_ _ (06h15min) _ _ Casa da Magali

No dia seguinte, Magali levantou da cama um caco, pois, tinha passado a noite inteira na casa de Mônica, esquecendo completamente que ia ter aula no dia seguinte.

Tomou um banho rápido, porque percebeu que se não corresse iria se atrasar muito, vestiu a blusa da escola, colocou a sua calça jeans, se arrumou e desceu para tomar café.

– Bom dia filha – diz Dona Lili servindo o café para seu Carlito.

– Bom dia mãe – respondeu em um tom cansativo.

– Que foi? Não dormiu direito?

– Não muito... bom, o que tem pro café?

– Torradas.

– Mmm, que delicia.

Magali tomou o seu café, mas tudo muito rápido, estava super atrasada. Mônica passou na casa dela antes de ir para o colégio, pois, a ultima coisa que queria era entrar na escola sozinha, e ter o azar de encontrar com Cebola.

–-------------------------------------------------------XXXXX------------------------------------------------

– E ai, tá pronta para encontrar com o Cebola de novo? – perguntou Magali no caminho da escola.

– Mais ou menos... eu ainda não sei se estou pronta pra perdoar.

– Ah Mônica dá um voto de confiança pro garoto.

– Magali as coisas não são assim, ele apronta uma coisa e eu vou logo perdoando. Se o Cebola fosse seu paquera e ele ficasse sempre com qualquer garota da escola, e lhe pedisse desculpa no dia seguinte você iria perdoar ele?

– Não mas...

– Então pronto.

– Tá, não está mais aqui quem falou...

Seguiram o caminho tranquilamente falando sobre outros assuntos, até que quando estavam chegando quase perto da escola, Magali avistou um casal no portão da escola, Mônica que estava tagarelando nem percebeu e continuou conversando com a comilona.

Magali ficou curiosa pra ver quem era o casal novo. Aos poucos foi conseguindo enxergar e assim que teve certeza de quem era, tomou um baita susto e um medo profundo.

Olhou para dentuça que não parava de falar e torceu para que ela continuasse sem perceber. Mas não foi o caso, para o seu desespero. Elas já estavam na frente do colégio, e quando Mônica olhou para frente, acabou vendo os dois.

Ela quase tem um infarto ali mesmo na porta da escola. Magali segurou firme o seu braço, com medo dela fazer alguma besteira porque a cara dela não era das boas.

– Oi pessoal! – disse Magali passando pelos dois e puxando Mônica para que elas pudessem entrar logo e evitar qualquer tipo de briga, mas...

Mônica se soltou da comilona e disse: - Oi Cebola! Oi Irene! – disse ela entre os dentes.

– Como foram as suas férias, Mônica? – perguntou Irene sorrindo.

– Ótimas, e as suas? – tentou não parecer irritada.

– Muito boas também, mas estou feliz de voltar às aulas, afinal vou estar em ótima companhia, não é Cê? – disse a garota piscando para Cebola.

– Ah saquei... não era pra você já está na faculdade Irene? – perguntou Mônica com os braços cruzados.

– É, mas infelizmente e felizmente eu perdi...

– Ah é, tinha esquecido – disse Mônica com um sorriso sarcástico.

– Mônica, vamos? – perguntou a comilona puxando o braço da amiga, louca para sair dali.

– Espera! E você Cebola, não diz nada?

– Er... tudo bem?

– Aquele seu pedido de desculpas no meu celular ontem foi o que mesmo?

Irene olhou para Cebola confusa e ele ficou sem graça.

– Mônicaaa, anda logo ou não vamos achar lugar pra sentar – implorou Magali inventando qualquer desculpa, pois, percebeu que ela já estava começando a provocar.

– Não vai responder?

– E-eu... m-mandei aquele torpedo p-porque eu peguei o seu livro emprestado e não devolvi ainda.

– Ah sei... então aquela mensagem que dizia “desculpa por ontem” foi por causa do meu livro?

– É... é...

Mônica já ia responder, quando por sorte aparece o sujinho.

– E ai galera! Tudo belê? Ultimo ano aqui nessa joça, não estão felizes? – Magali soltou um suspiro de alivio assim que ele aparece e sorriu.

– Oi Cascão... – dizem Irene e Cebola.

Cascão percebe que tinha alguma coisa errada ali quando vê Irene e Cebola juntos, Mônica com os braços cruzados, e Magali segurando ela, logo entende o que estava acontecendo e tenta resolver.

– Aí Mônica, to precisando trocar uma ideia contigo ali dentro pode ser?

– Não dá pra ser outra hora? Eu to conversan... – antes de terminar a frase Cascão já tinha a puxado para dentro do colégio.

–-------------------------------------------------------XXXXX------------------------------------------------

– Cascão! Porque você fez isso?

– Apenas estava impedindo você de fazer uma besteira.

– Valeu Cascão, de verdade... eu não sei o que teria acontecido se você não tivesse aparecido.

– Ah pelo amor de deus, vocês falam parecendo que eu ia cometer um crime!

– Ia ser tipo um – disse Magali.

– Ou pior – continuou Cascão.

– Nossa, que exagero vocês dois... eu estava apenas conversando com eles, qual o problema?

– Você chama aquilo de conversa? Ficou o tempo todo olhando pra garota como se a qualquer momento fosse pular no pescoço dela.

– E o Cebola só estava com ela pra te provocar, tenho certeza.

– Então ele me envia um pedido de desculpas pelo celular e no dia seguinte aparece com ela DE NOVO? Ele tá querendo o que? Me deixar doida?

– Do Cebola agente pode esperar qualquer coisa... – disse Cascão.

– É, Mônica, você conhece ele, já, já ele despacha a Irene e...

– E vem me pedir desculpas de novo – disse ela revirando os olhos.

– Esquece ele, vamos pra sala, hoje é o primeiro dia de aula e eu estou louca pra rever as meninas.

Mônica olhou para em direção ao portão da escola onde Cebola continuava conversando com Irene animado. Ela fechou o punho, e seguiu Magali e Cascão até a sala de aula.