Saímos de lá e entramos do carro. Estava nublado, mas mesmo assim minha mãe não reduziu em nenhum momento a velocidade, que neste caso era 130 km/h.

                Não sabia aonde iríamos, minha mãe ficava olhando para trás o tempo todo, como se alguém estivesse nos seguindo.

                -Sra. Thompson, aonde nós vamos?- perguntou Annie.

                -Vamos para um acampamento de verão.

                -Mas mãe! É outono!

                -Sra. Thompson, o que vamos fazer num acampamento de verão?

                -Lá é o único lugar seguro para pessoas como nós.

                -Pessoas com hiperatividade, dislexia, transtorno de déficit de atenção?

                -Não.  Semideuses.

                -Tipo, meio deus meio humano?

                -Sim Annie.

                -Isso é muito estranho.

                -Vamos, só mais um pouco, já peguem suas mochilas.

                Minha mãe não parou. Pelo que ela dizia, estávamos perto do Acampamento. Mas de repente, uma fissura se abriu no chão! E saíram esqueletos com espadas!

                Minha mãe disse para sairmos do carro. Annie colocou a pulseira e a adaga apareceu. Minha mãe pegou o colar da sorte dela e apertou um botão e de lá apareceu uma lança. Olhei para o meu anel, o tirei e uma espada apareceu. A mesma do museu. Corremos em direção ao acampamento. Peguei a espada, ela era de um ferro escuro, diferente da adaga da Annie, eu me virei e ataquei um esqueleto. Ele se desmontou e começou a se juntar.

                -Eles se regeneram! – eu disse.

                Do alto da colina vi dois garotos e duas garotas brandindo as espadas. Um garoto aparentava ter uns dezesseis anos, seus cabelos eram castanhos e ondulados. O outro era mais novo, era da minha idade. Tinha o cabelo preto sedoso.  Uma garota tinha cabelos loiros cacheados. A outra era alta e forte, com cabelos castanhos longos. Eles lutavam muito bem, mas os esqueletos se regeneravam. Só o garoto de cabelos pretos conseguia.

                Ataquei os esqueletos, até que um me atingiu com um osso na cabeça. O garoto de cabelos pretos venceu todos os esqueletos. Ele chegou perto e disse:

                - Venha! Ela está desmaiando!

                -Clarisse ajude o Nico!

                -Está bem Persiana.

                Minha visão ficou turva e eu desmaiei.