Acordei no outro dia com minha mãe abrindo a janela, um faixo de luz foi nos meus olhos, o que me fez acordar de mau humor.

- Bom dia - disse minha mãe sorrindo.

- Adoro seu sarcasmo logo de manhã - eu disse bufando e levantando da cama.

- Adoro seu bom humor, filha - ela sorriu de novo, sarcastica.

Fui fazer minha higiene diária, tomei um banho, escovei meus dentes e coloquei uma roupa normal. Andei até a sala e encontrei minha mãe arrumando seu vestido preto, com a escova de dente na boca. 

- Está atrasada? - eu falei parando na frente dela.

- Sim, sim, e muito! - ela disse tirando a escova da boca - Quero um favor, eu vou voltar muito tarde hoje, então, não quero que você se meta em encrenca, muito menos saia do hotel, viu? - ela disse gritando lá do banheiro.

- Sim, mãe. Não confia em mim? - eu gargalhei.

Ela me fitou séria, depois deu uma gargalhada bem alta. Minha mãe me conhecia muito bem.

- Bom filha, seja diferente hoje, por mim. Se comporta! Prometa pra mim - ela disse abrindo a porta, se dirigindo ao elevador.

- Prometo, mãe - eu bufei.

- Ok, te vejo de noite. JUÍZO! - nem respondi, pois ela já tinha entrado no elevador.

Entrei no quarto do hotel e fiquei pensando no que fazer, qual é? Eu estava em NY, presa em um quarto de hotel, mas eu tinha dinheiro, e estava sem minha mãe. Por que não fazer algo de errado? Fui procurar minha bolsa, coloquei meu celular, meu dinheiro e coloquei meu tênis. Peguei uma garrafa de skarloff e chamei o elevador e olha só, o Justin estava lá dentro.

- Olá - ele disse sorrindo.

- Oi - eu disse tentando parecer simpática

- Para de beber - ele disse olhando pra mim dos pés a cabeça.

-  Olha só, tu tá achando que é quem pra falar da minha vida? Te toca - eu já falei que sou estressada de manhã? Pois é, ele piorou ainda mais a situação da menininha aqui.

- Desculpa, estressadinha - o sorriso que estava em seu rosto, desapareceu.

- Estressadinha é o...- eu ia falar quando ele tapou minha boca.

- Se vai continuar sendo grossa, é melhor ficar calada.

- WOW, to vendo que eu não sou a unica estressada né? - eu falei zoando dele.

- É, só pra você ver como o estresse afeta os outros - ele estava sério.

O elevador abriu e eu finalmente daquele lugar, meio que, sufocante. Chamei um táxi e fui direto pro shopping, assisti um filme e voltei pro hotel, tinha nada pra fazer, eu estava sozinha, e fazer as coisas sozinha não é legal. Como eu sou otária, se eu tivesse sido legal com o Justin, ele viria comigo. Ah, mas foi melhor, né? Ele é um idiota, e ficaria se achando por causa das fãs dele, e ainda mais que elas viriam correndo atrás. Não iria aguentar.Cheguei no hotel e encontrei um homem alto, bem estiloso no saguão. Resolvi ir lá, só pra ver quem era esse deus.

- Ei moço, você pode levar mais toalhas pro meu quarto? - falei para o moço que trabalha na recepção, era unica desculpa que eu arranjei.

- Com certeza, só deixa eu dar um telefonema aqui. - o moço do saguão sorriu, carismático.

- Ok. Ah, oi pra você. Qual seu nome? - Eu me dirigi ao homem que estava ao meu lado, aquele deus.

- Ryan, Ryan Good - ele sorriu e apertou seus olhos - E o seu?

- Taylor Jones, prazer. Bom, o que você faz aqui no hotel? - eu falei passando minha mão em cima do saguão, tentando, de alguma forma, seduzi-lo.

- Bom, eu estou aqui com o Justin, eu sou o.... - eu o interrompi.

- Justin? Af, tinha que ser - eu rolei os olhos.

- Você não gosta dele? - ele me olhou estranho.

- Não, nem um pouco, nem um tiquinho - Eu bufei.

- Ok - ele sorriu.

- Ryan, vem comigo no salão de jogos? - eu disse desafiadora, queria aquele cara agora, ainda mais que ele conhecia o Justin. Por que eu pensei nisso? Eu odeio o Justin, e esse cara, bom, eu só quero ficar com ele, tem nada a ver com o Justin, qual é?

- Bom, já estou indo, só deixa eu assinar esses papéis - Ele pegou a caneta apressado, e assinou - Agora vamos? - senti que ele queria, ótimo, seria bem fácil ter esse ai pra mim.

Nos dirigimos até o salão de jogos, e ficamos lá sentados, conversando sobre várias coisas. Quando ele tentou me beijar, o Justin entrou no salão. Fiquei aborrecida e beijei Ryan bem na hora. Justin tinha que se mancar. Ryan pegou na minha cintura e me beijou com vontade, parecia que nossas línguas estavam travando uma guerra, aquilo era realmente bom. Puxei seu cabelo pra trás o que fez ele gemer baixinho. Uau, eu estava ou não com aquele homem nas mãos? Sorri e parei o beijo. Justin continuava lá parado, o que ele estava esperando pra sair de lá?

- Ah, oi Justin - disse Ryan sorrindo.

- Oi Ryan e oi Taylor - ele disse com os olhos cemi-cerrados.

- Vocês se conhecem? - o Ryan disse sorridente

- Sim, infelizmente - eu cuspi as palavras.

- É, mas Ryan, ela te disse a idade dela? - Justin disse olhando para mim desafiador.

- Não, você tem quantos anos, Taylor? - Ryan disse sorrindo mais ainda.

''Jogo sujo'' pensei olhando para Justin.

- 16 anos, a idade incomoda pra você? - eu olhei aflita.

- Ah, caraca! Importa sim, você é muito novinha - ele disse com as mãos na cabeça - Preciso me recompor, uau. Vou subir, uau. - ele parecia abismado.

- Você sabia né, Justin? O que você quer de mim? Ein? - eu o enfrentei.

- Sabia sim, mas calma, que eu não quero nada de você. Não sei porque esse ódio todo. - ele disse sorrindo.

- Eu te odeio - eu tentei sair do salão, mas ele me impediu - Olha só, vamos fazer um jogo? Você me deixa sair daqui do salão que eu nunca mais olho na sua cara.

- E quem disse que eu quero isso? - ele apertou minha cintura, oh Justin, você não fez isso.

- Larga minha cintura, seu animal - eu o empurrei.

Ele me olhou seguro, seus olhos castanhos me davam tanta tranquilidade, mas WOW, WOW, eu não posso começar com isso, não agora. Ele se aproximou de mim, e me beijou, nos beijamos selvagem mesmo, era contra minha vontade, então, fiz ele se arrepender. Mordi seu lábio e puxei, fazendo seu lábio sangrar. Acha que ele odiou? Ele amou. Droga, falhei pela primeira vez.

- O que a gente tá fazendo? Que confusão, droga, droga. - eu peguei e sai correndo do salão de jogos. Aquele garoto me paga.