Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 4
4° Capítulo: Primeiro Dia de... Confusões Parte 2




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_ _ (07h06min) _ _ Escola

Chegando à sala, Mônica e Magali vão direto conversar com as meninas que estavam em um grupo no fundo.

– Magali! Mônica! – gritou Aninha.

– Oi meninas – disseram as duas sorrindo.

– Ai que saudades de vocês – disse Marina abraçando-as.

– Nós também, Mari – disse Magali sorrindo

– E ai como foram às férias? – perguntou Dorinha.

– Foram ótimas – começou Magali.

– Pena que um certo alguém fez questão de estragar o resto delas – continuou Mônica.

Magali lançou um olhar de reprovação para Mônica, que não entendeu.

– Que foi? Disse alguma mentira?

– O que o Cebola aprontou desta vez? – perguntou Cascuda querendo rir.

Mônica já ia abrir a boca para contar toda historia, mas é interrompida por uma pessoa que estava atrás dela

– Ué, vocês não tão sabendo? O bofe da Mô chifrou ela com a Irene…

– Denise... – disse Mônica cruzando os braços ao vê-la.

– Em carne osso, pele e pescoço! Sentiu saudades?

– Então a fofoqueira do bairro já ficou sabendo...– diz a dentuça com sacasmo.

– Feliz em te ver também, fofa – diz Denise dando dois beijinhos na bochecha de Mônica. – E sim, já fiquei sabendo, mas ao contrario do que você pensa, eu não espalhei pra ninguem.

– Dificil de acreditar... – respondeu Aninha.

– É verdade, Denise. Todo mundo aqui sabe como você é – disse Magali.

– Ai! O que é isso? Acabei de chegar, não mereço nem um ‘bem vinda de volta Dê, sentimos muito a sua falta’? Magoei... – disse ela tentando parecer cheteada.

As meninas se entreolharam arrependidas e sorriram em seguida.

– Estamos brincando com você, boba! Bem vinda de volta! – disse Marina indo lhe dar um abraço.

– Ah bom...

Elas continuaram conversando até o sinal tocar, e antes de se sentarem, Magali viu Cebola entrando com Irene por isso se virou para Mônica que estava se segurando para não voar em cima dos dois.

– Mô, por favor... Primeiro dia. Se acalma vai.

– Eu to calma, Magali... Eu sei que ele só está querendo me provocar.

– Pois é, mas lembra do que a gente conversou ontem.

– Eu já sei Magá, ele não vai conseguir me irritar mais do que ele já fez, hoje.

– Isso ai – Magali sorriu para a amiga, e se sentou atrás dela.

Mônica fez o mesmo se sentou em sua carteira. Respirando fundo a cada meio minuto. Além de ficar de papo com Irene no portão, ele ainda resolve sentar perto dela. Os dois pareciam estar se divertindo muito, o que fazia Mônica ficar ainda mais nervosa.

Cascão que estava assistindo tudo do fundão, apenas negou com a cabeça negativamente.

No meio da aula, Magali aproveitou que o professor havia se virado para o quadro para anotar os tipos de assuntos que o terceiro iria estudar ao longo do ano, e escreveu alguma coisa em um papelzinho e jogou em direção ao sujinho.

Ele viu alguma coisa caindo perto de seu pé, pegou e desamassou.

Cascão, eu preciso conversar com você depois dessa aula. Me encontra no segundo corredor.

Ele virou o papel para o lado e começou a escrever em seguida.

Já imagino sobre o que seja.

Cascão joga o papelzinho para a comilona, que cai exatamente em cima da mesa dela. Ao ler, ela se vira para o garoto que estava olhando para ela e afirma com a cabeça.

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– E então…? – perguntou Cascão se encostando na parede. - Veio me pedir pra dar uma bronca no Cebola?

– Cas é sério, o Cebola está fazendo o possível e o impossível pra deixar a Mônica com ciúmes. E sem motivo, né?

– Eu sei Magali, mas você sabe como ele é.

– O pior é que parece que no fundo ele gosta de ver a Mônica sofrer... – disse Magali cruzando os braços.

– Não fala isso, o Cebola pode ser o um idiota, mas eu não acho que ele saiba o mal que está fazendo pra ela.

– Será mesmo? – diz erguendo uma sobrancelha. – Olha Cascão, eu só te chamei aqui pra ver se você consegue pelo menos tirar a Irene de cima do Cebolinha antes que a...

– O QUE SIGNIFICA ISSO??!!

Cascão e Magali ouvem um grito (que parecia ser da Mônica) vindo de dentro da sala de aula.

– Falei tarde de mais... – Magali correu em direção à porta seguida por Cascão. Ao chegarem lá, presenciam a seguinte cena: Irene no colo de Cebola, com os braços em volta do seu pescoço, e Mônica em pé em frente a eles, saindo fumaça por todos os buracos possíveis.

Magali pôs a mão na boca chocada, enquanto Cascão estava com os olhos arregalados. O resto dos alunos que estavam lá dentro se afastaram da garota, por medo.

– VÃO COMEÇAR A SE EXPLICAREM OU NÃO?! – gritou a dentuça.

– A-a Irene ela só...

– Relaxa Mônica – disse Irene tranquila. – Eu só acabei pisando no meu cadarço que está desamarrado e...

– Caiu magicamente no colo do Cebola! – disse Mônica cruzando os braços.

– Isso! – sorriu ela.

– Pois é Mônica, não precisa dar todo esse escândalo...

A dentuça sem pensar duas vezes, puxou Irene brutamente de cima do garoto e segurou na gola de sua blusa.

– Escuta aqui garoto... Dês de anteontem que você vem me provocando. Esse seu planinho de me irritar, acaba AQUI! Você não sabe o que eu sou capaz, Cebola... Você não sabe.

Magali já ia pôr os pés para ir deter Mônica, mas Cascão puxa o seu braço de volta.

Cebola se sente ofendido com aquelas acusações e resolve se defender.

– Que ideia é essa de estar te provocando? – diz ele tirando as mãos da garota de sua gola. – Acha que só você pode ter ficar com outros, agora? Pois sinto lhe informar Mônica, mas eu estou SOL-TEI-RO!

– Ah é?! Então porque quando você ficou com essa dai, NA MINHA FRENTE, no dia seguinte me mandou uma mensagem pedindo “desculpas”?

Irene olhou para Cebola como se quisesse uma explicação e ele ficou sem graça.

– E-eu s-só senti a obligação de te pedir desculpas, olas. Afinal, não seria justo com você, não é?

Só faltou aquilo para Mônica explodir de vez. Os alunos que estavam assistindo tudo continuaram em silencio para não atrapalhar, pois aquilo já estava ficando bom de mais.

– COMO É QUE É?! – alterou-se Mônica, empurrando o garoto pra trás.

– N-não vai começar uma baixaria agora, Mônica! – disse Cebola com medo.

– ‘Não seria justo comigo’ olha bem pra mim seu careca!

– Mônica… - Cebola tentava se explicar.

– Quem você pensa que é?! Algum rei?!

Irene olhava para os dois diversas vezes, com medo de como iria terminar aquela discursão. Não só ela, mas como Magali e Cascão que continuavam na porta.

– VOCÊ que sempre sentiu ciúmes toda vez que eu chegava perto de um garoto – sorriu sarcástica. – Agora só porque uma garota finalmente resolveu te dar bola, você acha que já pode sair pisando em mim. Essa é boa!

– Como assim ‘finalmente uma garota resolveu me dar bola’? Você sabe muito bem que não é verdade! Eu sentia ciúmes de você sim e dai? Mas eu nunca cheguei nesse nível!

– QUE NIVEL?!

– Dá licença, dá licença... – diz o professor passando e entrando na sala. Chegando lá, veem os alunos todos no canto da sala e se espanta. – Mas o que é isso? Todo mundo sentando já!

Mônica e Cebola permaneciam na mesma posição. Um olhando para o outro com raiva. Só ai que ele percebe que havia tido uma grande discursão entre os dois e os mandam sentar.

– Não ouviram? Pro seus lugares. AGORA!

Sem tirar os olhos um do outro, os dois obedecem ao professor de física e vão se sentar. Magali que já estava no seu lugar, não ousou dizer uma só palavra durante toda a aula. Com a dentuça naquele estado, era melhor ficar calada.

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Com a chegada do intervalo, Magali teve a oportunidade de ir falar com Mônica sossegada sem ninguém pra atrapalhar.

– Mô... – diz tocando em seu ombro.

– Ah agora não Magali!

– Calma! Eu só queria conversar...

– Não to afim de falar com ninguém agora – sem mais explicações, a dentuça caminhou em passos apressados em direção a cantina.

A comilona respirou fundo e quando já ia seguir a amiga, Cascuda aparece com Denise atrás dela.

– Que babado, hein Magá? – diz a ruiva.

– Agora não Denise.

– Nunca pensei que o primeiro dia de aula fosse tão divertido – diz rindo.

– O Cebolinha passou dos limites, desta vez.

– Nem me fala Cascuda... – diz a comilona.

– Ah eu não me importaria uma ver uma confusão daquelas novamente... – diz a garota rindo.

– Cala a boca, Denise – pediu Cascuda. – Magá, e a Mônica?

– Foi pra cantina... Ela ainda está uma arara com o Cebola. Falar nisso cadê ele?

– Também foi pra lá, agora.

– Perai gente... Parece que tá acontecendo alguma coisa lá dentro. Tá todo mundo indo pra lá.

Ai não... – pensou Magali, já adivinhando o que era.

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Entrando correndo dentro da cantina, as meninas avistam Mônica e Cebola discutindo para toda a cantina ouvir.

Magali põe a mão na cabeça sem acreditar, e ao ver Cascão assistindo aquela cena de longe, vai até ele.

– Cascão, o que tá acontecendo aqui?!

Aquilo – diz apontando para os dois – já não responde a sua pergunta?

– O que foi desta vez?

– Parece que o Cebola empurrou a Mônica sem querer e...

– Já sei, já sei... Não precisa continuar – diz suspirando.

– Não tem jeito, Magali. Não importa o que seja, mas sempre vai ter um motivo para esses dois brigarem...

– E eu não sei? Agente precisa fazer alguma coisa, Cascão... – diz cruzando os braços.

– Eu que não vou me meter no meio desses dois. A ultima vez quase fui agredido...

– Não to falando disso seu bobão! Eu to falando que agente precisa ajudar esses dois a se entenderem de uma vez por todas.

– Você diz...?

– Isso mesmo!

– Mas Magali, você não vê que é impossível! Se eles dois já brigam desse jeito ainda sendo amigos, imagina quando eles forem um casal? Me inclui fora dessa!

– Pois eu tenho certeza que assim que eles começarem a namorar pra valer, vão ver que essas discursões sem sentido são perdas de tempo.

– Sei não viu... – disse olhando para frente.

– Por favor, Cas... Você é o melhor amigo do Cebola, e eu sou a melhor amiga da Mônica, quem mais, além de nós dois seria capaz de juntar eles?

– Ai... – Cascão olhando aquela carinha de cachorrinho abandonado, não conseguiu dizer não. – Tudo bem, Magali... Eu topo.

A comilona começou a abrir um sorriso.

– Mas se não der certo...

– Vai dar certo, Cascão! Eu prometo! – Magali se aproximou do sujinho e lhe deu um beijinho em sua bochecha, que sorriu.

– ME ESQUEÇE CEBOLA! E FICA COM ESSA SEM SAL!!

– VOU MESMO!

– OTIMO!

– OTIMO!

Mônica deu fim a discursão que estava tendo até então com Cebola, e saiu dali com os olhos cheios de ódio.

Magali foi atrás da garota, e Cascão fez o mesmo com seu amigo.

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Sentando em um banco, Mônica esticou as pernas e deu um longo e profundo suspiro.

– Quer me contar o que foi aquilo... – pediu Magali.

– Contar o que, Magali? – disse Mônica ainda furiosa. – Você tava lá, você viu.

– É... – disse abaixando o olhar. – Mas eu só queria entender o porquê daquela cena.

– Ai... – disse suspirando. – Só sei que toda vez que eu o vejo com aquela... Com a Irene... Me vem subindo um ódio tão grande, que sem nem perceber já estou aos berros com ele.

– Amiga... Você precisa se controlar mais.

– Eu sei Magali! – disse pondo as duas mãos em frente ao rosto.

– Eu já me arrependi de ter reagido daquele jeito na sala... Mas tenta me entender né? – disse com voz de choro.

– Eu te entendo Mô... – Magali começou a fazer carinho em seus cabelos. – Só que eu te pedi tanto pra você não ligar pro Cebola, pelo menos hoje...

– Impossível Magali... Pra todo lugar que eu olho, eu vejo o Cebola agarrado com ela...

– Ele só tá fazendo isso pra...

– Me fazer ciúmes, eu sei, eu sei! Mas ele já sabe que conseguiu, porque ele ainda insiste nisso? Será que ele tá gostando mesmo da... Irene?

– Para de bobagem Mônica. Você sabe que você é a única garota que o Cebola gosta de verdade!

– De uns tempos pra cá... Eu to começando a ficar em duvida disso...

– Chega Mô, tenta esquecer o Cebola. Pelo menos até o final da aula... Já é a segunda vez que vocês brigam hoje.

– Tudo bem – diz entre um suspiro.

Mônica achou melhor esquecer o “troca-letras” por enquanto, afinal, não queria arranjar bronca por causar mais confusões logo no primeiro dia de aula.

Mas ninguém havia dito nada sobre o segundo...


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