Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 16
Escolhendo um rumo, parte 1


Notas iniciais do capítulo

Para os meus 11 queridos amigos que estão presentes nessa fic, gostaria de dizer especialmente...

Aqui está mais um capítulo!

Espero que gostem.



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- “Nina, tome cuidado na missão. Lembre-se de que, como filha de Zeus, você é uma líder nata. Cuide de seus amigos.” Há! Viram isso?! Zeus mandou eu liderar esse fucking grupo! – Sorriu Nina triunfante – Agora sou eu que mando aqui!

- Não mesmo! – Protestou Rodrigo – Não deixaria você liderar nem que Zeus descesse dos céus e me ameaçasse com um raio! O que ele tem na cabeça?! Quer que todos nós sejamos mortos, só pode ser!

- Vai se ferrar! Tá escrito nesse papel aqui que eu sou uma líder nata! Ordens de Zeus. Vocês vão ter que obedecer. – Retrucou Nina.

- Não. Não mesmo. – Discordou Amanda – Agora continue lendo a mensagem.

Nina queria discutir, mas por outro lado ela estava morrendo de vontade de saber o que mais o seu pai tinha dito.

- “Pare para reparar nos Deuses que estão do seu lado, e pense em uma estratégia. Não importa o quanto as coisas possam ficar ruins, não aceite ajuda dos titãs. É raro, até mesmo para a profecia, perdoar traidores. Espero que entenda o que eu quis dizer. Estarei de olho e ajudarei o máximo que puder. Zeus, Deus dos Deuses.” – Leu Nina, e franziu o cenho para o papel – Não aceite ajuda dos titãs é tipo... “Não fale com estranhos” ou coisa parecida? Achei essa parte tensa.

- Acho que ele lançou uma linda indireta para você. – Comentou Amanda – É como se ele dissesse: “Vire uma traidora, e nunca mais vou perdoar você!”.

- Ah, legal! Meu pai também acha que eu vou ser uma das traidoras! – Comentou Nina levemente ofendida – Que droga. Por que todo mundo acha isso de mim?!

- Diexa isso para lá. Zeus disse que iria ajudar, então é porque ele se importa com você. – Disse Amanda animando ela.

- Acha mesmo? – Sorriu Nina.

- Dane-se isso! Quero ler a mensagem do meu pai, agora calem a boca e ouçam! – Reclamou Rodrigo fazendo o sorriso de Nina desaparecer.

Elas duas reviraram os olhos cansadas e esperaram o filho de Hades tirar o bilhete da mochila. Quando Rodrigo pegou o papel, ele tinha um enorme sorriso no rosto. Como se estivesse segurando uma barra de ouro, e não uma simples mensagem.

Entretanto esse sorriso logo desapareceu, o que deixou Nina e Amanda curiosas.

- O que foi? – Quis saber Amanda – O que seu pai escreveu?

- É alguma coisa sobre a profecia? – Perguntou Nina ficando preocupada.

Rodrigo estreitou os olhos para o papel em sua mão, e depois levantou o olhar para suas amigas.

- Filho da mãe! – Xingou ele revoltado e decepcionado ao mesmo tempo.

Nina e Amanda arregalaram os olhos.

- Não fale isso! Ficou maluco?! – Reclamou Nina esperando que um raio caísse do céu, ou coisa parecida. – Vai ofender logo o seu pai?!

- Claro que sim! – Reclamou Rodrigo com raiva.

- Por que você está irritado? – Perguntou Amanda sem entender.

- Por que?! – Repetiu ele olhando para ela, mas depois leu o que estava escrito no papel – “Rodrigo, boa sorte na missão. Ajudarei na medida do possível. Cuidado. Hades.”.

Houve um minuto de silêncio absoluto, só cortado pelo som dos carros passando eventualmente pela estrada.

- E o que mais? – Quis saber Amanda.

- Só. – Respondeu ele.

- Só? Só o que? – Perguntou ela – É... É só isso que ele escreveu para você?

- É! – Exclamou ele indignado. Rodrigo amassou o pedaço de papel e jogou no chão do acostamento – Aaaah, quer saber?! Ele que se ferre! Esperei 16 anos para descobrir que ele era o meu pai, e agora que estou partindo em uma missão importante ele me vem só com essa porcaria de mensagem?! Parece até que não sabe escrever!

- Esquece isso, ok? Mas... Acho melhor você levar esse papel. – Disse Amanda apontando para a bola de papel no chão.

- Por que?! Como se isso fosse realmente importante! – Resmungou ele.

- E é. Lembra? As mensagens vão mudando ao longo da missão. É um tipo de msn, ou coisa do tipo. Assim que Hades tiver alguma coisa importante a dizer, ele vai mudar a mensagem do papel, e... – Amanda estava explicando mais foi interrompida.

- Assim que Hades tiver uma coisa importante a dizer para mim, vão cair vacas do céu! – Reclamou ele.

Nina pegou a folha de papel e jogou dentro da mochila dele.

- Não vem encho o saco, ouviu?! Estamos presos com você, seu esquizofrênico, pelo resto da missão. Isso se nós voltarmos com vida! Então, para o seu bem, é melhor você deixar esse papel na mochila, antes que eu enfie ele na sua bunda! – Reclamou Nina.

Rodrigo fez uma cara de espanto para ela, Nina estreitou os olhos para ele, e Amanda suspirou.

- Eu estou vendo como vai ser ter que separar as brigas de vocês dois pelo resto da missão... – Comentou a filha de Hermes. Amanda olhou em volta – Uhm... Vamos andando. Apolo disse para nós irmos á lugares rurais, certo? Então... Acho que devemos ir para...

- Tudo menos o Texas! – Apressou-se Rodrigo – Não quero ter que ver Marcos e os irmãos do Celeiro da Pechincha novamente!

- Podemos ir ao Alabama! – Comentou Amanda sorrindo – “Sweet home Alabama”. Adoro essa música.

- Que tal o Kansas? – Sugeriu Nina sorrindo.

- É! O Kansas é o do Mágico de Oz! – Concordou Amanda – Vamos para lá ou para o Alabama?

- Vocês sabem que esses não são os únicos estados caipiras, não é? – Disse Rodrigo – Tem vários outros também. Os meio-sangues perdidos podem estar em qualquer lugar.

- Ainda acho que o Texas seria uma boa opção. Lembra? Marcos disse que o Texas é cheio de meio-sangues. Talvez eles possam ter ido para lá por causa disso. – Comentou Amanda.

- Não mesmo. Pode ir esquecendo o Texas. – Reclamou Rodrigo – Nós... Podemos ir ao Arizona. Ele é meio deserto, por isso não deve ter muita gente.

- Então de que adianta?! – Falou Nina – Estamos nessa para achar gente. Como faremos isso se formos para um lugar sem ninguém?!

- E onde eles podem estar no Arizona? No meio do Grand Canyon? – Perguntou Amanda – Escolhe outro lugar.

- Ok. Madison. – Disse Rodrigo decidido.

- Madison? – Repetiu Nina – Fica... Em Wisconsin?

- Isso mesmo. O estado do queijo. – Disse Rodrigo – Ou você também tem alguma coisa contra esse estado?!

Nina olhou para Amanda. Nenhuma das duas pensou em nada de ruim ou de errado naquele rumo, por isso resolveram concordar com a idéia de Rodrigo.

- Certo, então nós vamos para Madison, Wisconsin. O Celeiro da América. – Disse Amanda assentindo.

- Agora vem a parte legal. – Disse Nina sorrindo para Amanda – Amandinha, filha de Hermes, aponte a direção que nós devemos seguir.

Amanda riu e olhou em volta. Ela não precisou nem pensar muito. Apontou para a direção certa com extrema confiança.

- É por ali. Port Authority Bus Terminal. – Disse Amanda como se estivesse falando 2+2=4 – Nós vamos por ali, pegamos um ônibus e vamos direto para Madison.

Rodrigo e Nina olharam para ela supresos.

- Isso é muito legal. – Comentou Nina rindo – Cara! E você nunca soube dizer nem mesmo onde seus pais moravam!

- Eu não sabia dizer, mas sabia como chegar lá. – Disse ela encolhendo os ombros – Se está tudo certo... Podemos ir?

- Podemos. – Concordou Rodrigo. Eles começaram a ajeitar as mochilas nas costas, quando o filho de Hades fez um comentário interessante – A única coisa que me consola quando eu penso que tenho que ir mais uma vez para um estado de caipiras, é que o outro time deve estar se ferrando mais do que a gente.

Nina e Amanda riram.

- Espero que sim. – Concordou Nina – Depois do que a Mariana fez, eu não ia me importar nem um pouco se ela se ferrasse nesse exato momento.

- Nós nunca nos demos tão bem! – Comentou Natália feliz.

Ela estava sentada em um largo banco de couro confortável, enquanto estiva seus pés em uma mesinha de centro. Bia sorriu feliz ao sentir o vento bater suavemente contra seu rosto, e Mariana bateu palmas animada ao ver alguns golfinhos passarem pulando pelo barco.

- Não é um dos melhores barcos, mas quebra o galho não é? – Perguntou Poseidon rindo feliz.

- Quebra o galho?! Isso é demais! – Comemorou Mariana sorrindo – Ganha de dez á zero daquele colégio interno mal acabado!

- Puxa... Será que eu não posso morar aqui para sempre? – Comentou Natália sorrindo para seu pai, que dirigia o barco com tranqüilidade.

- Há há! – Riu ele se divertindo – Bem... Não. Vocês têm que achar os meio-sangues perdidos, lembra? Estou só dando uma mãozinha.

- É uma ótima mãozinha. – Comentou Bia tomando um gole de limonada, que era enfeitada com um guarda-chuvinha no copo – Muito obrigada, Senhor Poseidon.

- Pode me chamar só de Poseidon. – Disse ele rindo.

- Qual é a graça? – Perguntou Bia sem entender.

- Uma filha de Atena me agradecendo? Isso é raro. – Riu ele – Mas tudo bem. Acho que nem todos os filhos de Atena devem ter o rancor dela.

- Ela te odeia mesmo? – Perguntou Bia querendo saber.

- Sim. Profundamente. Mas... Nós nos damos bem. Não tentamos nos matar há séculos, sabe? – Disse ele. Algo naquela frase fazia Bia pensar que ele não estava exagerando quando falava de “séculos” – De qualquer jeito... Vou levá-las para um dos meus lugares favoritos, e provavelmente, onde eles podem estar perdidos...

- Qual? – Quis saber Natália curiosa.

- Flórida. – Respondeu ele sorrindo – As praias da Flórida são muito bonitas. Tudo bem que elas não ganham das praias da Califórnia, mas... Nossa! São demais.

- Prefere a Califórnia por causa das... California Girls? – Perguntou Bia.

Poseidon ficou em silêncio por alguns minutos.

- Ahm... Bem... Não. Talvez um pouco... Em parte... – Respondeu ele hesitante – Mas... Voltando ao assunto principal... Vocês precisarão tomar cuidado quando forem procurar por eles em terra. Posso protegê-las aqui no mar, mas meus auxílios têm limites.

- Tudo bem, pai. Vamos tomar cuidado. – Confirmou Natália.

- Precisamos pensar no que vamos fazer quando chegarmos em terra. – Comentou Bia pensativa – Acho que nós poderíamos procurar pelo litoral primeiro. Podemos ir contornando, e...

Bia começou a pensar cada vez mais baixo, até que não pronunciou mais nenhum palavra. Natália e Mariana poderiam protestar, mas estavam ocupadas demais relaxando naquele barco enorme e luxuoso.

Bia e Natália estavam sentadas em um sofá de couro branco que ficava logo de frente para o leme. Poseidon controlava o barco com tranqüilidade, enquanto tomava alguns goles de um suco branco.

A medida que o mar passava, Natália se sentia cada vez mais cheia de vida. Ela sorriu para o horizonte.

- Você não costuma andar muito pelo mar, não é? – Disse Poseidon.

- Não. Com a escola interna nós ficamos presos e quase nunca saímos. A não ser que sejam para passeios escolares, mas eles nunca são em praias. – Comentou Natália – Mas... Como sabe disso?

- Quando você está no mar, eu tenho como saber. – Ele piscou para Natália e ela riu entendendo o que seu pai tinha dito.

- Você acha que os meio-sangues estão na Flórida? – Perguntou Natália.

- Se você estivesse perdida, iria para onde? – Perguntou Poseidon, mais puxando assunto do que conversando sobre a missão.

- Eu iria para perto do mar, provavelmente. – Respondeu ela.

- E por quê? – Perguntou ele.

- Porque você é o meu pai. Ia saber que eu estava perto da praia, e talvez pudesse me ajudar. – Respondeu ele novamente.

Poseidon sorriu para ela.

- E se você não tivesse idéia de onde a praia ficava? – Perguntou ele – Você iria para onde?

Natália franziu o cenho sem entender aonde aquelas perguntas iam levar. Mas a filha de Atena entendeu.

- Você quer dizer que eles estão completamente sem rumo, não é? – Adivinhou Bia.

- Exatamente. – Confirmou ele – Eles podem parar em qualquer lugar. Um aeroporto, uma praia, uma agência de correios... Poderiam até mesmo tentar ir ao Acampamento Meio-Sangue. O fato é... Não sabemos onde eles podem estar.

- Então porque estamos indo para a Flórida?! – Perguntou Mariana sem entender – Estamos andando sem rumo que nem eles!

- Indo á Flórida, vocês verão praias. Se tem praias, então eu estou presente. Ou parcialmente presente. Vocês devem procurar em todos os lugares onde podem obter ajuda. Se acharem eles na Flórida, venham para perto do mar. Eu os levarei novamente para Long Island.

- Entendi agora. – Disse Natália depois de pensar no assunto.

- Sabem o que isso significa, não é? – Falou Mariana olhando para as amigas.

- O que? – Perguntou Bia.

- Significa que o próximo lugar onde nós temos que procurar, depois das praias é claro, vai ser uma convenção de motos. – Disse Mariana com um ar superior.

Bia riu da idéia.

- Para que? Para os “manos motoqueiros” do seu pai ajudarem a gente? – Perguntou ela brincando.

Natália e Poseidon começaram a rir também, e Mariana os acompanhou. Mas... Logo parou e olhou para Bia.

- Ei! Sim! Eu estou falando sério! – Exclamou Mariana – Se fizermos isso o meu pai boladão vai nos ajudar, suas manés!

- Só que o meu pai tem um barco, e isso é melhor do que uma moto. Sinto muito, Mari. – Disse Natália usando o apelido que Mariana odiava.

- Aaaaah! Vocês são muito lesadas! – Reclamou Mariana revirando os olhos – Ninguém merece!

Elas falando sobre o assunto das motos, enquanto Poseidon ria para o horizonte ao ouvi-las usarem gírias como “boladão”.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam?

Quero reviews como sempre, ok?

Até o próximo!