Amor Inesperado escrita por Bruninha
O dia todo Magali ficou esperando uma ligação de Mônica, com a esperança que ela tivesse lhe perdoado, mas o celular não tocou em nenhum momento, fazendo Magali querer chorar.
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_ _ (07h11min) _ _ Escola
Magali chegou na sala encontrou Monica sentada de cabeça de baixa. Ela percebeu que não só ela, mas Mônica também estava mal
A comilona não quis começar um papo, pois viu que ela não estava afim de conversar.
Lá atrás, Cascão viu que elas estavam estranhas, fazendo-o estranhar. Cebola também percebeu, se arrependendo de ter contado do beijo pra Mônica.
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No intervalo, mas uma vez Magali não quis ir pra cantina, e foi se sentar sozinha no banco. Cascão a avistou de longe e correu até ela.
– Er... Oi Magali. – a garota forçou um sorriso e não respondeu. – Tá tudo bem? – perguntou se sentando.
Ela afirmou com a cabeça, mas em seguida balançou negativamente.
O sujinho franziu a testa sem entender, e Magali não conseguiu deixar escapar uma lagrima cair sobre o seu rosto. Ela limpou imediatamente mas Cascão já tinha visto.
– Ei... – diz lhe abraçando. – O que foi?
– A... A Monica...
– Vocês brigaram?
Ela assentiu com a cabeça fazendo um bico, pois estava começando a chorar pra valer.
– Calma... – diz fazendo carinho em sua cabeça.
Naquela mesma hora a Cascuda apareceu atrás deles, mas não disse nada, apenas continuou observando-os. No mínimo pensou besteira, por isso saiu correndo.
– Fica aqui... – diz o garoto se levantando do banco.
Ela enxugou as lagrimas sem saber pra onde ele ia.
Na volta, ele apareceu com um copo d’água, na mão.
– Toma... – ele entregou e ela bebeu um gole.
Suspirou olhando pra frente, tentando conter as lagrimas. O seu choro já estava controlado, fazendo Cascão ficar mais aliviado.
– Tá mais calma? – ela afirmou com a cabeça, e sorriu meigamente pra ele. – Quer me contar?
– Não Cas... Deixa pra lá.
– Talvez... Eu possa ajudar...
Ela respirou fundo e contou o motivo pelo qual sua amiga estava lhe dando gelo.
– E foi isso... Ela acha que eu dei em cima do Cebola...
– E... E você deu? – diz ele erguendo uma das sobrancelhas.
Magali revirou os olhos com aquela pergunta, e Cascão riu.
– Tô bricando, vai! Não me olha com essa cara...
– Não é hora pra piada, é sério!
– Tá bom calma... – respondeu rindo. – Mas se você quiser... Eu posso falar com ela e tentar explicar.
– Eu já tentei! Não deu certo... E em troca recebi várias acusações absurdas.
– Mas comigo vai dar... Tenho certeza.
– Será? – diz colocando a cabeça pra cima.
Cascão fez que sim com a cabeça, se levantou do banco.
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A procura de Mônica, Cascão encontrou ela sentada em outro banco com Cebola
– Posso falar com você, Mônica? – perguntou se aproximando.
– Sobre...?
– Careca, me dá um minuto com ela...
Cebola se levantou e deu um beijo na testa de Mônica. Ele saiu, deixando os dois sozinhos.
– Viu só? Ele não tem ciúmes da gente – dizia enquanto se sentava.
– Ele não tem motivos pra ter... – cruzou os braços.
– E você tem deles?
– Eu tive um motivo! Você sabe!
– Mônica olha pra mim... – a dentuça virou o rosto, ainda com a cara emburrada. – Você acha mesmo que a Magali... A nossa Magali... Faria qualquer coisa pra te magoar? – ele perguntou e esperou resposta, mas ela continuava calada – Pois eu te respondo, claro que não! A Magali pode ser qualquer coisa, menos falsa, ela nunca faria nada que pudesse prejudicar a sua amizade com a dela.
Mônica baixou o olhar sem ter o que dizer.
– A Magali é uma das pessoas mais doces que eu já conheci. Ela se apega rápido demais as pessoas, e você sabe o quanto ela se importa com os amigos. E a amizade de vocês mais que tudo.
– Eu sei...
– É por isso que eu tô dizendo... Tudo não passou de um mal entendido. Ela nunca teria beijado o Cebola se fosse realmente necessário.
– Tem certeza?
– Mônica se liga. Mas afinal de contas quem te contou?
– O próprio Cebola.
– Ah mas esse cara é um fofoqueiro hein! O lance foi o seguinte, a Magali teve que distrair o Cebola, para que pudesse pôr o bilhete da “admiradora secreta” na mochila dele. Só que ai rolou um probleminha lá, e pra o careca não descobrir que eu estava mexendo nas coisas dele, a Magali apelou pra um beijo. Mas foi só isso. Ela já pediu desculpas.
– Serio isso? – franziu a testa.
– Seríssimo. Acha que ela beijaria aquele careca de proposito?
– É... Talvez eu tenha sido um pouco injusta...
– Um pouco?
– Tá bom... Muito injusta... – diz suspirando.
– Por que agora que você já sabe de toda a história, não vai atrás dela?
– Tem razão! Eu preciso me desculpar com ela... – ela se levantou e saiu correndo, mas voltou pra dar um beijo na bochecha de Cascão. – Valeu Cas!
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Mônica correu até Magali lhe dando um abraço. A comilona fica surpresa, mas feliz. Parece que tinha realmente dado certo a conversa que Cascão foi ter com ela. Agradeceu imensamente por dentro por ter ele como amigo.
O sujinho que assistia tudo de longe, sorriu contente, pois seus conselhos deram certo.
– Você me perdoa? – perguntou Mônica baixando o olhar, envergonhada por todas as coisas que tinha dito.
– Sempre.
Elas se abraçaram mais uma vez e foram pra sala.
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Na hora de ir embora, Magali disse que iria passar no banheiro antes, e Mônica ficou esperando a garota dentro da sala. De repente Cascão aparece lá dentro ao ver que a dentuça estava sozinha.
– Parece que deu certo né? – disse sorrindo.
– E graças a quem? – colocou a mochila no ombro.
– Eu só não queria ver vocês brigadas... Só isso.
– Só por isso mesmo? Ou... Tem mais? – perguntou sorrindo maliciosamente.
– C-como assim?
– Cascão! Você já pode se abrir comigo. Eu te conheço tanto quanto eu conheço a Magali. Eu já saquei o lance de vocês há tempos.
– Sacou? – perguntou erguendo as sobrancelhas.
– Vai Cascão! Me conta, eu sou sua amiga não sou?
– M-mas eu não tenho nada pra contar, oras...
Mônica lançou um olhar de reprovação para o garoto e ele suspirou.
– Tudo bem Mônica, a verdade é que... – Magali apareceu na porta, e acabou escutando a conversa. – Eu gosto dela...
– Gosta é? Eu não usaria bem essa palavra… - diz sorrindo.
– Talvez... Eu... Eu ame ela... Sei lá... – Ao ouvir aquilo, Magali colocou a mão na boca, pasma.
Mônica percebeu que Magali estava ali e sorriu mais ainda, mas tentou disfarçar,
– Finalmente um garoto que admite seus sentimentos neste bairro...
– O problema é que ela também deve sentir o mesmo já que terminou com o Quim. Eu fiquei feliz claro... – Magali soltou uma leve risada ao escutar aquilo. – Mas ela... Não quer tentar... Ela não quer se envolver com ninguém, e isso me deixa...
– Arrasado?
– Acho que é isso… - diz se sentando em uma cadeira.
– É eu te entendo. Mas eu sei que ela no fim vai acabar cedendo. – Mônica olhou para Magali brava, como se quisesse repreender a comilona por ter deixar o garoto assim.
– Não sei não... A Magali não gosta de magoar os outros, mas ela não sabe que no fundo acaba me magoando com toda essa distancia.
Magali colocou a mão na boca, triste. Então ele também se sentia do mesmo jeito que ela... Só não sabia o quão mal estava lhe fazendo.
– Cascão, por que você não diz isso pra ela?
– Não sei se ela sinta o mesmo...
Magali queria entrar naquela sala e dizer tudo que estava pensando. Ela não podia deixar que o sujinho achasse que ela não gostava dele.
– Você sabe que ela sente.
– Mas talvez o que ela sente, não seja comparado ao que eu sinto, entende? E eu sei que vou levar um fora.
– Cascão, tantas coisas que você já enfrentou, por que se declarar pra Magali é tão difícil? Deixa de ser um rato!
– Quando o assunto é a Magali, eu viro um...
Magali suspirou sorrindo, aquelas palavras fizeram seu coração bater tão rápido que a sua vontade era de entrar ali e abraçar o garoto.
Mônica colocou a mão no ombro de Cascão tentando consola-lo, e Magali decidiu entrar em seguida.
– Er... Mônica, vamos?
Cascão se virou assustado pra comilona, com medo de ela ter escutado.
– V-você... Ouviu alguma coisa?
– Não... – diz tentando parecer calma. – Por quê? Estavam falando mal de mim?
– N-não... Claro que não...
– Então... Vamos? – se virou pra dentuça de novo.
Mônica afirmou com a cabeça, e já na porta Magali se virou pro sujinho que permanecia na sala, envergonhado.
– Vai fica ai, Cascão?
– Eu... Vou daqui a pouco...
Ela não quis ir embora e deixa-lo daquele jeito, mas se ficasse ele iria desconfiar de que ela tinha escutado, por isso se virou e foi embora.
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No caminho...
– Agora que você já tem certeza que o Cascão sente por você, por que não fica logo com o garoto de uma vez?
– Pra não ser uma ladra de namorados...
– Magali! Eu já te falei que naquele dia eu não estava no meu eu! – diz se defendendo.
– Eu sei amiga – diz rindo. – Eu to brincando.
– Ah bom...
– O que ele disse mexeu muito comigo...
– Foi preciso você ouvir da boca do Cascão pra ter certeza de que ele gostava de você, eu pelo menos já sabia há anos.
– Eu sei... Mas ainda preciso pensar.
– Ai... – Mônica bateu com a mão na testa, sem acreditar que Magali ainda precisava de tempo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Aww que fofis!