Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 37
37° Capítulo: Aceitando os Fatos




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O dia todo Magali ficou esperando uma ligação de Mônica, com a esperança que ela tivesse lhe perdoado, mas o celular não tocou em nenhum momento, fazendo Magali querer chorar.

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_ _ (07h11min) _ _ Escola

Magali chegou na sala encontrou Monica sentada de cabeça de baixa. Ela percebeu que não só ela, mas Mônica também estava mal

A comilona não quis começar um papo, pois viu que ela não estava afim de conversar.

Lá atrás, Cascão viu que elas estavam estranhas, fazendo-o estranhar. Cebola também percebeu, se arrependendo de ter contado do beijo pra Mônica.

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No intervalo, mas uma vez Magali não quis ir pra cantina, e foi se sentar sozinha no banco. Cascão a avistou de longe e correu até ela.

– Er... Oi Magali. – a garota forçou um sorriso e não respondeu. – Tá tudo bem? – perguntou se sentando.

Ela afirmou com a cabeça, mas em seguida balançou negativamente.

O sujinho franziu a testa sem entender, e Magali não conseguiu deixar escapar uma lagrima cair sobre o seu rosto. Ela limpou imediatamente mas Cascão já tinha visto.

– Ei... – diz lhe abraçando. – O que foi?

– A... A Monica...

– Vocês brigaram?

Ela assentiu com a cabeça fazendo um bico, pois estava começando a chorar pra valer.

– Calma... – diz fazendo carinho em sua cabeça.

Naquela mesma hora a Cascuda apareceu atrás deles, mas não disse nada, apenas continuou observando-os. No mínimo pensou besteira, por isso saiu correndo.

– Fica aqui... – diz o garoto se levantando do banco.

Ela enxugou as lagrimas sem saber pra onde ele ia.

Na volta, ele apareceu com um copo d’água, na mão.

– Toma... – ele entregou e ela bebeu um gole.

Suspirou olhando pra frente, tentando conter as lagrimas. O seu choro já estava controlado, fazendo Cascão ficar mais aliviado.

– Tá mais calma? – ela afirmou com a cabeça, e sorriu meigamente pra ele. – Quer me contar?

– Não Cas... Deixa pra lá.

– Talvez... Eu possa ajudar...

Ela respirou fundo e contou o motivo pelo qual sua amiga estava lhe dando gelo.

– E foi isso... Ela acha que eu dei em cima do Cebola...

– E... E você deu? – diz ele erguendo uma das sobrancelhas.

Magali revirou os olhos com aquela pergunta, e Cascão riu.

– Tô bricando, vai! Não me olha com essa cara...

– Não é hora pra piada, é sério!

– Tá bom calma... – respondeu rindo. – Mas se você quiser... Eu posso falar com ela e tentar explicar.

– Eu já tentei! Não deu certo... E em troca recebi várias acusações absurdas.

– Mas comigo vai dar... Tenho certeza.

– Será? – diz colocando a cabeça pra cima.

Cascão fez que sim com a cabeça, se levantou do banco.

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A procura de Mônica, Cascão encontrou ela sentada em outro banco com Cebola

– Posso falar com você, Mônica? – perguntou se aproximando.

– Sobre...?

– Careca, me dá um minuto com ela...

Cebola se levantou e deu um beijo na testa de Mônica. Ele saiu, deixando os dois sozinhos.

– Viu só? Ele não tem ciúmes da gente – dizia enquanto se sentava.

– Ele não tem motivos pra ter... – cruzou os braços.

– E você tem deles?

– Eu tive um motivo! Você sabe!

– Mônica olha pra mim... – a dentuça virou o rosto, ainda com a cara emburrada. – Você acha mesmo que a Magali... A nossa Magali... Faria qualquer coisa pra te magoar? – ele perguntou e esperou resposta, mas ela continuava calada – Pois eu te respondo, claro que não! A Magali pode ser qualquer coisa, menos falsa, ela nunca faria nada que pudesse prejudicar a sua amizade com a dela.

Mônica baixou o olhar sem ter o que dizer.

– A Magali é uma das pessoas mais doces que eu já conheci. Ela se apega rápido demais as pessoas, e você sabe o quanto ela se importa com os amigos. E a amizade de vocês mais que tudo.

– Eu sei...

– É por isso que eu tô dizendo... Tudo não passou de um mal entendido. Ela nunca teria beijado o Cebola se fosse realmente necessário.

– Tem certeza?

– Mônica se liga. Mas afinal de contas quem te contou?

– O próprio Cebola.

– Ah mas esse cara é um fofoqueiro hein! O lance foi o seguinte, a Magali teve que distrair o Cebola, para que pudesse pôr o bilhete da “admiradora secreta” na mochila dele. Só que ai rolou um probleminha lá, e pra o careca não descobrir que eu estava mexendo nas coisas dele, a Magali apelou pra um beijo. Mas foi só isso. Ela já pediu desculpas.

– Serio isso? – franziu a testa.

– Seríssimo. Acha que ela beijaria aquele careca de proposito?

– É... Talvez eu tenha sido um pouco injusta...

– Um pouco?

– Tá bom... Muito injusta... – diz suspirando.

– Por que agora que você já sabe de toda a história, não vai atrás dela?

– Tem razão! Eu preciso me desculpar com ela... – ela se levantou e saiu correndo, mas voltou pra dar um beijo na bochecha de Cascão. – Valeu Cas!

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Mônica correu até Magali lhe dando um abraço. A comilona fica surpresa, mas feliz. Parece que tinha realmente dado certo a conversa que Cascão foi ter com ela. Agradeceu imensamente por dentro por ter ele como amigo.

O sujinho que assistia tudo de longe, sorriu contente, pois seus conselhos deram certo.

– Você me perdoa? – perguntou Mônica baixando o olhar, envergonhada por todas as coisas que tinha dito.

– Sempre.

Elas se abraçaram mais uma vez e foram pra sala.

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Na hora de ir embora, Magali disse que iria passar no banheiro antes, e Mônica ficou esperando a garota dentro da sala. De repente Cascão aparece lá dentro ao ver que a dentuça estava sozinha.

– Parece que deu certo né? – disse sorrindo.

– E graças a quem? – colocou a mochila no ombro.

– Eu só não queria ver vocês brigadas... Só isso.

– Só por isso mesmo? Ou... Tem mais? – perguntou sorrindo maliciosamente.

– C-como assim?

– Cascão! Você já pode se abrir comigo. Eu te conheço tanto quanto eu conheço a Magali. Eu já saquei o lance de vocês há tempos.

– Sacou? – perguntou erguendo as sobrancelhas.

– Vai Cascão! Me conta, eu sou sua amiga não sou?

– M-mas eu não tenho nada pra contar, oras...

Mônica lançou um olhar de reprovação para o garoto e ele suspirou.

– Tudo bem Mônica, a verdade é que... – Magali apareceu na porta, e acabou escutando a conversa. – Eu gosto dela...

– Gosta é? Eu não usaria bem essa palavra… - diz sorrindo.

– Talvez... Eu... Eu ame ela... Sei lá... – Ao ouvir aquilo, Magali colocou a mão na boca, pasma.

Mônica percebeu que Magali estava ali e sorriu mais ainda, mas tentou disfarçar,

– Finalmente um garoto que admite seus sentimentos neste bairro...

– O problema é que ela também deve sentir o mesmo já que terminou com o Quim. Eu fiquei feliz claro... – Magali soltou uma leve risada ao escutar aquilo. – Mas ela... Não quer tentar... Ela não quer se envolver com ninguém, e isso me deixa...

– Arrasado?

– Acho que é isso… - diz se sentando em uma cadeira.

– É eu te entendo. Mas eu sei que ela no fim vai acabar cedendo. – Mônica olhou para Magali brava, como se quisesse repreender a comilona por ter deixar o garoto assim.

– Não sei não... A Magali não gosta de magoar os outros, mas ela não sabe que no fundo acaba me magoando com toda essa distancia.

Magali colocou a mão na boca, triste. Então ele também se sentia do mesmo jeito que ela... Só não sabia o quão mal estava lhe fazendo.

– Cascão, por que você não diz isso pra ela?

– Não sei se ela sinta o mesmo...

Magali queria entrar naquela sala e dizer tudo que estava pensando. Ela não podia deixar que o sujinho achasse que ela não gostava dele.

– Você sabe que ela sente.

– Mas talvez o que ela sente, não seja comparado ao que eu sinto, entende? E eu sei que vou levar um fora.

– Cascão, tantas coisas que você já enfrentou, por que se declarar pra Magali é tão difícil? Deixa de ser um rato!

– Quando o assunto é a Magali, eu viro um...

Magali suspirou sorrindo, aquelas palavras fizeram seu coração bater tão rápido que a sua vontade era de entrar ali e abraçar o garoto.

Mônica colocou a mão no ombro de Cascão tentando consola-lo, e Magali decidiu entrar em seguida.

– Er... Mônica, vamos?

Cascão se virou assustado pra comilona, com medo de ela ter escutado.

– V-você... Ouviu alguma coisa?

– Não... – diz tentando parecer calma. – Por quê? Estavam falando mal de mim?

– N-não... Claro que não...

– Então... Vamos? – se virou pra dentuça de novo.

Mônica afirmou com a cabeça, e já na porta Magali se virou pro sujinho que permanecia na sala, envergonhado.

– Vai fica ai, Cascão?

– Eu... Vou daqui a pouco...

Ela não quis ir embora e deixa-lo daquele jeito, mas se ficasse ele iria desconfiar de que ela tinha escutado, por isso se virou e foi embora.

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No caminho...

– Agora que você já tem certeza que o Cascão sente por você, por que não fica logo com o garoto de uma vez?

– Pra não ser uma ladra de namorados...

– Magali! Eu já te falei que naquele dia eu não estava no meu eu! – diz se defendendo.

– Eu sei amiga – diz rindo. – Eu to brincando.

– Ah bom...

– O que ele disse mexeu muito comigo...

– Foi preciso você ouvir da boca do Cascão pra ter certeza de que ele gostava de você, eu pelo menos já sabia há anos.

– Eu sei... Mas ainda preciso pensar.

– Ai... – Mônica bateu com a mão na testa, sem acreditar que Magali ainda precisava de tempo.


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Notas finais do capítulo

Aww que fofis!



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