Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 5
5° Capítulo: Brigas e Brigas


Notas iniciais do capítulo

Ai vai outro! :)



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— _ (15h41min) _ _ Praça

Mônica e Magali estavam no parque, e enquanto Mônica lia um livro de romance, Magali colocava os seus patins.

 

— Nem sei como deixei você me convencer a ler esse livro de novo...

— Você tá precisando, amiga... Ler romance relaxa e você não fica pensando só em uma coisa o tempo todo, que é o seu caso agora.

— Pois é exatamente ao contrario. Ler romance vai fazer lembrar mais ainda do Cebola.

— Para de reclamar um minuto? – disse se levantando – Você vai acabar curtindo. Eu tenho certeza.

— Ham... Duvido... Mas vamos lá.

Magali começou a patinar pelo parque, enquanto Mônica tentava achar a graça naquele agua com açúcar.

— “... E ele disse a sua amada, olhando-a nos olhos: Beija-me, pois agora não precisamos esconder o nosso amor .“ – Lê Mônica em voz alta para Magali ouvir,

— O que tem? – diz dando voltas pelos bancos.

— Tem que nenhum garoto é tão romântico, assim! Nem aqui e em lugar nenhum.

— Isso é preconceito, Mônica. Eu ainda acredito que existam tipos assim...

— Então vai continuar iludida... Shakespeare deve ter sido o único homem no mundo a ser romântico.

Magali revira os olhos, patinando para longe, e Mônica começa a rir com cada paragrafo que lia.

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Magali patina pelo parque, sentindo o vento em seu rosto e sorria relaxada. Mas ao fechar os olhos por um momento, acabou trombando em alguém que a faz cair no chão, juntamente com a pessoa.

— Magali?

— Cascão... F-foi mal não te vi ai... – Magali tenta se levantar, mas as rodas a fazem escorregar e ela cai em cima dele de novo. – Opa... – ela sorri sem graça.

— Calma, deixa eu levantar primeiro – diz ele rindo, que pelo visto também estava de patins. Assim que ficou em pé, ajudou a comilona a levantar.

— Resolveu patinar também? – diz olhando para os pés dele.

— Pois é, tava precisando sair um pouco de casa...

Magali começa a rir com a aquele comentário.

— Tá maluco, Cascão? Você ficou as férias todas na rua...

— Todo minuto em casa é muito pra mim.

A comilona negou com a cabeça rindo, e voltou a patinar. O sujinho a acompanhou e os dois foram até o banco que Mônica estava.

— Fala Mô!

— E ai Cascão – diz sem tirar os olhos do livro.

— Ela já esqueceu do acontecido? – cochicha o garoto para Magali.

— Esqueceu nada... Porque acha que eu trouxe ela aqui?

— Melhor deixar ela quieta então – diz Cascão puxando ela para patinarem longe dali.

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— Lendo romance, Môniquinha... – diz alguém se sentando ao lado dela.

Ao virar para o lado, ela vê o careca e revira os olhos.

— O que você está fazendo aqui, garoto?

— A praça é publica não é? Ah esqueci que você continua sendo a dona do bairro.

— Deixa de falar besteira, Cebola! Vem cá, você veio pra me azucrinar é?

— Eu? Imagina... – diz sorrindo irônico. – Só vim procurar o Cascão...

— Ele está lá na frente com a Magali! Agora que já sabe, vaza!

— Como eu disse, Mônica. A praça é publica, eu não vou sair daqui se eu não quiser!

— Ah é?!

— É!

— Então saio eu – Mônica se levantou, mas Cebola puxa sua mão.

— Quem diria, você desistindo assim tão fácil de uma coisa...

— Eu só quero evitar estar perto de você por hoje!

— Por quê? Ficou tão mordida assim de me ver com a Irene?

— Você se acha não é, moleque?

— Quando é por motivos assim… – diz sorrindo.

— A sua sorte é que eu não bato em crianças...

— Criança?!

— É o que você está sendo, agora.

— Melhor ser “criança” do que ser uma ciumenta histérica que nem você! – disse aumentando o volume da voz.

— Quem é histérica aqui?!

De longe Magali e Cascão começam a ouvir uma discussão, e ao chegarem mais perto para ver o que era, estavam Cebola e Mônica, novamente, discutindo no meio da praça.

— Ah não! De novo?! – diz Magali inconformada. – Já é a terceira vez hoje!

— As brigas deles estão cada vez mais frequentes...

— E a culpa é de quem? – pergunta colocando as mãos na cintura.

— Da Mônica, claro… É tão ciumenta que chega dar pena do Cebola...

— Até nessas horas você defende ele, Cascão? Não sei se você se lembra, mas a Mônica estava ali sentada na dela, com certeza o Cebola que começou a provocar...

— É... Você tem razão...

— É bem a cara dele fazer isso... Eu vou lá.

Cascão puxa ela pelo braço.

— Magali, é melhor não se meter. Eu sei do que eu to falando.

— E você vai deixar eles se matarem?

— Vai por mim, deixa eles brigarem sossegados.

— Cascão, agente precisa colocar em pratica o nosso plano… Urgente.

— Tudo bem, mas como vamos começar?

— Mesmo que eles briguem... Precisamos fazer com que eles passem a maior parte do tempo juntos. E dar um jeito de tirar a Irene do caminho, com ela vai ser impossível de fazer qualquer coisa.

— Esperai... Eu concordei em te ajudar... Mas o que eu ganho em troca?

Magali pareceu meio surpresa com aquela pergunta.

— Como assim, em troca?

— Claro que você vai ter que fazer alguma coisa...

— Seus amigos juntos e sem brigas, não é o suficiente?

— Na verdade... Não!

— Ai, Cascão – diz revirando os olhos. – Tudo bem, o que você quer?

— Unm... Sentar perto de você no dias das...

— Ah não Cascão! Nem vem! Não vou te passar cola, você sabe que eu nunca fiz isso, e não vai ser agora que vou fazer!

— O que quê tem, Magali? É só me deixar ver o seu papel e pronto, oras...

— Sem chance... O máximo que eu posso fazer por você é te ajudar.

— Me ajudar... Como?

— Estudando.

— Estudando?! – pergunta assombrado. – M-mas...

— Pegar ou lagar... Cola eu não passo! – diz ela por fim cruzando os braços.

— Ai... Tudo bem... Eu aceito... A sua “ajuda” – fez aspas no ar. – Que pra mim não é grande coisa, mas...

— Deixa de ser bobo, Cascão – diz ela rindo e colocando os braços ao seu redor. – Estudando você tem muito mais chances de tirar notas boas, do que colocando.

— Sei...

— Vai por mim.

— OTIMO!

— OTIMO!

Mônica e Cebola se separam e cada um vai para um canto, após passarem minutos brigando.

A comilona olha para o sujinho e ele assente com a cabeça, como se quisesse dizer que estava dentro.

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No dia seguinte, na aula de história a professora anunciou que a prova seria no dia seguinte, e por isso poderiam formar duplas para começarem a estudar ali mesmo na sala.

Magali na tentativa de fazer Cebola fazer dupla com Mônica, pediu para eles trocarem de lugar, pois ela queria fazer com Cascão.

— Mas Magali... Eu não posso ficar com a Mônica... Agente tá brigado esqueceu?

— Vocês por acaso me deixam esquecer? Vai Cê, só por hoje. A Mônica está mais calma do que ontem, eu tenho certeza que ela não vai implicar com você. Se você fizer a sua parte, claro.

— Séra? Eu to com um pouco de medo… - disse ainda meio inseguro.

— Medo de ficar com a Irene na frente dela, você não teve...

Cebola ficou sem graça e pegou a sua mochila que estava no chão.

— Tá bom, eu vou lá...

— Valeu, Cê! – disse dando um tapinha em suas costas.

O garoto caminhou até a carteira de Magali que já estava virada de frente para Mônica. Ao se sentar, a dentuça levou um susto e olhou espantada para ele.

— O que você está fazendo aqui?

— Eu estudo aqui!

— Não, a pergunta é o que você está fazendo aqui.

— A Magali me pediu pra trocar de lugar com ela... – Mônica olhou para trás e Magali apenas acenou sorrindo, envergonhada.

— P-porque ela fez isso?

— Parece que é pra ajudar o Cascão, sei lá – disse enquanto foleava o livro de história.

A Magali me paga...— pensou a dentuça.

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— Nenhum barraco até agora... Parece que estamos indo bem – diz Cascão sorrindo.

— Não falei? Eu sei quando a Mônica está no modo smooth.

— Só quero ver até quando vai durar… Você ainda tá com aquela ideia de fazer os dois estudarem juntos?

— Claro né Cascão. E eles vão... Por bem ou por mal.

— Nossa! Você pode ser bem assustadora quando quer – diz rindo.

Magali fez uma careta para o garoto, e resolveu ficar quieta quando a professora passou por eles com uma cara nada boa.

— Estou atrapalhando alguma coisa?

Os dois negam com a cabeça rapidamente.

— Acho bom... – e sai, fazendo os dois começarem a rir em silencio.

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No caminho para casa...

— E ai? Vamos estudar lá em casa? – perguntou Mônica para Magali.

— Er... Não vai dar Mô, como eu te disse, eu preciso ajudar o Cascão, a prova vai ser a amanhã e ninguém aqui quer que o nosso amigo perca né? – diz ela batendo de leve no estomago do sujinho.

— É… Ninguém quer isso… – respondeu ele.

Mônica pareceu meio desconfiada, mas não ligou.

— Porque você não vai estudar com ela, Cê?

— E-e-eu?

— E-ele?

— É sim, por que não? Baixem a guarda pelo menos uma vez... Estudar juntos não vai fazer mal a ninguém, vai?

— E-eu não sei se estou preparada pra perdoar esse troca-letras.

— Pois eu muito menos pra essa dentuça!

— Do que você chamou seu careca?!

Magali e Cascão reviram os olhos.

— Quem aqui falou em perdoar? – pergunta à comilona. – Só estou sugerindo que vocês estudem juntos, só isso.

— Além do mais a professora que mandou estudar em dupla – continuou Cascão.

— Na sala – respondeu Mônica.

— É, mas todo mundo sabe que estudar com alguém é muito mais fácil.

— Ele que vá estudar com a Irene! Aquela repetente! – disse começando a caminhar mais rápido – Aproveita Cebola e vê se aprende alguma coisa com ela, porque pelo visto você vai ser outro que vai perder.

— Como é que é?!

O sujinho e a comilona batem com a mão na testa, cansados daquela briga sem fim.

— Disse alguma mentira? – pergunta ela parando de andar.

— Fique à senhora sabendo que eu nunca tive nenhuma nota vermelha no meu boletim!

— DU-VI-DO!

— Vamos lá em casa pra eu te provar!

— Admite Cebola, você nem sabe por onde começar!

— Pois agora eu faço questão de estudar com você! Você vai engolir cada palavra do que disse hoje!

— Quero só ver!

— Passo na sua casa as três em PONTO!

— OTIMO!

— OTIMO!

Cebola e Mônica saem andando (novamente) cada um para um lado diferente, enraivecidos.

— Viu só? Deu certo sem nem precisar fazer nada… – disse Cascão contente.

— Pois é...


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