Minguante

Primeiro Capítulo: New York

Era uma noite escura e nebulosa, o crepúsculo já havia sumido fazia algum tempo. E uma jovem acabava de sair de sua casa.

Sua aparência era igual às outras ou talvez não, ela usava um, sobretudo negro; uma saia xadrez na cor vermelha; meia calça preta, bota de salto fino e uma maquiagem extremamente forte. E também carregava uma mochila preta, com algumas caveiras desenhadas.  Seus cabelos róseos com uma mecha negra estavam soltos, batendo em suas costas e se mechem conforme o vento passava.

Ela caminhava calmamente, enquanto ia ao cemitério, onde nem uma alma viva ficava por lá.

Onde poderia ter paz e sossego, onde estava permanentemente proibida de entrar por sua mão, que lhe ameaçou mandar para um amigo dela.

Mas nada disso importava, para falar a verdade até ria da ironia da mãe, nunca ela conseguiria mandar ela para casa de um amigo, a não ser que ela transforma-se sua vida em um inferno, o que seria muito difícil na sua opinião.

Chegou aos enormes portões do cemitério e adentrou no local, caminhou um pouco ate chegar numa tumba com desenhos antigos e uma estatueta de um anjo negro.

Retirou sua mochila das costas, segurou o zíper e o arrastou até o fim e pegou um caderno e um estojo, fechou novamente a mochila. Abriu o caderno, retirou um lápis do estojo e começou a desenhar o monumento a sua frente.

A cada traço que fazia com o lápis, mais o papel ganhava a imagem de sua visão. Mas, uma luz forte começou a apontar em sua direção e foi onde ela ergueu sua cabeça para ver o que era.

“A não, o que ela faz aqui?” – Era o pensamento que vinha em minha mente, ao ver minha mãe saindo do carro com uma face totalmente raivosa.

Senhora Haruno – Sakura Haruno, eu te proibi de vir até aqui! – Começou ela a falar com uma voz firme e grossa expressando toda a sua fúria.

Levantei-me de onde tinha sentado, para dizer a verdade, levantei-me do chão e fitei minha mãe.

Sakura – Mamãe, por favor, não comece! – Afirmei a ela, dando um longo suspiro – Não pode me prender em casa, já tenho dezesseis anos e posso ir aonde eu quiser e quando eu quiser – Disse a ela erguendo o tom da minha voz.

Ela me olhou de cima a baixo com uma expressão de nojo.

Senhora Haruno – È... Mas vou começar sim! Olha só essas roupas, você parece uma palhaça, para ser mais exata uma bruxa, nem parece uma garota – Começou a gritar ela, jogando tudo novamente em minha cara – E agora você vai ver a conseqüência dos seus atos!

Após ela afirmar, ela me puxou pelo braço e me colocou no banco do passageiro do carro. Foi onde eu vi a minha mala feita e uma passagem estendida na minha frente.

Senhora Haruno – Seu vôo é daqui a meia hora, se não quiser ir, vai morar na rua! – Falou ela calmamente, como se eu fosse um lixo – Vou te levar até lá, o endereço esta anotado no papel ali em cima da sua mala, espero que volte melhor e como uma garota normal – Disse ela extremamente irritada.

Meus pensamentos começaram a voar, eu nunca pensei que ela tomaria uma decisão tão drástica, se eu interviesse ela me deixaria na rua e pela expressão em sua face não era brincadeira.

A única alternativa era ir e tornar a vida desse “Amigo” dela um inferno e ele me expulsar de lá e eu ter de voltar.

Minha mãe ligou o carro e saiu em disparada até o aeroporto, ela parecia estar feliz por se livrar da sua filha que só lhe trazia “vergonha”.

Alguns minutos se passaram e o carro já estava estacionado em frente ao aeroporto, peguei minhas coisas e quando sai o carro arrancou e logo não pode mais ser visto.

Sakura – “... Curti bastante mamãe, que quando eu voltar vou tornar sua vida um pesadelo” – Pensei comigo e logo dei uma gargalhada irônica.

Entrei no aeroporto, sentei-me na cadeira de espera até o meu vôo chegar, embarquei no avião e após duas horas já ia chegar em New York, onde o amigo da minha mãe, Kakashi, devia estar a minha espera.