Amor Inesperado escrita por Bruninha
_ _ (16h09min) _ _ Praça
Lá estava Cascuda. Com uma cara de espanto, e já com águas nos olhos. Ela não esperava por isso.
Cascão e Magali estavam do mesmo jeito, mas a diferença é que além de espantados, estavam com medo.
– Cascuda... – começou Cascão largando Magali no mesmo estante. – E-eu posso explicar!
– Explicar o que?! – diz aumentando o volume da voz. – Eu vi e ouvi tudo! Você está me traindo e ainda por cima com a Magali! – pareceu ainda mais chocada.
– C-Cascuda... Me ouve por favor! A-agente não estava se...
– Ah não?! E o que era isso, então? Uma respiração boca a boca?
– Amiga... – Magali se aproximou, mas ela não quis nem ouvir.
– Você fica quieta! – Cascuda se virou para Cascão novamente. – Eu não esperava isso de você... – diz começando a chorar.
– Cascuda... – o sujinho segurou nas mãos dela.
– Não esperava mesmo... – ela se soltou e saiu correndo.
– Espera Cascuda!
Ela já estava longe. Eles se olharam, culpados e sem saber o que fazer. Cascão principalmente.
– Viu só? Eu não disse? A culpa disso tudo é sua! – diz dando um soco no ombro de Cascão.
– O que você queria que eu fizesse? – perguntou tentado se defender das agressões de Magali.
– Eu falei pra você parar de me agarrar no meio da rua!
– Que eu saiba você quem me beijou primeiro!
– Por que eu já sabia que você ia me beijar de qualquer jeito!
– Se sabia por que me trouxe aqui?!
– Porque eu vim pra CON-VER-SAR!
– Aquilo lá não me pareceu nenhuma conversa!
– Você vai continuar mesmo discutindo comigo? Ou vai atrás da sua namorada?
Cascão ficou quieto e suspirou.
– É... Você tá certa... – ele se virou para começar a ir a procura de Cascuda, mas se volta para Magali.
Ele estava hesitando e ela percebeu, por isso fez sinal para que ele fosse logo. O garoto obedeceu e começou a correr.
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Cascão encontrou Cascuda chorando e andando sem saber pra onde ia.
Ele estava se sentindo tão culpado, que mal sabia como ia conseguir se explicar.
– Cascuda...?
– O que você quer?! – respondeu curta e grossa, sem olhar pra ele.
O sujinho ficou de frente pra garota, fazendo ela parar de andar.
– Eu posso pelo menos te explicar o que aconteceu?
– Não tem nada pra explicar Cascão! Eu já vi tudo! E eu já saquei tudo há muito tempo!
– Cas... – ele suspirou. – As coisas não eram pra ter acontecido dessa forma... Eu estava querendo falar com você sobre isso antes, mas eu não consegui porque...
– Porque você é um canalha, Cascão! É isso que você é! – gritou furiosa.
– Eu sei que você está querendo me matar! Mas escuta... Eu e a Magali, não sei como mas agente acabou se...
– Eu não quero ouvir!! – gritou ainda mais alto.
– Mas você vai! – disse segurando o braço dela, pois ela já estava se virando para ir embora. – O que eu estou querendo te dizer é que... Eu realmente gosto dela, e... Eu não te falei isso antes por que eu queria ter certeza do que eu sentia. É estranho sim, eu admito! Nem eu queria acreditar que estava nutrindo algo por aquela magrela!
Cascuda negava com a cabeça perplexa. Ela não estava com a menor vontade de ficar ouvindo aquelas coisas, mas Cascão continuava.
– Eu não queria admitir, pelas simples razões... Primeiro porque somos amigos a anos, e nada nunca rolou entre agente, segundo porque eu e a Magali juntos não fazia o menor sentindo, e terceiro porque.... Eu... Te amava...
– Amava... – repetiu ela limpando as lagrimas.
– É difícil pra mim também ter que aceitar, mas esse sentimento surgiu do nada, e agora nós vamos ter que lidar com isso. Não só eu e ela, mas como você e o Quim.
– Você está enganado, Cascão! – diz ela se soltando dele. – EU não quero, não posso e não VOU aceitar isso NUNCA! – dizendo isso, Cascuda começou a correr novamente, mas desta vez Cascão não a seguiu.
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Magali entrou em casa se arrependendo amargamente de ter chamado Cascão para conversar. Se tivesse ficado em casa, terminado sua lição, nada disso teria acontecido. Cascuda não iria fraga-los juntos, e não teria ficado daquele jeito.
Se culpou tanto, que quase ia deixar uma lágrima cair se não fosse o seu telefone que começou a tocar.
Ela olhou na tela e viu que era Cascão, e atendeu imediatamente, querendo saber noticias da garota.
– Cascão!
– Falei com ela...
– E ai?! – perguntou apreensiva.
– E ai que não deu certo... Eu expliquei toda situação, mas ela não quis aceitar. Está furiosa com nós dois...
– Ai... – Magali sentou na cama, colocando a mão na cabeça. – E agora?
– Agora eu não sei...
– Como eu disse antes, você sabe que a culpa é sua não sabe?
– Magali, não vamos começar outra briga, vamos?
– Não... – suspirou. – Ela tá muito mal mesmo?
– Só tinha odio no olhar. Cara, eu tô me sentindo péssimo...
– Eu também... Tá vendo só? A única coisa que eu mais queria evitar, está acontecendo! Eu não acredito nisso...
– Fica calma... Eu vou passar na casa dela mais tarde, quando ela tiver mais calma, e tento explicar de novo.
– Não! Você vai ficar ai quietinho! – disse se levantando e abrindo a porta do quarto.
– Perai, o que você vai fazer?
– Minha vez de tentar conversar com ela...
– Magali, você bateu com a cabeça? Se ela não quer falar comigo, imagina com você...
– Eu aposto que você não deve ter usado as palavras certas, já que é um grosso! – diz descendo as escadas, caminhando em direção a porta.
– Eu te proíbo de ir na casa da Cascuda!
– Uma pena, pois eu já estou no caminho.
– Magali!
– Tchau Cascão!
– Ei espe...
A garota bate na cara do garoto e segue em caminho até a casa de Cascuda.
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