Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 18
18° Capítulo: Em Casa


Notas iniciais do capítulo

Capítulo loooooooongissimo!
Boa leitura ;)



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_ _ (08h19min) _ Casa da Magali

Magali entrou em casa com a ajuda dos pais, pois continuava ainda um pouco zonza devido a pancada que levou na cabeça.

– Você nos deu um grande susto hoje, moçinha... – diz Seu Carlito.

– Não exagera, pai... Pelo que eu sei não sofri nenhum acidente.

– Eu sei – diz ele ajudando ela a se sentar no sofá. – Mas, poderia ter sido grave...

– Falando nisso... Agora que já chegamos em casa, vocês podem me contar o que aconteceu? Eu tento me esforçar pra lembrar de alguma coisa... Mas a minha cabeça acaba doendo.

Carlito e Lili se entreolham e suspiram.

– É melhor você ir descansar... Tenta não pensar em nada por enquanto, depois te contamos tudo com detalhe.

– Eu to começando a ficar preocupada mãe...

– Não tem nada que se preocupar. Vem, eu vou te levar pro quarto – Magali apoiou um dos braços em volta da mãe e elas duas subiram. Enquanto Seu Carlito se jogou no sofá agradecendo por não ter acontecido nada pior com a sua filha.

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Mais tarde, Magali já tinha tomado banho, e comido um almoço bem gostoso que sua mãe havia lhe preparado. Ela agora estava deitada na cama, lendo um de seus livros.

Mas aquilo não impedia de ficar pensando em como foi parar em uma cama de hospital. Quando entrou no banheiro viu os hematomas que tinha no rosto e no braço, e começou a achar que tivesse levado uma surra.

Como seus pais haviam lhe prometido que contaria tudo depois, ela resolveu se tranquilizar.

Depois de ler alguns capítulos, sentiu novamente um sono e quando já ia dormir outra vez, alguém bate na porta.

– Entra... – responde sonolenta.

– Filha, - apareceu Lili do lado de fora – tem alguém que quer te ver...

Magali ergueu uma das sobrancelhas achando que fosse uma das meninas, ou o Quim.

Quando Cascão apareceu na porta, ela ficou surpresa e se encostou na cama.

– Posso entrar? - pergunta com um sorriso.

– Claro... - devolve com outro.

– Eu vim ver como você estava... – Cascão se sentou na ponta da cama.

– Você também ficou sabendo?

– Do que?

– Do que aconteceu comigo...

– Sim... – diz confuso, afinal ele estava lá.

– O Cebola que te contou?

– Não Magali…

– Como você ficou sabendo então?

– Ué, eu achei que os seus pais tivessem te contado…

– Sobre?

– Você não se lembra do que aconteceu ontem?

– Na verdade não… Estou até agora roendo as unhas pra me contarem. Primeiro eu acordo em um hospital, depois eu vejo meu rosto ferido e ainda por cima com um olho roxo...

Cascão não estava nem acreditando que Magali tinha esquecido que ela foi sequestrada. Como ela poderia esquecer uma coisa daquelas?

– Você está com amnésia, então?

– Aparentemente – ri ela. – O medico disse que eu iria lembrar de tudo aos poucos, mas eu não to mais aguentando... Você pode me contar? Você estava lá, não estava?

– Tem certeza que você não se lembra de nada?

– Absoluta.

– De nada, de nada? Nadinha?

– De nada, Cascão! – diz impaciente.

– Você pelo menos lembra da ultima coisa que você fez antes de acordar?

– Bom eu... Estava com você... Agente se despediu... – ela disse forçando a mente, e Cascão afirmou com a cabeça. – E... – Ao se lembrar daquele beijo, as bochechas de Magali começam a ficar vermelhas, e Cascão resolve contar logo, antes que eles corassem de novo por conta daquele acontecido.

– Já vi que você não lembra mesmo... Então, logo depois que eu fui embora [...].

Cascão contou toda a história para Magali, com os mínimos detalhes. No final ela estava de boca aberta. E com muito medo também.

– Sério que isso aconteceu?

– Seríssimo.

– Espera... Agora sim está começando aparecer os flashes... Você tem razão!

– E depois que eu consegui fugir deles, a policia chegou.

– Nossa... Vocês salvaram a minha vida...Obrigada, Cascão - diz ela ainda em choque, mas sorrindo.

– Er... – ri sem graça. – Eu teria feito por qualquer um.

– Não sério, você foi um herói pra mim! Você e o Cebola. Valeu de verdade!

– Você sabe que nós fazemos tudo por um amigo... E você também sabe que pra mim você não é só uma amiga, é uma irmã.

Não era bem o que ele queria dizer, mas naquele momento era mais apropriado usar aquelas palavras, e não outras. Os dois ficaram alguns segundos se olhando sem dizer nada. Até Cascão olhar para os machucados dela.

– Eles que fizeram isso com você?

– Foi... – diz baixando o olhar.

– Mas eles prometeram ao seu pai que não iriam te machucar.

– É mas… Depois que me levaram para uma casa, na primeira oportunidade eu tentei fugir, mas um dos caras me acharam e…

Cascão sentiu uma imensa raiva e culpa por dentro, por isso não hesitou em abraçar a garota ali mesmo. Ela ficou um pouco surpresa, mas concedeu ao perceber que era apenas um abraço amigável. Ela sabia o quanto ele tinha ficado preocupado.

– Eu prometo que isso nunca mais vai acontecer – diz ele segurando em seu rosto com as duas mãos.

– Valeu, Cas... – diz timidamente. – Ahm... Você por acaso sabe o que tá rolando entre o Cê e a Mônica?

– Era isso que eu ia te perguntar agora.

– Quando eles apareceram lá no hospital pra me ver, eu percebi eles estavam de mãos dadas por um segundo... Não sei se porque ainda estava tonta, ou algo do tipo...

– Será que o nosso plano finalmente deu certo?

Magali arregalou os olhos, e abriu um grande sorriso pensando na possibilidade.

– Será?!

Cascão deu de ombros, também sorrindo, esperançoso.

Magali mudou de expressão de repente, fazendo o sujinho estranhar.

– Desculpa pelo jeito que eu andei agindo com você esses dias...

– Magali esquece isso... Agente já ficou numa boa não é?

– Eu sei – diz com a cabeça baixa – mas mesmo assim...

Cascão interrompe a garota, levantando seu queixo e se aproximando do seu rosto. Os dois não dizem nada, mas continuam naquela mesma posição. A respiração de Magali começa a ficar ofegante sem nem mesmo Cascão encostar nela. Mas ele estava perto o suficiente para conseguir que todas aquelas mil sensações que sentia quando ele estava por perto surgissem novamente.

Com os olhos fechados, os dois apenas sentiam a respiração um do outro.

– Cascão... Para... – diz colocando uma das mãos sobre o seu peito na intenção de afasta-lo dela.

Ele segurou a sua mão, e colou ainda mais a sua testa.

– Não...

Cascão não conseguia mais se controlar. O perfume que ela usava mexia com ele de um jeito, que não sabia explicar.

A comilona já ia dar um fim naquele clima, quando ele pôs uma das mãos em seu pescoço. E a beijou.

O que ela podia fazer? Ela gostava. Mas esse era o grande problema. Ela gostar... Toda vez que estava assim tão perto do sujinho, ela esquecia completamente dos riscos, das consequências, das traições. Não só ela, como ele também pensava do mesmo jeito.

Cascão era sempre agressivo nos beijos com a comilona. Como se estivesse realmente desesperado por algum gesto de carinho. Sim, ele tinha da namorada. Mas não era dela que ele parecia necessitar.

O beijo foi ficando cada vez mais longo, cada vez mais ousado. Magali e Cascão suavam, à beça, não só pelo fato do quarto estar com as janelas fechadas, gerando um abafamento ali dentro, mas também porque eles estavam “se exercitando” demais com aquele beijo.

Magali pedia por ar, mas Cascão não deixava, ele não conseguia parar, por mais que tentasse.

Foi quando ouviram batidas, e ele foi obrigado a largar a garota.

Cascão se levantou rapidamente, e Magali saiu do transe que estava, com uma das mãos sobre a boca.

– Oii, posso entrar? – Mônica apareceu na porta, e sem nem esperar por resposta, foi logo entrando.

Se deparou a sua amiga sentada na cama vermelha como um tomate, mas não era de vergonha... E Cascão do mesmo jeito respirando ofegante.

– Er... Aconteceu alguma coisa aqui...? – perguntou desconfiada.

– N-não M-Mônica… Imagina… – diz Magali ainda transpirando.

– Que caras são essas?

– Magali, eu vou pra casa... – diz Cascão se abanando com a gola da camisa.

Ela então concorda rapidamente com a cabeça.

– Fico feliz que você já esteja bem – ele sorri, e quando já ia dar um passo para dar um beijo de despedida na garota, mas desiste imediatamente.

Ele sai do quarto, deixando Magali e Mônica sozinhas.

Magali vira o rosto para o lado para que a dentuça não desconfiasse da sua expressão, que não estava nem um pouco normal. Ela não conseguia agir normal.

Mônica se sentou perto dela, e olhou bem para os seus olhos.

– Vai me contar ou não o que aconteceu?

– N-não aconteceu nada...

– Ah é? Então porque você está vermelha?

Magali colocou as mãos nas bochechas.

– Já imagino que foi…

– O que foi o que Mônica? Já disse que não…

– Vocês se beijaram não foi?

A comilona ficou surpresa com a pergunta, não imaginava que Mônica era tão boa em adivinhar as coisas. Mas como ela era a sua melhor amiga, não podia ter duvidas.

– T-t-t-a louca?! Q-que beijo? – Magali gaguejava nervosa, o que foi a prova para Mônica comprovar o que já sabia.

– Magali, não adianta você negar, eu já sei! Está escrito sua cara...

Magali suspira, ela não tinha a menor vocação pra esconder as coisas dos outros. Principalmente para a sua amiga.

– Tá bom... É... É verdade...

Mônica nega com a cabeça reprovando a comilona.

– Não me olha assim, amiga... – pediu com voz de choro.

– Você quer que eu te olhe como? Magali, você traiu seu namorado já duas vezes.

– Na verdade... – diz sorrindo amarelo. – Foram... três.

– TRÊS?! – Mônica se levantou da cama incrédula.

– M-mas na primeira foi sem querer...

– Aham! Claro! E na segunda? E na terceira? Também foi sem querer?

– Mônica, me escuta... Eu também não queria, mas o Cascão ele...

– O Cascão é outro maluco, que não sabe o perigo que está correndo com a namorada dele. Se a Cascuda ficar sabendo disso, ela vai virar um bicho. Não só com ele, mas com você também.

– V-você não vai contar pra Cascuda, vai?

– Eu não. Mas vocês vão!

– Você pirou, Mônica?! Eles não podem ficar sabendo disso nunca!

– E enquanto isso vocês ficam nas costas deles?

Magali parou um segundo, ela não estava aguentando mais aquela situação. O Quim sempre foi muito importante para ela, não só ele como Cascuda também era uma grande amiga. Se ela os magoassem por conta de um sentimento que estava nascendo por Cascão, ela nunca iria se perdoar.

A garota colocou as duas mãos no rosto e começou a chorar alto.

Mônica não entendeu o por que, e se sentou novamente perto dela, colocando a mão sobre a sua cabeça.

– Eu não queria que nada disso estivesse acontecido! – disse entre lagrimas.

– Perai, você e o Cascão não estão ficando só por diversão?

Magali levantou a cabeça chocada com aquela pergunta. Como ela poderia pensar uma coisa daquelas?

– V-você acha que eu e o Cascão... Estamos fazendo por... Diversão?

Mônica estava tão perdida quanto Magali naquele momento. Ela achava que Cascão e Magali estavam sim ficando só por ficar. Ela não conseguia achar outro motivo além desse para explicar os beijos que eles tinham trocado.

– Mônica... Como você pode pensar alguma coisa dessas de mim? Acha que eu sou o que?

A dentuça percebeu então que o negocio era mesmo, sério. Consciente de que havia tido uma grande besteira, e tentou concertar.

– N-não amiga... Foi mal... Foi mal mesmo! Mas é que eu achei que essa era a única razão pra vocês...

– Ai... – Magali virou de costas, e voltou a pôr as mãos no rosto. – É claro que não, Mônica... Esse seria o ultimo motivo pra eu ficar com o Cascão...

– Então... Por que...?

– Eu não sei quando... Não sei como... Muito menos por que. Mas toda vez que eu vejo esse garoto na minha frente... Não sei, é como se meu mundo parasse. Eu não consigo ser a mesma perto dele...

Mônica ficou pensativa por um tempo e chegou à conclusão de que a sua amiga já não nutria mais aquela amizade pelo sujinho. E pelo visto nem ele.

– Magá... Será que... Você não tá gostando do Cascão?

– O.. Que?

– É tipo... Gostar, gostar. Sem ser como amigos...

– Eu... Não acho que seja possível!

– Pois eu sim! O jeito que você fica só de ouvir o nome dele... Eu sinceramente acho que você tá começando a gostar dele.

– É isso que eu tenho medo, Mônica! – diz virando-se pra a amiga. – Se isso for verdade, eu nem sei o que pode acontecer.

– Você tá falando isso pelo...

– Pelo Quim! E principalmente pela Cascuda... Eu não queria perder a amizade dela.

– Ai amiga... Eu nunca pensei que isso pudesse acontecer. Vocês sempre foram tão amigos… O que será que aconteceu?

– Eu não sei, Mônica... Eu não sei...

A dentuça caminhou até ela e a abraçou.

Depois de alguns minutos, Magali tirou a cabeça do ombro de Mônica e abriu um meio sorriso, por ainda estar meio abalada.

– E ai? Como foi o jantar com Cê? Nosso esforço valeu a pena?

Mônica se levantou suspirando e sorrindo.

– E como valeu...

Após ouvir aquilo, Magali abriu a boca surpresa, e muito contente.

– Conta TU-DO! – mandou a garoto apontando na cama pra ela se sentar novamente.


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