Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam
Notas iniciais do capítulo
Tam tam tam taaaam!
O que será que acontece nesse capítulo?
Espero que gostem.
Eles decidiram que partiriam no dia seguinte, logo ao amanhecer. Quíron disse que eles precisariam descansar, por isso poderiam ficar de fora dos postos e tirar o dia de folga. Essa idéia foi acolhida por eles com grande facilidade.
Estavam todos cansados, irritados, e ofendidos de algum modo. Assim que Quíron os liberou, os doze foram de volta para seus chalés descansar.
Quando era mais ou menos umas 5 da tarde, Amanda saiu correndo de seu chalé para o de Nina. Só de vê-la correr já dava para notar que ela não estava animada. Seu ritmo era lento, quase como arrastado.
Assim que chegou no chalé 1 e Nina abriu a porta, ela entrou.
- O que foi Amandinha? – Perguntou Nina.
- Nada. – Respondeu Amanda. Ela sentou-se em uma poltrona de tinha no canto do chalé perto da cama de Nina – Eu só vim... Sei lá. Conversar. Não queria ficar sozinha no meu chalé.
- Seus irmãos malandros não estão lá? – Perguntou Nina com um leve sorriso. Nem ela estava animada para rir ou coisa do tipo.
- Não. – Respondeu Amanda simplesmente. Elas ficaram em silêncio por alguns segundos. – Na verdade, eu não vim só por isso. Eu vim... Falar com você sobre a missão.
- O que tem ela? – Perguntou Nina olhando para o teto mágico.
- Eu acho que... Eu não vou te ajudar muito. – Disse ela triste – Quero dizer... Eu não queria admitir, mas acho que elas tem razão. Eu não tenho nenhuma habilidade tão boa quanto um dos três grandes, ou qualquer outro meio-sangue daqui.
- Isso não é verdade. – Disse Nina, agora olhando para ela – Você tem habilidades sim!
- Eu entrego mensagens. – Falou Amanda encolhendo os ombros, desanimada – É tudo o que eu faço.
- Você também sabe roubar, enganar, voar, e se transportar para os lugares. – Lembrou Nina tentando fazê-la sentir-se melhor – Isso é muito útil.
- Pode ser, mas... Não sei. Acho que vou atrapalhar você e o Rodrigo. – Disse ela incerta – Ele é um filho de Hades, e você uma filha de Zeus.
- E você é uma filha de Hermes. Esquece o que elas disseram! A sua opinião importa, e você tem habilidades especiais tão boas quanto a de todo mundo. – Falou Nina lembrando-se de como Mariana foi insuportável – Nós vamos conseguir. Eu... Acho.
Amanda olhou para Nina. Os papeis estavam começando a se inverter. Nina agora é que estava tensa com a situação de ter que enfrentar a possibilidade de ser uma dos 6 que não voltariam.
- Nós sempre damos um jeito. – Disse Amanda tentando parecer confiante – Nós vamos conseguir completar a missão, vamos voltar inteiros. Confie nas minhas tais habilidades especiais.
Nina olhou para ela.
- Estou ferrada. – Comentou.
- Ah valeu! – Exclamou Amanda jogando uma almofada da cama nela – Você antes estava dizendo que eu tinha poderes legais, mas agora mudou de idéia?! Vai se ferrar!
Nina começou a rir, e Amanda acabou rindo também. Embora estivessem rindo, não era a mesma coisa que antes. No fundo elas estavam preocupadas e nada poderia aliviar a tensão.
- Amandinha... Você acha que algum dia nós vamos voltar á... Sermos os doze? – Perguntou Nina, que resolveu deitar no chão e fitar o teto.
- Não sei. – Respondeu Amanda incerta – Mas... Eu acho que eles não vão ficar brigados com a gente por tanto tempo assim. Uma hora... Nós vamos nos unir de novo, eu acho.
- De qualquer jeito, eu quero um bom pedido de desculpas deles por terem me chamado de traidora. – Disse Nina – Principalmente da filha de Ares, vulgo Mariana Masson.
- Concordo. – Disse Amanda ainda ofendida com o que eles disseram.
- Mas... Mudando de assunto. – Nina levantou-se do chão e olhou para Amanda – Pense só. Os Deuses nos guiaram na última missão, certo? Então quer dizer que eles vão fazer isso de novo agora, não é mesmo? E a Flávia está no nosso time. Ou seja...
Amanda sorriu ao entender onde ela queria chegar.
- Apolo. – Disse Amanda em um suspiro sonhador – Apolo guiando a gente...
- A missão vai ser perigosa, mas... – Nina foi interrompida.
- Dane-se que vai ser perigosa. Se Apolo for guiar a gente, eu não me importo para onde vamos, nem o que vamos enfrentar. – Disse ela – Se ele estivesse guiando, eu não me importaria de ir ao Tártaro.
- Há há! Nem eu! – Riu Nina – Foi ótimo andar de carro com Apolo na última missão. Ai ai...
- Você teve muita sorte, sabe? Eu tive que andar de carro com o Ares! E ainda por cima, ele ficou reclamando que os zumbis arrebentaram o vidro dele, e a culpa era toda nossa, e blá blá blá. – Disse Amanda imitando o jeito dele. Nina riu – Eu tinha que ter sido mais rápido roubando o carro dele...
- O que?! Você tentou roubar o carro dele?! – Perguntou Nina surpresa – Amandinha, eu sei que ser filha de Hermes já provoca esse efeito nas pessoas, mas você tem que aprender a se controlar!
- Não foi por causa disso! – Amanda começou a contar a história para Nina.
Ela ouviu, as duas riram, e começaram a conversar sobre as loucuras que aconteceram na última missão. As horas foram passando, e o céu do chalé começou a ficar estrelado.
Já eram umas 7 da noite, e por incrível que pareça, todo o céu já estava estrelado. As estrelas brilhavam muito mais do que brilhavam na cidade, ou era impressão dele? Mateus não sabia.
Ele só sabia o que iria fazer. Mateus correu até o chalé de Afrodite sem que ninguém notasse. Por sorte, as irmãs e irmãos de Rita foram obrigados á ajudar os outros campistas.
Mateus jogou uma pedra contra uma cas janelas do chalé.
- Psiu! – Fez ele, com as mãos em forma de concha perto da boca.
Nada.
Mateus pegou uma pedra maior e jogou. Ela bateu contra o vidro fazendo mais barulho do que antes.
- Pssssssiu! – Fez ele mais alto, mas... Nada – Putz! Que droga...
Mateus abaixou-se e pegou uma pedra enorme no chão. Ele estendeu encima da cabeça e estava pronto para jogar, só que Rita abriu a janela.
- Ficou maluco?! – Exclamou ela – Ia jogar essa pedra na janela, garoto!
- Desculpa. – Disse ele jogando a pedra para trás sem nem mesmo se importar de onde bateu – Rita... Saí daí. Quero falar com você.
Rita não sabia se era uma boa idéia, mas por fim resolveu sair. Ela fechou a porta do chalé e foi até Mateus.
- Rita... Eu tenho que te contar uma coisa. – Falou ele olhando para os lados. Como viu que não tinha ninguém por perto, ele continuou – No chalé de Hefesto tem vários túneis subterrâneos. Eles dão para todos os lugares do Acampamento e muito mais. Sh! Não conte isso para ninguém. Devia ser um segredo só para os filhos de Hefesto.
- Mas... Então por que você está me contando? – Perguntou ela.
- Por que... Eu não tenho nada contra você. Nada mesmo. – Disse ele – Eu não quero ficar brigado com você, só porque você está em outro grupo. Eu tenho... Um plano. Nós podemos partir para essa missão, sozinhos. Nós podemos ir antes deles, e tentar achar os meio-sangues perdidos.
- Mateus... Mas... – Rita não estava acreditando no que ele estava falando – Você tem certeza disso?
- Se você quiser ir, eu tenho sim. – Disse ele – Mas se não... Tudo bem. Nós podemos ir em missões separadas. Mas... Um de nós não vai voltar.
- Ah, para. Não é assim. As profecias não têm sentidos literais. – Disse Rita revirando os olhos sem querer acreditar.
- Tá bom. Não vou discutir isso. – Falou ele rapidamente, antes que eles dois brigassem também – Eu... Pensei em outra coisa também.
- O que mais? – Perguntou ela.
- Eu podia ser um traidor. – Disse ele.
- O que?! – Perguntou Rita quase sem voz ao ouvir aquilo – Você não está pensando em...?!
- Se eu for um dos traidores, só sobram dois para serem também. Ou seja... Menos chance de que algo de ruim aconteça á você. – Falou Mateus em um tom protetor.
Rita ficou boba ao ouvir aquilo. Ele queria se arriscar para mantê-la bem? Ela não tinha nada contra Mateus, e nem pretendia brigar com ele. Na verdade... Ela queria muito ir embora com ele á procura dos meio-sangues sumidos, mas... Acabou pensando em algo.
- Se nós dois formos embora juntos antes dos outros... Isso seria um tipo de traição. – Falou ela – A profecia não diz á quem vamos trair. Só que... Vamos trair. É melhor não. Se fizéssemos isso, seria o nosso fim.
- É mesmo. Bem pensado. – Assentiu ele entendendo – Mas então ainda sobra o meu outro plano.
Rita segurou as mãos dele novamente, e lhe deu um beijo na bochecha. Foi tão rápido que Mateus não teve nem tempo de piscar direito. Mas esse simples beijo fez o seu coração bater muito mais rápido.
- Não faça nenhuma besteira, certo? – Pediu Rita um pouco triste – Só... Tente permanecer vivo até isso acabar.
A filha de Afrodite virou-se e voltou ao chalé, deixando Mateus em pé com um sorriso bobo e desligado no rosto. Rita não tinha feito nada demais, mas aquilo foi suficiente para ele ficar determinado.
Iria terminar a missão, e iria sair vivo para poder ficar ao lado da Rita.
Ele teve uma enorme vontade de sair por aí correndo e atirando para cima, ou cantar “Singing in the rain” mesmo que não estivesse chovendo. Decidiu que o melhor a fazer era voltar ao chalé fingindo ser normal e se preparar para a missão de amanhã.
- Repete isso na minha cara, se você tem coragem! – Berrou Ares furioso. O Deus da guerra levantou-se ruidosamente de seu trono e encarou Apolo cheiro de ódio.
- Você me ouviu muito bem! – Berrou Apolo em resposta, também se levantando violentamente – Ou além de burro é surdo?!
Ares avançou, mas antes que pudesse chegar até Apolo, Poseidon puxou-o novamente para seu trono.
- Não faça nenhuma besteira. – Advertiu ele para o Deus da guerra.
- Não faça nenhuma besteira! – Imitou Hermes – Não acha que é um pouco tarde demais para falar isso?!
O Deus dos mensageiros apontou para os outros Deuses, que berravam e discutiam uns com os outros. A sala dos tronos do Olimpo estava um caos completo. Hera revirava os olhos.
- A culpa toda é daqueles meio-sangues. – Comentou ela.
- Para você a culpa é sempre deles. – Disse Zeus revirando os olhos, cansado.
- Para mim já chega. Eu não criei nenhuma falha nessa família. – Disse ela lançando a indireta para Zeus e para os outros Deuses, que ao verem-na se levantar ficaram quietos – Logo não vejo porque tenho que ficar aqui discutindo com vocês. Vou embora.
Hera saiu da sala, e todos os Deuses voltaram a brigar.
- A culpa disso tudo não é dela! É da filha de Zeus e da cabeça de vento! – Acusou Ares defendendo Mariana – E, é claro, daquele monstrinho infantil que você chama de Flávia!
- Como é que é?! – Berrou Apolo furioso – Seu...! Seu...! Idiota!
- Apolo, cala essa boca! Entra em uma discussão quando souber como falar. – Disse Ártemis revirando os olhos sem acreditar no jeito que o seu irmão era retardado.
- A culpa não é da minha filha. – Disse Apolo.
- E muito menos da minha! – Protestou Hermes – Quem mandou os filhos de Ares serem tão arrogantes?
- Aaah!? Todo mundo sabe que a sua opinião realmente não conta! – Rebateu Ares – Você não tem nenhuma cartinha ou pacote para entregar, não?
- Tenho! Tenho um pacote, e vou dizer exatamente onde você pode por ele! – Berrou Hermes querendo bater em Ares, mas Hefesto o impediu.
- Não adianta. Não vale a pena bater nesse retardado. – Comentou Hefesto.
- Eu acho que isso tudo é perda de tempo. – Disse Atena impaciente – Vocês sabem muito bem que isso já estava previsto á acontecer. Deixem que eles tomem conta das próprias batalhas.
- Eu discordo. Nós não deveríamos deixá-los brigar de jeito nenhum. – Disse Deméter – Juntos são os doze. Separados não são nada.
- O seu filho não é nada. – Comentou Ares revirando os olhos – Na verdade, eu acho que está mais do que na cara que grupo vai escapar vivo.
- Tem razão. – Comentou Atena pensativa – O grupo da minha filha tem mais chances de vencer.
- O que?! Por quê?! Você nem mesmo sabe quem podem ser os traidores! – Protestou Apolo – Podem ser qualquer um deles.
- Entenda. – Disse Ártemis – O outro grupo tem todos os melhores reunidos. Um filho de Ares, uma das minhas caçadoras, uma filha de Atena, uma filha de Poseidon, uma filha de Afrodite e um filho de... Dionísio.
Ártemis não pareceu muito certa ao dizer o último.
- Viu?! Desde quando um filho de Dionísio pode ser mais útil que um dos meus filhos?! – Exclamou Apolo incrédulo.
- Ei! Não fale mal do Vargas! – Exclamou Dionísio.
- É Vinícius! – Berrou todo o Olimpo junto.
- É... Esse mesmo. – Concordou Dionísio sem ligar.
- A minha filha também é muito mais útil. – Comentou Hermes – Na verdade, qualquer um é! Até mesmo o rabugento.
- Rodrigo tem muito mais poder. – Concordou Hades, que estava sentado quieto analisando a situação – Mas eu duvido que vocês queiram admitir que um filho meu pode ser um herói, não é mesmo Atena?
- Os seus filhos vão morrer. Encarem os fatos. – Riu Ares – Eu mesmo vou cuidar para que a Mariana e todos do grupo saiam vitoriosos.
- Jura?! Por que eu vou fazer com que o grupo da Amanda saía vitorioso. – Afirmou Hermes.
- E eu também. – Disse Zeus – Duvido muito que os traidores estejam no mesmo grupo que a minha filha. Eles terão todo o meu apoio.
- Ótimo. – Disse Atena tentando encerrar a discussão – Então faremos assim. Nós ajudaremos os nossos filhos, e veremos quem será o grupo vitorioso.
- Combinado. – Assentiu Zeus – Assunto encerrado.
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Ok... Vamos aos poucos...
Mateus + Rita.
Não é lindo? Quero a opinião de vocês!
E quanto aos Deuses? Qual será a "ajuda" deles?
Espero pelos reviews!