Amor Inesperado escrita por Bruninha
Notas iniciais do capítulo
Oii! Consegui fazer mais um! Estava atolada de dever... ¬¬'
Queria agradecer primeiramente pelos comentários e pelas recomendações ;-)
Obrigado Pessoal!
Bom, espero que se divirtam lendo!
Beijinhuss!! *.*
_ _ (06h04min) _ _ Sala
Magali sentiu uma luz batendo em seu rosto, e franziu a testa. Começou a abrir os olhos lentamente e a primeira coisa que viu foi um rosto, que também parecia estar dormindo.
Ela apertou os olhos, achando que era um sonho, mas ao abri-los outra vez, viu a mesma imagem, ela começou a ficar preocupada achando que tinha sido sequestrada de novo, e por isso não acordou no seu quarto como da ultima vez.
Aos poucos foi tomando senso e tentou despertar de uma vez só. A medida em que afastava seu rosto, percebeu que ela conhecia aquela pessoa de algum lugar. Quando finalmente acesa, viu que estava em cima de um peito masculino e que estava a um centímetro dos lábios de...
Ela se levantou com grito, fazendo Cascão acordar assustado.
Ele cai no chão, achando que a casa tivesse pegado fogo, mas ao “acordar” de verdade, vê sua amiga comilona sentada no sofá com as duas mãos na boca, com os olhos arregalados.
– Magali? – diz franzindo a testa. – O que você está fazendo no meu quarto?
– Que?! Não estamos no seu quarto seu cabeção!
Ele olhou em volta, e ela fez o mesmo. Parecia a sala que eles estavam na noite anterior.
– Estamos na casa da Monica? – perguntou o garoto se levantando.
– Parece que sim... – diz confusa. – Perai! I-isso quer dizer nos dormimos juntos?! — Magali ficou tensa só de pensar nessa possibilidade.
– Provavelmente... – diz massageando as costas. – Mas esse sofá não é nada bom... Você que deve ter dormindo bem, já que estava em cima de mim!
– Olha aqui Cascão, bem é a única coisa que eu estou depois de saber que passei a noite com você!
– Não exagera! Aposto que você gostou!
– O Que?!
De repente ouviram um barulho de alguém descendo as escadas.
– Será que são os pais da Mônica? – perguntou Cascão com medo.
– Acho que não, eles viajaram...
Mônica apareceu descendo e bocejando.
– Ai, bom dia pombinhos! – diz com um imenso sorriso no rosto.
– Bom dia? – perguntou Magali furiosa.
– Isso mesmo, pode ir explicando que idéia é essa de deixar nós dormindo juntos!
– Eu não fiz nada... – diz Mônica indo até a cozinha, eles a seguiram.
– Como assim não fez nada! Fez sim!
– Ai que mal humor! Eu não fiz nada mesmo, vocês dois é que pegaram no sono no meio do filme...
– E por que não acordou agente? – perguntou Magali com as mãos na cintura.
– Oras, fiquei com pena.
– Mônica, isso é sério! Perai... – Magali começa a olhar para os lados começando a se desesperar. – A escola! Eu preciso ir pra casa minha mãe vai me matar se... Aimeudeus! Minha mãe!
– Ai calma, Magali... Ainda é cedo, e eu já fiz um favor pra você, ligando pra sua mãe ontem à noite dizendo que você ia dormir aqui comigo, e que de manhã cedo passava para pegar sua mochila e seu uniforme...
– Você pensou em tudo... – diz Magali desconfiando. – Foi um plano! Foi um plano seu e do Cebola com essa idéia de assistir aqui na sua casa, não foi?!
– Ah então foi por isso! – diz Cascão perplexo. – Foi um plano de vocês dois pra dormimos juntos!
– Ei eu não! – diz colocando café na xicara. – Essa parte vocês que tiveram culpa, bolamos o plano de vocês assistirem um filme juntos, só isso.
– Pode começando a se explicar! – diz Magali nervosa.
– Ai, relaxem, vocês dois! Tomem um café...
– Agora Monica! – dizem os dois juntos.
– Ah tá bom... – revirou os olhos. – Foi um plano sim, me desculpem. Mas foi por uma boa causa, pelo menos deu certo não deu? – ela abriu um sorrisinho, fazendo os dois se irritarem.
– Agora parem de reclamar um pouco e se sentem, que a aula só começa depois.
– É... Parece que está tudo esclarecido! Já que estamos aqui... – Cascão esfregou as duas mãos e se sentou! – Monica me passa o suco.
Monica passou a jarra para o sujinho e percebeu Magali continuava olhando para ela com uma cara nada boa.
– Magali, para de me olhar assim! Eu já pedi desculpas.
– Eu vou pra casa! – diz dando as costas.
– Ei Magali, espera ai! – Mônica se levanta e vai atrás da garota. – Amiga, não fica chateada... Eu só quis te ajudar...
– Me ajudar como? Me jogando pra cima dele?
– Bom...É... – diz e em seguida começou a rir.
Magali fica ainda mais brava e começa a ir em direção a porta.
– Tudo bem, tudo bem... Me desculpa – puxa ela pela mão. – É que eu to muito feliz hoje...
– Feliz?
– Sim... – suspirou sorrindo. – Não só por você mas... – ela olha para os lados. – O Cebola dormiu aqui hoje.
– O QUE?! – solta um grito.
– Shhhh! Fala baixo.
– Como assim, ele dormiu aqui? – cochichou. – Cadê ele?!
– Já foi pra casa...
– Mônica, você precisa me contar tudo! – diz a garota querendo sorrir.
– Eu conto! Mas com uma condição...
– Qual?
– Se você tomar café com agente…
– Ah não Mônica – cruzou os braços.
– Essa é a condição.
Magali pensou, e respirou fundo... Sua curiosidade falou mais alto.
– Tudo bem eu tomo...
Mônica bateu palminhas e elas voltaram para cozinha, onde Cascão estava comendo que nem um animal na selva.
– Ué, voltou?
– Fecha a boca pra comer, garoto – diz se sentando.
– Voooltooou? – diz com a boca cheia de comida, perto de Magali, que fez uma careta de nojo e o empurrou.
– Quer pão? – ofereceu, Mônica.
Ela fez não com a cabeça.
– Bolo?
– De que?
– Chocolate.
– Então não...
– Por que?
– Chocolate engorda.
– E desde quando você tem essas frescuras? – perguntou Cascão.
– Desde sempre.
– Ah para de besteira – O sujinho mete um pedaço de bolo na boca de Magali e ela quase engasga.
– Huuummmm...
Magali bebeu o suco que estava o seu lado, e percebeu que o bolo estava gostoso. Sem pensar duas vezes, pegou mais um pedaço, fazendo Mônica e Cascão começarem a rir.
– Bom, continue vocês ai, eu já terminei.
Monica se levantou e foi tomar banho
Cascão também já tinha terminado mais preferiu ficar lá na cozinha com Magali. Depois daquele pedaço, ela pegou mais outro e mais outro, fazendo-a viajar no tempo. Após de comer o bolo, pegou pão, torradas e comeu muito.
O sujinho ficou admirando a garota comer, se lembrando do passado.
Quando já ia pegar mais um pedaço de bolo, ela finalmente se toca que estava comendo mais do que o necessário e para.
– Comi demais... – se desespera largando o bolo que estava mão.
– Que demais o que? Você sempre comeu assim...
– M-mas eu já parei! – Magali se levanta, nervosa e Cascão fica preocupado.
– O que você tem? Por que está assim?
– D-diz pra Mônica que eu já fui pra casa!
– Mas...
– Agente se vê na escola, Cascão! – a garota sai correndo da cozinha, e quando Cascão vai atrás, ela já tinha sumido.
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Magali entra em casa as pressas e sobe. Sua mãe que estava na sala lendo uma revista se assusta e corre atrás da filha.
Quando entra no quarto da filha, ela não estava lá, mas ao ouvir um barulho, vai até o banheiro e encontra a filha agachada em frente ao vaso vomitando.
Ela arregala os olhos, pasmada. Lili agarra as costas da filha para evitar que ela continuasse com aquilo.
– Magali! Para com isso! O que está fazendo?!
– Eu comi demais mãe, eu comi demais!
Dona Lili conseguiu segurar os dois braços da garota, e olhou assustada pra filha.
– O que você está falando filha?! Por que está fazendo isso?!
Magali tentou se soltar, para continuar vomitando, mas a mãe impede. Magali se rende começando a chorar e caindo no chão.
– Filha... Olha pra mim... – diz enquanto enxugava a sua testa que estava coberta de suor.
– Eu comi demais... – chorava no ombro dela.
– Por que isso agora?! – tentava encontrar um motivo para sua filha ter feito o que fez.
Ela não conseguiu responder e continuou chorando.
– Você é linda, meu amor... – diz fazendo carinho em sua cabeça. – Você nunca precisou disso...
Magali não estava respondendo... Dona Lili ficou preocupada e se afastou dela, para olhar em seu rosto. A comilona estava mole, e quando Lili pegou em seu rosto, ela quase caiu pra trás, pois... Estava desacordada.
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Quando Magali acordou, estava novamente em um hospital, mas diferente de antes, ela se deu conta rapidamente de onde estava e levantou a cabeça. Viu seus pais conversando no quarto e viu também sua mãe estava chorando.
– Mãe, pai? – tentou se sentar, mas não conseguiu.
– Filha! – diz Lili correndo até ela. – Graças a Deus você acordou!
– Por que eu to aqui de novo?
– Você não se lembra?
– Eu... – ela forçou a mente, e a conseguiu se lembrar do que tinha acontecido, se envergonhando na hora.
– Você entrou em casa, vomitou e desmaiou no meu colo... – diz enxugando as lagrimas.
– O que está acontecendo com você, Magali? – perguntou seu pai extremamente preocupado.
Magali fechou os olhos e suspirou. Eles já tinham descoberto tudo.
O médico foi até ela e sentou ao seu lado.
– Magali... Eu sou seu médico Pedro – se apresentou. Ela afirmou com a cabeça ainda com muita vergonha pelo que aconteceu. – Seus pais conversaram comigo e me contaram tudo... E eles me contaram que você anda se recusando a comer... É verdade?
Ela abaixou a cabeça e ele tomou aquilo como um sim.
– Você sabe o quanto é perigoso ficar dias sem colocar uma comida na boca, não sabe? – perguntou e ela assentiu com a cabeça sem olhar pra ele. – Você desmaiou de fraqueza... Depois de ter comido com muito exagero, você correu para o banheiro e vomitou não foi? Eu imagino que não seja a primeira vez... Certo?
Desta vez ele esperou que ela respondesse alguma coisa, mas a única coisa que ela conseguiu fazer foi suspirar.
– N-não é a primeira vez? – perguntou Lili chocada.
Não, não era primeira vez. Magali andava fazendo esse tipo de coisas há pelo menos dois meses atrás. De repente ela começou se achar feia, começou a achar que estava gorda por sempre está comendo mais do que o necessário. Como sua alta-estima estava baixíssima devido aos últimos acontecimentos em sua vida, aquilo ajudou bastante para a sua falta de fome. E quando era obrigada a comer, colocava sempre tudo pra fora. Ninguém nunca desconfiou, até aquele dia na casa de Mônica onde as meninas a pegaram vomitando.
– Desconfiamos que você esteja com bulimia, Magali... – diz o medico.
Ela olha para ele como se estivesse assustada, mas já esperava por aquilo.
– E vamos ter que tratar disto antes que piore e você fique ainda mais doente. Com comida não se brinca e você deve saber bem... Eu só preciso saber se você está ciente de que precisa de ajuda.
Magali respira fundo e olha para os pais que estavam tão assustados quanto ela. Logo a filha deles, a Magali, ter bulimia?
Depois de algum tempo em silêncio, ela se vira para o médico e diz baixinho...
– Eu estou.
– Que bom – ele sorriu. – Vai ser muito mais fácil tratarmos, se você tiver conhecimento disso.
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– Por que será que ela não veio? – diz Mônica para Cascão batendo os pés enquanto saia para o intervalo.
– Não sei, vai ver não se sentiu bem quando chegou em casa... Do tanto que ela comeu, é bem possível.
– Mesmo assim, ela teria me avisado que não iria vim.
– Deixa a Magali, Mônica. Você não é a mãe dela...
– Mas sou a melhor amiga... Eu vou ligar pra ela.
– Ai… - revirou os olhos.
Mônica discou o numero da comilona, e chamou, chamou, mas ninguém atendeu.
– Estranho...
– O que foi?
– Não tá atendendo.
– Liga pra casa dela...
– Boa idéia.
Mônica disca o numero, mas novamente, ninguém atende.
– Ninguém atende?
A dentuça afirma com a cabeça, ficando ainda mais preocupada.
– Depois você tenta... Vamos comer, que eu to com fome – diz o sujinho.
– É... – ela o segue sem conseguir parar de pensar na amiga.
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Já no quarto do hospital, sozinha com os pais, Magali começou a ouvir as broncas que estavam guardadas para ela. A garota vira o rosto, triste, sem parar de pensar nas palavras do médico. “Você tem bulimia”, “Você tem bulimia”...
– Magali, você está me ouvindo?! – perguntou Carlito.
– To ouvindo pai... – diz suspirando.
– Eu espero que esteja mesmo! Pois agora está sem internet, sem TV e sem mais saídas ao cinema por uma semana!
Magali suspirou de novo nem ligando para os castigos que iria receber quando saísse dali.
Dona Lili percebeu o quanto a filha estava mal e pediu para o marido pegar leve.
– Filha... Você é tão linda, seu corpo é lindo, não consigo entender o porquê!
– Muitas coisas aconteceram mãe... Só isso... Mas não faz mais perguntas por favor, eu quero ficar quieta
Lili e Carlito si olham e em seguida para a filha novamente. Eles decidem deixa-la sozinha por alguns minutos para poder refletir.
Saindo do quarto, Lili viu que tinha cinco chamadas não atendidas de Mônica no seu celular, retornou a ligação e resolveu dizer onde eles estavam.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Beijinhos, e até lá!