Amor Inesperado escrita por Bruninha


Capítulo 10
10° Capítulo: Desabafo


Notas iniciais do capítulo

Ai vai mais um capítulo pra voces! :D
Gente peço desculpas pela demora, é que eu estive um tempo fora e com muita coisa pra estudar!

Bom, dirvirtam-se!



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_ _ (12h54min) _ Quarto da Magali

Enfim, sábado. Magali dormia tranquilamente, até seu telefone resolver tocar. Ela estava cansada demais para esticar o seu braço até o criado mudo, mas ele insistia em continuar tocando... Várias vezes.

– Quem será uma hora dessas? – pergunta abrindo um dos olhos e alcançando o celular.

– Alô...? – diz ela com voz de sono.

– Magali?

– Sou eu...

– Você está dormindo até agora?

– Estava...

– Você sabe que horas são?

– Não... – diz quase voltando a dormir.

– Vai dar uma da tarde!

– Que?! – ela se levanta em um piscar de olho – Mônica do céu, eu perdi o almoço!

– Eu estou te ligando dês de cedo pra te convidar pra você vim almoçar!

– Foi mal amiga, fui dormir muito tarde ontem. – diz vestindo um short jeans.

– Tudo bem, mas vem pra cá que eu estou te esperando.

Magali termina de se arrumar e vai para a casa de sua amiga, dentuça.

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Chegando lá, as duas almoçam, e vão para o quarto de Mônica.

– Magali, quero te perguntar uma coisa! – diz ela fechando a porta.

– Fala – diz se jogando na cama.

– Esta acontecendo alguma coisa entre você e o Cascão?

– Eu e o Cascão? Por quê?

– É que sei lá, vocês de uns tempos pra cá, começaram a andar muito grudados.

– É impressão sua...

– Anteontem eu liguei pra você, e ninguém atendeu. Dai eu liguei pra sua mãe e sabe o que ela disse?

– O que?

– Que você estava com ele!

– Ai Mô, o que quê tem? Eu só fui ajudar ele numa coisa…

– Que coisa?

– Er...eu fui...ajudar ele a... Fazer uma lição e...

– De novo? Ta virando rotina? Magali, você esta mentindo pra mim!

– C-claro que não, Mônica! D-d onde tirou essa idéia?

Mônica lançou um olhar sério para Magali, que não conseguiu esconder por muito tempo.

– Ai ta bom eu conto! Eu fui ajudar ele a arrumar o quarto!

– Você o que?!

– É...Mas não deu muito certo, brigamos e eu fui embora... Você precisa ver o rato que tinha lá dentro...

– Eu imagino... Mas perai! Pra que você foi ajudar ele nesta missão impossível? O que ele tinha que te dar em troca?

– Que mania sua de achar que eu ajudo os outros por outros favores, eu hein? – diz ela disfarçando.

– O que você pediu pra ele? – pergunta Mônica ignorando completamente o que a comilona havia dito.

– Nada! Já falei! – Magali estava começando a ficar nervosa com aquele interrogatório.

– Ele te pagou?

– Não Mônica! Eu não disse que fui embora?

– Hmmm... Muito, muito estranho essa história. Desde quando você virou a santa dos favores?

– Desde nunca, só quis ajudar... – diz virando o rosto para o lado.

– Sei... Mas mudando totalmente de assunto... O que você e o Cascão estavam fazendo na quarta-feira de tarde?

– Isso é mudar de assunto? Pra mim continua o mesmo!

– A gente estava falando do QUARTO dele, e não dele!

– Aham...

– Anda responde!

– Estudando ué! O que mais?

– Só?

– É.

– Magali, eu sei que você anda escondendo coisas de mim, ultimamente... você simplesmente parou de me contar as coisas! Eu sou a sua amiga desde que você nasceu, por que você não se abre? Eu te conto tudo, cara! – diz tristonha.

Magali respira fundo, já não tinha mais argumentos para discutir com a amiga. Ela tinha razão. Precisava desabafar com alguém as coisas que vinham acontecendo esses últimos dias desde que começou esse plano de juntar os dois com o Cascão.

– Tudo bem... Eu vou te contar uma coisa que tá me sufocando há dias...

Mônica abre um sorriso põe as duas pernas na cama, fixando seu olhar para a comilona.

– Eu e o... Cascão... Nós estamos um pouco próximos sim, mas ainda não posso te dizer o por quê.

– Como assim? Por que não?!

– É um segredo meu e dele, e não podemos dizer nada a ninguém... Ainda.

– Mas...

– Você quer ou não quer que eu continue?

Mônica se deu por vencida e fez um gesto de zipper na boca. Deixando a garota terminar a história.

Ela por fim suspirou e começou...

– O fato é que nós acabamos presos em uma árvore.

A boca da dentuça se transformou em perfeito formato de ‘O’, mas Magali não deixou ela perguntar nada.

– E depois desse dia as coisas acabaram ficando diferente entre nós, mas não podemos se afastar agora. Não agora.

– Como ficaram diferentes?

Magali deu de ombros virando o rosto meio triste.

– Não sei… Nós estamos sempre em momentos constrangedores e… Cada vez que ele me toca, não sei dizer... Ficamos nos olhando sei lá o motivo. E isso nunca aconteceu antes.

– E o que mais?

– Bom... – diz suspirando. – Nesse dia, presos na árvore... Meio que... Rolou... Um beijo.

Mônica não aguentou aquela noticia, e sem que pudesse evitar, soltou um grito pelo quarto. Não durou muito e Magali já estava cobrindo a sua boca.

– Mônica!!

– Vo-voces se beijaram?! COMO ASSIM MAGALI? E O QUIM?! – pergunta a dentuça incrédula.

– Calma, senta aqui! – diz ela apontando para cama. – Foi sem querer!

– Ninguém beija sem querer, Magali! Ou beija ou não beija!

– Você pode por favor ficar quieta, e me ouvir? – Magali tentou acalmar a amiga que ainda continuava de pé devido aquele susto.

– O Cascão foi me ajudar a descer da árvore, por que eu não sei se você sabe, mas eu tenho medo de altura!

Foi ai que Mônica se tranquilizou e voltou a se sentar.

– Mas acabou que nós dois caímos no chão e sem querer... Aconteceu. Mas foi só isso, eu juro!

– Magali do céu... Se a Cascuda ficar sabendo disso, ou o Quim...

– Eles NUNCA vão ficar sabendo disso. O assunto que entrou aqui, MORRE aqui.

Mônica suspira e nega com a cabeça.

– Isso não vai dar certo... Esse beijo ‘sem querer’, vocês andando junto pra lá e pra cá... sei não...

– Como assim?! – diz não entendendo o que a amiga queria dizer.

– Nada... Nada, deixa pra lá...

– Começou agora termina!

– Eu só acho que não vai acabar bem, só isso.

– Mônica, assim que eu e o Cascão terminamos o que temos pra terminar, acabou. The end. Tudo volta ao normal.

– Tem certeza?

– Absoluta.

– E você não vai mesmo me contar o que vocês estão planejando?

– Já disse que na hora certa você vai saber.

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– Vamos Cascão, acorda! Já vai dá duas horas, marcamos de jogar bola!

– Hmmmmmmm!!

– ACORDA MOLEQUE! – grita Cebola empurrando o garoto da cama.

– Aiii!! Já não basta a Magali, agora é você, careca?

– O que a Magali tem haver com... – Cebola abre a janela, e ao olhar em volta percebe que o quarto de Cascão... Estava ARRUMADO. – Masoque... Contrataram uma faxineira, finalmente?

– Que mané faxineira, eu mesmo arrumei... – diz voltando a se deitar.

– Você?! – Cebola fica de boca aberta.

– Algum problema?

– Todos né… Desde que eu te conheço você é esse mosca morta.

– Só estava cansado daquela zona...

– Pra cima de mim?

– Sério, pow!

– Você deve ter tido um bom motivo pra arrumar esse latão de lixo, eu te conheço. Vai fala, quem foi? Ta pensando em trair a Cascuda mas não tem dinheiro o suficiente, né?

– Qual foi, Cebola?! – diz se levantando, que pelo jeito não iria conseguir dormir. – Nem em sonhos eu penso em trair a Cascuda, tá maluco?

– Claro... Conta ai o real motivo, então. – diz rindo.

– Já disse!

– Ok, desisto de você, não vai me contar... Beleza. Vim aqui te chamar pra bater uma bola lá no campinho hoje com os caras.

– To afim, não careca... – diz entrando no chuveiro.

– Como assim não tá afim? Desde quando?

– Desde hoje, ué.

– Cascão, você tá muito estranho... O quê que é? – pergunta Cebola entrando no banheiro.

– Eu nasci estranho, meu caro. – diz enquanto molhava o cabelo.

– Isso eu sei, mas esses dias você está mais. Se recusando a jogar bola pra estudar, arrumando o quarto “sem motivo”, tirando boas notas... Esse não é o Cascão que eu conheço.

O sujinho não responde, e tenta se concentrar no seu banho anual.

– É a Magali né?

Cascão deixa cair o sabonete cair com aquele pergunta.

– O que tem a Magali, careca?

– Que tá te deixando assim… Estranho.

– Impressão sua.

– Impressão minha nada! Todo mundo na sala já percebeu a sua mudança, que ideia é essa de dispensar o nosso futebol pra aceitar estudos com a ela? Nem a Cascuda teve esse poder sobre você.

Cascão abre o box se enxugando com uma toalha, e entra no quarto.

– Responde!

– Eu já falei que é impressão sua, careca!

– Não, não é! Abre o jogo!

– Iiih tá parecendo a minha mãe, você. – diz abrindo o armário.

– Fala!

Cascão respira fundo ao perceber que ele não ia desistir. Decide então dizer tudo que estava na sua cabeça.

– É verdade... Parece que a Magali anda me mudando... Um pouco. Deve ser muita convivência... Mas já, já isso passa, é só eu terminar de ajudar ela em uma parada ai, e eu volto ao normal.

– Que parada?

– Ai você quer saber demais.

– Cascão!

– Na hora certa você vai saber! Agora você pode ir me esperar na sala, ou você prefere que eu me troque na sua frente? – diz Cascão prestes a tirar a toalha da cintura.

Nem foi preciso dizer duas vezes e Cebola já tinha evaporado de seu quarto.


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Notas finais do capítulo

Comentem se gostaram!O proximo será em breve!



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