Hoje irei pra NY, minha mãe vai a trabalho e infelizmente, irá me levar junto, pois tem medo de me deixar sozinha. Também teria medo de me deixar sozinha, da ultima vez, eu bebi todas as garrafas de vinho, wisky, skarloff, cerveja que existiam no bar da minha mãe. Quando minha mãe chegou em casa, me viu desmaiada no chão. Não fui uma experiência muito boa, mas era melhor do que ter cortado meus pulsos, pois era isso que eu iria fazer. Ok, agora eu tenho outra história para esclarecer. Ano passado, meu melhor amigo virou meu namorado e teve que se mudar para Miami. Não consegui ficar um segundo sem ele, queria muito me matar, acabar com minha dor, mas com os discursos da minha mãe, apenas bebi, me droguei e essas coisas. Bom, eu sou uma jovem normal, não é? A maioria dos jovens se droga e essas coisas. Ok, ok, eu não sou tão normal assim, mas e dai? Minha vida não presta mesmo, só não acabo com ela para não deixar minha mãe triste, pois desde o dia que meu pai morreu, minha mãe busca forças em mim. Sei que você está se coçando pra perguntar: 'Você é virgem?' Podem ficar chocados, eu sou sim. Pelo menos eu acho, das ultimas vezes que eu fiquei bebada, fiquei sem consciência durante horas, por isso não sei se sou ou não. Mas no meu conceito, eu ainda sou. Eu sei que é errado, que é horrível me envolver nas drogas, mas eu não consigo, se tornou um vício horrível em mim.

Voltando para minha viagem, é hoje que eu viajo, e minha mala está completamente bagunçada e desarrumada. Arrumei minha mala, tomei um banho quente e demorado e desci, fui até a cozinha e bebi um copo de leite e fiquei esperando minha mãe descer e irmos até o aeroporto. A viagem foi rápida e ao chegar, minha mãe foi logo trabalhar, me deixando sozinha no hotel. Tomei um banho rápido e desci pra ver se tinha algo de bom para fazer. Chegando ao saguão encontro um tumulto de garotas e seguranças. Um homem alto e moreno conversou com as meninas que estavam dentro do hotel e elas sairam do hotel. Ok, tem algum famoso nesse hotel. Andei até o salão de jogos e um menino me chamou a atenção. Ele tinha mais ou menos minha idade, 16 anos, era bem baixinho, ele estava de boné e óculos escuros. Ele não percebeu que eu estava lá. Peguei e sentei em um dos sofás que tinha lá e tirei do meu casaco uma skarloff. 

- Ei garoto, senta aqui. - abri a skarloff e ofereci a ele.

- Está falando comigo? - ele não se virou pra mim, não consegui ver seu rosto

.- Tem mais alguém nesta droga de salão? - eu falei bebendo um gole da minha bebida.

- Desculpe. - ele tirou o boné que usava e seus óculos escuros. Wow, ele era o Justin Bieber.

- Ok, pode sentar aqui né? Quer um gole? - eu ofereci minha bebida.

- Me desculpe, eu não bebo. - ele sorriu.

- Tudo bem. - eu dei outro gole na minha bebida - Qual seu nome? - eu sabia que era o Justin Bieber, mas só queria ter certeza, não queria pagar um mico.

- Você não me conhece? - ele falou surpreso.

- Você é o Bieber, não é? - eu falei olhando em seus olhos.

- Sou sim. Qual seu nome? Tens quantos anos? - ele falou ainda olhando em meus olhos.

- Taylor Jones, 16 anos. E você?

- 16 também.

Um silêncio dominou. Dei um gole na minha bebida ainda com meus olhos fixos aos dele.O vi dar um sorriso de canto. 

- O que foi? - falei sorrindo.

- Seu olhos são lindos e seu sorriso, ele, ele é perfeito.

- Faz tempo que alguém não fala algo como isso pra mim, mas olha só, não começa com essas coisas. 

- De nada - ele se virou sorrindo para a janela - Você mora aqui?

- Não, estou aqui por causa da minha mãe. Moro no Brasil.

- Ah, adoro o Brasil, tenho muitas fãs lá. - ele sorriu safadamente. Bom, ele deve saber da fama das brasileiras.

- Você vai ficar aqui até quando? - nós falamos juntos.

- Desculpa, responde você primeiro - ele falou sorrindo.

- Até semana que vem. E você?

- Também - ele falou enquanto eu deixava a garrafa em cima da mesa e me aproximei mais dele

- Posso te falar uma coisa? - ele falou sério.

- Claro - falei com uma sobrancelha arqueada.

- Você é tão bonita e legal, mas o que te estraga é você beber. Desculpa falar isso, mas eu precisava falar.

- Sabes nada da minha vida para poder falar isso, sofri bastante esses tempos. - eu mordi os lábios de raiva.

- Mas você podia descontar sua tristeza e raiva em outras coisas, não nas bebidas. 

- Olha, meu outro jeito era tentar me matar, e ae, qual você acha que é a melhor?

- Nenhuma das duas.

- Pois é, é impossível discutir com você. Só estou viva até hoje pois perdi meu pai e minha mãe busca forças em mim. 

-Desculpa. - ele me olhou cabisbaixo.

- Tudo bem - dei um sorriso bem sincero.

- Posso te abraçar? - ele falou abrindo os braços - Você precisaria disso naquelas horas, mas como eu não te conhecia, não pude te abraçar. Posso abraçar agora?

- Acho que pode - achei estranho aquele ato, bom, a maioria das pessoas só falavam 'meu pêsames' e continuavam a fazer suas coisas. Ele não, ele foi diferente, ele foi... gentil. Ele parecia se importar.

Nós nos abraçamos e meu coração deu um pulo, minhas mãos começaram a suar e eu me separei dele. O perfume dele era um veneno para meus pulmões, era um cheiro gostoso e viciante. 

- Jus, posso te chamar assim? - eu falei sorrindo

- Pode - ele falou sorrindo todo bobo.-

Jus, eu tenho que subir, minha mãe vai chegar daqui a pouco.

- Ok, sem problemas. Nós encontramos por ai.

- Até.

Me retirei do salão e subi até meu quarto. Meus pensamentos se voltaram a ele. Balancei a cabeça para espantar aqueles pensamentos sobre Justin e acabei pegando no sono.