Friends By Fate 2 - Enemies By Fate escrita por Mandy-Jam


Capítulo 14
Discórdia Olimpiana


Notas iniciais do capítulo

Tam tam tam taaaam!

O que será que acontece nesse capítulo?

Espero que gostem.



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Eles decidiram que partiriam no dia seguinte, logo ao amanhecer. Quíron disse que eles precisariam descansar, por isso poderiam ficar de fora dos postos e tirar o dia de folga. Essa idéia foi acolhida por eles com grande facilidade.

Estavam todos cansados, irritados, e ofendidos de algum modo. Assim que Quíron os liberou, os doze foram de volta para seus chalés descansar.

Quando era mais ou menos umas 5 da tarde, Amanda saiu correndo de seu chalé para o de Nina. Só de vê-la correr já dava para notar que ela não estava animada. Seu ritmo era lento, quase como arrastado.

Assim que chegou no chalé 1 e Nina abriu a porta, ela entrou.

- O que foi Amandinha? – Perguntou Nina.

- Nada. – Respondeu Amanda. Ela sentou-se em uma poltrona de tinha no canto do chalé perto da cama de Nina – Eu só vim... Sei lá. Conversar. Não queria ficar sozinha no meu chalé.

- Seus irmãos malandros não estão lá? – Perguntou Nina com um leve sorriso. Nem ela estava animada para rir ou coisa do tipo.

- Não. – Respondeu Amanda simplesmente. Elas ficaram em silêncio por alguns segundos. – Na verdade, eu não vim só por isso. Eu vim... Falar com você sobre a missão.

- O que tem ela? – Perguntou Nina olhando para o teto mágico.

- Eu acho que... Eu não vou te ajudar muito. – Disse ela triste – Quero dizer... Eu não queria admitir, mas acho que elas tem razão. Eu não tenho nenhuma habilidade tão boa quanto um dos três grandes, ou qualquer outro meio-sangue daqui.

- Isso não é verdade. – Disse Nina, agora olhando para ela – Você tem habilidades sim!

- Eu entrego mensagens. – Falou Amanda encolhendo os ombros, desanimada – É tudo o que eu faço.

- Você também sabe roubar, enganar, voar, e se transportar para os lugares. – Lembrou Nina tentando fazê-la sentir-se melhor – Isso é muito útil.

- Pode ser, mas... Não sei. Acho que vou atrapalhar você e o Rodrigo. – Disse ela incerta – Ele é um filho de Hades, e você uma filha de Zeus.

- E você é uma filha de Hermes. Esquece o que elas disseram! A sua opinião importa, e você tem habilidades especiais tão boas quanto a de todo mundo. – Falou Nina lembrando-se de como Mariana foi insuportável – Nós vamos conseguir. Eu... Acho.

Amanda olhou para Nina. Os papeis estavam começando a se inverter. Nina agora é que estava tensa com a situação de ter que enfrentar a possibilidade de ser uma dos 6 que não voltariam.  

- Nós sempre damos um jeito. – Disse Amanda tentando parecer confiante – Nós vamos conseguir completar a missão, vamos voltar inteiros. Confie nas minhas tais habilidades especiais.

Nina olhou para ela.

- Estou ferrada. – Comentou.

- Ah valeu! – Exclamou Amanda jogando uma almofada da cama nela – Você antes estava dizendo que eu tinha poderes legais, mas agora mudou de idéia?! Vai se ferrar!

Nina começou a rir, e Amanda acabou rindo também. Embora estivessem rindo, não era a mesma coisa que antes. No fundo elas estavam preocupadas e nada poderia aliviar a tensão.

- Amandinha... Você acha que algum dia nós vamos voltar á... Sermos os doze? – Perguntou Nina, que resolveu deitar no chão e fitar o teto.

- Não sei. – Respondeu Amanda incerta – Mas... Eu acho que eles não vão ficar brigados com a gente por tanto tempo assim. Uma hora... Nós vamos nos unir de novo, eu acho.

- De qualquer jeito, eu quero um bom pedido de desculpas deles por terem me chamado de traidora. – Disse Nina – Principalmente da filha de Ares, vulgo Mariana Masson.

- Concordo. – Disse Amanda ainda ofendida com o que eles disseram.

- Mas... Mudando de assunto. – Nina levantou-se do chão e olhou para Amanda – Pense só. Os Deuses nos guiaram na última missão, certo? Então quer dizer que eles vão fazer isso de novo agora, não é mesmo? E a Flávia está no nosso time. Ou seja...

Amanda sorriu ao entender onde ela queria chegar.

- Apolo. – Disse Amanda em um suspiro sonhador – Apolo guiando a gente...

- A missão vai ser perigosa, mas... – Nina foi interrompida.

- Dane-se que vai ser perigosa. Se Apolo for guiar a gente, eu não me importo para onde vamos, nem o que vamos enfrentar. – Disse ela – Se ele estivesse guiando, eu não me importaria de ir ao Tártaro.

- Há há! Nem eu! – Riu Nina – Foi ótimo andar de carro com Apolo na última missão. Ai ai...

- Você teve muita sorte, sabe? Eu tive que andar de carro com o Ares! E ainda por cima, ele ficou reclamando que os zumbis arrebentaram o vidro dele, e a culpa era toda nossa, e blá blá blá. – Disse Amanda imitando o jeito dele. Nina riu – Eu tinha que ter sido mais rápido roubando o carro dele...

- O que?! Você tentou roubar o carro dele?! – Perguntou Nina surpresa – Amandinha, eu sei que ser filha de Hermes já provoca esse efeito nas pessoas, mas você tem que aprender a se controlar!

- Não foi por causa disso! – Amanda começou a contar a história para Nina.

Ela ouviu, as duas riram, e começaram a conversar sobre as loucuras que aconteceram na última missão. As horas foram passando, e o céu do chalé começou a ficar estrelado.

Já eram umas 7 da noite, e por incrível que pareça, todo o céu já estava estrelado. As estrelas brilhavam muito mais do que brilhavam na cidade, ou era impressão dele? Mateus não sabia.

Ele só sabia o que iria fazer. Mateus correu até o chalé de Afrodite sem que ninguém notasse. Por sorte, as irmãs e irmãos de Rita foram obrigados á ajudar os outros campistas.

Mateus jogou uma pedra contra uma cas janelas do chalé.

- Psiu! – Fez ele, com as mãos em forma de concha perto da boca.

Nada.

Mateus pegou uma pedra maior e jogou. Ela bateu contra o vidro fazendo mais barulho do que antes.

- Pssssssiu! – Fez ele mais alto, mas... Nada – Putz! Que droga...

Mateus abaixou-se e pegou uma pedra enorme no chão. Ele estendeu encima da cabeça e estava pronto para jogar, só que Rita abriu a janela.

- Ficou maluco?! – Exclamou ela – Ia jogar essa pedra na janela, garoto!

- Desculpa. – Disse ele jogando a pedra para trás sem nem mesmo se importar de onde bateu – Rita... Saí daí. Quero falar com você.

Rita não sabia se era uma boa idéia, mas por fim resolveu sair. Ela fechou a porta do chalé e foi até Mateus.

- Rita... Eu tenho que te contar uma coisa. – Falou ele olhando para os lados. Como viu que não tinha ninguém por perto, ele continuou – No chalé de Hefesto tem vários túneis subterrâneos. Eles dão para todos os lugares do Acampamento e muito mais. Sh! Não conte isso para ninguém. Devia ser um segredo só para os filhos de Hefesto.

- Mas... Então por que você está me contando? – Perguntou ela.

- Por que... Eu não tenho nada contra você. Nada mesmo. – Disse ele – Eu não quero ficar brigado com você, só porque você está em outro grupo. Eu tenho... Um plano. Nós podemos partir para essa missão, sozinhos. Nós podemos ir antes deles, e tentar achar os meio-sangues perdidos.

- Mateus... Mas... – Rita não estava acreditando no que ele estava falando – Você tem certeza disso?

- Se você quiser ir, eu tenho sim. – Disse ele – Mas se não... Tudo bem. Nós podemos ir em missões separadas. Mas... Um de nós não vai voltar.

- Ah, para. Não é assim. As profecias não têm sentidos literais. – Disse Rita revirando os olhos sem querer acreditar.

- Tá bom. Não vou discutir isso. – Falou ele rapidamente, antes que eles dois brigassem também – Eu... Pensei em outra coisa também.

- O que mais? – Perguntou ela.

- Eu podia ser um traidor. – Disse ele.

- O que?! – Perguntou Rita quase sem voz ao ouvir aquilo – Você não está pensando em...?!

- Se eu for um dos traidores, só sobram dois para serem também. Ou seja... Menos chance de que algo de ruim aconteça á você. – Falou Mateus em um tom protetor.

Rita ficou boba ao ouvir aquilo. Ele queria se arriscar para mantê-la bem? Ela não tinha nada contra Mateus, e nem pretendia brigar com ele. Na verdade... Ela queria muito ir embora com ele á procura dos meio-sangues sumidos, mas... Acabou pensando em algo.

- Se nós dois formos embora juntos antes dos outros... Isso seria um tipo de traição. – Falou ela – A profecia não diz á quem vamos trair. Só que... Vamos trair. É melhor não. Se fizéssemos isso, seria o nosso fim.

- É mesmo. Bem pensado. – Assentiu ele entendendo – Mas então ainda sobra o meu outro plano.

Rita segurou as mãos dele novamente, e lhe deu um beijo na bochecha. Foi tão rápido que Mateus não teve nem tempo de piscar direito. Mas esse simples beijo fez o seu coração bater muito mais rápido.

- Não faça nenhuma besteira, certo? – Pediu Rita um pouco triste – Só... Tente permanecer vivo até isso acabar.

A filha de Afrodite virou-se e voltou ao chalé, deixando Mateus em pé com um sorriso bobo e desligado no rosto. Rita não tinha feito nada demais, mas aquilo foi suficiente para ele ficar determinado.

Iria terminar a missão, e iria sair vivo para poder ficar ao lado da Rita.

Ele teve uma enorme vontade de sair por aí correndo e atirando para cima, ou cantar “Singing in the rain” mesmo que não estivesse chovendo. Decidiu que o melhor a fazer era voltar ao chalé fingindo ser normal e se preparar para a missão de amanhã.

- Repete isso na minha cara, se você tem coragem! – Berrou Ares furioso. O Deus da guerra levantou-se ruidosamente de seu trono e encarou Apolo cheiro de ódio.

- Você me ouviu muito bem! – Berrou Apolo em resposta, também se levantando violentamente – Ou além de burro é surdo?!

Ares avançou, mas antes que pudesse chegar até Apolo, Poseidon puxou-o novamente para seu trono.

- Não faça nenhuma besteira. – Advertiu ele para o Deus da guerra.

- Não faça nenhuma besteira! – Imitou Hermes – Não acha que é um pouco tarde demais para falar isso?!

O Deus dos mensageiros apontou para os outros Deuses, que berravam e discutiam uns com os outros. A sala dos tronos do Olimpo estava um caos completo. Hera revirava os olhos.

- A culpa toda é daqueles meio-sangues. – Comentou ela.

- Para você a culpa é sempre deles. – Disse Zeus revirando os olhos, cansado.

- Para mim já chega. Eu não criei nenhuma falha nessa família. – Disse ela lançando a indireta para Zeus e para os outros Deuses, que ao verem-na se levantar ficaram quietos – Logo não vejo porque tenho que ficar aqui discutindo com vocês. Vou embora.

Hera saiu da sala, e todos os Deuses voltaram a brigar.

- A culpa disso tudo não é dela! É da filha de Zeus e da cabeça de vento! – Acusou Ares defendendo Mariana – E, é claro, daquele monstrinho infantil que você chama de Flávia!

- Como é que é?! – Berrou Apolo furioso – Seu...! Seu...! Idiota!

- Apolo, cala essa boca! Entra em uma discussão quando souber como falar. – Disse Ártemis revirando os olhos sem acreditar no jeito que o seu irmão era retardado.

- A culpa não é da minha filha. – Disse Apolo.

- E muito menos da minha! – Protestou Hermes – Quem mandou os filhos de Ares serem tão arrogantes?

- Aaah!? Todo mundo sabe que a sua opinião realmente não conta! – Rebateu Ares – Você não tem nenhuma cartinha ou pacote para entregar, não?

- Tenho! Tenho um pacote, e vou dizer exatamente onde você pode por ele! – Berrou Hermes querendo bater em Ares, mas Hefesto o impediu.

- Não adianta. Não vale a pena bater nesse retardado. – Comentou Hefesto.

- Eu acho que isso tudo é perda de tempo. – Disse Atena impaciente – Vocês sabem muito bem que isso já estava previsto á acontecer. Deixem que eles tomem conta das próprias batalhas.

- Eu discordo. Nós não deveríamos deixá-los brigar de jeito nenhum. – Disse Deméter – Juntos são os doze. Separados não são nada.

- O seu filho não é nada. – Comentou Ares revirando os olhos – Na verdade, eu acho que está mais do que na cara que grupo vai escapar vivo.

- Tem razão. – Comentou Atena pensativa – O grupo da minha filha tem mais chances de vencer.

- O que?! Por quê?! Você nem mesmo sabe quem podem ser os traidores! – Protestou Apolo – Podem ser qualquer um deles.

- Entenda. – Disse Ártemis – O outro grupo tem todos os melhores reunidos. Um filho de Ares, uma das minhas caçadoras, uma filha de Atena, uma filha de Poseidon, uma filha de Afrodite e um filho de... Dionísio.

Ártemis não pareceu muito certa ao dizer o último.

- Viu?! Desde quando um filho de Dionísio pode ser mais útil que um dos meus filhos?! – Exclamou Apolo incrédulo.

- Ei! Não fale mal do Vargas! – Exclamou Dionísio.

- É Vinícius! – Berrou todo o Olimpo junto.

- É... Esse mesmo. – Concordou Dionísio sem ligar.

- A minha filha também é muito mais útil. – Comentou Hermes – Na verdade, qualquer um é! Até mesmo o rabugento.

- Rodrigo tem muito mais poder. – Concordou Hades, que estava sentado quieto analisando a situação – Mas eu duvido que vocês queiram admitir que um filho meu pode ser um herói, não é mesmo Atena?

- Os seus filhos vão morrer. Encarem os fatos. – Riu Ares – Eu mesmo vou cuidar para que a Mariana e todos do grupo saiam vitoriosos.

- Jura?! Por que eu vou fazer com que o grupo da Amanda saía vitorioso. – Afirmou Hermes.

- E eu também. – Disse Zeus – Duvido muito que os traidores estejam no mesmo grupo que a minha filha. Eles terão todo o meu apoio.

- Ótimo. – Disse Atena tentando encerrar a discussão – Então faremos assim. Nós ajudaremos os nossos filhos, e veremos quem será o grupo vitorioso.

- Combinado. – Assentiu Zeus – Assunto encerrado. 


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Notas finais do capítulo

Ok... Vamos aos poucos...

Mateus + Rita.
Não é lindo? Quero a opinião de vocês!

E quanto aos Deuses? Qual será a "ajuda" deles?

Espero pelos reviews!