A Deusa Perdida. escrita por Kei


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi, aí está outro capítulo.



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-Eu sei que tem muito mais que isso, mas você não quer contar, mas se você não me contar eu vou acabar descobrindo sozinha.

                   Ela saiu batendo os pés, eu desfiz minha mala, guardei minhas roupas numa cômoda. Minha mãe bateu na porta.

                   -Juliet, posso entrar?

                   -Pode.

                   -Filha, essa é sua casa agora, agora que descobriu que é uma meio-sangue não pode mais viver na nossa casa.

                   -Mas e você? Você é uma meio-sangue e vai continuar na nossa casa!

                   -Mas eu tenho uma proteção- ela pegou um colar com um medalhão, havia um símbolo de um caduceu, o símbolo de Hermes- Meu pai me deu quando você nasceu, você vem de uma família de meio-sangues. Você é filha de Zeus, eu sou filha de Hermes, sua avó era filha de Poseidon, sua bisavó era filha de Atena, e assim vai...

                   -Então minha tataravó é Atena, meu bisavô é Poseidon, meu avô é Hermes e meu pai é Zeus?

                   -É.

                   -Que confusão.

                   -Você parece chateada.

                   -Ah, é que pelo que sei os três deuses principais, são rivais. Isso quer dizer que eu serei rival dos outros meio-sangues filhos de Hades ou Poseidon?

                   -Não, você esqueceu que seu bisavô é Poseidon?

                   -É verdade, mas e os filhos de Hades?

                   -Ah, filha, isso eu não sei.

                   O sinal tocou, minha mãe saiu do chalé, porque as harpias iriam começar a circular.

                   -Boa noite Juliet.

                   Eu me deitei na cama, “Estou sem sono, não vou conseguir dormir”.

                   Mal fechei os olhos e comecei a sonhar.

                   Meu sonho começou assim.                 

                   Eu vi um belo salão, todo decorado. De um lado havia um moço, de cabelos loiros e um sorriso perfeito, que se fosse mais branco me segaria, de outro lado havia um belo garoto, cabelos negros e sedosos. Eles falavam para ir com eles, mas eu tinha que escolher um ou outro. Eu não sabia quem escolher então corri.

                   Eu acordei num sobressalto. Nada de salão, nada de garotos.

                   Era cedo, tirei meu pijama e coloquei a camiseta do acampamento, e uma calça jeans. Eu coloquei meu all star vermelho. Era cedo, ninguém havia acordado, ainda era de madrugada.

                   Eu andei até a área de aula de arco e flecha. Peguei meu anel e o tirei. Imaginei um arco, e vóila,  um arco apareceu na minha mão. Percebi que não tinha flechas. Fui até o arsenal e peguei algumas flechas.

                   Peguei uma flecha e me preparei. Mirei no centro, preparei e atirei.  Eu devia ter errado, deia ter caído na grama, mas, não, eu acertei bem no centro. “Vou lembrar de agradecer aos irmãos arqueiros,  Artemis e Apolo” pensei.

                   Eu fui até o meu chalé. É uma injustiça que minha mãe possa ter uma vida normal e eu não! Por que eu não posso viver normalmente? É injustiça. Nossa, até eu acho que estou parecendo uma criança mimada, mas mesmo assim!

                   Planejava fugir, viver uma vida comum, perto do Acampamento. Viver num chalé, com uma lareira, comer comida  caseira, trabalhar no campo. Arrumei minha mala, peguei um pouco de ambrosia  e néctar do frigobar. Peguei um pouco de comida.

                   O Sol nasceu, mas ninguém havia acordado. Eu saí do Acampamento, fui até um terreno aparentemente abandonado, lá havia um chalé simples de madeira. Havia um quarto, uma cozinha e um banheiro, nos fundos havia um jardim. Haviam rosas amarelas que cresciam livremente sem o cuidado.

                   Na cozinha havia um fogão, um forno, uma mesa e uma cadeira. Havia um sofá com uma mesinha. Abri as janelas, a luz do Sol entrou me aquecendo. Fui até o quarto, vi que era o colchão estava coberto de pó. Precisava comprar coisas novas para minha “casa”.

                   Eu andei até a loja de conveniências mais próxima, lá eu comprei panelas, comida.               Voltei para minha nova casa e preparei um café da manhã decente. Eu ia começar a faxina, arrumei a cama, plantei o que tiha que plantar. Tudo estava perfeito! Eu ouvi um barulho, saí de casa com minha espada.

                   Havia um garoto de cabelos loiros, parecia ter mais ou menos dezesseis anos, ele estava desmaiado em frente a porta. Eu olhei em volta, procurando alguém. Ele parecia estar machucado.  Não havia ninguém, eu o levei para o meu quarto. Eu estava cansada, carregar um garoto de dezesseis anos não é fácil.

                   Fervi um pouco de água e fiz um chá para ele. Eu dei remédio para ele. Não sabia quem era ele. Ele era bem bonito, ele me parecia familiar, não sei de onde.

                   Continuei a arrumar a casa, evitando o quarto, comecei a regar as plantas. Um raio de Sol atravessou a água e um arco-íris apareceu. Eu estava admirando-o quando uma voz familiar disse:


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Notas finais do capítulo

Hum, eu não sabia o que colocar para ela querer fugir, mas bem, todo mundo fica um pouco chateado quando alguém tem algo que você quer mas não pode ter.



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