Minguante escrita por ka_emiemi


Capítulo 2
Capítulo 2




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Minguante

Segundo Capítulo: Chegada

No avião, as horas passavam lentamente, cada vez que observava o relógio parecia que ele estava parado.

Isso me dava um tédio tremendo, fazia uma hora que eu tinha dormido, e com uma instabilidade, que jogou o avião um pouco para o lado direito, foi que eu acordei.

E agora eu estou morrendo de tédio, sem ter o que fazer, e a única coisa que prende as pessoas dentro desse avião. É o filme que passava, “A lagoa azul”.

Sinceramente, esse filme passa pelo menos duas vezes por ano na globo, será que as pessoas não estão enjoadas de ver isso não?

Meu estomago estava começando a revirar, pois a mulher do meu lado começou a chorar com o final do filme.

Sakura – “Por favor, alguém atenda as minhas preces, socorro me tire desse avião” – Era o que eu pedia mentalmente.

Mas, claro nada disso iria acontecer, era só eu tentando sufocar a angustia que crescia no meu peito, tentando fingir que estava tudo bem, e que era só o tédio que me consumia pouco a pouco.

Entretanto, eu estava com medo. Medo de ficar lá para sempre, medo de que o amigo de minha mãe não fosse uma pessoa como ela dizia. E sim um monstro, um brutamonte sem sentimentos.

Sakura – “Sakura, Sakura que mente fértil”.– Eu pensava um pouco, até continuar – “È claro que minha mãe não me mandaria para um psicopata! Ou será que me mandaria? o.O” – Agora sim, pode se dizer que eu queria soltar um grito no meio do avião.

Mas, pelas minhas leis isso não ia acontecer, pois eu era uma pessoa razoável, e com certeza minha mente estava me pregando peças, somente isso.

Logo pude ouvir a aeromoça anunciando que pousaríamos na cidade de “New York”.

Suspirei, e logo pude sentir o impacto do avião descendo até pousar.

Desci do avião, fui direto ao prédio do aeroporto, e comecei a procurar minha bagagem que estava no meio de tantas outras.

Em poucos minutos, consegui encontra-la, como? Não é toda a mala que tem adesivos da “Evanescence” ou do “Nightwish”.

Fui até onde era a sala de espera, que os parentes ficavam esperando os viajantes chegarem.

E lá estava uma pessoa com uma plaqueta escrita “Sakura Haruno”.

Sakura – “Nossa... Eu acho que quero conhecer todos os amigos da minha mãe” – Pensava comigo, ao ver o garoto a minha frente, ele deveria ter aproximadamente uns dezoito anos, estava com uma calça preta, e uma camiseta do “Nightwish”, seus cabelos eram preto azulado, e sua pele era clara como a de um cadáver.

Sakura – “Um gótico” – Pensava comigo, até que me aproximei dele, e abaixei a placa de sua mão.

Ele me olhou de cima a baixo e suspirou.

Sasuke – Meu nome é Sasuke, eu não sou o amigo da sua mãe, vamos dizer que o amigo da sua mãe é um idiota chamado Kakashi que me fez vir aqui... – Falou ele extremamente sério, e sua voz expressava uma certa fúria.

Eu fiquei fitando ele um pouco até que tomei as rédeas da situação onde eu me encontrava.

Sakura – Não tem problema... Só me tire desse aeroporto agora, antes que eu vomite de tédio! – Afirmei a ele e logo perguntei – Me diz uma coisa, esse Kakashi vai pegar no meu pé?

Sasuke – Porcentagem? – Perguntou ele, querendo dizer se poderia ser nessa base a resposta.

Sakura – Pode ser... – Respondi a ele.

Sasuke – Hum... 1% de chances de isso acontecer! – Após o que ele falou, eu abri um largo sorriso.

Após sairmos do aeroporto, pude ver claramente que a noite já havia chegado. O cemitério daqui devia ser um lugar mais sossegado agora que não tinha minha mãe me estressando.

Nós dois caminhamos, até chegarmos em uma casa branca onde pudemos ouvir um grito dizendo “Eles chegaram, e ela é um nojo”.

Sakura – “Espero que ela não seja hipócrita de fingir que gostou de mim” – Pensava eu comigo, por que se acaso fosse com certeza eu ia torturar ela.

Um homem abriu a porta, ele aparentava ter quase trinta anos, seus cabelos eram prateados e estava com uma calça jeans, um sapato preto e uma camiseta azul marinha.

Kakashi – Meu nome é Kakashi, essa é uma republica agora. E seu quarto fica no mesmo que as meninas... Leve ela até lá...

Após essas palavras uma garota de cabelos espetados chegou perto de mim, e quando foi relar a mão no meu cabelo, eu dei um tapa na mão dela.

Sakura – Não me toque! – Afirmei a ela, nunca gostei que me tocassem e não era agora que ia gostar.

A garota me olhou de cima a baixo, fez uma face de nojo e falou:

Karin – Meu nome é Karin, e olha querida acho que precisa de algumas cobertas, pois você é gelada como um cadáver! – Afirmou ela se fingindo preocupada.

Após ela terminar aquelas palavras, só se pode ouvir a minha gargalhada dominando aquele local.

Karin – Do que esta rindo? – Perguntou-me ela com raiva.

Sakura – Simples, eu daria tudo para ser um cadáver, ai eu não ia ter que suportar gente como você, sendo morta! – Disse a ela com um sorriso entre a face, parecia que tudo naquele lugar estava a meu favor.

Se eu ficasse muito tempo ali, ia ter com quer brincar um pouco, sem ficar com muito tédio.

Sasuke – Se eu fosse você, Sakura, eu pararia de julgar as pessoas e olhava a si própria! – Afirmou ele revirando os olhos, e saindo da sala.

Mas, eu o parei com a voz mais fria e dura que eu já tinha ousado usar com alguém.

Sakura – Como se você fosse melhor que eu me poupe – Comentei, e logo fui subindo as escadas em frente.

A porta do quarto das meninas foi rapidamente descoberta por mim, era só ver a que tinha mais frescura.

Coloquei minhas coisas em cima da cama vazia. Peguei o mapa da cidade em minha mochila, e disse que ia dar um volta.

Kakashi – Cuidado para não se perder! – Alertou-me ele.

Sakura – Não sou idiota... E se quiser me chamar para algo, estou no cemitério! – Olhei para a Karin e falei bem perto dela – Conversando com os cadáveres! – E sai gargalhando.

Após eu sair daquela casa, comecei a caminhar pelas ruas, consultando o mapa até encontrar o cemitério.

A lua estava totalmente visível a olho nu, foi ai que percebi que a face dela era minguante, a minha face preferida.

Entretanto, logo desviei o meu olhar para as tumbas, que não eram a mesma. Eram todas... Parecidas, para falar a verdade eram todas iguais.

Não era como as da minha cidade, todas antigas e com modelos chamativos e totalmente diferentes.

Comecei a olhar desesperadamente a cada tumba, e todas tinham as mesmas formas, todas eram iguais.

Fechei os meus olhos, estava totalmente furiosa como isso poderia acontecer. Justo a coisa mais preciosa que eu tinha em minha vida foi tirada de mim, as tumbas que eu amava desenhas.

Mas, meus pensamentos foram interrompidos por um grito altamente ardido e medroso.

Olhei em volta, e pude ver um par de olhos brilhando naquela escuridão em volta de mim, observei ao cair desfalecido no chão, parecia ser um corpo de uma mulher.

Percebi que os olhos não se desviaram de mim nem por um momento, até que um calafrio começou a subir passando por todo os meus ossos.

Peguei minha mochila, e sai correndo sem perceber que deixava o meu caderno para trás.

Só pude ouvir uma voz aguda e aveludada dizendo “Pode correr, mas não pode se esconder”.

Corri o mais depressa que pude, até que cheguei em frente a minha “nova” casa, fui correndo para abrir a porta, até que senti uma mão em cima da minha, quando me virei vi o rosto de Sasuke.

Os olhos dele estavam mais negros do que eu havia visto, mas não reparei muito nisso, então retirei a minha mão de perto da dele, e após ele abrir a porta, eu sai correndo para o quarto.

Quando cheguei deitei na minha cama, coloquei o travesseiro em cima da minha cabeça e comecei a pensar no que tinha acontecido.

Enquanto isso, em outro lugar da casa um jovem se atormentava, tentando incansavelmente controlar os seus instintos primitivos.

Sasuke – “Sasuke se controla... O cheiro dela... O sangue” – Pensava ele até que ele mesmo se deu um tapa.

Sasuke – “Já chega, para de pensar nisso, não seja fraco” – Afirmou ele tentando se controlar ainda mais.

Um ruído tomou conta do local, e um rapaz de olhos negros e cabelos cumpridos adentrou no local segurando um caderno.

Sasuke – O que faz aqui meu irmão, Itachi – Perguntou ele com uma voz furiosa.

O individuo andou até a mesa, e depositou o caderno ali.

Itachi – O sangue dela tem um cheiro delicioso... Pena que ela correu de mim... – Dizia ele debochando – Mas, ela esqueceu o caderno dela. Entretanto, cheguei a conclusão que ela é intrigante... – Disse ele jogando o caderno em cima do seu irmão mais novo.

Sasuke fitou o caderno, e viu uma das folhas com o desenho de uma tumba antiga, ele fechou os olhos e sentiu o aroma que saia do caderno. Foi ai que ele percebeu do que o irmão estava falando.

Sasuke – Não se aproxime dela! – Afirmou ele gritando, mas logo continuou – Se você encostar um dedo nela eu te mato! – Alertou.

Itachi – Ainda tentando segurar seus instintos? O sangue do urso da montanha e mais delicioso que de um humano, meu irmão? – Perguntou ele dando um sorriso de deboche.

O jovem avançou sobre o irmão e o encostou a parede.

Sasuke – Se você encostar um dedo nela, você vai me causar um enorme problema – Falou ele com uma voz fraca – E vai estar violando a lei da comunidade vampiresca.

Itachi se soltou e falou com uma voz um pouco chateada.

Itachi – Tudo bem, ta legal... Mas cuide dela, se não outro vampiro vai atacar ela... – Alertou o irmão, e logo prosseguiu – Mas o sangue dela parece ser delicioso!

Sasuke – Sai daqui... – Falou ele, se movendo para atacar seu irmão.

Mas, o barulho da janela se fechando o parou, já que seu irmão tinha ido embora.

Sasuke – “Eu tenho que tirar essa garota desse lugar” – Pensou ele consigo – “Antes que ela me traga problemas, mas como?” – Essa era a intriga que se formava dentro dele.

Ele suspirou pesadamente, e novamente se deitou na cama. Antes de cochilar, uma frase veio em sua mente “Por enquanto vou ter de ficar de olho nela”.

Fim do Capítulo


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