Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 15
Msn por papel


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo!



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No gramado da formação dos chalés, Nina, Amanda, Rodrigo, Mateus, Rhamon e Flávia estavam em pé esperando pelo outro grupo.

Quando viram eles se aproximando ao longe, eles pararam de falar uns com os outros. Todos ficaram em silêncio esperando que eles chegassem mais perto para poderem começar a missão.

Em meio ao silêncio...

- All I now is everybody loves me... – Cantou Nina distraída.

- Está cantando “Everybody loves me”? – Perguntou Amanda franzindo o cenho.

- É... Eu achei que se encaixaria no momento. Dá um tom dramático. – Disse Nina encolhendo os ombros.

Quando o outro grupo chegou, todos pararam em uma espécie de “paredinha”. Estavam em duas fileiras compridas, e eram divididos por uma linha invisível no chão. Nenhum deles queria ultrapassá-la.

- Então... Nós vamos buscar os desaparecidos. – Disse Bia quebrando mais um minuto de silêncio mortal e desconfortável – Vocês vão para...

- Não nos diga o que fazer. Nós sabemos muito bem para onde vamos. – Cortou Rodrigo.

- Ela só estava tentando ajudar o grupo sem cérebro, mané! – Reclamou Mariana.

- Sem cérebro? Olha só quem fala. – Comentou Nina.

- O que foi?! – Mariana ia avançar, mas Bia puxou-a para trás.

- Olha. Nós dois vamos procurar os meio-sangues perdidos. São quatro e podem estar em qualquer lugar. Cuidado. – Disse Amanda – E... Provavelmente não vamos nos encontrar juntos, de acordo com a profecia. Por isso...

- Boa sorte. – Desejou Natália tensa. Ela não queria perder ninguém em mais uma missão. Lembrou-se de como se sentiu quando viu o teto cair encima de Rodrigo e Rhamon durante a luta contra a Medusa, e foi tomada por um profundo sentimento de culpa. Será que era melhor eles se separarem mesmo?

- Para vocês também. – Disse Rhamon concordando.

- Não precisamos da sua sorte. Nós somos demais, e vamos voltar inteiros. Sinto pena de vocês, manés. – Disse Mariana esnobando e encolhendo os ombros.

- Eu sinto cheiro de aposta. – Sorriu Amanda para a filha de Ares.

- Que aposta, cabeça de vento? – Quis saber ela.

- Aposto que nós vamos ganhar. Vamos chegar aqui com os quatro meio-sangues antes de vocês. – Disse Amanda.

- Já perderam! – Riu Mariana – Mas, certo. E eu vou adicionar um detalhe á essa aposta.

- Que detalhe? – Perguntou Amanda.

- Aposto que vocês não vão chegar aqui antes de nós, e que ainda por cima os traidores estão no grupo de vocês. – Disse ela cruzando os braços.

Amanda ficou muda, e olhou para seus amigos.

- Que foi? Está com medo de afirmar isso? – Perguntou Mariana – Será que você já sabe que tem traidores no seu grupo.

Amanda ia responder, mas todos pararam ao verem o brilho de algo. Nina estava segurando um se seus raios.

- Não tem nenhum traidor aqui, e nós aceitamos muito bem a aposta. – Disse Nina – O grupo perdedor vai ser reconhecido como derrotado, e como inútil. Eu falaria que vocês iam ter que pedir desculpas pelas ofensas, mas vão estar ocupados ardendo no Mundo Inferior.

- O Mundo Inferior tem fogo? – Perguntou Vinícius sem saber.

- Não sei. Mas eu achei mais legal dizer Mundo Inferior, do que Inferno. – Falou Nina encolhendo os ombros.

- Feito. – Disse Bia – A aposta está fechada, agora vamos logo.

Todos os outros meio-sangues pararam o que estavam fazendo para observarem os 12 saírem do Acampamento. Eles estavam usando suas mochilas, e carregando suas armas de modo discreto para que os mortais comuns não notassem.

Alguns campistas desejaram boa sorte, mas a grande maioria murmurava coisas como: “Olha lá! Eles estão ferrados de novo...”.

Argos os levou para fora do Acampamento, e deixou-os em uma estrada cercada com o chão pavimentado.

Tinham algumas placas ao redor que indicavam onde cada ramificação dava.

O grupo da Mariana, Bia e Natália resolveu partir para a direita, em direção á New York. Bia achava que se os meio-sangues estivessem perdidos, eles tentariam ir para o Olimpo pedir ajuda ou coisa do tipo.

O grupo da Bruna, Rita e Vinícius foi direto para a esquerda, onde tinha o começo de uma floresta. Bruna estava falando que se eles estivessem perdidos, provavelmente estariam perdidos em uma floresta. Sendo ela uma das caçadoras de Ártemis, seria fácil salvá-los e encontrar o caminho de volta.

O outro time é que ainda estava indeciso. Eles estavam em pé em um tipo de acostamento para pedestres, quando começaram a falar sobre um plano.

- Não temos um plano... – Choramingou Flávia – Nós vamos morrer?

- Claro que não. – Disse Rhamon – É que nem a caça é bandeira, Flávia. Nós podemos nos machucar gravemente, mas não vamos morrer.

- Você é tão engraçado. – Comentou Rodrigo revirando os olhos.

- Eu achei graça. – Riu Amanda.

- Bem... Vamos pensar direito. Para onde vamos? – Perguntou Nina olhando para eles. Depois ela olhou para Amanda. – Ei, Amaninha. O seu pai é o Deus das estradas. Você deve saber as direções certas para tudo, não é?

- É! Lembra quando nós estávamos no vagão?! Ela sabia o nome da linha do trem, o nome da estação que iríamos parar e o destino dele! – Exclamou Rodrigo – Você é muito tensa, sabia?

- Eu não sou tensa! – Falou Amanda. Ela olhou em volta. Pelo acostamento dava para continuar andando tranquilamente, mas o problema é que eles não tinham idéia de onde procurar primeiro. – Uhm... Acho que se nós formos por aqui, e o outro grupo for...

Amanda deu alguns passos na para frente, mas do nada um ciclista passou bem na sua frente. Ela conseguiu desviar antes que fosse atingida, mas acabou torcendo o tornozelo e caindo no chão.

- Ei, seu maluco! Você é cego?! – Berrou Nina para o cara que tinha passado.

- É! Vai andar de bicicleta no seu quarto! – Exclamou Flávia tentando ser ofensiva também, mas não deu certo.

Amanda começou a rir ainda sentada no chão.

- Andar de bicicleta no seu quarto?! Como o maluco vai fazer isso?! – Riu ela.

- Ah... Mandis! Diga para mim. Eu fui ofensiva, não fui? – Perguntou Flávia sorrindo esperançosa.

- Ahm... Não. Talvez um pouco, mas você é fofa demais para ser ofensiva. – Disse Amanda tentando se levantar – Você é a coisa mais fofa que eu já vi!

Amanda tentou se levantar, mas logo parou ao sentir uma mão sobre o seu ombro.

- Ei, está tudo bem com você? – Perguntou uma voz conhecida. Amanda se virou e viu quem era. Um homem de 20 anos com camisa pólo, calça jeans, óculos de Sol, e um sorriso branco no rosto.

- Apolo! – Exclamou ela sorrindo surpresa – O que você está fazendo aqui?

- Vim ajudar vocês nessa missão. Como é mesmo que vocês fazem? – Apolo fez uma pose que eles reconheciam – Fuck Yeah!

Todos riram.

- Papai! – Sorriu Flávia – Você viu o que eu falei para aquele cara da bicicleta?

- Uhm... Não. O que você disse? – Perguntou Apolo.

- Eu disse para ele andar de bicicleta no cquarto dele. – Flávia fez pose de “fuck yeah” também.

- Você é realmente muito fofa. Incentiva estranhos a terem hábitos saudáveis e cuidarem da saúde fazendo exercícios. – Elogiou Apolo sorrindo – Estou orgulhoso de você.

- O que?! Não! Eu queria que ele ficasse ofendido. – Choramingou Flávia.

Apolo abraçou ela, e disse as palavras de sempre acompanhadas de leves tapinhas nas costas: “Passou, passou...”. Amanda estava ainda sentada no chão, pois achou melhor deixar o tornozelo um pouco parado.

- O que aconteceu com você? – Perguntou Apolo para ela.

- Quase fui atropelada pelo cara da bicicleta, e torci o tornozelo. – Contou Amanda encolhendo os ombros – É a vida.

- Sabia que eu seria útil! – Exclamou Apolo feliz – Ártemis disse que eu só ia piorar a situação, e deixar vocês encrencados porque sou muito “irresponsável”, e blá blá blá! Conversa fiada! – Apolo fez aspas no ar ao dizer ‘irresponsável’ e fez uma mãozinha falando o blá blá blá. Depois abriu um outro sorriso – Deus da medicina em ação!

- Não precisa. Eu estou bem... – Disse Amanda, mas assim que viu o Apolo chegando perto e segurando o seu tornozelo, mudou de idéia – Ah! Eu estou morrendo! Apolo, me salva! Socorro! Que mundo cruel!

Apolo riu um pouco.

- Calma... Você não vai morrer. – Apolo fez o tornozelo dela ficar melhor, e Amanda se levantou – Está pronto.

- Ah, que pena... – Suspirou ela triste, mas logo se tocou que disse aquilo em voz alta – Quero dizer... Obrigada, Apolo!

- Ahm... – Nina levantou a mão, e todos olharam para ela – Acho que eu estou morrendo também. Pode me examinar?

Rodrigo deu um tapa leve na nuca dela, e revirou os olhos.

- Vamos embora logo! Vocês são muito lerdas! Ficam enrolando para fazer um plano, e agora estamos ferrados! Para onde vamos, Amanda? – Perguntou ele.

- Uhm... Não sei. Sabem... Se eu estivesse no Mundo Inferior, subisse e me perdesse, eu... – Ela parou para pensar – Ficaria bem longe de postos de gasolina, lojinhas de conveniências, celeiros, e... Milharais. Casas no pântano também.

- Por quê? – Perguntou Rodrigo sem entender.

- Eu vejo filmes de terror, e leio livros de terror. Tenho um manual de sobrevivência na cabeça. – Sorriu ela triunfante – Sexta feira 13, A colheita maldita, Crianças do milharal, A viagem maldita, O massacre da serra elétrica. Essas coisas te dão lições valiosas.

- Fala sério! – Exclamou Rodrigo – Que coisa idiota! Você está se guiando por filmes de terror?!

- Nossa... – Falou Apolo olhando para Amanda – Você é uma garota sábia!

- Valeu. – Amanda sorriu triunfante, e depois virou-se para Rodrigo – Viu só?! Pelo menos alguém aqui concorda comigo.

- Eu também concordo com você, Amandinha. – Disse Nina – Se monstros existem, então não duvido muito que aqueles filmes de terror não tenham um fundo de verdade.

- Mas o que isso tem a ver com a nossa direção? – Perguntou Rhamon.

- Nós temos que ir para lugares que não tenham nada disso. – Disse Amanda – Ou... Metade de nós pode ir para um lado que tenha, e outra para onde não tenha.

Apolo olhou para todos.

- Certo. O grupo é Flávia, Rhamon e Mateus, não é? Vocês vem comigo. Vou dar uma carona para vocês no meu carro, assim podem ir mais rápido. Vocês escolhem o lugar e eu levo. – Disse ele segurando as chaves do carro na mão – Vamos para algum centro urbano ou coisa do tipo, enquanto vocês... Podem ir para lugares mais remotos.

- Ou seja... Ficar rodeados de caipiras de novo! – Berrou Rodrigo – Quer que eu vá para o Texas também?! Porra!

Apolo começou a rir pôs o braço sobre o ombro de Rodrigo.

- Você me mata de rir! – Riu Apolo – Tenho certeza que você já teve experiências com caipiras antes. Você conhece o Texas, e as pessoas da lá. Tem até um amigo lá, não é? O... Ma... Marcos! Isso!

- Marcos?! Você tem problemas mentais?! – Berrou Rodrigo ao lembra-se do semideus que os ajudou no Texas – Aquele anormal me odeia!

- Há há! – Riu Apolo – Problemas mentais! Você me mata de rir! Viu só? Vai se sair muito bem no Texas!

- Acho que... Ele falou para te ofender, Apolo. – Disse Rhamon.

- Jura? Ahm... – Apolo olhou para Rodrigo, que fuzilava o Deus com um olhar de raiva – Nããão! Ele gosta de mim. Eu sinto isso.

Apolo bagunçou o cabelo de Rodrigo e foi para perto de Flávia.

- Vai á me...! – Rodrigo ia reclamar, mas Nina deu uma cotovelada nele.

- Não fala assim com Apolo! – Reclamou Nina.

- Bem... Então está resolvido, certo? Vamos nessa. – Sorriu Apolo indo em direção ao carro, que deveria estar mais longe na estrada, e chamando o grupo da Flávia.

Flávia sorriu e seguiu ele feliz. Mateus foi junto sem ligar muito. Rhamon olhou para Rodrigo uma última vez.

- Loser! Vai ter que ir á pé! – Riu ele apontando para Rodrigo – Se ferrou!

Rodrigo começou a xingar Rhamon, mas o filho de Deméter foi para o carro sem ligar. Quando eles sumirão da vista deles, Rodrigo se virou para Nina e Amanda.

- Nós não vamos para o Texas. – Disse ele.

- Nós vamos para onde tivermos que ir. E você vai junto. – Disse Amanda.

- Não mesmo! Eu não vou para uma terra de caipiras! – Berrou Rodrigo – Você já se esqueceu do que aconteceu no celeiro feliz?!

- É celeiro da pechincha! – Corrigiu Amanda – E também... Nós não precisamos ir ao Texas! Podemos ir para outro lugar... Deixa eu ver no meu mapa.

Amanda abriu a mochila, mas assim que ia pegar o mapa notou que tinha um pedaço de papel solto ali. Ela o tirou lá de dentro e o analisou.

- O que é isso? – Perguntou Nina.

- É... – Amanda olhou – Um bilhete.

Era um pedaço de papel azul claro, como aqueles de blocos de notas. Uma letra não muito bonita deixava uma mensagem lá. Ela leu primeiro em silêncio e depois em voz alta.

- “Filha, espero que você tenha sorte nessa missão. Tenho certeza que vai se sair bem, pois ao contrário do que disseram, você tem muitas habilidades especiais. Vou tentar ajudar sempre, mas por enquanto resolvi que a melhor ajuda seria citar alguns poderes que seriam úteis no momento.” – Leu ela para que os outros também ouvissem – “Para começar a missão, lembre-se de que você funciona como um GPS humano. Pode achar o caminho para qualquer lugar. Trace um curso. Boa sorte... Hermes.” Uau!

- Ele deixou uma mensagem para você?! Que legal! – Exclamou Nina.

- Ahm... Tem uma outra parte. “PS: O Deus dos mensageiros está do lado de vocês, por isso a comunicação do seu grupo é mais rápida e fácil que a dos outros. Esse papel recebe mensagens instantâneas a qualquer hora.”

Nina e Rodrigo olharam para Amanda, que sorriu retribuindo.

- Acho melhor olharem nas suas mochilas. – Disse ela com um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Será que eles também têm esses papéis na mochila?

Para onde eles vão?


Espero por reviews!



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