Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 50
50° Capítulo: Bulimia Parte 2




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_ _ (11h21min) _ _ Hospital

Mônica, Cascão e Cebola apareceram no hospital as pressas, e encontraram Carlito e Lili do lado de fora do quarto.

– Cadê ela? – perguntou o sujinho nervoso.

– Aqui dentro... Mas não façam muitas perguntas, ela ainda está tentando lidar com a noticia.

– Tudo bem – disse Mônica.

O homem então abre a porta e os três entram.

Magali abre os olhos e ao verem seus amigos se assusta.

– O que... O que vocês estão fazendo aqui?

– Você tá bem, amiga?

– Perai... Vocês ainda estão com a farda da escola?

– Saímos no meio da aula pra vim aqui...

– Mas... Por quê?

– Não é obvio? – perguntou Cebola

– Viemos ver como você está...

– Sua mãe nos contou tudo, Magali.

– Foi por isso que você saiu daquele jeito da casa da Mônica não foi? – perguntou Cascão sentando do seu lado. – Se eu soubesse disso antes, nunca teria deixado você ir...

– Eu já estou melhor gente... Não se preocupem... – diz virando o rosto para o lado.

– Não, você não está! E eu sabia que devia ter contado para os seus pais aquele dia na minha casa... Pois tinha certeza que não era primeira vez e não seria a ultima.

– Por que você fez isso, Magali? – perguntou Cebola.

– Não sei... – suspirou. – Me sentia triste comigo mesma, sei lá...

Cascão se culpou por alguns estantes, se lembrando do que ela havia dito paras as amigas no dia em que invadiu a casa de Mônica e a única coisa que fez em seguida foi brigar com ela.

– Como está se sentindo agora? – perguntou Mônica.

– Bem... Um pouco fraca...

O medico entrou juntamente com os pais de Magali, para dar uma noticia.

– Seu tratamento possivelmente começa amanhã, então é melhor se preparar – diz ele sorrindo.

– Amanhã? Mas e a escola?

– Esquece a escola Magali, você não vai perder de ano se ficar uns dias fora para a sua saúde. – diz Lili.

– Isso mesmo, você pode recuperar os assuntos quando terminar...

– Mas pai...

– Sem mais, Magali! Seus amigos estão aqui e vão te ajudar.

O homem olha para eles e os três afirmam com a cabeça, sorrindo.

– Vai ser pro seu bem, amiga... – diz Mônica.

– É, e vamos estar aqui pro que você precisar – continua Cebola

Magali abre um leve sorriso, agradecendo por ter tantas pessoas importantes em sua vida, e que se preocupam com ela da mesma forma que ela se preocupa com eles.

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Os três amigos ficam com a comilona no hospital durante um bom tempo, mas Mônica e Cebola resolvem ir pra casa para se trocarem, pois continuavam com a roupa da escola.

Cascão não quis ir, e ficou com Magali a sós.

– Você devia ter ido com eles... – diz voltando a se deitar, quando termina de tomar o remédio que a enfermeira lhe entregou.

– Não to afim... – diz alisando seu cabelo.

– E vai ficar aqui comigo até começar o meu tratamento, por acaso?

– Se você quiser eu fico...

Ela não deixa de sorrir com aquela resposta e vira o rosto, corada.

– Que barra, hein?

Ela afirma com a cabeça, baixando o olhar.

– Eu nunca pensei que você estivesse passando por isso... Devia ter me falado...

– Essas coisas não se contam pra qualquer pessoa.

– Eu não sou qualquer pessoa. E outra, você não contou pra ninguém... Nem para os seus pais, ele só descobriram quando chegaram aqui.

– É, eu sei...

– Mas não vamos falar sobre isso.

– Do que vamos falar então? – pergunta, voltando a sorrir.

– Do seu medo de filme de terror, por exemplo...

– Ei! Eu não tenho medo!

– Claro que tem! – diz rindo.

– Não tenho! – cruzou os braços.

– Tudo bem então, vamos falar sobre seu medo de altura... – diz brincando com a pulseira de hospital da garota.

– Quem disse que eu tenho medo de altura?!

– Você mesma disse! Naquele dia na árvore, lembra? Você confessou que tinha.

– Pois eu me recuso a falar sobre isso – diz rindo.

– Hmm, então vamos falar sobre… Seu medo… De ficar comigo… - diz ficando sério.

Magali parou de sorrir e olhou pra ele.

Os dois ficaram em silêncio, se encarando por uns estantes.

– Que foi? Não vai negar?

– Cascão… Não vamos começar outra vez… - diz virando o rosto.

– Eu não quero começar, Magali... Eu quero é terminar isso de uma vez por todas...

O garoto pega em seu queixo fazendo ela olhar pra ele.

– Não foi você quem disse que tinha desistido de mim?

– Você sabe que eu não consigo... – ele abre um sorriso. – Fica comigo vai...

Magali não nega, mas mesmo assim não assente. Fica em silêncio olhando pra ele por vários segundos...

Cascão sabia o quanto ela queria dizer sim, mas parecia que não estava pronta ainda.

O garoto se aproxima de seu rosto... E lhe beija. Um beijo calmo. Doce. Suave.

Eles se beijavam apaixonados sem nenhuma pressa. Aquele momento parecia único, toda vez que eles se beijam surge uma pausa em seus relógios e eles ficam presos no tempo não se dando conta nem de onde estavam.

O médico bate na porta e eles se afastam devagar.

– Como a minha paciente está?

– Melhor... – responde ela.

– Bom Cascão, eu vou ter que pedir pra você pra casa, pois eu vou ter que conversar com a sua namorada sobre alguns assuntos do tratamento...

Magali já ia protestar quando ouviu a palavra ‘namorada’, mas Cascão foi mais rápido...

– Sem problemas, doutor – diz sorrindo. – Eu vou deixar você e a minha namorada a sós – olhou para a comilona que revirou os olhos querendo rir.

Em seguida, Cascão antes de sair lhe dá um selinho e caminha em direção à porta, a deixando constrangida, pois eles nunca tinham se beijado na frente de ninguém antes.

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Os dias se passaram, Magali começou seu tratamento, e parecia estar indo bem. Mônica ia todos os dias lhe visitar. Cascão também ia de vez em quando, pois sentia saudades da garota. As provas do primeiro semestre se aproximaram e Magali finalmente foi liberada, devido de ter respondido bem ao tratamento.

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A turma ficou sabendo da doença de Magali e ficaram muito felizes ao rever a comilona na escola.

Seu humor finalmente voltou ao de antigamente, mas ainda não estava 100% feliz.

Mônica sabia disso por isso foi falar com ela quando foram para cantina onde ela (graças a deus) foi comer.

– Sabe... A Cascuda me parece contente esses dias... Não só ela como o Quim também... – diz enquanto brincava com sua garrafa de refrigerante.

– Onde você está querendo chegar com isso?

– Nada ué... Só acho que agora... Quem sabe assim, você... Sei lá... Dá uma chance pro Casão!

– Esquece Mônica, eu não vou ficar com ele.

– Ai! Por que não criatura?!

– Já disse que não quero...

– Às vezes eu fico sem saber que você gosta dele de verdade... – diz colocando a mão no queixo.

Magali bebe o seu suco e não diz nada, fazendo Mônica se assustar.

– Perai! É isso?! Você não gosta mais do Cascão?!

– Interprete o meu silêncio como quiser… - Magali se levanta para jogar seu prato no lixo e ao se virar dá de cara com quem não devia dar. – C-C-Cascão?!

Ele estava incrivelmente sério e ela deduz que ele tinha escutado o que ela disse.

– Ahm... V-você não ouviu o que eu disse, o-ouviu?

– Ouvi.

A comilona fica sem saber o que fazer, e Mônica abre a boca chocada.

– E-eu ahm... E-eu...

Cascão se vira e vai embora, deixando Magali desesperada. Ela olha Mônica como se quisesse pedir ajuda, mas ela apenas dá de ombros respondendo um “se resolva”, pois já estava cansada de tanto sua amiga negar o sujinho daquele jeito.

Magali sai correndo atrás de Cascão e o encontra no corredor.

– Perai Cascão! Eu tava brincando...

A garota fica na frente e percebe que ele já estava quase chorando. O que ela tinha dito foi uma coisa muito difícil para ele ouvir...

– Cascão... – diz com a voz de choro, pois ele realmente tinha acreditado.

– Sabe Magali... Antes eu achava que você não ficava comigo por causa de todas as coisas que estavam acontecendo... Mas só agora eu me dei conta que o real motivo pra você me evitar tanto era esse.

– N-não... Não é nada disso...

– Eu já devia ter desconfiado...

– Me escuta...

– Não, eu não vou te escutar... E não se preocupe... Eu não vou mais insistir com você, e agora é sério.

Cascão vai pra sala deixando Magali arrasada, iniciando novamente uma distancia entre os dois.


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