Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 39
39° Capítulo: A Verdade Dói Parte 2




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_ _ (16h09min) _ _ Praça

Lá estava Cascuda. Com uma cara de espanto, e já com águas nos olhos. Ela não esperava por isso.

Cascão e Magali estavam do mesmo jeito, mas a diferença é que além de espantados, estavam com medo.

– Cascuda... – começou Cascão largando Magali no mesmo estante. – E-eu posso explicar!

– Explicar o que?! – diz aumentando o volume da voz. – Eu vi e ouvi tudo! Você está me traindo e ainda por cima com a Magali! – pareceu ainda mais chocada.

– C-Cascuda... Me ouve por favor! A-agente não estava se...

– Ah não?! E o que era isso, então? Uma respiração boca a boca?

– Amiga... – Magali se aproximou, mas ela não quis nem ouvir.

– Você fica quieta! – Cascuda se virou para Cascão novamente. – Eu não esperava isso de você... – diz começando a chorar.

– Cascuda... – o sujinho segurou nas mãos dela.

– Não esperava mesmo... – ela se soltou e saiu correndo.

– Espera Cascuda!

Ela já estava longe. Eles se olharam, culpados e sem saber o que fazer. Cascão principalmente.

– Viu só? Eu não disse? A culpa disso tudo é sua! – diz dando um soco no ombro de Cascão.

– O que você queria que eu fizesse? – perguntou tentado se defender das agressões de Magali.

– Eu falei pra você parar de me agarrar no meio da rua!

– Que eu saiba você quem me beijou primeiro!

– Por que eu já sabia que você ia me beijar de qualquer jeito!

– Se sabia por que me trouxe aqui?!

– Porque eu vim pra CON-VER-SAR!

– Aquilo lá não me pareceu nenhuma conversa!

– Você vai continuar mesmo discutindo comigo? Ou vai atrás da sua namorada?

Cascão ficou quieto e suspirou.

– É... Você tá certa... – ele se virou para começar a ir a procura de Cascuda, mas se volta para Magali.

Ele estava hesitando e ela percebeu, por isso fez sinal para que ele fosse logo. O garoto obedeceu e começou a correr.

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Cascão encontrou Cascuda chorando e andando sem saber pra onde ia.

Ele estava se sentindo tão culpado, que mal sabia como ia conseguir se explicar.

– Cascuda...?

– O que você quer?! – respondeu curta e grossa, sem olhar pra ele.

O sujinho ficou de frente pra garota, fazendo ela parar de andar.

– Eu posso pelo menos te explicar o que aconteceu?

– Não tem nada pra explicar Cascão! Eu já vi tudo! E eu já saquei tudo há muito tempo!

– Cas... – ele suspirou. – As coisas não eram pra ter acontecido dessa forma... Eu estava querendo falar com você sobre isso antes, mas eu não consegui porque...

– Porque você é um canalha, Cascão! É isso que você é! – gritou furiosa.

– Eu sei que você está querendo me matar! Mas escuta... Eu e a Magali, não sei como mas agente acabou se...

– Eu não quero ouvir!! – gritou ainda mais alto.

– Mas você vai! – disse segurando o braço dela, pois ela já estava se virando para ir embora. – O que eu estou querendo te dizer é que... Eu realmente gosto dela, e... Eu não te falei isso antes por que eu queria ter certeza do que eu sentia. É estranho sim, eu admito! Nem eu queria acreditar que estava nutrindo algo por aquela magrela!

Cascuda negava com a cabeça perplexa. Ela não estava com a menor vontade de ficar ouvindo aquelas coisas, mas Cascão continuava.

– Eu não queria admitir, pelas simples razões... Primeiro porque somos amigos a anos, e nada nunca rolou entre agente, segundo porque eu e a Magali juntos não fazia o menor sentindo, e terceiro porque.... Eu... Te amava...

– Amava... – repetiu ela limpando as lagrimas.

– É difícil pra mim também ter que aceitar, mas esse sentimento surgiu do nada, e agora nós vamos ter que lidar com isso. Não só eu e ela, mas como você e o Quim.

– Você está enganado, Cascão! – diz ela se soltando dele. – EU não quero, não posso e não VOU aceitar isso NUNCA! – dizendo isso, Cascuda começou a correr novamente, mas desta vez Cascão não a seguiu.

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Magali entrou em casa se arrependendo amargamente de ter chamado Cascão para conversar. Se tivesse ficado em casa, terminado sua lição, nada disso teria acontecido. Cascuda não iria fraga-los juntos, e não teria ficado daquele jeito.

Se culpou tanto, que quase ia deixar uma lágrima cair se não fosse o seu telefone que começou a tocar.

Ela olhou na tela e viu que era Cascão, e atendeu imediatamente, querendo saber noticias da garota.

– Cascão!

– Falei com ela...

– E ai?! – perguntou apreensiva.

– E ai que não deu certo... Eu expliquei toda situação, mas ela não quis aceitar. Está furiosa com nós dois...

– Ai... – Magali sentou na cama, colocando a mão na cabeça. – E agora?

– Agora eu não sei...

– Como eu disse antes, você sabe que a culpa é sua não sabe?

– Magali, não vamos começar outra briga, vamos?

– Não... – suspirou. – Ela tá muito mal mesmo?

– Só tinha odio no olhar. Cara, eu tô me sentindo péssimo...

– Eu também... Tá vendo só? A única coisa que eu mais queria evitar, está acontecendo! Eu não acredito nisso...

– Fica calma... Eu vou passar na casa dela mais tarde, quando ela tiver mais calma, e tento explicar de novo.

– Não! Você vai ficar ai quietinho! – disse se levantando e abrindo a porta do quarto.

– Perai, o que você vai fazer?

– Minha vez de tentar conversar com ela...

– Magali, você bateu com a cabeça? Se ela não quer falar comigo, imagina com você...

– Eu aposto que você não deve ter usado as palavras certas, já que é um grosso! – diz descendo as escadas, caminhando em direção a porta.

– Eu te proíbo de ir na casa da Cascuda!

– Uma pena, pois eu já estou no caminho.

Magali!

– Tchau Cascão!

– Ei espe...

A garota bate na cara do garoto e segue em caminho até a casa de Cascuda.


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