Ela foi. Ele tirou uma sacola. De dentro tirou uma carteira e umas pílulas, não sei direito o que era... Depois ele me entregou a sacola.

                -Obrigada, Lorde Hermes.

                -De nada.

                -Só use quando necessário.

                Ele sumiu numa fumaça.

                Annabeth viu as pílulas e ficou pensativo. De repente exclamou:         

                -Eu sei onde Perséfone está!

                -Onde?

                -No SPA de Circe, mar dos monstros.

                -Como?

                -O frasco. É o mesmo que Hermes nos deu da outra vez!

                -E verdade. Eu não tenho boas lembranças de lá.

                -Um pergunta. Como vamos chegar lá?- perguntei.

                -É verdade, é muito, longe. Teremos que atravessar o país inteiro para chegar lá!- disse Nico.

                Annabeth estava com um sorriso malvado no rosto. Ela saiu do beco, alguns minutos depois um farol de um Gol cegou minha visão.

                -Onde você arranjou esse... Espere! Você roubou esse carro!- disse Percy.

                -Hum, vamos dizer que eu peguei emprestado.

                -Você já pegou “emprestado” o Perseu Jr.?

                -...

                -Ah! Não! Coitado dele!               

                -Vamos entrar?

                -Eu dirijo!- gritou Percy.

                -Eu arranjei, eu dirijo.

                Percy resmungou. Nós entramos no carro. Annabeth disse que em uns dois dias chegaríamos lá. Eu me senti mal por ter gritado com eles, mas principalmente por ter empurrado Nico. Eu sentei do lado dele.

                Estávamos apertados lá, pois a picape era para transportar três pessoas no máximo. Ele estava com o pensamento distante, eu olhei meu anel. Era do pai dele.

                -Nico, eu, me desculpe.

                -Não tudo bem, não foi nada.

                -Eu acho que, ah. Não sei.

                -?

                -Nada, esquece.

                -Fala!

                -Não!

                -Não vai falar o que?

                -Não caio nessa de novo!

                -Por favor!

                -Está bem. Não, é melhor não.

                -Humpf.

                Eu apoiei minha cabeça no ombro dele. Fechei meus olhos, ele me abraçou. Isso me deixou tão calma, parecia que todo o mal do mundo tivesse desaparecido. Não consegui conter um sorriso.

                -Que bonitinho! Vocês estão namorando?- disse Becky.

                -Não, não. Somos só amigos!

                -Hum, sei...

                -Não tem nada acontecendo! Nada mesmo.

                -A-hã. Claro.

                -É verdade.

                -Então! Eu acabei de dizer isso!

                -Você está me confundindo.

                -Então né... –disse Nico.

                Não sei o que aconteceu depois, só vi o carro capotando.

                -Ai, minha cabeça- disse Percy.