágicas que Deméter tinha lhe dado de presente por concluir a missão quase suicida de alguns dias atrás.

- Meninas! – Exclamou Sam, uma filha de Afrodite. – Alguém me ajude a ajeitar o meu cabelo! Ele fica... Tipo assim... Tão “argh!” com esse elmo!

- Ai... Tudo bem. Estamos com você. – Falou uma outra garota á ajudando. Rita revirou os olhos. Aquilo era um exagero. Só porque eram filhas de Afrodite elas tinham que falar “tipo assim” e ficar fazendo mini escândalos por causa de coisas tão fúteis?

- O plano. – Disse Rita se virando para os garotos, que pareciam um pouco mais controlados. Mesmo assim... Não eram uma salvação tão grande. Todos do chalé usavam armaduras douradas e elmos com plumas rosa. Coisa que não agradava muito os garotos – Por favor, digam que vocês têm um.

- Sim. – Sorriu um garoto loiro e extremamente bonito – Vamos observar os outros se matarem e torcer pelo nosso time ganhar.

- O que?! – Exclamou Rita colocando as mãos na cintura – Vocês não vão fazer nada de útil?! Vão ficar parados aí sem lutar?!

- É. Aprenda. Se você ficar longe de batalha, você não sofre nenhum dano. – Respondeu Sam – E o seu cabelo também não. Só precisamos aparecer, sabe? Ficarmos bem nesses uniformes de guerra, para que quando tudo termine, eles olhem para nós e vejam que ainda estamos bonitos. Perdendo ou ganhando.

Rita não estava acreditando naquilo. Aquele tipo de atitude a fazia quase querer ficar no chalé de Ares, ao invés dali.

Os campistas de Íris, por outro lado, tinham uma postura diferente. Bruna estava com uma armadura dourada extremamente reluzente, e um elmo com plumas de 7 cores diferentes.

- Aqui vai o plano. – Disse ela para seus 5 irmãos – Vamos todos ficar de olho na bandeira. Não importa o que acontecer. Temos que ficar montando guarda.

- O que? Mas...! – Um de seus irmãos ia protestar, mas ela o impediu.

- Amanda Freitas, filha de Hermes. – Disse Bruna – Ela sabe se transportar para os lugares. Já ouviram boatos sobre isso, não é?

- Sim. E o filho de Hades também consegue. – Concordou outro irmão.

- Exato. – Confirmou Bruna – O chalé de Hermes com certeza vai usá-la para isso. Não tenho certeza se ela vai conseguir, mas temos que ficar prontos caso isso dê certo, ok? Rodrigo... Podemos tentar usá-lo para fazer o mesmo, mas eu duvido que ele vá querer. Vai preferir bater nas pessoas.

Todos os campistas concordaram.

Quíron chamou a atenção de todos. Os grupos se dividiram em chalés e depois em times, e esperaram pelas ordens de Quíron.

- Muito bem! Daremos início á mais uma caça á bandeira! – Exclamou ele fazendo todos comemorarem. Os campistas estavam com grandes expectativas. Todos queriam começar logo a caçada, para poderem ver quem sairia vitorioso.

- É. É. Muito legal. – Resmungou Dionísio revirando os olhos e bebendo Diet Coke – O mesmo de sempre, certo? Se matarem alguém, terão que lavar a louça do almoço por três dias. Se ferirem de propósito e por motivo nenhum, mesmo que isso me agrade, terão que limpar os banheiros por dois dias.

- Você mata alguém e só tem que lavar a louça?! – Perguntou Nina arregalando os olhos para Amanda – Eu adorei esse lugar!

Elas duas riram, mas depois pararam para ouvirem o que mais o Sr. D tinha a dizer.

- Lembrando que os doze heróis da antiga profecia têm poderes especiais. Vocês terão que usar a cabeça para ganharem esse jogo. – Disse Quíron – Agora... Preparados?

- SIM! – Exclamaram todos em uníssono.

- Então... Vão! – Disse Quíron dando o sinal.

- Aaaah! - Todos gritaram elevando as armas aos céus.


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Notas finais do capítulo

Entããão?

Quero reviews!