Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 38
38° Capítulo: A Verdade Dói




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_ _ (12h34min) _ _ Quarto da Magali

Magali chegou em casa, entrou no seu quarto e quando se deu conta que estava sozinha, percebeu que estava feliz.

As palavras de Cascão ficavam se repetindo diversas vezes em sua cabeça. Ela sentou na cama olhando para o nada, suspirando e com um meio sorriso no rosto.

Dona Lili bateu na porta e viu que a filha não estava lhe ouvindo.

– Posso saber o motivo desse sorrisinho? – perguntou se aproximando.

Magali saiu do transe e olhou para a mãe.

– Nem sei...

– Aconteceu alguma coisa hoje na escola?

– Aconteceu – disse olhando pra frente.

– Não vai me contar?

– Eu ouvi sem querer... – Magali respirou fundo e continuou – O Cascão dizer que... Gostava de mim...

– Ué, mas você ainda tinha duvidas?

– Não, mas... Não sabia que ele se sentia do mesmo jeito que eu.

– E o que você fez?

Magali estranhou a pergunta.

– Nada, oras.

– Por que não?

– Ele só estava conversando com a Mônica, por isso eu fingi que não tinha escutado.

– E vai ficar assim até quando?

– Até eu decidi o que eu vou fazer...

– Filha, você já terminou com o Quinzinho. Não tá na hora de você seguir em frente?

– Eu sei mãe, mas acontece que ainda tem a Cascuda.

– Uma hora ela vai acabar descobrindo sozinha se vocês não contarem logo – diz por fim se levantando.

Lili deu um beijo na testa da filha e saiu. Magali suspirou se jogando pra trás, pensando no que iria fazer.

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Após tomar banho (e não comer), Magali ficou fazendo o dever de casa, sentada na janela.

Quando percebeu que tinha um garoto andando de skate, tirou seus olhos dos livros. Era Cascão. Seu coração disparou como sempre disparava quando lhe via. Ela sorriu e abriu o vidro da janela.

– Cascão! – chamou.

O sujinho olhou pra trás e viu a comilona, ele parou com o skate imediatamente e sorriu pra ela.

– Você tá ocupado?

– Não... Você quer falar comigo?

Ela afirmou com a cabeça e deu sinal pra ele esperar. Descendo as escadas, Magali calçou as sapatilhas e abriu a porta.

Ele estava no portão esperando.

– E ai? – perguntou ele sorrindo.

– Vamos na praça, eu preciso falar com você.

– Tudo bem... – ela passou pelo portão, fechando-o em seguida, os dois caminharam em silêncio e em passos lentos até a praça.

Chegando lá, Magali se virou para o sujinho e respirou fundo.

– O que foi? – perguntou preocupado.

– Sobre hoje na escola... – ele ficou ainda mais preocupado e engoliu em seco, já adivinhando o que seria. – Eu menti quando disse que não tinha escutado nada...

– E... E o que você ouviu? – perguntou nervoso.

– O que você já sabe...

Cascão baixou a cabeça para o lado, envergonhado e arrependido por ter dito aquelas coisas.

– Magali... Eu...

– Deixa eu terminar – pediu, fechando os olhos. – Eu não sei por que, mas... Eu fiquei feliz quando eu escutei você dizer aquilo.

O sujinho ficou surpreso, voltando a olhar pra ela.

– Talvez porque... Eu me sinta da mesma forna – disse por fim mordendo o lábio inferior.

O garoto ficou sem reação, mas abriu um sorriso em seguida.

– Eu... – colocou a mão na nuca. – Nunca pensei que fosse ouvir isso de você algum dia.

Ela sorriu envergonhada.

– Eu só criei coragem pra dizer porque... Você criou, primeiro.

Os dois ficaram sorrindo, corados, sem dizer nada por alguns segundos. Até que Cascão decidiu tomar frente.

– É verdade sim... – diz colocando o cabelo de Magali pra trás. – Eu gosto de você... Não foi amor à primeira vista, mas... Tá valendo. – diz ele, fazendo Magali rir.

– Você sabe o quanto está se arriscando ficando do meu lado, não sabe?

– Por você eu enfrento qualquer coisa, Magali. – diz sério.

O sorriso de Magali some, e ela solta um suspiro. Cascão continuava alisando o cabelo dela com uma das mãos. Ela então, segura o rosto do sujinho e fecha os olhos, lhe dando um beijo. Mas um selinho... Um selinho demorado.

Cascão se surpreende com atitude dela, e coloca suas mãos na sua cintura.

Por fim ela se afasta.

– O que foi? – perguntou ao perceber que Cascão não parava de sorrir.

– É que ainda não caiu à ficha que foi você quem beijou...

Ela cora no mesmo estante e dá um tapa de leve em seu ombro.

– Só os homens podem beijar as mulheres agora? – perguntou rindo.

– Claro que não, sua boba! – disse puxando a garota para mais um beijo. Desta vez o tipo de beijo que Cascão era acostumado dar nela.

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Os dois já tinham ido se sentar, e ficaram no banco da praça... Namorando.

Após minutos de beijo, Magali empurra o rosto do garoto.

– Aii, o que foi agora? – perguntou impaciente.

– Cascão, pega leve... Se alguém aparece aqui...

– Ah esquece isso... – disse beijando o pescoço da comilona.

– Eu to falando sério – empurra o seu rosto novamente. – A Cascuda pode aparecer.

Ele suspira um pouco irritado por ela ter lembrado de sua namorada justo naquele momento.

– Olha, eu já te disse que eu vou terminar com ela, não disse?

– Eu sei mas... Mesmo assim – Magali estava começando a esquivar de novo, por isso Cascão foi obrigado a calar a boca da garota com outro beijo.

Ela tentava tira-lo de cima dela, mas era difícil.

– Cascão... – disse ofegante. – Para, agente tá no meio da praça!

– Não seja por isso – disse saindo de cima dela, e levantando. – Vamos pra minha casa – estendeu a mão pra ela.

– Nem morta que eu vou entrar naquele chiqueiro de novo. – disse cruzando as pernas e os braços.

– Magali, lembra que eu já arrumei?

– Mas já deve ter dado tempo o suficiente pra ter voltado ao que era.

Cascão estava super impaciente, queria voltar a agarrar aquela comilona de qualquer jeito.

– Olha... – disse ela se levantando ao perceber que ele estava nervoso. – Primeiro, você conversa com a Cascuda... Ai depois agente... Você sabe...

– Mas...

– Cascão, eu não quero mais trair a minha amiga com você!

– Ai, tá bom Magali... Você venceu – disse soltando suspiro.

– Ótimo. Agora eu vou pra casa que ainda nem terminei minha lição de química e... – Magali se vira. mas é puxada brutamente pelo sujinho, que lhe beija em seguida.

Ela retribui, mas como sempre percebe que aquilo não era certo e tenta empurra-lo.

– Cascão...

Ele a solta ofegante.

– Desculpa, desculpa... É que eu não consigo me controlar perto de você…

A garota começa a rir, achando fofo o jeito como ele estava, e lhe dá um beijo na bochecha.

– Fala com a Cascuda primeiro... Depois agente se resolve...

– Tudo bem eu falo... – Cascão a beija mais uma vez, e desta vez não é a comilona que atrapalha, mas sim uma voz feminina ao seu lado.

– Não precisa... Eu já ouvi tudo.


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