Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 12
12° Capitulo: Primeiro Beijo




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_ _ (12h32min) _ Escola

No final da ultima aula, o sinal tocou e enquanto os alunos pegavam suas coisas, Magali aproveitou e foi até a mesa do sujinho. Ela colocou a mão em cima de sua carteira e olhou para o garoto bem séria.

– Então, vamos fazer a reserva do lugar pra poder executar o nosso plano?

– Er... Claro... – diz sem olhar pra ela.

– Ótimo, vamos passar lá agora antes que chegue alguém na nossa frente.

– Se eles não forem? – diz fechando a mochila.

– Eles vão! – disse lhe dando as costas e começando a caminhar em direção à saída. Cascão percebeu o quão irritada ela tinha ficado por causa do seu comportamento na cantina, por isso resolveu não provocar.

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– Calma Magali, você ta machucando meu braço!

Os dois haviam parado em uma pracinha que ficava perto do tal restaurante.

– Machucando? Você não era o tal fortão? – diz lhe soltando.

– Pra te carregar claro, você é leve como uma pena!

– Pena eu vou ter é de você se continuar me enchendo! Agora vamos logo que eu quero ir pra casa!

– O que você tem? Se é por conta do que aconteceu na cantina eu...

– Cascão, pode parar... Aquela ‘guerrinha’ de quem fazia mais carinhos nos namorados foi um tanto quanto ridícula, não acha?

– Eu não chamaria aquilo de guerrinha... – diz sorrindo.

– Vamos mesmo discutir sobre isso aqui?

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Magali vai até em direção ao restaurante, faz uma reserva para duas pessoas. Foi um processo rápido, e os dois já estavam do lado de fora outra vez, brigando, pra variar.

– Ele não queria é você lá, para acabar com todos os doces e salgados da padaria. – diz Cascão rindo.

– Eu já disse que estava doente! E como ele é um cavalheiro, não queria passar pra mim. Você não vai entender já que é um indelicado e grosso!

– Se eu fosse isso tudo, você não teria me pedido ajuda pra juntar a Mônica com o Cebola.

– Eu SÓ te pedir ajuda porque você é o único melhor amigo do Cebola. E o único suposto a me ajudar nisso, já que os outros só iriam estragar tudo.

– Ah então você admite que pra alguma coisa eu sirvo.- diz ele parando no meio do caminho.

– Pra alguma coisa você serve. - cruzou os braços.

– Sirvo também pra fazer ciúmes em magrelas...

– Quem disse que eu sinto ciúmes de você? – riu nervosa.

– Só faltou pular no meu pescoço quando eu beijei a Cascuda na sua frente.

– Você só fez isso porque eu beijei o Quim na sua frente.

– E você só fez isso porque estava com ciúmes. Admite gulosa!

– Eu não vou admitir uma coisa que não é verdade! – diz alterando a voz.

– Tem certeza...? – diz abrindo um sorriso gaiato e começando a se aproximar dela.

– T-tenho... – Magali dar os primeiros passos para trás, ao ver que Cascão estava se aproximando, mas foi impedida por um muro que havia atrás dela. Ela olhou para os lados começando a ficar nervosa, pois Cascão já estava perto o bastante.

Ele pôs as duas mãos na parede fazendo com que Magali ficasse “presa” a ele.

– Cascão para com essa brincadeira... Sai de cima... Agora. – diz tentando ao máximo parecer calma.

O malandro nega com a cabeça, ainda sorrindo maliciosamente.

– Admite que sentiu ciúmes que eu te deixo ir.

– Eu nunca senti ciúmes de você, e nunca vou sentir – diz entre os dentes, olhando para o lado.

– Ah é?

– É!

– Então diz isso olhando pra mim.

– Eu nunca... – Magali é interrompida pelos lábios de Cascão que fazem lhe calar repentinamente. A garota toma um susto ao perceber que o seu amigo de infância estava a beijando! E não era nenhum selinho... Muito menos um beijo por acidente como naquele dia na árvore, ele estava fazendo aquilo de livre e espontânea vontade.

A comilona que estava com olhos fechados e retribuindo aquele beijo – proibido – não estava conseguindo se mexer, muito menos empurrar o garoto. Era como se ela tivesse perdido o controle de seu corpo, e ele que estivesse no comando. Magali colocou a mão na nuca de Cascão, que passava as suas por toda parte dela.

Cascão a beijava intensamente. Um beijo muito mais intenso do que tinha dado em Cascuda na cantina. Nem se comparava. Aquele beijo, ele dava com vontade, com pressa, como se já tivesse esperado bastante por esse momento.

Magali não entendia o motivo pelo qual não fazia nada e sim contribuía com aquela insanidade. Ela já não sabia mais de nada. Apenas que aquela troca de salivação era errado. Muito errado.

Já estava ficando perigoso demais aquilo tudo, e se Cascuda aparecesse? Se Quim aparecesse? Eles não se davam conta do perigo que corriam. Parece que o ditado que diz que tudo que é proibido fica mais gostoso, fez muito sentido para os dois naquele momento.

Magali já sem folego empurra o sujinho, mas sem deixar o seus corpos se desgrudarem. Eles respiravam tentando pegar o pouco de ar que lhes tinham restado, seus corações batiam em uma velocidade sem limite, e seus rostos estavam praticamente pegando fogo. E isso tudo acontecia em plena luz do dia. No meio da rua.

– Ficou maluco garoto...? – diz entre ofegos.

– Não... Sei...

Aos poucos foram se dando conta do que tinham acabado de fazer. E finalmente chegam a conclusão que não tinha sido nenhum sonho... Ou pesadelo. Eles arregalam os olhos e começam a se desesperar.

– Cascão!! – grita a comilona com a mão na boca.

– Eu... Eu... Eu não sei por que... – ele arranjava o jeito de se explicar, mas não tinha nenhuma resposta concreta.

– Eu não acredito... Que você fez isso!

– Magali, por favor, me perdoa... Eu juro que não fiz por querer...

– Há! Então foi obrigado por quem? Que eu saiba não tinha ninguém aqui!

– É sério... Quando eu vi eu já estava...

– Me agarrando! Foi isso que estava fazendo!

– Ei! Que eu me lembre você retribuiu, e retribuiu bastante!

– E-eu... Nem sei porque eu fiz aquilo... – diz limpando os lábios.

– Olha... Vamos esquecer o que aconteceu aqui!

– Esquecer?! Eu nunca vou conseguir esquecer essa safadeza que você fez comigo! Eu devia contar tudo pra Cascuda!

– Não Magali! Por favor, TUDO menos isso!

– V-você não vai contar pra ela? – pergunta indignada.

– Claro que não! Vai dizer que você vai, pro Quinzinho?

– É claro que eu vou! Ta achando que eu sou o que?

– Magali, pra que você vai fazer isso? Vai pôr em risco os nossos relacionamentos por conta de um beijo sem importância?

Magali não acreditou ao ouvir aquilo. Então era isso tinha significado pra ele? Um beijo sem importância?

Percebendo que disse uma grande bobagem tentou consertar.

– E-eu não quis dizer isso...

– Você quis dizer exatamente isso. – diz a garota passando na frente dele.

– Magali! Espera! – pede Cascão segurando seu braço. – Não conta pro Quim o que aconteceu aqui...

– Eu não vou mentir pra ele...

– Eu não to pedindo pra você mentir! Só não dizer nada...

Magali suspira, olhando pro garoto pensativa. Após uns segundos ela conclui que se dissesse algo seria capaz de acabar em término dos dois lados.

– Tudo bem Cascão, eu não dizer nada – diz ela se soltando dele. – Mas não pense que eu vou te perdoar por isso, porque eu não vou!

Dizendo isso, ela se vira de costas deixando seu amigo Cascão mal pelo que fez. Ele não queria perder a amizade daquela garota de jeito nenhum, por isso sem pensar duas vezes, chama pelo seu nome e corre até ela.

– Eu gosto de você...


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